Revista PoloUm nº07

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Inclusão Digital, Redes Sociais e Educação

N

ão há como iniciar um texto sobre inclusão digital que não passe pelas bases que a sustentam: uma rede digital de acesso que atinge os lares e estabelecimentos públicos e privados, equipamentos que ligados a esta rede física possibilitem a conexão digital e, finalmente, o ser humano dotado do conhecimento necessário para uso dos recursos hoje disponíveis na internet. A ineficiência ou inexistência de uma delas compromete todo o conjunto. É evidente que o domínio das tecnologias da informação e comunicação torna-se cada vez mais necessário à sobrevivência no mundo contemporâneo. No entanto, somos conscientes que as deficiências ainda existentes em nosso Estado no que se refere à inclusão digital, não impedem que vislumbremos que as aulas de giz e quadro negro, com cópias e mais cópias no caderno espiral estejam com os dias contados. Hoje, para ter acesso ao conhecimento não é suficiente apenas dominar a leitura, a escrita e as operações básicas. Agora é imprescindível, também, o domínio das tecnologias. Nossas crianças crescem com controles remotos, tablets, smatphones, notebooks, fazendo com que nos surpreendamos pela agilidade de manipulação ou navegação, frente às nossas habilidades para tal. Pois, essas crianças estão crescendo, frequentando a sala de aula e esperando de algum modo que o mundo da educação a atraia em igual intensidade. Os professores, ora em exercício de suas profissões encontramse numa fase de transição. A globalização iniciada pelas relações comerciais abrange agora a informação. A internet agrega um potencial inovador sem precedentes, vez que permite suplantar as paredes da sala de aula, possibilitando o intercâmbio de ideias e informações entre estudantes de diferentes lugares e em tempo recorde. Atualmente, os nossos alunos dispõem de vasto material didático e com um simples toque de teclado, a exemplo de vídeoaulas ministradas por professores brasileiros e estrangeiros em grande quantidade e por que não, de diversos níveis de qualidade. Eu, como professor de engenharia civil, há décadas, suspeitei que um curso na área tecnológica pudesse ser oferecido a distância. Hoje, me deparo com vídeos de ensaios de laboratório bem detalhados que atendem perfeitamente ao que se espera em nível de conhecimentos para um curso de graduação. Então questiono: será que numa aula de laboratório convencional, com aproximadamente 30 alunos, por vezes mal vendo o equipamento e os procedimentos, esses alunos têm condições de entender melhor o ensaio?

Dessa forma, concebo que a Universidade deve se colocar em sintonia com o mundo globalizado, oferecendo cursos a distância, disciplinas isoladas a distância para cursos presenciais e dispor de tecnologias adequadas para a interação virtual entre os diferentes agentes do processo ensino-aprendizagem. A interação virtual, também, não advém apenas por meio de um sistema/plataforma como o Moodle, ocorre perfeitamente por via das redes sociais. Estas redes, hoje, dominam muito de nosso tempo, seja por redes de amigos, de colegas de trabalho, de família. Além disso, surgem redes de grupos de estudo, assim como aquelas de uma determinada disciplina ministrada presencialmente começam, também, a fazer parte do nosso dia a dia. Nesse contexto, o facebook, whatsapp e e-mail “da turma” têm a preferência dos alunos. Por meio dessas ferramentas o professor envia arquivos, tira dúvidas, indica textos e propõe outras atividades. Ainda propiciam a interação entre os alunos que buscam solucionar a maior parte dos problemas sem a intervenção de seu mestre. Essa nova forma de buscar o conhecimento e a receptividade pelo corpo docente é muito positiva. Porém, a transição a que me referi anteriormente, remete à revisão de procedimentos muito mais por parte do professor do que pelo aluno. Muitos de nós crescemos aprendendo com o giz e quadro negro, onde o surgimento do retroprojetor já era uma revolução. Aliás, quem usa hoje retroprojetor? Portanto, o professor precisa despertar e evoluir neste mundo digital. Devemos lembrar sempre do incentivo que damos aos nossos alunos que se graduam: “Não parem nunca de estudar, de evoluir no conhecimento”. E nós, mestres, também não podemos nunca parar no tempo. Temos que ter presente que sem esse conhecimento, o homem estará excluído das oportunidades de inserção produtiva na sociedade. Sendo assim, o ciberespaço, ou seja, o espaço criado pelas relações mediadas pelas novas tecnologias, tornou-se um espaço aberto que trouxe um campo de possibilidades para produção e disseminação de informações. O alcance e a integração de vídeo, som e dados textuais possibilitou a realização de pesquisas e busca de informações em sites de notícias, blogs, fóruns e também nas redes sociais. É inegável que as Tecnologias de Informação e Comunicação TICs, as tecnologias da Web 2.0 (wikis, redes sociais, mundo virtuais, etc.) fazem parte do cotidiano de muitos alunos e que estes não convivem com isso apenas na escola, mas também em casa, no trabalho. E nós professores estamos diante desse grande desafio. Desafio que exige estudos, pesquisas e constante atualização, uma vez que vivemos num mundo em plena mutação. Somos os responsáveis pela preparação das novas gerações. Walter Canales Sant’Ana Vice-Reitor da UEMA

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Revista do Núcleo de Tecnologias para Educação da Universidade Estadual do Maranhão

Editorial


Carta ao Leitor Caros leitores,

A

Revista PoloUm chega na sua sexta edição recheada de assuntos atuais, que enaltecem a educação a distância. Aqui você encontra uma entrevista com o professor António Moreira Teixeira, da Universidade de Lisboa/Portugal, que fala sobre modelos universitários emergentes mais abertos, flexíveis e sustentáveis. E os cursos abertos da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA estão em alta. Já atingimos mais de 6 mil participantes de países como Estados Unidos, Portugal, Argélia e Venezuela, além de vários estados brasileiros e cidades maranhenses. A Universidade oferta três cursos: Negociação, Empreendedorismo e Bioética, mas a meta é chegar a 15 até o final do ano. Na literatura, palmas para o projeto de extensão Narrando, Encantando e Conhecendo Escritores Maranhenses. Uma forma divertida e criativa de aprender mais sobre esses escritores, que abrilhantam a nossa Atenas Brasileira (como São Luís, também, é conhecida pela tradição e importância da sua literatura). Nesse primeiro semestre, a UEMA, por meio da modalidade a distância, certificou três mil alunos de 13 cursos técnicos, nas mais diversas áreas, aptos para atuar com qualidade no mercado de trabalho. E você já ouviu falar de sala de aula invertida?

