Portimão Jornal nº 4 | 30.07.2020

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Quinta-feira • 30 julho 2020 • 1.00€

PESSOAS

Walter Gomes foi pioneiro nos bares da Praia da Rocha P8-9

Quinzenário • Ano 1 • Nº 4 Diretor: Rui Pires Santos

Um TEMPO aberto aos artistas locais SOCIEDADE Autarquia isenta mais de 250 lugares de estacionamento P16

DESPORTO Após desilusão Portimonense já pensa no regresso P12

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Fórmula 1 já cá mora!

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Empresários lutam pelos seus negócios

CULTURA Peça ‘Marafada Quarentena’ estreia sábado P5

MEXILHOEIRA Associação de karate inaugura sede no concelho P3 PUB

A pandemia da covid-19 está a fazer com que as empresas faturem muito menos do que é normal. Muitas correm o risco de ter de encerrar depois do Verão se não for rapidamente lançado um forte programa de apoio. P2-3

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ATUALIDADE Empresários pedem forte programa de apoio para evitar males maiores

O combate pela sobrevivência das empresas portimonenses

Para além de pôr em causa a saúde pública, a pandemia da covid-19 também pode vir a revelar-se uma doença mortal para muitas empresas do concelho. FOTOS: JORGE EUSÉBIO

Aos poucos, as pessoas vão perdendo o medo do vírus e regressam à zona comercial Jorge Eusébio

O

número de clientes dos hotéis e outras unidades de alojamento turístico do concelho de Portimão deverá ter caído mais de 80% em junho, em comparação com o mês homólogo de 2019. Tal situação teve consequências praticamente idênticas ao nível das receitas, de acordo com dados revelados pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). O acumulado dos primeiros seis meses indica que as descidas são de cerca de 66% no que diz respeito às dormidas e de 68%, no que concerne à faturação. Este é o resultado dos condicionalismos provocados pela pandemia da covid-19 e também da decisão tomada, por duas vezes, pelo governo britânico de obrigar os cidadãos daquele país que nos visitem a fazerem quarentena, no regresso a casa. O presidente da AHETA, Elidérico Viegas, diz não compreender a decisão novamente assumi-

da em 24 de julho pelo executivo de Boris Johnson, que qualifica como “uma enorme desilusão e frustração, pois tínhamos a expectativa que ela seria revertida”. Este dirigente associativo, desabafa que “não se compreende como é que uma região que praticamente ficou fora da pandemia é considerada um destino inseguro, enquanto outras zonas concorrentes, que têm um número de infetados muito maior, são vistas como seguras”. Daí concluir que, da parte dos responsáveis britânicos, “há dois pesos e duas medidas”, que estão e vão continuar a prejudicar o setor turístico nacional e regional. Se o Verão já está praticamente ‘estragado’ – espera-se taxas de ocupação de cerca de 50% em agosto em vez dos habituais quase 100% – “também a época alta de golfe, que começa em setembro, ficará comprometida se a decisão não for revista”, alerta Elidérico Viegas. Em face de tudo isto, considera ser urgente que o Governo aprove rapidamente um plano

específico para a região, com medidas que “possam ajudar a esbater o flagelo do desemprego e as empresas, que estão confrontadas com falta de receitas por um período já demasiado longo, mas que ainda vai prolongar-se, pelo menos por mais seis ou sete meses”. Restauração com fortes quebras Outro dos setores que está a sentir fortemente a situação atípica que se vive é o da restauração. Que o diga João Isidoro, responsável pelo Restaurante do Cais, estabelecimento que, situado no primeiro andar do edifício do Clube Naval, sobre o rio Arade, oferece uma das melhores vistas de Portimão. Mas nem isso faz com que tenha tido vida tranquila nos últimos tempos. A falta de clientes levou a que, em determinada fase, tenha resolvido não abrir à noite, pois “não valia a pena, ficávamos de braços cruzados a olhar uns para os outros, uma vez que ninguém aparecia”. Nesta altura, isso já não acon-

tece, voltou a ter as portas abertas para almoços e jantares, mas “estamos a trabalhar a cerca de 40% do que é hábito, ainda assim um pouco mais do que até há duas semanas atrás, em que estávamos a

lamenta João Isidoro. Quanto ao futuro próximo, não revela grandes expectativas de que o negócio melhore substancialmente, embora esteja convicto que vão aparecer mais clientes em agosto. Ainda assim, supõe que provavelmente conseguirá atingir pouco mais de metade da faturação habitual naquele mês. Apesar de tudo, admite que o seu restaurante até não é dos mais atingidos pela crise, uma vez que tem uma clientela mista de residentes e visitantes e não depende tanto do turismo como alguns outros estabelecimentos. Por essa razão, tem esperança de que não seja obrigado a fechar portas no Inverno. No entanto, se a pandemia não evoluir favoravelmente, os próximos meses serão muito complicados, uma vez que, em cumprimento das determinações da Direção-Geral da Saúde, só poderá continuar a disponibilizar aos seus clientes metade dos lugares com que o restaurante conta. Ou seja, tem a possibilidade de receber no seu interior e esplanada apenas 47 pessoas ao mesmo tempo, em vez das 94 que compõem a sua lotação, o que poderá pôr em causa uma das suas fontes principais de receitas, “os

Barão Carneiro recorda a crise de 2008 e avisa: “Não tenham ilusões, os problemas não vão desaparecer rapidamente, este é mais um ciclo negativo que vai durar dois ou três anos” 20 ou 30%”. Esta situação tem, naturalmente, reflexos no número de funcionários que pode ter ao seu serviço no restaurante e no café, que funciona no rés do chão do imóvel. “Atualmente, temos 10 pessoas a trabalhar connosco quando, em condições normais, seria suposto contarmos com 16”,

jantares de grupos para empresas ou particulares, em especial, festas de aniversário”. Covid-19 travou venda de imóveis De uma forma geral, todas as áreas económicas estão a ser vítimas colaterais da pandemia e o imobiliário não é exceção.


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ATUALIDADE Barão Carneiro, que à frente da empresa Baltamar, se dedica, há cerca de seis dezenas de anos, a construir, vender e arrendar imóveis, diz que, com a chegada do vírus, “as vendas praticamente pararam”. No seu caso, naquela altura “já tinha vendido cerca de 60%” dos 44 apartamentos e 8 lojas que compõem um prédio que está a construir praticamente em frente ao mercado municipal e, por isso, foi conseguindo ‘aguentar-se’, mas quem precisava mesmo de vender entre março e o início de julho ficou a debater-se com um ‘buraco’ financeiro. Com alguns problemas de liquidez depara-se, também, quem vive de rendas, uma vez que “com menos dinheiro disponível, os inquilinos passaram a ter grandes dificuldades em fazer os pagamentos a tempo e horas”. Outra das consequências da pandemia, garante, foi o cancelamento ou adiamento de “muitos investimentos externos que estavam para ser feitos na região”. Esta crise recorda-lhe, de alguma forma, a que se iniciou em 2008, e que deixou grandes mossas no setor e avisa: “Não tenham ilusões, os problemas não vão desaparecer rapidamente, este é mais um ciclo negativo que, na melhor das hipóteses, vai durar dois ou três anos”. Mas, como ao longo da vida já passou por muitos altos e baixos, não tenciona deixar que sejam um qualquer vírus ou a idade avançada (81 anos) que já leva que o impeçam de continuar a exercer a sua atividade. Enquanto espera pela conclusão do seu prédio e tenta vender as parcelas que ainda tem disponíveis, começa a pensar na urbanização de um outro terreno que possui ali bem perto, em frente do centro de saúde. E depois desse há mais projetos no horizonte, garante. Comerciantes fazem contas à vida Na zona central da cidade, um outro grupo de empresários, o do chamado comércio local, vai tentando acertar as contas que a pandemia lhe trocou. Um deles é José Elias Pinto, proprietário da loja Alma Lusa e presidente da Associação Portimonense do Comércio e Serviços, que diz que, ao regressar ao trabalho, no início de junho, “havia alguma esperança e, a pouco e pouco, as pessoas foram perdendo o medo e aparecendo nas lojas”. Só que, entretanto, surgiram os efeitos da malfadada ‘festa de Odiáxere’, que provocou mais de uma centena de casos de covid-19

