Revista Integração Ed. 107

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Experiências Projetos Inovadores

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Viajar é aprender muito mais Por Giordano Fontoura Bombardelli Professor do Colégio La Salle Esteio/RS Através do projeto “Viajar é aprender muito mais”, no qual foi idealizado que os nossos alunos pudessem fazer uma leitura com seus próprios olhos das diversas regiões do Rio Grande do Sul, o Colégio La Salle Esteio, realiza anualmente, a partir do ano de 2008 em todas as séries, viagens para os mais diversos lugares. Este artigo retrata uma experiência exitosa que gostaria de compartilhar com os demais colegas lasallistas, com o intuito de conhecer e vivenciar o Rio Grande do Sul. Muitos são os lugares onde os alunos podem enriquecer-se culturalmente, assim ampliando seus horizontes e pensamentos. Geografia e história são disciplinas fundamentais para o desenvolvimento desse projeto, mas, como sempre buscamos um ensino multidisciplinar - e transversal - as demais disciplinas podem perfeitamente trabalhar a partir dessas viagens. Vamos pontuar que esse projeto não é um simples passeio, pois todas as viagens possuem as mesmas características: disciplina, organização dos alunos, companheirismo,

divisão de tarefas, conhecimento cultural adquirido, avaliação, respeito, compromisso e diversão. Essa mescla faz das viagens um prazeroso projeto a ser desenvolvido. Para cada turma que viaja é exigido um relatório, no qual os alunos anotam as informações essenciais que a guia de turismo e o professor explicam, assim como as impressões de viagem de cada aluno, o que eles acharam do local visitado, o que aprenderem com a viagem. Minha experiência foi no ano de 2010, com as turmas 71 e 72, onde eram consideradas “agitadas” em sala de aula. Os alunos fizeram a “Rota Paleobotânica”, que inclui a visita às cidades de Santa Maria, Mata e Itaara. Pudemos ver troncos petrificados há milhões de anos, bem como outros aspectos relacionados à paleontologia (museus, parques, ...), da mesma maneira pudemos conhecer como ocorreu o processo inicial de ocupação na cidade de Santa Maria. Em dois dias conhecemos lugares incríveis. Na etapa final do projeto, quando fiz a leitura dos relatórios, pude observar,

principalmente nas impressões dos alunos, que eles de fato estavam interessados na viagem. Como eles poderiam escrever de maneira informal (mas sem assassinar o português, deixei isso bem claro) eles desenvolveram uma habilidade que possuem e, até então desconhecida por mim, escrever de maneira muito inteligente, usando uma linguagem tipicamente adolescente. Muitas escolas não fazem mais viagens com suas turmas. Entendem que pode gerar (dependendo do caso) muita bagunça e incomodação, mas nós continuamos acreditando na capacidade do aluno, de procurar desenvolver outras habilidades que, muitas vezes, não identificamos em sala de aula, bem como mostrar e valorizar o nosso Rio Grande. Devemos sair do nosso bairro, da nossa cidade e do nosso estado. O mundo fora dos muros da escola está aí para nos mostrar como podemos mudar e treinar o olhar dos nossos alunos, para assim vir a ser verdadeiros agentes protagonistas na sociedade.

Revista Integração • Maio 2011

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