Paula Lima

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Nessa edição, conhecerá um pouco mais sobre o método que valoriza mais o aprendizado no ritmo de cada estudante. E o destaque vai para a matéria sobre a inclusão social por meio da educação a distância. A modalidade vem fazendo diferença na vida das pessoas. Aqui vocês conhecerão personagens que comprovam tal fato. Esta edição é especial, e, por isso, trazemos novidades. A revista passa a ser traduzida, também, na língua espanhola, ou seja, será trilíngue. Qual o motivo de inserir a língua? Hoje é considerada a terceira mais falada no mundo e não se limita apenas aos falantes da língua materna, que já ultrapassa os 300 milhões de pessoas. Esse número cresce a cada ano pela quantidade de pessoas que aprendem o idioma como uma língua estrangeira. O inglês sustenta o primeiro lugar, seguido do mandarim, falado na China, que permanece em segundo lugar devido a quantidade de habitantes desse país, porém o espanhol se destaca no mundo comercial, principalmente na comunidade européia, onde junto com o inglês são as línguas mais faladas. Outro dado interessante é que vem alcançando um número considerável de internautas, sendo, atualmente, a terceira língua mais utilizada, também, na internet.

Editoras

Então, boa leitura!

Eliza Flora


Opinião Coordenação de Tutoria: Acompanhamento de tutores nos cursos técnicos a distância da UEMA

Entrevista Entrevista com o Dr. António Moreira Teixeira, sobre modelos universitários emergentes mais abertos, flexíveis e sustentáveis

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12

Educação Cursos abertos da UEMA em alta

Oportunidade

Literatura Narrando, encantando e conhecendo escritores maranhenses

Sonho Realizado UEMA diploma alunos de 13 cursos técnicos a distância

17 19

Aconteceu A UEMA na rota dos cursos profissionalizantes

Cenário Sala de aula invertida: valorizando mais o aprendizado no ritmo de cada estudante

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Inclusão social por meio da educação a distância

Expediente Reitor da UEMA Prof. Gustavo Pereira da Costa Vice-reitor da UEMA Prof. Walter Canales Sant’Ana Coordenadora Geral do UEMANET Profa. Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Editoras Paula Lima, Profa. Eliza Flora Muniz Araújo Revisão Profa. Eliza Flora Muniz Araújo, Claudia Moraes Reportagens Paula Lima Tradução para Inglês Aretha Machado Cunha Tradução para Espanhol Rubén Barrera Labrada Imagens Andriolli Araújo/Internet Arte Rômulo Santos Coelho Diagramação Josimar de Jesus Costa Almeida Colaboração Fredson Ferreira

Revista do Núcleo de Tecnologias para Educação da Universidade Estadual do Maranhão

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Opinião COORDENAÇÃO DE TUTORIA: ACOMPANHAMENTO DE TUTORES NOS CURSOS TÉCNICOS A DISTÂNCIA DA UEMA São Luís – MA – Maio/2014

necessidade do controle permanente dos tutores tanto virtual quanto presencial no exercício de suas funções, bem como a importância das formações.

Danielle Fernandes Martins Leite Lima - Universidade Estadual do Maranhão - danielle.mlf@gmail.com

Palavras-chave: educação a distância; tutoria; diretrizes metodológicas.

Claudia Letícia Gonçalves Moraes - Universidade Estadual do Maranhão - claudiamoraes27@gmail.com

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Eliza Flora Muniz Araújo - Universidade Estadual do Maranhão - eliza.uemanet@gmail.com Classe: (1) Setor Educacional: (3) Classificação das áreas de pesquisa em EAD: Macro C / Meso F Natureza do trabalho: (B) RESUMO Este artigo enfoca as diretrizes que norteiam o trabalho da Coordenação de Tutoria dos cursos técnicos da Rede e-Tec/Brasil ofertados pela Universidade Estadual do Maranhão, na forma subsequente ao Ensino Médio. Para tanto, foram descritas as etapas pelas quais passa o tutor quando do ingresso na tutoria, bem como as atribuições das equipes que formam e acompanham esse tutor ao longo do trabalho. Dessa forma, estão incluídos neste estudo os procedimentos realizados na seleção, formação e capacitação de tutores, assim como o acompanhamento de suas atividades. A metodologia utilizada neste artigo encontra-se respaldada nos relatórios avaliativos, bem como na observação sistemática do trabalho de tutoria. Os dados coletados foram analisados a partir de um referencial teórico que permitiu compreender com mais clareza a forma como a Coordenação de Tutoria vem conduzindo os trabalhos. Considerando que se trata de um estudo de caráter preliminar, o presente artigo tem relevância na medida em que aponta novos caminhos a serem percorridos a partir da experiência já adquirida com os cursos técnicos. A análise das informações indica a

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INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta as diretrizes metodológicas emanadas pela Coordenação de Tutoria dos Cursos Técnicos da Universidade Estadual do Maranhão, no sentido de nortear o trabalho dos tutores e, nesse contexto, as atribuições e rotinas desempenhadas por esses profissionais no exercício de suas funções. Os cursos são ofertados em parceria com o Ministério da Educação por meio da Rede e-Tec/Brasil, num total de 13 cursos de diferentes áreas do conhecimento, regidos por uma Coordenação Geral e coordenações específicas. Pretende-se, ainda, com o presente estudo proporcionar uma visão geral dos procedimentos adotados pela Coordenação de Tutoria no que concerne a dinâmica exigida, descrevendo cada uma das etapas do trabalho, ou seja, desde a seleção de tutores, passando em seguida pela formação, capacitação e monitoramento. A intenção é demonstrar como as diretrizes são operacionalizadas no cotidiano, mediante o acompanhamento dos tutores presenciais e a distância, na perspectiva de avaliar o desempenho de forma crítica e colaborativa. Nessa concepção, um dos aspectos mais considerados é o que tange à interação entre a Coordenação de Tutoria, tutores e demais segmentos da Coordenação Geral dos cursos técnicos em prol da melhoria do desempenho do trabalho como um todo. Assim, este estudo trouxe reflexões sobre a necessidadedo controle permanente e sistemático do trabalho desenvolvido pelos tutores presencial


Opinião e a distância, bem como uma formação efetiva que contemple os aspectos relacionados ao exercício competente de suas funções, o aprimoramento da formação acadêmica e o uso adequado das ferramentas tecnológicas tendo em vista o desenvolvimento da ação educativa através de processos interativos qualificados.