Valorização e promoção de novos talentos

Choque Frontal com nova compilação de artistas algarvios

Barão Carneiro ainda quer concretizar vários projetos

O programa da rádio Choque Frontal, que está no ar há mais de 25 anos na Alvor FM, realizado e apresentado por Ricardo Coelho, lançou uma nova compilação de artistas e bandas de origem algarvia. Após vários lançamentos em CD, espetáculos e sessões ao vivo em estúdio, desde 2017, o Choque Frontal passou a contar com a realização mensal de programas ao vivo por onde já passaram nomes como José Cid, António Manuel Ribeiro, Diogo Piçarra, Goldcobra, Gabriel De Rose, LUM, Vitor Bacalhau, Pete Tha Zouk. Nesta compilação estão incluídas as músicas de Fernando Leal e de Ricardo J. Martins com Sickonce que foram compostas, interpretadas e gravadas em exclusivo para o Choque Frontal ao Vivo.

Antiga escola primária

Nova sede da IJKA Portugal na Mexilhoeira Grande

João Isidoro sonha em voltar a ver o seu restaurante cheio

A Internacional Japan Karate Associação (IJKA) – Portugal inaugurou a sua sede de treino na antiga escola primária da Mexilhoeira Grande, na semana passada. A cerimónia, apesar de limitada pelas regras das autoridades de saúde, contou com a participação de diversos representantes, como Teresa Mendes, vereadora da Câmara Municipal, Vitorino Nunes, presidente da Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande, António Guerreiro, presidente da Associação de Deficientes Motor de Portimão, António Silvestre, presidente do IJKA-Portugal, mestre Rui Caipira, diretor técnico. A instalação destina-se ao desenvolvimento e prática do karate, do karate adaptado e karate em cadeira de rodas. PUB

José Elias Pinto pede medidas de apoio para os comerciantes e levou a que a população voltasse a retrair-se, o que fez com que o movimento diminuísse. Por esta altura, os comerciantes começam a ver, outra vez, um razoável número de potenciais clientes a passear pelas ruas e a frequentar as esplanadas e agora, “o que é preciso é que haja cuidado para que não surja mais nenhum foco grave que volte a fechar as pessoas em casa”. Quanto à quebra de faturação com que, nesta altura, estes empresários se debatem, “é muito variado, depende do tipo de produto e de cliente que cada loja tem, sendo que os estão em pior situação são os que se encontram mais virados para o turismo e a restauração”. Em média, admite que se verifique uma diminuição de 50% ou mais em relação ao que

era habitual por esta altura. Em relação aos próximos tempos, não prevê uma evolução muito positiva, até porque, “os apoios que houve consistiram em algumas reduções de pagamento, mas sobretudo em moratórias e na possibilidade de se adiar a liquidação de algumas contas, mas mais cedo ou mais tarde elas vão ter de ser pagas”. E, tendo em conta que as empresas estiveram paradas durante vários meses e que, agora, lutam para não terem prejuízos no final do mês, este responsável associativo defende que “vai ser necessário que sejam tomadas medidas que as aliviem financeiramente, sobretudo ao nível das rendas e da segurança social, de forma a evitar que muitas tenham de fechar as suas portas”.


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ENTREVISTA

Teresa Mendes quer fomentar práticas colaborativas entre o espetador, o artista e a autarquia

População responde bem à oferta cultural do Município Diversificar os espetáculos e educar ‘novos públicos’ é uma das apostas da vereadora, que aponta já para o exemplo deste Verão, em que há propostas inspiradoras para toda a família. D.R.

Hélio Nascimento

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eresa Mendes, vereadora da Câmara com o pelouro da cultura, concedeu ao Portimão Jornal uma entrevista, com o foco no TEMPO (Teatro Municipal de Portimão) e em todas as suas atividades, incluindo algumas alterações recentes. A programação até ao final do ano faz crescer o entusiasmo da população, para quem é dirigido, aliás, este espaço de eleição na cidade. O que mudou no TEMPO com a saída de João Ventura? O dr. João Ventura foi o diretor do TEMPO desde a sua conceção, pelo que, quando se falava do TEMPO, falava-se de João Ventura, que teve uma prestação dedicada e pautou a sua conduta na tentativa de oferecer uma programação de grande qualidade e diversificada. Por razões estritamente pessoais e de saúde solicitou o seu afastamento de diretor desta estrutura que sempre esteve na alçada da Câmara, uma vez que é um equipamento municipal, sendo a sua gestão, na íntegra, da responsabilidade do município. Com a reestruturação da orgânica do município foi criada a Divisão de Atividades Artísticas e Culturais (DAAC), com a chefia da dra. Telma Veríssimo, que tem feito um excelente trabalho de conciliação e integração de todas as

Vereadora Teresa Mendes quer consolidar Portimão como uma cidade turística culturalmente ofertas culturais deste Município. A pandemia, naturalmente, limitou ideias e cancelou programas. Como foi combatida? Como em tantas áreas, a Cultura teve que se adaptar à nova realidade. Por forma a fazer face aos cancelamentos a que fomos obrigados e como forma de apoio à

Um TEMPO de referência para os artistas locais Como responsável direta pelo Teatro Municipal, o objetivo de Teresa Mendes é claro. “Pretende-se que este seja um TEMPO de diálogo. Diálogo com os espetadores, com os artistas, com os criadores, com as companhias, com os produtores, com as instituições, com o publico em geral, assumindo a missão de construir um serviço público de qualidade ao serviço da comunidade. Queremos que este seja um TEMPO de referência para todos – para os portimonenses em primeiro lugar, que assumam esta casa como sua, para os artistas locais, para as coletividades e todo o movimento associativo, para toda a comunidade em geral, mas também para todos os que acolhemos: criadores, intérpretes, companhias, produtores, equipas visitantes apostando em eventos culturais marcados pela qualidade e pela diversidade”.

comunidade artística local e aos técnicos da região, foi elaborada e desenvolvida uma programação com diferentes artistas. Surgiu assim o TEMPO OnLive, onde os espetáculos foram gravados a partir do Grande Auditório do TEMPO, sem público presente, e transmitidos nas redes sociais do Município (todas as sextas e sábados), demonstrando que a Cultura estava presente, mas em segurança. Sob o mote ‘Estamos cá, vamos até si, mas fique em casa…’ levámos os artistas locais às casas dos portimonenses. Agora voltaram os espetáculos. Condicionados? Ou já dentro da programação pretendida? Os espetáculos com público presente, pós-confinamento, tiveram início no TEMPO no dia 1 de julho, com a abertura da programação de verão (em julho, todas as quartas, quintas e sábados; em agosto, todas as semanas de quarta-feira a sábado). A programação foi reajustada para integrar, naquela que era a programação prevista, os espetáculos que não

se conseguiram realizar por força da situação pandémica. Este Verão está a ser vivido em Portimão com muitas propostas inspiradoras para toda a família, quer ao ar livre quer no interior, passeios culturais, animação de rua, exposições, teatro, música e dança, sempre no rigoroso cumprimento das normas de segurança em vigor. A curto prazo, quais as diretrizes para este espaço de eleição na cidade? Como refere, e bem, este é sem dúvida um espaço de eleição na cidade. Um equipamento municipal de que muito nos orgulhamos, pelo que queremos fomentar e aprofundar práticas colaborativas entre os vários elementos envolvidos na tríade: espetador, artista, município. Queremos uma maior diversificação da oferta cultural, a pensar sobretudo na população residente criando e ‘educando novos públicos’, mas também nos diversos segmentos ligados ao turismo cultural, de modo inclusive a combater a sazonalidade e a consolidar gradualmente Por-

timão como uma cidade turística culturalmente. Os portimonenses gostam de cultura? Vão aos espetáculos? Quando falamos em Cultura pensamos em música e teatro, mas a Cultura acontece nas mais variadas manifestações, não nos esqueçamos da literatura, da pintura, da dança ou da escultura. Naturalmente que há áreas que sabemos que irão ter aceitação imediata e outras cuja procura fica mais aquém do desejado, mas os portimonenses respondem muito bem à oferta cultural que o Município lhes proporciona. O que é que destaca, em termos de programação, nos tempos mais próximos? Como referi anteriormente, no último trimestre foi dada prioridade ao reagendamento de artistas/espetáculos, que, por força da situação pandémica, foram adiados, tentando sempre conjugar com o que já estava programado para estes meses. Agora, durante todo o mês de agosto (de quinta


