Sustentabilidade na Amazônia

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e emprega 5% da população economicamente ativa (PEA). Nos Estados do Mato Grosso e Pará, cerca de 10% do total de impostos arrecadados são provenientes das atividades florestais. (mma, 2000c, p. 19).

Contudo, o interesse inerente às florestas motivou a sociedade civil a reivindicar o tema perante a PNF. Em face das disposições da Convenção do Clima, da Agenda 21 (por seu capítulo 11, que trata da desertificação) e do Protocolo de Quioto, o assunto adquiriu grande importância; seja nas discussões sobre o combate à desertificação, ou a respeito da retirada de carbono da atmosfera; seja nas questões que envolvem a manutenção dos fluxos d’água, ou que tratem da produção e fornecimento de produtos florestais de base (papel, celulose, madeira), as florestas estão em evidência. O descaso da PNF, dessa forma, chamou a atenção da sociedade civil, que exigiu maior transparência na execução das metas ali estipuladas. A pressão social possibilitou que o contexto amazônico fosse, finalmente, conduzido à PNF, via criação de unidades de conservação de uso sustentável, como reservas extrativistas (Resex) e florestas nacionais (Flonas). Foram iniciadas discussões sobre a exploração das Flonas por meio de contratos de concessão florestal, o que efetivamente viria a acontecer em 2006, quando foi promulgada a Lei de Gestão de Florestas Públicas. Não obstante, a importância atribuída ao ecossistema florestal ainda está longe da ideal. A PNF, constata-se, vem se firmando como programa de suporte do setor florestal. A excessiva importância conferida ao reflorestamento terá que ser atenuada, em favor do manejo florestal de uso múltiplo, e da inclusão definitiva da AmazôAssociação Andiroba

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