2

COORDENAÇÃO DE TUTORIA

A Coordenação de Tutoria se constitui numa das principais unidades da Coordenação Geral dos cursos ofertados na modalidade a distância no âmbito da Universidade Estadual do Maranhão. Trata-se especificamente dos cursos técnicos, mediados pelo Núcleo de Tecnologias para a Educação – UEMANET que, por ser uma experiência nova, e também pela quantidade e diversidade de cursos oferecidos, tem exigido um rigoroso sistema de acompanhamento e avaliação das atividades da tutoria, resultando em constantes ajustes na dinâmica de trabalho. Compreende-se, portanto, que esses ajustes são necessários vez que fazem parte do processo de aprendizagem. Conforme Litto (2010, p.13): Aprender como aprender será a habilidade mais importante a ser adquirida por todas as pessoas no futuro. [...] Uma vez que diferentes problemas, de uma nova ordem de complexidade, estarão surgindo constantemente, haverá sempre novos desafios, novos obstáculos a serem derrubados.

Constituída por uma equipe multidisciplinar, a Coordenação de Tutoria atua nos processos da EAD interagindo com os diversos atores no âmbito da Coordenação Geral do e-Tec: Articulação de Polos, Coordenação Pedagógica e Coordenação de Cursos (Assistentes), conforme figura a seguir:

Figura 1 – Funcionograma da Coordenação Geral

Para melhor situar o trabalho da Coordenação de Tutoria é importante compreender o papel que desempenha o tutor como mediador entre o aluno e o conhecimento no processo ensino-aprendizagem, levando em conta sua formação e experiência docente. Conforme Mill (2010, p. 82) “Os tutores são os mediadores entre os alunos e o conhecimento, as tecnologias e o professor; assim, o resultado favorável de uma proposta depende da prática bem sucedida desses atores”. Aliam-se a isso as diretrizes contidas no Manual de Atribuições, Deveres e Direitos da Coordenação de Tutoria da Escola Técnica Aberta do Brasil – Programa e-Tec/Brasil, (Anexo I da RESOLUÇÃO CD/FNDE Nº 18 DE 16 DE JUNHO DE 2010), que estabelece para o Coordenador de Tutoria as seguintes atribuições:

coordenar e acompanhar as ações dos tutores;

apoiar os tutores das disciplinas no desenvolvimento de suas atividades;

supervisionar e acompanhar as atividades do ambiente virtual de aprendizagem (AVA);

acompanhar os relatórios de regularidade dos alunos;

acompanhar os relatórios de desempenho dos alunos nas atividades;

analisar com os tutores os relatórios das turmas e orientar os encaminhamentos mais adequados;

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Opinião •

supervisionar a aplicação das avaliações;

ensino aprendizagem” (2010, p.4) traz a seguinte re-

dar assistência pedagógica aos tutores das turmas;

flexão:

supervisionar a coordenação das atividades presenciais.

Alicerçada nessas concepções, assim comoem experiências anteriores da UEMA em EAD e, especialmente, em estudos e pesquisas desenvolvidas por outras instituições, foi elaborado o documento“Referenciais para os Cursos Técnicos a Distância ofertados pela UEMA”, que contempla um conjunto de diretrizes e procedimentos que direcionam as ações da Coordenação de Tutoria, conforme figura abaixo:

[...]é essencial que as instituições que promovem cursos a distância disponham de órgãos específicos para acompanhamento, atendimento e apoio aos alunos, proporcionando-lhes a aquisição de hábitos e técnicas de estudo, interação com tutores e com outros alunos, a fim de motivá-los a permanecerem no processo de ensinoaprendizagem. A tutoria, neste caso, costuma ser considerada peça chave na ação de aprendizagem, visado orientação acadêmica, acompanhamento pedagógico e avaliação da aprendizagem dos alunos a distância.

Em conformidade com o pensamento da autora, a Coordenação de Tutoria desenvolve um conjunto de atividades dentre as quais se destacam: seleção de tutores por formação acadêmica para cada curso; realização da Formação Continuada de Tutores; acompanhamento da capacitação dos tutores por disciplina; monitoramento do acesso diário ao AVA (tutores presenciais e a distância); acompanhamento e avaliação do processo de interação dos tutores nas atividades do AVA; elaboração de instrumentos

Figura 2 – Modelo que representa a composição da

de controle, acompanhamento e avaliação das

Coordenação de Tutoria

atividades realizadas no âmbito do processo ensinoaprendizagem, entre outros. O monitoramento referente ao desempenho dos

No âmbito dessa dinâmica, o foco da Coordenação

tutores realiza-se mediante instrumentos de avaliação

de Tutoria se direciona basicamente para o monito-

que apontam o nível de aptidão daqueles que devem

ramento do desempenho dos tutores e dos alunos

permanecer na função. Caso não atendam aos critérios

mediante o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Esse monitoramento é realizado na perspectiva de orientá-los na condução dos trabalhos, de modo que

exigidos são convidados pela Coordenação para orientações no sentido de aprimorar o seu trabalho. Se continuarem não correspondendo, os Coordenadores de Curso são informados sobre o fato e decidem pelo

se reflita positivamente no desempenho do aluno. Ci-

desligamento do tutor do curso. A seguir, apresenta-

tando Patrícia Battisti et al., que em artigo intitulado

se um dos instrumentos de acompanhamento.

“A interação tutor a distância e aluno no processo de

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Opinião Nº

TUTOR

POLO/ TURMA

Nº de cursistas

Correção de Atividades

Participação nos Fóruns A

B

C

D

Atividade I E

F

G

Atividade II H

E

F

G

H

1 2 3

LEGENDA A

FOMENTOU A DISCUSSÃO CONTRIBUINDO PARA FORMAÇÃO DO ALUNO

B

APENAS ELOGIOU OU CRITICOU OS ALUNOS

C

CORREÇÃO INCOERENTE COM O ENUNCIADO

D

NÃO DEU FEEDBACK PARA TODAS PARTICIPAÇÕES

E

CORREÇÃO COM ARGUMENTO TEÓRICO

F

CORREÇÃO COM ELOGIOS E CRÍTICAS

G

REPETIÇÃO DO FEEDBACK A TODOS ALUNOS

H

NÃO CORRIGIU TODAS ATIVIDADES

metodológicas, possibilitando-lhes conhecimentos e estratégias de integração sobre o trabalho da tutoria, tanto em termos pedagógicos quanto em relação ao uso das ferramentas tecnológicas no desenvolvimento dos cursos, bem como dos materiais didáticos a serem utilizados em cada disciplina. Nesse sentido, vale registrar o trabalho desenvolvido no que diz respeito a esse item:

Quadro 2 - Atribuições exercidas pela Equipe de Formação Continuada Acompanhar a capacitação específica das disciplinas presencialmente e via webconference;

Quadro 1 - Ficha de Acompanhamento do Tutor

Acompanhar a elaboração dos calendários de início das disciplinas dos cursos junto à Coordenação Pedagógica;

Para Kenski é necessário haver preocupação não somente com o acompanhamento e a avaliação da aprendizagem dos alunos. Para a autora, tudo em educação deve ser acompanhado e avaliado a fim de que o processo de aprendizagem implique em resultados satisfatórios (KENSKI, 2010, p.61). Como pode ser observado, esse instrumento é de grande importância para o trabalho da Coordenação de Tutoria vez que possibilita identificar problemas relacionados às dificuldades enfrentadas pelos tutores, especialmente no que diz respeito ao domínio das ferramentas tecnológicas e em alguns casos, aponta deficiências provenientes da sua própria formação.