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ENTREVISTA D.R.

a sábado) o TEMPO irá receber a nova produção do Boa Esperança Atlético Clube, uma comédia teatral sob o mote ‘Marafada Quarentena’. Ainda no mês de agosto teremos apresentações de diferentes géneros musicais: Orquestra

‘Diz-me, António’, um espetáculo de dança contemporânea que se inspira no universo de António Aleixo, num tributo ao seu nascimento e obra. Ainda nesse mês teremos mais um concerto integrado no Festival Internacional de

“Este ano tivemos, pela primeira vez, um programa de Férias de Verão, um projeto que acolheu 70 crianças entre os 6 e os 12 anos, aumentando assim a resposta do Município à necessidade de ocupação dos tempos livres” Clássica do Sul, Fado com Tiago Valentim e Cremilde, Gospel, Jazz, Percussão com o Trio Al-Marafado. Em setembro receberemos um espetáculo de poesia musicada, uma performance de Dança e, no dia 12, invocando o centenário do seu nascimento, o espetáculo “100 anos de Amália” com nomes locais e nacionais. Em outubro, dois espetáculos de dança: ‘Terras’ e

Piano. No fim do ano, nova peça de teatro, ‘Fake’, apresentado pelo Teatro Nacional D. Maria II e, integrado nas comemorações do Dia da Cidade, o TEMPO irá receber a ‘Volt’a Portugal em Revista’ com António Calvário, cidadão honorário e natural de Portimão. Teatro, revista popular, música... qual o espetáculo da preferência

dos portimonenses? Não é possível indicar ‘uma’ preferência dos portimonenses. As preferências são reflexo de determinados fatores. Como popularmente se diz ‘há espetáculos para todos os gostos e idades’. Mas, naturalmente, os espetáculos de música são os mais frequentados. O espaço do TEMPO poderá ser aproveitado para outro tipo de eventos? Os diferentes espaços do TEMPO recebem diferentes manifestações culturais adaptadas a cada uma das suas salas, para além da dança, do teatro, da música, são também acolhidas exposições, seminários ou colóquios. Este ano tivemos, pela primeira vez naquele equipamento, um programa de Férias de Verão, um projeto que acolheu 70 crianças entre os 6 e os 12 anos, aumentando assim a resposta do Município à necessidade de ocupação dos tempos livres no período das férias escolares. Com esta iniciativa, abrimos as portas a pequenos espetadores, proporcionando-lhes a oportunidade de contactar, na primeira pessoa, a Arte Dramática, através de fórmulas divertidas e criativas.

Em cena durante o mês de agosto

‘Marafada Quarentena’ estreia sábado no TEMPO O palco do Grande Auditório do Teatro Municipal de Portimão (TEMPO) recebe às quintas, sextas e sábados, entre 1 e 29 de agosto, a comédia do Boa Esperança Atlético Clube Portimonense ‘Marafada Quarentena’, inspirada na atual pandemia da covid-19. Respeitando o plano de contingência imposto pela Direção-Geral da Saúde, o público irá dar muitas gargalhadas e tudo devido a esta criação original de Carlos Pacheco, que se centra nas peripécias de uma família tão hilariante quanto disfuncional, durante o período de confinamento. O espetáculo é dirigido a maiores de 12 anos e tem lotação limitada. Está em cena nas noites de quinta-feira a sábado, a partir das 21h30, sendo que os bilhetes custam 10 euros, podendo ser reservados online (tempo.bol.pt), através de telefone (282 402 475 ou 961 579 917) ou de email (teatromunicipaldeportimao.pt). PUB

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SOCIEDADE Sessão Extraordinária será esta sexta-feira

Cemitério e crematório vão a votos na Assembleia Municipal O projeto já tinha sido aprovado em reunião camarária no dia 15 de julho.

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futuro cemitério e crematório, bem como a prestação de contas da Câmara Municipal de Portimão são os principais temas da próxima Assembleia Municipal, marcada para esta sexta-feira, 31 de julho, às 21 horas, no auditório do Museu. A proposta já aprovada na última reunião da Câmara Municipal, no dia 15 de julho, prevê a construção do equipamento na zona do Malheiro e contempla um crematório. A autarquia de Portimão decidiu avançar com os dois procedimentos em simultâneo, um para a elaboração do projeto

ANA SOFIA VARELA

global do novo cemitério, que está em fase final de adjudicação, e o outro para a concessão da conceção, construção, gestão, exploração e conservação do Crematório. O novo Cemitério Municipal ocupará um terreno camarário com cerca de 47 mil metros quadrados e estará dotado com diversas soluções e valências, entre as quais a possibilidade da cremação. A estrutura terá uma área entre 400 a 500 metros quadrados e fará parte do edifício técnico e administrativo, ainda que tenha um funcionamento autónomo. “Face às especificidades deste tipo de equipamentos e às restrições na contratação de recursos humanos, a Câmara atribuirá, por concurso público, a respetiva conceção, construção, gestão, exploração e conservação a uma entidade que disponha de qualifica-

ções para o exercício de atividade funerária, nos termos previstos no decreto-lei 10/2015, de 16 de janeiro”, defende a autarquia. “O financiamento de todas as atividades que integram a concessão incumbe à concessionária, a quem competirá promover, de acordo com as disposições técnicas definidas pelo Município e pela legislação aplicável, a elaboração dos estudos e projetos e a realização das obras abrangidas”, acrescenta ainda. A proposta refere ainda que a concessão, por um prazo de 30 anos, é estabelecida em regime de serviço público, estando ainda contemplada uma contrapartida financeira a ser entregue ao Município. Na sessão será ainda discutida a cedência de um terreno para o projeto do Centro Social, Desportivo e Cultural da Companheira e

A estrutura terá uma área entre 400 a 500 metros quadrados a transferência de competências no domínio da gestão das praias marítimas integradas no Domínio Público Hídrico.

