de juízes, o Plano de desenvolvimento da Ilha de Moçambi-
a que se comprometeu e longe de ter uma consciência da
que. Cada um destes projectos acaba por integrar um leque
importância das questões sobre o desenvolvimento (daí o
variado de acções e é importante referir que estamos a ini-
relevo que damos às questões da educação para o desen-
ciar a negociação do nosso Plano Integrado de Cooperação
volvimento). No que se refere à coordenação, pese embora o
para os próximos 3 anos (2011- 2013)
IPAD seja, por lei o coordenador, muitos ministérios e orga-
Abrangem que áreas? Essencialmente a Boa Governação e o Combate à Pobreza.
Pretende-se uma expansão de mais projectos em outras áreas?
nizações acham que uma cooperação ministério a ministério ou instituição é a mais adequada, não percebendo que uma definição de prioridades por parte do receptor é vital para desenvolvimento e para a apropriação. No que toca aos desafios exteriores, diria que o que se diz
Toda a evolução das questões relacionadas com o Desenvol-
nos areópagos internacionais ainda se afasta um bom boca-
vimento, conduzem hoje em dia a uma situação de concen-
do da realidade. Um pouco de humildade e bom senso far-
tração das acções num número cada vez mais reduzido de
nos-ia bem a todos.
sectores. O IPAD não deixará de continuar esta concentração mas temas relacionadas com as questões climáticas e com
Quando se fala em cooperação, fala-se também na construção de uma melhor cidadania. A aposta deve ser, claramente, nas pessoas, em cidadãos mais informados e conscientes da sua cidadania?
o género.
Acho que sim mas não podemos esquecer os países. A co-
tendo, no entanto, a atenção de introduzir nos seus progra-
Há algum sector, alguma área e até País que considere como prioritários ao nível da cooperação? Se sim, qual e que tipo de trabalho é que é preciso desenvolver?
operação está montada não em indivíduos mas em instituições e países. A criação de condições para que os países possam por si
Os sectores prioritários são sempre definidos pelos países
produzir cidadãos mais informados é a obrigação do desen-
com que cooperamos tendo sempre em conta as nossas
volvimento mas não tenhamos dúvidas – há vários caminhos
mais-valias . No caso de Moçambique vamos iniciar um novo
para o conseguir no estrito cumprimento do que serão as
programa para os próximos três anos e tudo indica que para
normas internacionais.
lá do que vimos fazendo, as questões da ciência e das alterações climáticas merecerão a devida atenção.
No seguimento desta questão e associando ao projecto Pensas. Uma melhor cidadania obtém-se através desta aposta
Quais são os desafios para os próximos anos ao nível da cooperação?
que é feita na educação e no conhecimento.
Creio que podemos identificar dois tipos desafios: internos
Sem qualquer dúvida, o acesso à informação e a melhoria
e externos. Internamente a questão orçamental e a da coor-
do acesso serão com certeza fundamentais para um mundo
denação serão vitais. Portugal está longe dos compromissos
melhor e mais justo para todos nós.
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