2.1 Formação Continuada e Capacitação de Tutores

O objetivo desse componente é orientar os tutores dos cursos técnicos quanto às diretrizes

Elaborar os calendários das capacitações de disciplinas, a partir do calendário geral de 1ª e 2ª ofertas, conforme data do início de cada disciplina; ATRIBUIÇÕES

Esse instrumento é adotado para avaliar a interação do tutor no AVA, e para tanto, alguns aspectos são objetos da análise: atuação do tutor no fórum; tempo e qualidade das respostas ao aluno; fundamentação teórica referente às interações; participação do tutor nas atividades avaliativas do aluno; feedback ao aluno a tempo de intervenção construtiva; comentário das atividades de forma individual, entre outras.

Acompanhar junto à Coordenação Pedagógica e D.E os produtos elaborados pelos professores, com vistas a agendar a capacitação; Avaliar o desempenho dos professores em cada capacitação de disciplina, informando a Coordenação Pedagógica; Acompanhar junto à Coordenação de Tutoria a contratação de novos tutores para os cursos; Elaborar o calendário anual das Formações Continuadas de Tutores; Organizar e acompanhar a Sala de Formação Continuada dos Tutores via AVA; Elaborar junto à Coordenação de Tutoria relatório das Formações Continuadas de Tutores.

Fonte: Relatório da Coordenação de Tutoria – 2013/2014

Além dessas atribuições destacam-se as estratégias pedagógicas adotadas no processo das formações dos tutores, envolvendo dinâmicas, oficinas, grupos de trabalho e palestras. Além disso, são abordados temas relativos ao papel do tutor presencial e a distância, orientações sobre o processo de avaliação presencial que se realizam nos Polos de Apoio Presencial, avaliação no AVA, e outros aspectos. Essa oportunidade possibilita, também refletir sobre o papel da tutoria, tanto no que se refere ao UemaNet • Revista PoloUm | 9


Opinião uso adequado das tecnologias quanto à necessidade de formação continuada. Segundo Mill, a formação para o exercício da docência é continua e precisa ser contextualizada ao longo de toda a vida profissional. (MILL, 2010, p. 76).

2.2 Monitoramento do AVA

O monitoramento do AVA requer observar se o tutor está auxiliando na formação do conhecimento do aluno de maneira interativa, avaliando se os objetivos do trabalho estão sendo efetivamente alcançados ao longo do processo educacional. Assim, o trabalho é realizado prioritariamente dentro do Ambiente Virtual de Aprendizagem, onde são verificados feedbacks em fóruns e atividades, a qualidade teórica do conteúdo postado, a maneira como o tutor conduz as disciplinas sob sua responsabilidade e se as suas intervenções estão de fato contribuindo para o crescimento dos alunos. Para Faria (2010, p.31): [...]o tutor tem um novo papel nas situações de ensino com mediação tecnológica: um assessor pedagógico, com função mediadora, articuladora, facilitadora, acompanhando o processo de formação. Este profissional deve apresentar, ainda, alguns atributos, tais como: possuir clara concepção de aprendizagem, estabelecer relações empáticas, dominar o conteúdo, facilitar a construção do conhecimento.

Quadro 3 - Comparação entre as atividades de tutores presenciais e a distância Atividade Docente

Presencial

A Distância

Localização dos estudantes

Possíveis Interações

Todos no mesmo local

Aula expositiva, consulta, esclarecimento de dúvidas

Geograficamente dispersos

Aula expositiva, consulta, esclarecimento de dúvidas, Extensa possibilidade de Interações estudante ↔ estudante, estudante ↔ grupo e grupos entre si

Temporalidade das Atividades

Tipo de Atividades

Síncrona

Similar para todos os alunos. Principalmente lideradas pelo tutor. Discussões e trabalhos em pequenos grupos.

Síncrona ou Assíncrona

Adequadas às necessidades individuais. Principalmente centradas nos alunos. Trabalhos individuais ou cooperativos (em pequenos, médios e grandes grupos).

Fonte: www.abed.org.br/congresso2013/cd/37.doc

O monitoramento do AVA tem a finalidade de acompanhar o desempenho das tutorias. Para tanto os responsáveis pelo AVA realizam uma sequência de atividades, tais como: contato com o tutor caso este passe três ou mais dias sem acessar o ambiente; acompanhamento

semanal

das

disciplinas

do

Módulo; verificação da abertura dos fóruns no decorrer da 1ª semana da disciplina e, caso necessário, fazer a abertura dos fóruns fechados; observar se os tutores estão dando feedback aos alunos, se fazem o fechamento dos fóruns e a postagem das notas; acompanhamento das correções e feedbacks das

Entende-se que a avaliação do curso como um

atividades dentro do prazo da disciplina; domínio

todo, incluindo os profissionais que nele atuam, é um

do plano de ensino e do roteiro de aprendizagem;

processo contínuo que ocorre dia após dia, devendo

verificação das notas das avaliações postadas com

conduzir os participantes a uma reflexão que possa

os devidos comentários; acompanhamento das

ser transformada em ação, buscando corrigir falhas

capacitações de disciplinas; abertura do Espaço Tira

e construir novos conhecimentos. Para melhor

Dúvidas das disciplinas.

ilustração, alguns estudos foram realizados sobre as atividades do tutor presencial e a distância, conforme demonstrado no quadro a seguir:

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Opinião 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

educação libertadora. In: Scientia FAER, Olímpia - SP, Ano 2, Volume 2, 1º Semestre, 2010. Disponível em:

O estudo sobre as atividades desenvolvidas pela Coordenação de Tutoria apresentado neste artigo constitui-se de suma importância para o aperfeiçoamento da atuação dos tutores dos cursos técnicos na modalidade EaD da UEMA. Percebeu-se, assim, a importância do fortalecimento dos processos de acompanhamento e avaliação das atividades de todos os setores envolvidos, bem como a necessidade de uma ação comunicacional interativa que possibilite a melhoria das relações dos diferentes atores.

http://www.uniesp.edu.br/faer/revistafaer/artigos/ edicao2/elisio.pdf. Acesso em 18/11/2013. GUEDES, Reginaldo; GUEDES, Marcella da Silva. Novas Tecnologias e Trabalho Docente: um olhar sobre a prática do professor em contextos de ensino a distância. In: Anais do 19° CIAED - Congresso Internacional ABED de EaD. Setembro de 2013, Salvador/Bahia. Disponível em: http://www.abed.org. br - Acesso em: 22/02/2014. KENSKI, Vani Moreira. Avaliação e acompanhamento da aprendizagem em ambientes virtuais a distância.