A reunião tem uma limitação de oito pessoas na assistência devido às contingências da pandemia da covid-19. PUB

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PESSOAS

Há 24 anos, Walter Gomes inaugurou o On The Rocks, apostando num disco bar para a Praia da Rocha

“Disseram que eu era maluco mas na verdade ainda cá estou”

O empresário, que abriu, depois, o Ireland’s Eye, reconhece que importa saber gerir o sucesso e destaca as muitas amizades que tem feito, sobretudo com algumas figuras do futebol. FOTOS: KÁTIA VIOLA

Hélio Nascimento

W

alter Gomes é um dos mais antigos empresários da Praia da Rocha, em matéria de estabelecimentos de diversão. Proprietário do On The Rocks e do Ireland’s Eye, terá sido, porventura, o primeiro a ter um disco bar, com pista de dança. Abriu o On The Rocks em 1996 e não tardou em assegurar uma posição de sucesso, com a casa cheia, noite após noite, numa mescla de música, convívio e muita festa, ou não estivesse localizado num local privilegiado, em plena área dos bares, na Avenida Tomás Cabreira. “As pessoas disseram que eu era maluco, que não fazia sentido investir em algo que não estava enraizado nos clientes que frequentavam este tipo de locais, e que, inclusive, ia afundar-me e não conseguiria pagar as rendas, mas, na verdade, ainda cá estou”, atira Walter, com um sorriso. “Eu quis apostar numa coisa diferente, atrativa e aprazível. Para lá da pista de dança e do disco bar, temos duas entradas, uma pela avenida e outra virada para a falésia e para a praia”, explica o empresário, como que a justificar as centenas de pessoas que, nos melhores dias, não passavam sem dar uma saltada ao On The Rocks. De facto, beber um copo a olhar o mar e a ouvir música, com a possibilidade de mostrar os dotes de dançarino, são motivos mais do que suficientes para o êxito de uma casa que está aberta há 24 anos e… 12 meses ao ano, ou seja, não fecha no Inverno, muito embora seja no Verão que a ocupação atinge o pico. Walter Gomes tem 64 anos e uma vida inteira dedicada a este tipo de negócio. Nasceu em Angola, veio em 1975 para Portugal, e, depois de meia dúzia de meses em Lisboa, instalou-se em Portimão e na Praia da Rocha. Foi gerente da discoteca Night Star, no Hotel Júpiter, abriu a seguir o primeiro bar, em 1993, e, três anos volvidos, arrancou com o já icónico On The Rocks. “Reconheço que consegui ter algum sucesso,

Walter Gomes no seu espaço de eleição, com a inconfundível vista para a praia ao fundo mas, para isso suceder, é preciso saber gerir esse mesmo sucesso”. Local agradável e convidativo, o bar começou a ser visitado e frequentado pelos habitantes do concelho, para lá, claro, dos ve-

consolidação deste espaço de referência. Diversificar a aposta Em 2005, Walter abre o Ireland’s Eye, contíguo ao On The Rocks.

“Uma bela noite, o Teixeira Gomes entrou de pijama na pista de dança, porque a música não o deixava dormir! Ele tinha razão, porque ninguém lá em casa conseguia dormir, mas eu também tinha, porque tratava-se do meu negócio” raneantes que queriam divertir-se. Os muitos amigos de Walter foram também fundamentais na

“A ideia foi diversificar a aposta, mantendo a opção num local de cariz internacional. A madrinha

da minha filha é irlandesa e estava na moda a música irlandesa”, explica, aludindo então à situação curiosa e engraçada que o levou a avançar para o negócio. Uma história que vale a pena contar: o imóvel onde hoje se ergue o Ireland’s Eye era propriedade da família Teixeira Gomes e vivia lá um neto desta proeminente figura portimonense e da vida nacional. “Fui praticamente obrigado a ficar com o espaço. Eu não queria, mas o barulho da música do On The Rocks tornou-se insuportável para os vizinhos. Queriam mesmo fechar o meu bar. Só me restou entrar em acordo com o descendente do Teixeira Gomes. Ele tinha razão, porque ninguém lá em casa conseguia dormir, mas eu também tinha, porque tratava-se do meu negócio e da minha vida”, assume, antes de revelar o dado mais caricato da situação. “Uma bela noite, o Teixeira Gomes entrou de pijama na pista de dança, porque a música não o

deixava dormir! De pijama”, enfatiza, soltando uma gargalhada. O lado bom de tudo isto é que nunca houve zangas entre Walter e o ilustre vizinho da altura. “Ele gostava de mim e era simpático, e eu, claro, baixava logo a música. E sabe uma coisa? Também me chamo Teixeira Gomes. Sou Walter… Teixeira Gomes”, revela, acrescentando mais um pormenor delicioso a todo o assunto. Transformar uma casa de família num bar irlandês tem que se lhe diga, mas o empresário, naturalmente, deitou mãos à obra. Hoje, orgulha-se do que salta à vista de todos, e, enquanto o On The Rocks é mais virado para a malta jovem, sobretudo à noite, o Ireland’s Eye convida a uma amena cavaqueira entre dois copos, na extensa área de esplanada, com a música irlandesa a fazer reviver paixões e tradições. Sem problemas de maior, Walter conseguiu equilibrar e estabilizar os dois locais de diversão noturna,


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PESSOAS que, durante o dia, em ambiente muito mais calmo, têm igualmente bastante clientela, em especial ao fim da tarde, quando o calor e o pôr do sol convidam a uma bebida refrescante. A luzinha ao fundo do túnel A azáfama dos dois bares diminuiu consideravelmente nos dias que correm, sem comparação possível com o que atrás escrevemos. “Estive 90 dias fechado, mas o meu pessoal nunca deixou de receber”, comenta Walter, aparentemente resignado com as restrições e demais dificuldades impostas pela covid-19. “O meu cliente-tipo é o britânico. Com todo o respeito pelo português, tem sido assim ao longo dos anos, pelo que espero que o corredor aéreo entre o Algarve e o Reino Unido seja rapidamente aberto. Acredito que sim, que virão aí melhores dias”. O Ireland’s Eye reabriu no início de junho, uma vez que a licença é de restaurante – sim, o espaço também serve comida –, e só depois o On The Rocks, primeiro a funcionarem até às 23h e agora até à meia-noite. “Fiz das tripas coração, mas tinha de ser. Mesas mais distantes, pessoas mais separadas, enfim, o agosto vai ser melhor e confio que a luzinha ao fundo do túnel se vai começar a acender. Caso contrário, o Inverno será terrível”, admite Walter, que tem seis funcionários efetivos e outros tantos que costuma contratar sazonalmente, com vínculos de seis meses. A habitual boa disposição do ‘chefe’ e dos seus empregados é outro chamariz para muitos e bons clientes. Nuno Mergulhão, Manuel da Luz, Isilda Gomes e os atuais vereadores da Câmara já por lá passaram. Mas é quando se fala de futebol que os olhos de Walter mais brilham, atendendo à sua ligação com o desporto-rei e com as amizades de longa data com algumas figuras bem conhecidas do meio, do falecido António Medeiros ao selecionador Fernan-

Depoimentos “Saiu-lhe tudo do corpo” Amílcar Fonseca

Amílcar Fonseca, um dos amigos do peito, na primeira pessoa: “Uma das coisas que muitas pessoas desconhecem é que o Walter ajudou muito o Portimonense, quer como diretor quer como sócio. Está sempre disponível. Como antigo atleta e treinador, e hoje como sócio, só tenho de lhe estar grato. Tem muito valor como homem e como portimonense, com a particularidade de ser um trabalhador nato. Aquilo que tem, saiu-lhe tudo do corpo e eu sou testemunha disso”.

