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“Eva. Meu Deus.” Ele estremeceu e gozou. Gideon gemeu na minha boca, em um beijo que era a mistura perfeita de amor e desejo. Senti ele jorrando dentro de mim, me preenchendo, e eu tremi em mais um orgasmo, o prazer gentilmente pulsando em meu corpo. As mãos dele percorriam o meu corpo sem descanso, subindo e descendo pelas minhas costas. Senti sua gratidão e seu desejo, que fui capaz de reconhecer porque eram as mesmas emoções que me dominavam naquele momento. Encontrá-lo tinha sido um milagre — o fato de ele ser capaz de me compreender daquela maneira, e de eu conseguir me entregar a um homem tão profunda e completamente apesar de todos os meus traumas sexuais. E ser seu refúgio, assim como ele era o meu porto seguro. Deitei meu rosto contra o seu peito e ouvi seu coração bater bem forte, sentindo seu suor se misturando com o meu. “Eva.” Ele soltou o ar com força. “Essas respostas que você quer de mim... Você precisa me perguntar tudo o que gostaria de saber.” Fiquei abraçada com ele por um bom tempo, esperando nossos corpos se recuperarem do orgasmo e minha sensação de pânico se acalmar. Ele ainda estava dentro de mim. Nossa proximidade era a maior possível entre dois corpos, mas não parecia suficiente para Gideon. Ele precisava de mais, em todos os sentidos. Não desistiria enquanto não tomasse posse de cada parte do meu corpo, e fizesse parte de cada aspecto da minha vida. Eu me inclinei para trás e olhei para ele. “Eu vou estar sempre ao seu lado, Gideon. Você não precisa se pressionar tanto se ainda não estiver pronto.” “Eu estou pronto.” Ele me olhou nos olhos, com uma expressão determinada. “E preciso que você esteja pronta. Porque não vai demorar muito pra eu fazer uma certa pergunta, Eva, e quero ouvir a resposta certa.” “Ainda é cedo demais”, eu sussurrei, sentindo um nó na garganta. Eu me afastei um pouco, tentando me distanciar, mas ele me puxou de volta. “Eu não sei se consigo.” “Mas você vai estar sempre ao meu lado”, ele relembrou minhas palavras. “E eu do seu. Por que adiar o inevitável?” “Não é assim tão simples. Nós ainda temos muitos traumas e questões pessoais a resolver. Se não tomarmos cuidado, um de nós pode se fechar, querer se afastar...” “Pode me perguntar o que quiser, Eva”, ele garantiu. “Gideon...” “Agora.” Incomodada com sua teimosia, fiquei quieta por um momento, mas depois de pensar um pouco cheguei à conclusão de que havia, sim, perguntas que inevitavelmente precisavam ser feitas. “Sobre o dr. Lucas. Você sabe por que ele mentiu pra sua mãe?” Ele cerrou os dentes, e seu rosto assumiu uma expressão de ieza. “Pra proteger o cunhado dele.”


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