Além disso, detectou-se a necessidade de reflexão

In: MILL, Daniel Ribeiro (org). Educação a distância:

por parte dos tutores no sentido de verificar se os

desafios contemporâneos. São Carlos: EdUFSCar,

objetivos propostos para o trabalho estavam sendo

2010.

alcançados ou necessitando de revisões.

LITTO, Fredric M. A Aprendizagem a distância. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.

4 REFERÊNCIAS

MILL, Daniel Ribeiro (org.). Polidocência na educação a distância: múltiplos enfoques. São Carlos: EdUFSCar, 2010.

BATTISTI, Patrícia et al. A interação tutor a distância

SABBATINI,

e aluno no processo de ensino-aprendizagem. In:

aprendizagem via internet: a plataforma moodle.

XColóquioInternacionale sobre Gestión Universitaria

Instituto EdMed, s/d. Disponível em: http://www.

em America del Sur. Anais: 2010. Disponível em: http://

renato.sabbatini.com/papers/PlataformaMoodle.pdf.

www.inpeau.ufsc.br/wp/wcontent/BD_documentos/

Ambiente

Renato.

de

ensino

e

Acesso em 06/12/2013.

coloquio10/142.pdf. Acesso em 25/01/2014. BENTES, Roberto De Fino. A avaliação do tutor. In: FORMIGA, Marcos; LITTO, Fredric (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. FARIA, Elísio Vieira de. O tutor na Educação a Distância: a construção de conhecimentos pela interação nos ambientes midiáticos no contexto da

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Entrevista que faz a diferença. Assim, para que aprendamos melhor e mais rapidamente é necessário aliar a disponibilização do acesso a tecnologia a métodos pedagógicos adequados e uma cultura de ensino e aprendizagem que envolva todos os atores na promoção dos valores éticos que sustentam esse esforço de aperfeiçoamento. - Nesse mundo de tecnologias, em rede, há realmente essa distinção entre o novo e o velho/modernidade e tradição? António Teixeira - Como aponta Manuel Castells, no mundo enredado pela tecnologia, o novo e o antigo coexistem e tendem a confundir-se até num mesmo plano de existência. Com efeito, o excesso de vestígios digitais que estamos a gerar e a guardar na rede, está a criar como nunca uma aproximação do passado e do futuro ao nosso presente, ao mapear toda a nossa existência e com isso criar padrões detalhados e viáveis de desenvolvimento. - No que implica a integração da tecnologia nas práticas educativas universitárias?

Confira entrevista exclusiva com o Dr. António Moreira Teixeira, sobre modelos universitários emergentes mais abertos, flexíveis e sustentáveis. - A disponibilização do acesso à tecnologia só por si permite aprender melhor e mais rapidamente? António Teixeira - Não. Para ensinar e aprender são precisos conteúdos, instrumentos e um método. Ao assegurar um maior acesso de todos à tecnologia, conseguimos aperfeiçoar os instrumentos de que dispomos. Todavia, para melhorar e acelerar a aprendizagem necessitamos, também, de formas mais sustentáveis e eficientes de produzir conteúdos de qualidade e também de desenvolver métodos mais dinâmicos, participativos e ajustados às necessidades e estilo de cada aprendente. Na verdade, é errado pensar que a tecnologia por si só pode alterar o modo como aprendemos. É o modo como a utilizamos

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António Teixeira - A integração da tecnologia nas práticas educativas universitárias pode dar-se a níveis distintos e sob várias formas. Cada uma delas comporta necessariamente tipos de consequências diferenciadas. Em qualquer dos casos, porém, as implicações são significativas. Desde logo, os vários atores das comunidades universitárias estão a fazer uso crescente de ferramentas tecnológicas para estender o alcance das suas capacidades pessoais, com elas construindo os seus próprios ambientes de aprendizagem personalizados. Naturalmente, este fenômeno possibilita e promove o aparecimento de práticas pedagógicas inovadoras, para além da mutação do espaço universitário, de como o concebemos e o habitamos. Mas, esta integração da tecnologia pode, ainda, ter um caráter mais organizado, resultando de um esforço estratégico institucional de inovação pedagógica. Neste caso, as implicações são mais vastas. Não apenas as práticas pedagógicas são afetadas, como também todos os processos que enquadram e suportam essas práticas têm de ser analisadas e possivelmente revistas. Uma das principais implicações é a da formação dos professores


Entrevista para o uso pedagogicamente proficiente e eficiente das tecnologias. Outras são a construção de infraestruturas tecnológicas estáveis e inclusivas, a adaptação dos serviços de apoio ao estudante e à aprendizagem a um universo de funcionamento e utilização digital e aberto, aumentando a disponibilidade e a capacidade de resposta em tempo útil.

- Para um melhor entendimento, o que é esse universo dos REA? E o que este pode proporcionar aos alunos?

António Teixeira - Designamos por Recursos Educacionais Abertos todo o tipo de materiais digitais desenhados para apoiar a realização de aprendizagens autônomas e que se encontram disponíveis livremen- É correto afirmar que a universidade contemporânea está perdendo a te na Internet, protegidas por licenças abertas. Esses sua condição de centro de produção, transmissão materiais encontram-se em princípio depositados em e preservação do conhecimento? O poder de repositórios próprios, embora devam ser facilmentransmitir conhecimento já não vem mais de quem te encontráveis por motores de busca externos. Os o produz? REA podem assumir características e formatos muito diferenciados, desde um pequeno texto a um curAntónio Teixeira - Sim. Dada a sua crescente comple- so completo. De igual modo, os respectivos autores xidade e a crescente necessidade de escalar o seu pro- podem permitir não apenas graus diferentes de uticesso de produção, de modo a acelerar e assegurar lização como a sua própria alteração. Assim, os REA a maior sustentabilidade, a investigação é conduzida podem ser adaptados, atualizados, aperfeiçoados, em redes tendencialmente abertas de caráter formal misturados entre si de forma a criar novos recursos, etc. Do ponto de vista dos alunos, os REA permitem e também informal. Asa qualquer um, indepensim, o processo de pro“...os REA permitem a qualquer um, dentemente do seu meio dução descentralizou-se e independentemente do seu meio ou ou situação, aprender de passou a residir nas redes modo autônomo, acedencolaborativas. Neste mes- situação, aprender de modo autônomo...” do aos melhores recursos mo sentido, a descentraproduzidos pelos espelização também implicou substituição da noção de cialistas mundiais nos diferentes temas, mas também transmissão pela de partilha. O elemento crítico hoje, participar na gestão do processo do conhecimento, numa época de abundância informativa, é o da vali- co-produzindo e personalizando os recursos, adapdação do conhecimento e esse, ainda, é em larga me- tando-os de modo a facilitar o seu próprio percurso de aprendizagem. dida do monopólio das universidades.