“São os meus bares da Rocha” Manuel Fernandes

O empresário e o mítico On The Rocks do Santos, sem esquecer Manuel José ou o jornalista Joaquim Rita. Aliás, o anfitrião da reportagem do Portimão Jornal foi vice-presidente do Portimonense, durante os mandatos de Alberto Estêvão, na área do marketing e da publicidade. “Foi uma boa experiência, sem dúvida, a par dos problemas com que deparámos a certa altura. O clube não tinha dinheiro e lembro-me de arranjar t-shirts para os jogadores treinarem e de levar garrafas de água. E o sogro do Amílcar dava bolas”, recorda, referindo-se a Amílcar Fonseca, um dos treinadores da altura e uma figura da cidade e do clube. Amigos do peito “O Amílcar, o Vítor Oliveira e o Manuel Fernandes são amigos a valer. São amigos do peito”, garante, referindo-se às muitas amizades que fez com figuras do desporto e em especial do futebol. “Conheci muita gente quando trabalhava no Hotel Júpiter. Na altura, o Amílcar e o Vítor jogavam cá, no Portimonense, e o Manuel Fernandes vinha sempre de férias. São amizades de quase 40 anos”, diz, recordando os fins de tarde e as noites passadas com estes antigos jogadores, hoje treinadores, embora apenas Vítor

Oliveira esteja neste momento no ativo. Ainda não há muito tempo, aliás, a Sport TV filmou no On The Rocks o programa ‘Bar Aberto’, em que os entrevistados foram, precisamente, Amílcar e Vítor Oliveira. Mas outros programas e outras histórias, incluindo transmissões de jogos, fazem parte do cardápio de lembranças dos bares de Walter Gomes. “O Amílcar tem jeito para todas as modalidades. Agora é um craque do golfe, deve ser dos melhores do Algarve. Se calhar até é melhor do que no futebol. A jogar à bola, ele batia muito”, graceja o empresário. De Vítor Oliveira, destaca o momento em que o treinador, que subiu o Portimonense à I Liga em 2016/17, o defendeu no Night Star. “Fizeram-me lá uma cena que o Vítor não gostou nada. Ficou com uma azia tremenda e mostrou o cartão vermelho a dois ou três”. Walter, de resto, acompanhou a carreira destes dois amigos, contando como Vítor Oliveira passou de jogador a treinador nos alvinegros – Manuel José, então de saída para o Sporting, foi o ‘culpado’ – e como Amílcar disse presente quando o clube mais precisou dele. “Fazia tudo o que fosse preciso. Ia à lavandaria, substituía o PUB

Manuel Fernandes é outro exemplo de longa amizade: “Conheci o Walter quando ainda era jogador do Sporting. Primeiro na praia e depois na discoteca do Hotel Júpiter, passei com ele largas e boas horas, convivendo e conversando, às vezes até de madrugada. Os bares que ele, entretanto, abriu são os meus bares da Praia da Rocha. É lá que me sinto bem. Tem uma forma de estar que cativa e foi ao casamento do meu filho. Isto diz tudo a respeito da nossa forte amizade”.

“Um amigo para a vida” Vítor Oliveira

Vítor Oliveira, o rei das subidas, também falou sobre Walter: “É um daqueles amigos para a vida. Conheci-o no Night Star e temos passado bons momentos juntos, desde o tempo em que era jogador. Quando estou em Portimão, passar pelos seus bares é algo que não dispenso. Gosto muito dele. É um bom conversador de futebol, mas, atenção, não confunde as coisas, sabe quando pode ou não falar. As nossas famílias têm também uma excelente relação”.

roupeiro e depois dava o treino. Honra lhe seja feita”. A respeito de Manuel Fernandes, que, ao contrário dos outros “amigos do peito” nunca atuou pelo Portimonense, a amizade cresceu entre dois dedos de conversa e as visitas continuam a ser habituais. “Se o Vítor é o rei das subidas, o Manel deve ser o vice-rei. Fez um grande trabalho no Santa Clara e foi isso que lhe abriu as portas para treinar o emblema do seu coração, o

Sporting”. Para este agosto, Walter já sabe que vai matar saudades do Vítor e do Manuel Fernandes, visitas habituais do On The Rocks e do Ireland’s Eye, tal como o Amílcar, que, todavia, está há largos anos radicado em Portimão. “Isto vai melhorar. Acredito no trabalho e na garra das pessoas, desde que a saúde não falte. Há de chegar uma vacina e a retoma ficará ao alcance dos algarvios”. PUB


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Portimão Jornal • 30 JUL 2020 • Nº4

POLÍTICA

A foto

ANA SOFIA VARELA

PAULO PINHEIRO O ‘inventor’ do Autódromo Internacional do Algarve cumpriu o sonho e garantiu a vinda para Portimão de um Grande Prémio de Fórmula 1 como teimosamente sempre prometeu. Para além da vertente desportiva, a prova garante um grande impacto económico para o concelho e a região, bem como uma brutal campanha promocional, uma vez que deverá ser vista por cerca de 430 milhões de pessoas.

REFORÇO EM RISCO • A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve continua a ter grande dificuldade em conseguir convencer médicos especialistas a virem para o Algarve reforçar o sistema de saúde público no Verão. Recentemente, e através de um modelo excecional de mobilidade temporária, abriu vagas para 60 profissionais, mas na volta do correio não recebeu uma única candidatura.

A frase

PORTIMONENSE

Isto vai melhorar. Acredito no trabalho e na garra das pessoas, desde que a saúde não falte. Há de chegar uma vacina e a retoma ficará ao alcance dos algarvios”. Walter Gomes

A equipa orientada por Paulo Sérgio perdeu uma boa oportunidade de continuar a competir com os maiores do futebol português. Pode dizer-se que, praticamente, acabou por morrer na praia. À antepenúltima jornada dependia apenas de si próprio, mas a derrota com o Paços de Ferreira aliada à boa ponta final de Setúbal e Tondela acabaram por ditar a queda à II Liga. Agora é começar a planear a subida.

EDITORIAL . RUI PIRES SANTOS

Sem I Liga mas com Fórmula 1 Foram dias de contraste aqueles que marcaram o passado fim de semana em Portimão. Se por um lado a confirmação da Fórmula 1 no Autódromo Internacional do Algarve foi uma ótima notícia, a descida do Portimonense à II Liga não deixou de ser um ‘balde de água fria’, apesar do contexto já de si difícil. A esperança é sempre a última a morrer, é certo, mas desde o início dos três jogos onde se discutia a permanência, os alvinegros estiveram sempre com os dois pés nos lugares de descida, pois os concorrentes nesta luta – Tondela e V. Setúbal – nunca encontraram adversários (Moreirense e Belenenses) com muita vontade de vencer.

A chave nesta batalha pela manutenção – sentiu-se na altura e confirmou-se no passado fim de semana – esteve no encontro da penúltima jornada em Paços de Ferreira, onde o Portimonense perdeu por 2-1. Um empate nessa partida teria quase que garantido a manutenção. A realidade é agora outra e o Portimonense terá de corrigir os erros cometidos no planeamento da época que findou e apontar, desde já, baterias para o regresso ao escalão principal do futebol português. O dono da SAD, Theodoro Fonseca, reiterou o que disse na entrevista que deu há pouco mais de um mês ao Portimão Jornal: não abandona o barco

e está de corpo e alma neste projeto, ainda mais num período difícil como este. Cumpriu a sua palavra e deverá agora definir o plano para uma luta, também difícil, para a subida de divisão na próxima época. Nesta edição do Portimão Jornal, apresentamos mais uma figura bem conhecida de todos: Walter Gomes, um dos nomes mais conceituados da Praia da Rocha. Revelamos a nova filosofia do Teatro Municipal de Portimão e damos voz a empresários e comerciantes de diferentes setores de atividade que fazem ‘contas à vida’, devido à quebra acentuada do turismo este Verão. PUB

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CULTURA

Exposição na Praça Manuel Teixeira Gomes

GAMP e Junta propõem um passeio pela história da Praia da Rocha D.R.

A mostra foi inaugurada no sábado, 25 de julho, e estará patente ao ar livre até 19 de setembro.

O

Antigas carrinhas que ligavam Portimão à Praia da Rocha

projeto ‘Passear pela História’ volta a sair à rua este Verão para mostrar imagens inéditas da Praia da Rocha, até dia 19 de setembro, numa iniciativa do Grupo de Amigos do Museu (GAMP), em colaboração com a Junta de Freguesia de Portimão e do Museu. A exposição, inaugurada no sábado, 25 de julho, pode ser vista na Praça Manuel Teixeira Gomes, sendo composta por fotografias de grandes dimensões que procuram surpreender os visitantes através de um inesperado encontro com os momentos relevantes que marcaram a evolução paisagística, social, urbana e cultural da Praia da Rocha.

