Vol 1 o ladrã£o de raios[1]

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tiraram a sorte para decidir quem ficava com o quê. – Zeus ficou com o céu – lembrei. – Poseidon, com o mar, Hades, com o Mundo Inferior. – A-hã. – Mas Hades não tem chalé aqui. – Não. Também não tem um trono no Olimpo. Ele, bem, fica na dele lá embaixo no Mundo Inferior. Se tivesse um chalé aqui... – Grover estremeceu. – Bem, isso não seria agradável. Vamos deixar assim. – Mas Zeus e Poseidon... os dois tinham zilhões de filhos nos mitos. Por que os chalés deles estão vazios? Grover se balançou de um casco para outro, pouco à vontade. – Há cerca de sessenta anos, depois da Segunda Guerra Mundial, os Três Grandes combinaram que não iriam procriar mais nenhum herói. Os filhos deles eram poderosos demais. Estavam interferindo muito no curso dos eventos humanos, causando muitas carnificinas. A Segunda Guerra Mundial, sabe, foi basicamente uma luta entre os filhos de Zeus e Poseidon, de um lado, e os filhos de Hades do outro. O lado vencedor, Zeus e Poseidon, obrigou Hades a fazer um juramento junto com eles: nada de casos com mulheres mortais. Todos juraram sobre o rio Styx. Um trovão. – Esse é o juramento mais sério que se pode fazer – disse eu. Grover assentiu. – E os irmãos mantiveram a palavra, sem filhos? O rosto de Grover se anuviou. – Há dezessete anos, Zeus retornou aos maus hábitos. Havia uma estrela de tevê com um penteado alto e armado, estilo anos 80... Ele simplesmente não conseguiu evitar. Quando o bebê nasceu, uma menininha chamada Thalia... Bem, o rio Styx é sério no que diz respeito a promessas. Zeus se safou com facilidade porque é imortal, mas causou um destino terrível para sua filha. – Mas isso não é justo! Não foi culpa da menininha.


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