A dama da meia noite tessa dare

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Capítulo Vinte Depois, ela dormiu. Mas Thorne, não. Ele não conseguiria dormir, mesmo se quisesse. Pensamentos demais agitavam sua mente. Ele ficou deitado, mantendo um braço protetor em volta dos ombros dela e observando a fumaça da lareira subir e desaparecer na escuridão. Estava feito. E não havia como desfazer. Ele agora estava resolvido a lhe dar tudo que ela merecia. O melhor que ele pudesse, de qualquer modo. Ao seu lado, Kate se mexeu, semidesperta. Ela rolou na direção dele, aninhando-se e jogando seu braço por cima do peito dele. Os dedos de Katie brincaram preguiçosamente com os pelos que encontrou ali, passeando e puxando-os. Então a mão dela desceu. Se Thorne já não estivesse duro antes que ela começasse a acariciá-lo, ficaria uma pedra então. “Faz amor comigo de novo?”, sussurrou ela. Thorne a encarou, espantado, e afastou uma mecha teimosa da testa dela. Foi isso que eles fizeram há cerca de uma hora? Eles fizeram amor? Ela tinha mesmo pronunciado aquela palavra inúmeras vezes, como algum tipo de encantamento. A ideia estava nele, agora, e ele não sabia o que pensar. Mas ele gostou da descrição dela para o sexo: “fazer amor”. Fazia a emoção parecer concreta. Compreensível. Como um produto que pudesse ser fabricado. Pegue dois corpos ardentes e cheios de desejo; esfregue-os bastante e uma substância chamada amor resultará disso – com a mesma simplicidade que bater duas pederneiras provoca uma fagulha. Infelizmente, Thorne não pensava que funcionasse dessa forma. “É muito cedo”, disse ele. “Você vai estar dolorida. Eu não quero machucar você.” “Eu estou dolorida, admito. Mas não existem outras formas?” Ele levantou uma sobrancelha, incrédulo. “O que você sabe sobre outras formas?” “Sério, Samuel.” Ela riu. “As mulheres conversam. E mais do que um romance picante já passou pela Queen’s Ruby.” Thorne sufocou uma risada de deboche. Havia heróis de romances, e havia homens como ele próprio. Seja lá o que aquelas histórias indecentes tivessem lhe ensinado, sem dúvida devia ser alguma representação refinada e delicada do desejo – como ficava claro pela forma como ela fazia carinhos leves e doces em seu membro duro naquele exato momento. Ele lutou para dominar a vontade de pegar a mão dela e assumir o controle. Ele poderia mostrar para ela como pegálo com firmeza. Thorne poderia lhe ensinar como acariciá-lo firme e rapidamente, sem parar, até ele rosnar e gritar como um animal selvagem. Ele poderia por Kate de quatro e possuí-la como um animal, investindo selvagemente nela por trás. Ele duvidava que qualquer uma dessas cenas aparecessem nessas novelas picantes. Tudo isso não tinha nada a ver com “fazer amor”.


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