A organização propõe um ‘memorável’ percurso, que passa pelas carrinhas e camionetas da ‘Castelo e Caçorino’ que ligavam a cidade a esta estância balnear, até à descoberta dos primeiros hotéis, vivendas, ‘chalets’. As diferentes molduras humanas de grupos de banhistas e as paisagens, falésias, rochas e recantos são outros dos momentos retratados. Também o espaço de jogo e diversão do antigo Casino, onde em 1915 teve lugar o 1º Congresso Regional Algarvio e a animação do Pavilhão Avenida, nos anos 30, não ficaram esquecidos nesta mostra. Outros dos momentos é o da viragem para o século XX, altura em que as elites locais desenvol-

vem uma relação com a praia e que chegam os primeiros veraneantes e excursionistas, acusando o declínio dos hábitos termais, explica o GAMP. A Praia da Rocha surgia assim como uma das mais promissoras estâncias balneares do país. Este projeto, que está agora na quarta edição, traduz-se numa proposta de exposições de rua, que procuram fortalecer a identidade da comunidade portimonense, ao valorizar a cidade e o município, enquanto destino cultural e de lazer. De um modo informal, o visitante pode realizar uma descontraída viagem no tempo, entre as memórias e vivências sociais da altura. PUB


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Portimão Jornal • 30 JUL 2020 • Nº4

DESPORTO

KÁTIA VIOLA

O desalento da descida é para superar

“Vamos voltar mais fortes” Theodoro Fonseca, o ‘patrão’ do futebol do Portimonense, quer manter o treinador e a maioria dos jogadores, decisões a resolver durante estes dias, ao mesmo tempo que anuncia que não vai virar as costas ao clube. Hélio Nascimento

N

ão quero ninguém a chorar! Vamos voltar mais fortes”, prometeu Theodoro Fonseca, dirigindo-se aos jogadores, num momento de enorme tristeza, após a descida de divisão. A vitória sobre o Aves (2-0) foi amarga, também porque os adversários diretos – Tondela e V. Setúbal – na luta pela permanência cumpriram o seu papel e averbaram os três pontos. Os algarvios despediram-se assim do patamar mais elevado do futebol português, depois de três épocas a conviver com os grandes. Um adeus inglório, repita-se, marcado por cenas comoventes, com vários jogadores a chorarem e a serem confortados pelos responsáveis da SAD e pelo treinador Paulo Sérgio, que, todavia, não conseguiu igualmente disfarçar o desalento, inclusive quando falava com os jornalistas. O abraço sentido de Lucas Possignolo e Jadson, a imagem de Lucas Fernandes a chorar junto a Paulo Sérgio, as lágrimas de Tabata, Ricardo Ferreira e Dener, enfim, um quadro de profunda tristeza, como há muito não se via nas hostes alvinegras. Agora, segundo o acionista principal da SAD e o presidente Rodiney Sampaio, importa erguer a cabeça e voltar à luta. O período, como se

deve calcular, ainda não é o mais indicado para traçar planos, mas o espírito de conquista tem de voltar a pautar o dia a dia dos guerreiros de Portimão. Para trás ficou uma recuperação sensacional, já que no regresso do campeonato, pós-pandemia, a equipa estava no antepenúltimo lugar da tabela, a seis pontos do Paços de Ferreira, a primeira equipa acima da zona de despromoção. Entre a 25.ª e a 29.ª jornadas o Portimonense somou três vitórias e dois empates, o que lhe permitiu reduzir a desvantagem para três pontos, agora em relação a Tondela e V. Setúbal, ou seja, o sonho ganhava forma e as exibições dos pupilos de Paulo Sérgio agradavam aos adeptos e a toda a crítica. As derrotas seguintes, com Guimarães e Rio Ave, não alteraram o quadro, mantendo-se as mesmas diferenças pontuais. À 32.ª jornada, o triunfo sobre o Boavista (2-1), associado aos desaires de Tondela e V. Setúbal, colocaram os alvinegros fora da zona de descida, o que não sucedia desde a 15.ª jornada! Esta ronda de afirmação, porém, deu lugar a uma de frustração, já que na antepenúltima jornada os adversários diretos somaram pontos e o Portimonense baqueou em Paços de Ferreira. À entrada para o derradeiro ajuste de contas, o Tondela tinha 33 pontos, o V. Setúbal 31

D.R.

Elementos da SAD confortam jogadores no final da partida com o Aves e os algarvios 30. O resto já sabemos: ganharam os três, de pouco valendo os golos de Willyan e Dener no triunfo sobre o Aves, uma vez que as notícias oriundas dos outros estádios nunca foram positivas para o Portimonense. Por um ponto se desce… Paulo Sérgio pondera o futuro A caminhada de Paulo Sérgio ao serviço dos alvinegros foi sempre ascendente, mas a última montanha revelou-se traiçoeira. E agora, como será? Continuará em Portimão? “Nunca pensei em mim até agora. Por um lado, não me via a treinar na II Liga, mas, por outro, sinto-me lindamente aqui. Vou arrefecer a cabeça e pensar com calma. Tive um enorme orgulho e prazer em treinar estes jogadores, mas a tristeza é enorme, sobretudo porque não consegui dar aos adeptos aquilo que lhes prometera, que era a cidade continuar a ter futebol de I Liga”, disse o treinador.

“Os campeões caem e levantam-se e há carreiras a construir e carreiras a alcançar. Foi isso que a administração nos passou. Acredito que o clube vai reerguer-se e voltar ainda mais forte”, vincou o treinador, cujas declarações, de resto, agradaram sobremaneira a Theodoro Fonseca. “A nossa von-

tade é que ele fique no clube, reconhecendo, no entanto, que uma II Liga pode não ser tão aliciante para o Paulo. Queremos manter a maioria dos jogadores. Agora não posso virar as costas ao clube”, finalizou o empresário, que durante esta semana vai procurar convencer Paulo Sérgio.

Vários jogadores com mercado Vários jogadores do Portimonense têm mercado e será certamente difícil manter todos no plantel, até porque uma II Liga, como se sabe, gera muito menos receitas. Bruno Tabata, a jóia da coroa, é pretendido por alemães, franceses e japoneses, mas a SAD já informou que não o vende por menos de 20 milhões de euros – a cláusula de rescisão, aliás, é de 40 milhões. Lucas Fernandes e Willyan estão na lista do Marselha e do Zenit, respetivamente, e outros elementos podem também possibilitar um bom encaixe. Tudo dependerá da evolução dos negócios. O caso de Jackson Martínez é diferente: o colombiano tem mais um ano de contrato, mas já equacionou terminar a carreira, atendendo às limitações físicas que são do conhecimento geral. Mais um tema para resolver nos próximos dias.

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DESPORTO Paulo Pinheiro e Isilda Gomes acreditam numa jornada de sucesso e de repercussões inigualáveis

Fórmula 1 chega em outubro

Grande Prémio vai ter público nas bancadas e um impacto que pode chegar aos 130 milhões de euros, para além de trazer autoestima aos portugueses, em geral, e aos algarvios, em particular. D.R.

