No Olho do Furacão
Em contagem regressiva para os grandes eventos esportivos no país, o ministro Aldo Rebelo assegura: “A Copa no Brasil reúne tudo para ser a maior de todos os tempos”
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Por Cristiano Bastos H Ilustração Lézio Júnior H
oje com 56 anos, o alagoano de viçosa aldo rebelo iniciou a trajetória política em 1980, quando foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 1989, já no Partido Comunista do Brasil, lançou o livro No Olho do Furacão, obra que narra a história vitoriosa de Luiza Erundina no pleito para a prefeitura de São Paulo, em que ela derrotou políticos pesos-pesados como Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Jânio Quadros e Orestes Quércia – e no qual, pela primeira vez, a esquerda uniu-se em uma batalha eleitoral. Há dois anos, Rebelo teve uma controversa atuação como relator da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro, que foi sancionado, em maio deste ano, pela presidente Dilma Rousseff. E, no final de 2011, foi nomeado ministro do Esporte, pasta assumida no lugar de Orlando Silva, também do PC do B, que pediu demissão após denúncias (que ele negou) de envolvimento em um esquema de desvio de verbas no Ministério.
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Igualmente polêmica tem sido a relação do ministro com a imprensa. “Estou habituado a ter meus atos julgados diariamente, principalmente pelos jornalistas”, ele, também jornalista, escreveu no Twitter. Embora tenha respondido à maioria das perguntas, nesta entrevista Aldo Rebelo não teve muita paciência para contrapor questões relativas às declarações do deputado federal Romário (PSB-RJ), que disse recentemente à Rolling Stone Brasil que esta seria a “Copa da mentira”. “Eu não gostaria de dar uma entrevista sobre o Romário. Eu sou o ministro do Esporte, não sou fiscal das atitudes do Romário”, rebateu. Rebelo falou também a respeito do desafeto Jerome Walcke, secretário-geral da Fifa, do legado da Copa, do Código Florestal e até sobre o brasileiríssimo saci-pererê – o qual, ele acredita, poderia muito bem ter sido o mascote da Copa no Brasil. “Com uma perna só, o saci é capaz de fazer mais coisas do que muitos ‘seres comuns’ com as duas pernas”, compara. rollingstone.com.br
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