O número 4 de Tucunduba dá as costas ao
lugar-comum e sai em busca de novos horizontes,
porque o comodismo amortece e a inquietação
impulsiona o fazer artístico. O convidado deste
número, Alexandre Sequeira, surpreende por
suas propostas inusitadas, sempre ancoradas
na relação com os outros, que é de onde surge
a arte. A música domina a edição, revisitando
a História da Cultura paraense, desmontando
dogmas, trazendo a força da produção musical
da periferia, que não cansa de inovar e balançar
o coro dos contentes. Mas há espaço para
outras inquietações, como a preocupação com
o espaço tradicional do nosso mercado cartão
postal em vista da modernidade e o olhar para
o cotidiano urbano e a tipografia estampada nas
placas das ruas, nas embarcações nos portos,
na já consagrada bandeira que anuncia o açaí
batido na hora. Boa leitura.