Hélio Nascimento

O

forte e apertado abraço de Isilda Gomes e Paulo Pinheiro é o retrato fiel de um sentimento de cumplicidade pelo objetivo alcançado. A autarca de Portimão e o administrador do Autódromo Internacional do Algarve (AIA) selaram assim a confirmação de que o circuito portimonense vai mesmo receber uma prova do Mundial de Fórmula 1, numa cerimónia que contou com várias personalidades de diversos quadrantes da vida nacional. Foi, de resto, um dia intenso, vivido com emoção, paixão e muita felicidade, ao mesmo tempo que, nos bastidores, se começa a acreditar que o Grande Prémio pode ter vindo… para ficar. Os dados estavam lançados, mas agora, para lá da certeza absoluta, começa já a ganhar forma o que envolve essa corrida, marcada para 25 de outubro, 24 anos depois da última presença do ‘circo’ da Fórmula 1 em território português. Para o Autódromo do Algarve, porém, é a primeira vez, o que aumenta ainda mais o simbolismo desta decisão e até ajuda a justificar a desenfreada corrida aos bilhetes. Não foi por acaso que o site do Autódromo ‘engasgou’, face ao elevado número de acessos em simultâneo. Falar da venda de bilhetes (85 euros é o mais barato) é sinónimo, na circunstância, de público nas bancadas, o que constitui mais uma vitória de Paulo Pinheiro e de todos quantos o ajudaram nesta caminhada. Nesta altura, atendendo a que o circuito tem

Manter a corrida durante muitos anos no circuito algarvio é agora mais um dos objetivos dos responsáveis uma capacidade de cerca de 120 mil pessoas, os cenários em cima da mesa comportam a redução de espetadores para metade daquele número, mas tudo vai passar pelo que a covid-19 for ditando e, também, pelas recomendações da Direção Geral da Saúde e entidades internacionais. Paulo Pinheiro, o CEO do Autódromo, foi o mais saudado e elogiado, não conseguindo, inclusive, disfarçar a emoção. Ao fim e ao cabo, é o sonho de uma vida. “A pista foi construída com o objetivo de ter Fórmula 1, e agora, no ano mais impensável, foi quando o conseguimos”, disse o diretor ao nosso jornal. “Esta não é uma prova de substituição, porque fomos nós que escolhemos a data e estipulámos as condições. Teria sido mais fácil aceitar o que nos pediam, que era ter uma prova sem público e numa data que

não nos interessava. Mas não era esse o objetivo e fizemos valer os nossos argumentos”, prosseguiu Paulo Pinheiro. “Trouxemos a prova nas datas que queríamos, com as condições que queríamos. E com público!”, rejubila, ao mesmo tempo que se apressa a garantir, desde já, “condições de segurança totais, no evento com maior divulgação mundial de sempre em Portugal, na linha do Euro 2004”, confessando, a terminar, a forte esperança de que o AIA seja palco de corridas de F.1 nos próximos anos. Momento histórico Isilda Gomes, por sua vez, catalogou o momento como “absolutamente histórico”. Bem ao seu estilo, a presidente da Câmara sublinhou que “valeu a pena apostar neste projeto e valeu a pena apoiar o Paulo Pinheiro no seu

sonho”. Depois, colocou o foco no turismo e na projeção do município, referindo que “possuímos uma região turística por excelência e vamos mostrar ao mundo as nossas capacidades e potencialidades, até porque a Fórmula 1 dá uma projeção inigualável a nível mundial”. E, sem se deter, prosseguiu: “Isto é um balão de oxigénio para o nosso turismo, sendo que, no futuro, a projeção vai dar-nos a capacidade de receber mais pessoas, que irão ver que este é um destino seguro e de qualidade. Vamos ter uma grande prova em Portimão”, assegurou, tocando, a seguir, num ponto de enorme significado. “Esta atribuição traz autoestima aos portugueses, e sobretudo aos algarvios, numa fase tão má como a que temos passado”. Entre ganhos diretos e indiretos, o impacto da realização de um Grande Prémio de Fórmula 1

em Portugal pode chegar aos 130 milhões de euros, admite Rita Marques, secretária de Estado do Turismo. “Na pior das hipóteses, o impacto será de 30 milhões para a região e para o país”, mas esta é uma previsão muito por baixo. Rita Marques está convencida que a prova “nos ajudará a projetar Portugal aos 470 milhões de espetadores que habitualmente seguem as corridas”, adiantando ainda que o Turismo tem um pré-acordo com o Autódromo “no sentido de garantir o financiamento da repavimentação do circuito, obra estimada em 1,5 milhões de euros”. Sobre dinheiros e orçamentos, Isilda Gomes esclareceu que o AIA não é sinónimo de endividamento. “A Câmara Municipal de Portimão não coloca verbas no Autódromo e estamos a pensar apenas em dar um apoio de 200 mil euros”.

Reações É fantástico o nosso país receber um evento deste nível e é a melhor forma de Portugal poder ficar no calendário nos próximos anos. O Autódromo do Algarve vai estar à altura, mostrando que tem capacidade para impressionar a organização do Mundial” Tiago Monteiro (único português a subir ao pódio numa corrida de F.1)

Isto é um reconhecimento da FIA, das instituições e dos promotores internacionais do automobilismo, à capacidade de organização que Portugal tem. E também acho que é um reconhecimento à forma que lidámos com a pandemia” João Paulo Rebelo (secretário de Estado da Juventude e Desporto)

A Fórmula 1 insere-se nos eventos âncora que o Algarve deve ter na estação baixa, que se afirmassem nos calendários europeus e mundiais, como capazes de gerar fluxos turísticos importantes e funcionando como meios privilegiados de promoção e divulgação da região”

Sabemos que a vinda de um Grande Prémio a Portugal é cara. Mas o caro é relativo. O benefício que isto pode trazer será tão grande, que poderá entusiasmar o Governo a apoiar a manutenção desta prova no país. A Fórmula 1 é o expoente máximo das provas automóveis”

Continuamos a atrair eventos de referência e queremos que todos os que nos visitem testemunhem que somos um país de excelência. Somos um país seguro. O público da Fórmula 1 identificou o Algarve como sendo a sua localização preferida para este tipo de prova”

Elidérico Viegas (presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve)

Ni Amorim (presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting)

Rita Marques (secretária de Estado do Turismo)


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Portimão Jornal • 30 JUL 2020 • Nº4

DESPORTO PUB

Câmara de Portimão apoiou mais de uma centena de entidades

Verba superior a 860 mil euros para associações

Contratos programa contemplam coletividades de índole cultural, social e desportiva e tiveram em conta a boa gestão financeira dos recursos. D.R.

Movimento associativo continua a ser prioridade do município

R

econhecendo o inquestionável papel que o associativismo local desempenha na comunidade, a Câmara Municipal de Portimão apoiou este ano uma centena de entidades, com as quais estabeleceu contratos programa no valor global de 867.709,62 euros. Nesse sentido, foram apoiadas 40 associações/instituições culturais (152.550 euros para o desenvolvimento e funcionamento e 261.852,74 euros para

o investimento), 30 associações/ instituições sociais (76.563,80 euros para o desenvolvimento e funcionamento e 65.693,08 euros para o investimento) e 31 clubes/associações desportivas (220.900 euros para o desenvolvimento e funcionamento e 90.150 euros para o investimento). Por via das novas condições originadas pela covid-19, foi solicitada a revisão das candidaturas às associações em função

desta realidade em tempos de pandemia, sobretudo devido ao facto de muitas das atividades propostas em plano terem sido canceladas, adaptadas ou reagendadas. No fundo, todos os planos foram repensados, resultando estes contratos da avaliação dos planos entregues para o segundo semestre do ano. Uma das particularidades da vida cultural do concelho é a existência de um grande número de associações que contribuem fortemente para a animação da vida local e para o reforço dos elos que ligam os portimonenses entre si e a partilha de um sentimento comum face à sua história. É neste contexto que o movimento associativo é extremamente importante, pelo que a autarquia procurou adequar os apoios de incentivo à meritória ação nesta vertente. Assim, os valores atribuídos uma análise cuidada dos relatórios de contas de 2019, do plano de atividades para 2020 e da ficha de caracterização enviada pela Câmara a cada coletividade para preenchimento, tendo sempre em conta a boa gestão financeira dos recursos económicos existentes.