- É correto dizer que a educação aberta virtual se tornou um fenômeno generalizado? António Teixeira - Sim. A grande disseminação do uso de REA (Recursos Educacionais Abertos) por todo o mundo e o recente impacto do fenômeno dos MOOCs (cursos online para grandes massas) comprovam essa asserção. O que é interessante nesta evolução é que ela passou a constituir uma área central na oferta acadêmica das instituições universitárias, em claro contraste com o que tinha sucedido com o movimento da educação aberta analógica, ou pré-digital.

- A evolução da popularidade e disponibilidade dos REA fez surgir um novo cenário? António Teixeira - Sim, o das Práticas Educacionais Abertas - PEA. Na verdade, o grande crescimento do número de REA disponíveis veio colocar a questão da sua utilização. Os REA foram inicialmente desenvolvidos tendo em vista promover e facilitar a realização de aprendizagens não formais. As instituições que apoiavam os seus professores a produzi-los procuravam proporcionar a possibilidade de populações geralmente afastadas do ensino universitário de qualidade para poderem ter essa experiência. Com a evolução do conceito, os REA passaram a desempenhar um papel muito importante no ensino formal também, UemaNet • Revista PoloUm | 13


Entrevista ao potenciar a partilha em rede de materiais de apoio ao ensino de elevada qualidade, bem como a sua construção partilhada, aumentando a eficiência do processo de ensino e a diminuição dos seus custos. Nesse cenário, tornou imperioso usar os REA para desenvolver a inovação educativa nas universidades. É isso que se está a verificar hoje em dia com os MOOCs nas universidades.

dial o desenvolvimento das iniciativas de «acesso aberto», ou Open Access. Este outro movimento tem promovido a disponibilização de todas as publicações científicas produzidas em repositórios de acesso livre. Podemos, mesmo, afirmar que a disseminação da publicação científica aberta está mais desenvolvida do que os REA. Na Europa, por exempo, toda a investigação científica financiada por fundos públi- Em sua opinião, como anda o cos tem obrigatoriamente de ser publicada em reprocesso de adesão dos REA nas universidades positórios abertos. Todavia, também é verdade que brasileiras? os indicadores utilizados para a avaliação do mérito científico nas universidades, ainda, são majoritariaAntónio Teixeira - Ao longo dos anos, tenho acompanhado com muito interesse o extraordinário traba- mente relacionadas com a publicação em revistas lho desenvolvido pelos colegas brasileiros nesta área. não abertas. Pessoalmente, creio que nos próximos Em boa verdade, o Brasil produz REA desde o tem- anos iremos assistir a uma alteração desta imporpo em que o conceito, ainda, não existia. Refiro-me tante condicionante, com o mérito acadêmico a enà experiência de disponibilização livre de materiais de apoio didático realizado pela Escola do Futuro, da contrar novos instrumentos de medição do impacto USP, liderada pelo professor Fredric Litto (presidente científico mais centrado na reputação. Em todo o da Associação Brasileira de Educação a Distância - caso é verdade que se torna necessário, ainda, um ABED). Talvez fruto dessa tradição, mais recentemenesforço de desenvolvimente desenvolveu-se no país “...Talvez fruto dessa tradição, mais to de padrões de qualidade uma fortíssima comunidade de REA, com grandes líderes recentemente desenvolveu-se no país média das publicações perie especialistas, muitos entu- uma fortíssima comunidade de REA...” ódicas abertas. siastas, os quais têm levado a cabo um excelente trabalho de sensibilização, disseminação do conceito e promo- Como as universidades tem ção da utilização. O papel positivo das autoridades públicas também não deve ser esquecido, pela sua se comportado diante desse novo cenário da importância para a sustentabilidade do movimen- educação? to. Podemos afirmar, por isso, que o Brasil é um país avançado neste domínio. Nos últimos anos, por via da minha ligação ao projeto europeu Oportunidad e António Teixeira - As universidades, por definição, se da proximidade com os colegas da UFF que o repre- são instituições promotoras de mudança social, elas sentam no Brasil, tenho-me apercebido também da próprias são avessas à sua mudança interna. Este fato progressiva adesão das universidades. Creio que se não deixa de ser compreensível se pensarmos que se está no bom caminho, embora ainda muito reste por constituem de instituições mais perenes e estáveis na fazer no desenvolvimento de estratégias instituciohistória da sociedade ocidental. Nesse sentido, uma nais integradas para a implantação de PEA. revolução como a da educação aberta representa, compreensivelmente, um desafio difícil para as universidades. - Na atualidade, os trabalhos No início, não era claro para elas qual o foco de becientíficos ganham reconhecimento na medida em nefício. Seguindo o modelo do MIT (Instituto de Tecque são publicados em revistas de alto impacto. A nologia de Massachusetts), em especial, entenderam adoção de REA pode alterar esta hegemonia? os REA como instrumento de marketing acadêmico. O impacto da disponibilização de REA de qualidade António Teixeira - Paralelamente ao movimento aumentaria o prestígio público dos seus professores REA, temos assistido nas universidades a nível mun-

14 | UemaNet • Revista PoloUm


Entrevista e isso geraria uma maior procura de potenciais alunos, bem como uma maior diversificação geográfica internacional. Mais tarde, outras motivações surgiram, ligadas à partilha de recursos e custos, ou a promoção de inovação pedagógica. Creio, porém, que o momento decisivo para as universidades deu-se com o impacto dos MOOCs. Até aqui, a adesão das universidades foi-se centrando no envolvimento de grupos de professores liderados por entusiastas com o fenômeno, ou como resultado de experiências localizadas de inovação. Com os MOOCs, as lideranças universitárias logo compreenderam o desafio. Essa diferença permite pensar que à semelhança do que sucedeu com o acesso aberto, iremos assistir nos próximos tempos a uma multiplicação de iniciativas estratégicas institucionais de implantação de uma cultura educativa aberta.

contemporâneas não são lugares isolados do mundo, mas polos das nossas comunidades, por isso devemse cada vez mais abrir a estas e responder aos desafios sociais.

- Não há como fugir dessa realidade. Isso é fato. Mas, quais são as consequências enfrentadas por essas instituições ao adotar essas práticas educacionais abertas?

