Revista Tecnologística - Ed. 131 - 2006

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ESTOQUES

quer envolvimento. “Compramos os serviços da UPS e o trabalho da Multiexport, que é o despachante que está sob a responsabilidade dela. Então, aqui enxergamos um só fornecedor.”

Etapas das atividades Quando a carga da Rockwell chega ao porto seco, ao mesmo tempo em que é nacionalizada, começa a ser processada uma série de conferências e controles, integrados via EDI (Electronic Data Interchange). “Recebemos os produtos importados, fazemos toda a conferência de entrada e as operações de entreposto aduaneiro. Nisso, já temos o controle todo por part numbers do estoque dentro do porto seco, o que não é algo comum. No processo de nacionalização, o que será removido para o centro de distribuição já é conferido ali mesmo, facilitando a entrada. Daí segue todo o processo de picking e processamento de pedido, que disponibilizamos na doca para que o transportador da Rockwell retire”, conta Marcelo Bueno Brandão, gerente de Projetos, Pesquisa e Desenvolvimento da Columbia, enfatizando que desde o porto seco o cliente tem toda a visibilidade do seu estoque por número de lote. Para ele, o sucesso deste trabalho, além de um profundo conhecimento de todos os processos, deveu-se à integração dos sistemas das duas empresas. “Antes do início das atividades, tivemos de entender muito bem o fluxo deles e eles fizeram questão de entender o nosso. Já a interface de sistemas facilitou muito o nosso projeto. Tudo o que tenho aqui a Rockwell enxerga em seu sistema.” Essa integração permite tanto ao operador quanto ao cliente visualizar com precisão as quantidades de produtos disponíveis para a venda. “Temos diferentes instâncias de estoque: o disponível para venda, o bloqueado e o 86 - Revista Tecnologística - Outubro/2006

A Rockwell possui área segregada no CD da Columbia, com 2.300 posições, o que liberou espaço na fábrica para ampliar a produção

avariado. O cliente, quando terceiriza, acaba perdendo a visão daquilo que está no seu operador logístico e o que, de fato, está disponível para ser comercializado. Neste caso não; eles sabem exatamente tudo o que têm e do que podem dispor.” Assim, todas as modificações feitas no sistema de gerenciamento da Rockwell (o MFG-Pro, da QAD) foram em função das alterações que a Columbia promovia nos seus, e também o contrário. “Eles percebiam oportunidades de melhoria nos nossos processos em função do entendimento que tiveram no momento em que os conheceram. Por isso, quando fizemos a reunião para começar o projeto, inúmeras idéias foram surgindo, sempre com um enfoque muito forte em tecnologia”, aponta o gerente, informando que os dois WMS (Warehouse Management System) da Columbia, tanto o que controla as operações alfandegadas como o do centro de distribuição, passaram por várias customizações.

No CD da Columbia, a Rockwell dispõe de uma área segregada de aproximadamente 400 m2, com 2.300 posições, onde também mantém uma filial fiscal, para a emissão de notas fiscais dos produtos que saem diretamente dali para os clientes. “Nossa movimentação diária é, em média, de 350 linhas de nota fiscal por dia”, aponta Kussaba. A Rockwell conta ainda com uma equipe dedicada da Columbia, treinada para trabalhar exclusivamente nas suas operações, que envolvem recebimento, armazenamento, picking, packing e expedição. “Eles fazem as operações de armazenagem e handling e também o faturamento, tudo monitorado pelos dois sistemas, o deles e o nosso. Os operadores têm acesso a algumas telas, específicas para suas tarefas. Depois, temos dentro dessa área uma sala de acesso restrito a três funcionários cadastrados, com controle eletrônico, na qual ficam dois computadores e a impressora fiscal”, detalha o gerente de Logística da Rockwell.


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