Campeão irlandês de vela escolhe Portimão para treinar o Clube Naval de Portimão, onde encontraram todas as condições de segurança em pleno funcionamento”, destaca o emblema portimonense. O jovem Rocco Wright trouxe a família – o pai, Darren Wright, faz regatas nos grandes veleiros, no troféu Rolex – e fica em Portimão mais uns dias. O velejador venceu o Campeonato da Grã-Bretanha de optimist, na classe infantil, em 2018, entre 120 com-

CARLOS MANUEL COELHO SANTANA AGRADECIMENTO O restaurante "BRANQUINHO" na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como seria seu desejo, vêm por este meio agradecer muito reconhecidamente a todos os clientes e amigos que se dignaram a companhar o seu ente querido à sua última morada, bem assim aos que de qualquer outro modo manifestaram o seu pesar. Agência Funerária Coelho - Portimão Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222 Serviço Funerário Permanente 24 Horas

Clube Naval abriu as portas a jovem promissor

Rocco Wright, de 13 anos, o melhor velejador da sua categoria na Irlanda e um dos melhores do mundo, escolheu Portimão para o local de treino, com vista ao Europeu de optimist, marcado para outubro. “Não podendo treinar na Irlanda, por causa do covid-19, era necessário encontrar um local seguro para o Rocco se preparar, com o objetivo de tentar vencer o Europeu de optimist. E não encontraram melhor do que

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FARMÁCIAS COM SERVIÇO NOTURNO petidores de 13 países, e em 2019, no seu primeiro ano de juvenil, ficou em 10.º lugar no Campeonato do Mundo. “No momento em que o coronavírus parou os desportos, os entendidos davam-no como garantido no pódio, com largas possibilidades de ser campeão mundial”, assinala o clube, a propósito das performances do irlandês. O Europeu, note-se, está marcado para a Eslovénia, entre 18 e 25 de outubro.

JULHO 30 Arade • 31 Rio AGOSTO 1 Central • 2 Pedra Mourinha • 3 Moderna • 4 Carvalho • 5 Rosa Nunes 6 Amparo • 7 Arade • 8 Rio • 9 Central • 10 Pedra Mourinha 11 Moderna • 12 Carvalho FICHA TÉCNICA • DIRETOR Rui Pires Santos • REDAÇÃO Ana Sofia Varela, Hélio Nascimento e Jorge Eusébio • DESIGN E PAGINAÇÃO Vanessa Correia FOTOGRAFIA Eduardo Jacinto e kátia Viola • DEPART. COMERCIAL Hélder Marques, 914 935 351 • PROPRIEDADE E EDITOR PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Unip. Lda., Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto, 8400-417 Lagoa • CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Rui Pires Santos • DETENTOR DO CAPITAL 100% Rui Pires Santos • NIF 508 134 595 • Nº REGISTO ERC 127433 • DEPÓSITO LEGAL Nº 470747/20 • SEDE DE REDAÇÃO Rua Dr. João António Silva Vieira, Lote 3, 3º Dto., 8400-417 Lagoa • EMAIL portimaojornal@gmail.com • TELEFONE 282 381 546 | 967 823 648 IMPRESSÃO LUSOIBÉRIA, Av. da República, nº 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa • TIRAGEM 3.500 exemplares • PERIODICIDADE Quinzenal • ESTATUTO EDITORIAL: https://algarvevivo.pt/ sobre-nos/


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A FECHAR

Quinta-feira • 30 julho 2020

D.R.

Três zonas de estacionamento à superfície

Câmara isenta tarifas em mais 250 lugares Apesar de ser grátis, continua a ser efetuada uma fiscalização ativa que assegura que os cidadãos cumpram as regras de parqueamento. ANA SOFIA VARELA

Ana Sofia Varela

A

Câmara Municipal de Portimão conseguiu resgatar mais 250 lugares de estacionamento à superfície, que estavam sob a concessão da empresa SABA, que passam agora a ser gratuitos. O parqueamento em ruas como a Praceta Major David Neto, as Ruas João da Cruz, Teófilo Braga, Heliodoro Salgado, João de Meneses, das Comunicações, Dom Carlos I, 28 de Maio, José António Marques e a bolsa que fica nas traseiras do Lar da Criança, PSP e EMARP passam agora a ficar isentos. A empresa privada tinha esta concessão que englobava também o parque subterrâneo em frente à Câmara Municipal, mas o contrato já terminou este mês, o que possibilitou antecipar este resgate. No entanto, ao que o Portimão Jornal apurou esta gratuitidade não implica que deixe de existir uma fiscalização ativa. Ou seja, quem estacionar de forma abusiva, ocupando por exemplo dois lugares, ou com parte do veículo em cima do passeio reduzindo a mobilidade dos cidadãos, arrisca-se a ser multado pela EMARP, empresa que tem a responsabilidade de fiscalizar se são cumpri-

TEMPO recebe ‘Cremilde em Concerto’ A fadista Cremilde, natural de Alvor, sobe ao palco do Teatro Municipal de Portimão (TEMPO) na quarta-feira, 5 de agosto, às 21h30, onde fará uma retrospetiva da sua carreira. Será neste espetáculo ‘Cremilde em Concerto’, que a artista apresentará também alguns dos temas originais do próximo trabalho, em estreia absoluta. Cremilde começou a cantar ainda antes da adolescência em grupos de baile, iniciando-se no fado quando um grupo de cantores lisbonenses abriu um restaurante na Praia do Vau. A caminho do quinto trabalho discográfico editado, é considerada por muitos o maior símbolo do fado no Algarve.

Futsal alvinegro tem mais dois reforços

Bolsa nas traseiras do Lar da Criança é um dos locais gratuitos das as regras. É, aliás, a esta entidade que o cidadão pode recorrer para solicitar um dos outros benefícios previstos no Regulamento das Zonas de Estacionamento Controlado em Portimão, a de não pagamento de 60 minutos diários nas zonas tarifadas, desde que o residente utilize a aplicação móvel iParque Mobile. Este resgate junta-se ao que já foi efetuado em outubro de 2019, o da ‘concessão da Empark’, a outra empresa privada a operar na cidade. Assim, todo o estaciona-

mento à superfície da cidade passa para gestão municipal, numa redução de 340 lugares tarifados, entre os quatro meses de junho e setembro, e de 540 lugares de outubro a maio (8 meses). Após esse acordo com a Empark, o município passou a gerir 400 lugares na zona central da cidade e no Largo do Dique. Neste largo junto à zona ribeirinha, com cerca de 200 lugares, as tarifas são apenas cobradas entre junho e setembro. Portimão passa a ter três áreas tarifadas que variam consoante os dias da semana e a ápoca do ano.

O futsal do Portimonense tem mais dois reforços: Wendell Pereira dos Santos, de 25 anos, e Moreira, guarda-redes da mesma idade, chegaram a acordo com os responsáveis dos alvinegros e vão representar o grupo às ordens de Pedro Moreira. O jovem ala brasileiro é oriundo do Eléctrico de Ponte de Sor, clube que representou nas últimas duas temporadas, e conta ainda com passagens pelo Corinthians, São Caetano Futsal e Jaraguá no Brasil, Zhuhai Ming Shi da China e pelos espanhóis do Jaén Paraiso, onde ajudou a sua equipa a conquistar o 4°lugar na LNFS, foi vice campeão da Copa do Rei e venceu a Copa de Espanha. Já Moreira, oito vezes internacional pela seleção nacional de sub-21, chega ao Portimonense depois de uma época no Toulon, de França.

‘Piratas Malabaristas’ procuram tesouro na zona ribeirinha Os piratas andarão à solta na zona ribeirinha de Portimão, no domingo, 2 de agosto, a partir das 18 horas. Na ação ‘Piratas Malabaristas’, dois animadores caracterizados como estas personagens que atravessam os sete mares vão fazer uma série de peripécias para encontrar um tesouro perdido. Já no dia 9 de agosto, a iniciativa de rua será às 19 horas e terá como tema ‘Moon light’, com habitantes lunares a recriar o imaginário para contar uma história visual que reaviva a curiosidade e a capacidade de surpreenderem por outras formas de perceção e comunicação. PUB


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