António Teixeira - Necessariamente, dar-se-á uma alteração do modo como desenhamos os cursos, escolhemos as metodologias que serão usadas, avaliamos as aprendizagens a serem realizadas e as certificamos no final. As PEA convidam também a uma aproximação e interligação entre as aprendizagens formal e não formal. Depois, há consequências ao nível da alteração do perfil funcional do professor. Pessoalmente, não creio que este venha a perder importância como - Qual seria o maior desafio das insator do processo educativo. tituições hoje? “...Depois, há consequências ao nível Contudo, o que dele se espera e as competências que da alteração do perfil funcional do António Teixeira - Seria, prenecessita serão previsivelprofessor. Pessoalmente...” cisamente, reorganizarem a mente diferentes das atuais. sua cultura organizacional e A transparênca do espaço letivo, por exemplo, que remodelo de funcionamento para melhor se adaptarem sulta da partilha aberta de uma experiência de ensino ao novo paradigma social e também epistemológico e aprendizagem, comporta enormes consequências e educativo. Em suma, para se reconstruirem em funpara professores e alunos. Sei por experiência própria ção de um mundo instável e muito dinâmico em que o que isso significa. os processos de investigação, ensino e aprendizagem são desenvolvidos em redes abertas, de modo descentralizado e partilhado, e nas quais a participação – Mas, os modelos organizacionais de todos é crítica. têm de permitir uma maior flexibilidade para que - Como as universidades contemporâneas podem finalmente tornarem-se mais abertas e flexíveis? António Teixeira - Creio que por via da adoção de modelos funcionais híbridos, mais sutentáveis e adaptados à partilha em rede dos recursos, mas também pela abertura dos seus processos à colaboração intra-, inter- e extra-institucional. A adoção de PEA é um bom exemplo deste princípio. As universidades

as instituições possam ser sustentáveis. Correto? Como seriam esses modelos? António Teixeira - Exatamente. Eu defendo que estes modelos devem basear-se em dois aspetos importantes. Em primeiro lugar, do ponto de vista da sua arquitetura, deverão ser evolutivos e orgânicos. Quando se organiza uma universidade, o horizonte temporal é alargado. Espera-se que ela persista por várias décadas. Trata-se, pois, de um investimento elevado e que não poderá desatualizar-se rapidamente. Porém, a aceleração dos movimentos sociais e do desenvolviUemaNet • Revista PoloUm | 15


Entrevista mento tecnológico está a transformar continuamente e deve ter níveis de granularidade mais finos. Quer isto as demandas da universidade. Necessitamos, pois, que dizer que a desagregação de funções não tem de ser feio sistema organizativo da universidade se transforme ta ao nível do tripé referido, mas de funções específicas organicamente à medida da mudança do contexto no interior de cada um dos pilares. Em todo o caso, creio institucional. Temos de integrar a mudança contínua que é importante referir que uma rede universitária púna própria sustentabilidade do modelo organizacional blica pensada nos dias de hoje não deve impor um modas universidades. A Arquitetura dá-nos um excelente delo uniforme de universidade, em que todas tenham exemplo: quando hoje se constrói um edifício marcan- de replicar para o seu contexto e área de influência gete, como um estádio, sabemos já que ele vai ter pro- ográfica exatamente o mesmo perfil institucional, mas, vavelmente utilizações diferenciadas ao longo do seu pelo contrário, deve promover tipologias diferenciadas e ciclo de vida. Porém, cada vez mais os requesitos dos complementares de organização universitária. Naturaleventos nele realizados são altamente especializados. mente, pela minha própria experiência pessoal tenho consciência da dificuldade deste objetivo. No entanto, Por isso, quando se constroem essas estruturas, elas creio que vale a pena insistir nesse ponto para que se são já projetadas para facilmente poderem ser recons- consiga potenciar ao máximo a capacidade das redes truídas sucessivamente, dependendo de quão efêmera públicas e evitar desperdício de recursos e disfuncioé a sua utilização específica (com estruturas maleáveis nalidades. As universidades públicas têm de colaboao impacto - vigas de pontes que dobram). Penso, por rar mais entre si, partilhando os seus recursos e patriisso, que os novos modelos universitários têm de ser mônio, e aprofundando as suas complementaridades. desenhados do mesmo “...Cada instituição deve especializarmodo, centrados na cultuse numa área para que esteja melhor - Para ra orgânica. preparada e possa diferenciar a sua oferta de finalizar. Os modelos Um outro aspecto que serviços e partilhar os recursos de outras...“ de organização me parece importante é universitários correntes o do princípio da organização em rede e da desagre- revelam-se incapazes de responder à alteração gação de funções, ou de «especialização dinâmica» cultural significativa trazida pela educação e a como é proposto por Wiley e Hilton. Cada instituição inovação abertas? deve especializar-se numa área para que esteja melhor preparada e possa diferenciar a sua oferta de serviços António Teixeira - É essa a minha convicção, a qual e partilhar os recursos de outras, indiferenciando-se, resulta não apenas da investigação teórica, mas deste modo, nas áreas funcionais em que não está tão também da experiência prática de um quarto de bem provida. Esta prática é conhecida há alguns anos século enquanto docente universitário. São modelos, no mundo da gestão empresarial como «competição». ainda, fortemente burocratizados, apesar da evolução mais recente; muito estáveis e pouco práticos, com - De modo geral, as Universidades uma lenta capacidade de resposta aos estímulos e desafios externos; pouco transparentes, como tal não públicas brasileiras sustentam a sua estrutura e aproveitando as potencialidades da integração em rede; suas ações sobre três pilares: ensino, pesquisa e exe pouco colaborativos, não favorecendo o alinhamento tensão. Segundo o modelo desagregado de Wiley e estratégico das organizações universitárias. Hilton cada universidade deveria identificar as suas potencialidades e investir nestes domínios. Qual *O professor faz parte do Departamento de seria o impacto deste modelo sobre o tradicional Educação e Ensino a Distância da Universidade de tripé adotado pelas universidades brasileiras? Lisboa/Portugal António Teixeira - O modelo funcional das universidades públicas brasileiras não é dferente do português ou do da maioria dos países. Na Europa, as nossas universidades organizam a sua missão de acordo com o mesmo tripé. Naturalmente, o modelo desagregado pode

