(2) os mistérios maçônicos e o tráfico de escravos

Page 111

A VERDADE SOBRE A MAÇONARIA

Página 111 de 118

dependendo da aceitação de nossa oferta e contra um pagamento a ser efetuado por nós de 42 milhões de dólares. 2. Para as ações restantes, constituindo mais 5 por cento do capital, num total de 1.806.000 ações, a se efetuar depois da data da ,,declaração de intenções" relativas ao mencionado Banca Cattolica del Veneto, a ocorrer antes de 31 de outubro de 1971 e contra um pagamento de 4,5 milhões de dólaares, a 29 de outubro de 1971 Na prática, o Banco do Vaticano recebeu 46,5 milhões de dólares, pelo valor de 1971, o que representaria hoje 115 milhões de dólares. Calvi sabia que, por sua insistência, a proposta seria apresentada ao Papa, acrescentou na carta: Comunicamos ainda que assumimos formalmente a responsabilidade de manter inalteradas as atividades do Banca Cattolica del Veneto em seus critérios de elevados padrões morais, sociais e religiosos. A cópia dessa carta do Vaticano está oficialmente carimbada e assinada por Marcinkus. Assim, Veneza só tomou ciência da venda secreta de 1971 aproximadamente um ano depois. Os "elevados padrões morais, sociais e religiosos" foram tão depressa abandonados por Calvi, depois que assumiu o controle do banco, que, em 1972, todo o clero da região se levantou em protesto e começou a assediar a residência de Luciani, em Veneza. Luciani partiu às pressas para Roma, mas 1972 não era obviamente o momento para uma ação reparadora, com Paulo VI abençoando a transação. O momento para a ação seria setembro de 1978. Uma estranha situação assinalou os anos de intervalo. As ações nunca deixaram o Banco do Vaticano. A 29 de outubro de 1971, a data em que os cinco por cento finais das ações foram em teoria vendidos a Calvi, os títulos, que ainda eram inteiramente controlados pelo Banco do Vaticano, foram transferidos para a Zitropo, uma empresa pertencente na ocasião a Sindona. Posteriormente, a Zitropo passou ao controle de Calvi e depois do próprio Banco do Vaticano. E as ações do Banca Cattolica continuaram nos cofres do Vaticano. Não é de admirar que em março de 1982 o então Arcebispo Paul Marcinkus se referisse a ,,nosso investimento no Banca Cattolica, que está indo muito bem". Quando a Bolsa de Valores de Milão entrou em baixa, em 1974, o Banco Ambrosiano estava entre os que sofreram prejuízos. Calvi era particularmente vulnerável. O principal ingrediente na atividade bancária internacional é a confiança. Sabia-se que ele era um grande associado de Sindona. Quando Il Crack ocorreu, o mundo bancário passou a assumir uma posição mais cautelosa em relação a ,,Il Cavaliere". Os limites de crédito para o Ambrosiano foram reduzidos. Tornou-se difícil obter empréstimos no mercado internacional. O pior de tudo é que a demanda dos pequenos investidores por ações do banco começou a diminuir, com a conseqüente queda nas cotações. Como um passe de mágica, no que se estava tornando rapidamente o momento final para o Ambrosiano, uma empresa chamada Suprafin S.A., com escritório registrado em Milão, entrou no mercado. Essa casa financeira demonstrava a maior confiança no Signor Calvi. Comprava ações de seu banco diariamente. Mas antes que houvesse tempo para que o nome da Suprafin fosse incluído entre os acionistas, as ações eram revendidas no Panamá e Liechtenstein. A confiança em Calvi começou a ressurgir e a Suprafin continuou a comprar. Em 1975, 1976, 1977 e 1978, a Suprafin demonstrou uma fé absoluta no futuro do banco de Calvi... uma fé no valor de 50 milhões de dólares. A Suprafin obviamente sabia de alguma coisa que não era do conhecimento de mais ninguém. Entre 1974 e 1978, as ações do Ambrosiano continuaram a cair, apesar da Suprafin adquirir mais de 15 por cento do banco. A Suprafin era oficialmente possuída por duas companhias do Liechtenstein, Teclefin e Impanfin. Em teoria, essas duas companhias pertenciam ao Banco do Vaticano. Só teoria. Na prática, a Suprafin pertencia a Calvi. Consequentemente, com o pleno conhecimento do Banco do Vaticano, ele estava sustentando a cotação no mercado das ações do Ambrosiano com aquisições maciças, uma operação totalmente ilegal. O dinheiro para financiar a fraude provinha de empréstimos internacionais à subsidiária de Luxemburgo e do banco gerador em Milão. O Banco do Vaticano recebia vultosos pagamentos anuais por proporcionar os instrumentos para que O Cavaleiro pudesse executar uma gigantesca fraude internacional. Esse dinheiro era pago de

file://C:\DYSON NOVO CONSTRUÇÃO\herodesmaçom.htm

1/12/2006


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.