A segunda edição do fanzine Foi à Feira

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Projeto de Graduação

mato, texturas, peso, enfim, características intimamente relacionadas ao ato de manusear um impresso, e que tornam essa experiência interessante e enriquecedora, bem diferente da relação que se tem através de uma tela, em uma leitura digital. Além disso, é de total interesse do coletivo divulgar e preservar a cultura histórica dos fanzines e dos veículos alternativos de comunicação, das trocas pelo correio, da distribuição independente, entre outros.

7.2. Geração de alternativas Formato Para a segunda edição do fanzine, uma das expectativas do coletivo Foi à Feira é produzir um impresso com mais identidade, mais “presença”. A intenção é que o produto final possa se comportar como um “objeto de desejo” por si só, tirando proveito do conhecimento gráfico a ser empregado no planejamento do impresso. A intenção maior é poder explorar o formato físico, com diferentes papéis e, principalmente, um formato interessante e que possa traçar uma relação interessante com o objeto-tema da edição. Tais anseios vêm, principalmente, da experiência com a primeira edição. O formato escolhido para o piloto da publicação, embora econômico e diretamente relacionado aos fanzines (que em sua maior parte são feitos em A5 por motivos práticos de produção e economia), mostrou-se ineficiente em de fato expor a riqueza do conteúdo produzido, além de fornecer poucas possibilidades de experimentação de leiaute. Além disso, o Foi à Feira possui a intenção de seguir o exemplo de outros coletivos que iniciaram a produção de fanzines e revistas alternativas e expandiram sua atuação para tornarem-se pequenas editoras, lançando projetos diferenciados e com outras temáticas. Para tal, é extremamente necessário que exista um grande cuidado gráfico com tudo aquilo que é produzido, em vias de demonstrar possibilidades interessantes para futuros lançamentos. Já que a definição do formato é essencial para o desenvolvimento dos conteúdos presentes no fanzine, buscou-se analisar algumas possibilidades concretas para a produção. Primeiramente, se o fanzine for impresso em gráfica (como dito anteriormente, ainda não há previsão de recursos para a impressão), deve obedecer aos formatos que proporcionam maior aproveitamento de papel, tanto por razões práticas quanto ecológicas. Por outro lado, se o fanzine for impresso de forma caseira34, o formato deve ser igual ou menor a uma folha A4, já que a impressora não permite a utilização de formatos maiores. Assim, de acordo com a tabela de aproveitamento de papel em formato 66x96 (o mais comum para impressão offset nas gráficas brasileiras), as possibilidades são: 16 x 33 cm, 17,5 34. Esta possibilidade existe palpavelmente pois o coletivo possui uma impressora a laser de alta qualidade, adquirida com os mesmos recursos que possibilitaram a impressão da primeira edição, advindos do edital de Núcleo de Criação do Programa Rede Cultura Jovem de 2010. Assim, os fundos necessários para produção viriam do papel e o do tonner para impressão.


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