16 | UemaNet • Revista PoloUm


Educação

Cursos abertos da UEMA em alta

A Universidade dispõe de três Cursos na plataforma

empreendedorismo

V

ocê sabe o que são cursos abertos? A ideia consiste em dar acesso livre na internet aos diversos materiais didáticos - aulas de vídeo, módulos ou cursos inteiros, pesquisas, artigos científicos, livros e outros. Cursos nesse formato têm como principal objetivo facilitar o acesso ao mais humano dos direitos: a educação, eliminando barreiras formais como formação prévia ou custos, que consistam em impedimentos para se chegar à qualificação. O tema permeia pelas principais universidades do mundo, entre as quais Havard, MIT, Boston, Toronto, Hong Kong, Kyoto, Peking, que disponibilizam cursos gratuitos, por meio de suas plataformas. Quais são os benefícios? Livre acesso, atividades sem regras, restrições ou imposições, ritmo de aprendizagem individual, práticas pedagógicas centradas no aluno e isenção de custos. Também pensando por esse viés, a Universidade Estadual do Maranhão, por meio do Núcleo de Tecnologias para Educação - UEMANET, criou uma Plataforma de Cursos Abertos, que já conta com três

cursos: Negociação, Bioética e Empreendedorismo. Cursos online, sem pré-requisitos para participação, oferecidos para um grande número de participantes. Resta registrar que a UEMA é a primeira no Nordeste a oferecer tais cursos e uma das poucas no Brasil com plataforma própria. A Coordenadora Geral do UEMANET, Profa. Dra. Ilka Serra, explica o diferencial dos cursos abertos, que se destacam pelo grande potencial participativo, pela flexibilidade e ausência de formalidade: “A ideia é disponibilizar conhecimentos produzidos na Universidade, propiciando discussões sobre variados temas, de forma livre, dinâmica, flexível e participativa, contribuindo, assim, para a democratização do conhecimento”. E acrescenta: “Pretendemos aperfeiçoar a nossa plataforma, oferecendo cursos – inclusive de pós-graduação - em diversas áreas do conhecimento”. Opinião compartilhada pela Profa. Dra. Sannya Rodrigues, coordenadora do setor de Design Educacional do UEMANET. “Vivemos na era digital, na sociedade da informação e das redes, de conteúdo aberto e democrático. Por meio dessa eficaz UemaNet • Revista PoloUm | 17


Educação modalidade de ensino, permitida pelos cursos abertos - tendência internacional -, visamos garantir amplo

para o negociador, porque significa entender do

acesso aos mais diversos tipos de conhecimento, que

de inteligência.

aspecto humano e saber mobilizar os diversos níveis

circulam no mundo, preparando pessoas, conforme

O curso já se encontra com mais de 3 mil

as novas competências educacionais exigidas no

participantes de diferentes países, como Argélia,

século XXI”, enfatiza a professora.

Portugal, EUA e Venezuela, e de vários estados

Albert Carlos Ferreira, participante do curso de

brasileiros e mais de 140 cidades maranhenses.

Negociação, falou sobre suas impressões: “Muito bom

o curso de Negociação, a UEMA está de parabéns

Bioética - Discute os seguintes temas: A questão

por esta iniciativa. Todo o material, assim como as

do aborto, Bioética e experimentação com animais,

explicações do professor foram e são muito importantes

reprodução humana assistida, eutanásia e outros. O

para o aprendizado de todos, em especial, para quem

conteúdo é ministrado pelo Prof. Dr. e filósofo Ayala

já trabalha na área comercial. Material e a forma de

Gurgel, com a utilização de diversas mídias, tais como

questionamento muito bem elaborados. Com toda

vídeoaulas, textos, podcasts e caderno de estudos.

certeza terei uma nova visão do processo de negociação

Atualmente, atinge quase mil participantes.

a partir de agora. Que novos cursos abertos venham”. Opinião compartilhada por Roza Virginia da Silva

Empreendedorismo – Ministrado pelo Prof. Msc.

Lucena. “Parabéns pela qualidade do material, de fácil

José de Ribamar Silva Morais, o curso disponibiliza

compreensão e de imenso valor instrutivo e bastante

conhecimentos

atrativo. São de louvor atitudes como esta, numa

empreendedoras de maneira a dar condições e

época em que as pessoas se isolam e se esquecem

autonomia de construção de um negócio. São

de compartilhar com o próximo, respirando esse ar

discutidos

competitivo. Estou muito feliz por ter acesso a mais essa

do

ferramenta de conhecimento. Nos dias atuais, sentimos

empreendedor; arranjos produtivos

necessidade de aperfeiçoamento e conhecimentos

fonte de empreendedorismo; elaboração de um

em todas as áreas para acompanharmos a evolução

plano de negócio. Com poucos menos de dois meses

e obtermos sucesso na vida, nos relacionamentos. A

de início já contém mais de 500 inscritos.

os

focados

seguintes

empreendedorismo;

nas

possibilidades

temas: perfil

fundamentos

ideal

para

o

locais como

UEMA demonstra com essa iniciativa o interesse para contribuir de forma ainda mais abrangente com a

Os cursos têm duração de 60h e dão direito a

sociedade no todo. Pretendo aproveitar ao máximo

certificado online de conclusão. É a Universidade

essa ferramenta”, destacou ela.

Estadual do Maranhão antenada com o mundo. Acesse o site: www.cursosabertos.uema.br, escolha o

Negociação - Ministrado pelo Prof. Msc. José Carlos Belo, o curso possui carga horária de 60h. O aluno/participante tem a oportunidade de aprender sobre aspectos históricos e conceitos iniciais; comunicação, relacionamento e estratégias; aspectos comportamentais e inteligências múltiplas, que são os dois caminhos considerados mais importantes

18 | UemaNet • Revista PoloUm

curso e aproveite.


Oportunidade

INCLUSÃO SOCIAL POR MEIO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A educação a distância fazendo a diferença na vida das pessoas

E

studar em casa tem se tornado cada vez mais comum. Muitas pessoas buscam na Educação a Distância (EaD) uma oportunidade de ganhar tempo e melhorar seu rendimento. Para pessoas com deficiência, por exemplo, que normalmente enfrentam dificuldades de locomoção devido à falta de infraestrutura em quase todas as cidades do país, a modalidade é forte aliada na otimização dos estudos. “A possibilidade de ajustar os horários de estudo à minha disponibilidade de tempo esteve sempre entre as maiores vantagens. Também não precisava me deslocar de casa para o polo da Universidade, o que representou uma economia de tempo e dinheiro que, no meu caso, praticamente inviabilizaria fazer um curso”, comenta a Maria de Fátima, graduada em

Filosofia, na modalidade a distância, pela Universidade Estadual do Maranhão. Para que os estudos sejam realmente produtivos, a filósofa ressalta que é preciso muita força de vontade. “Os cursos na modalidade EaD são inviáveis para quem não tem autodisciplina para realizar tarefas sozinho. É necessário estudar de três a quatro horas diariamente. Na minha turma muitos colegas não foram até o final exatamente por isso”, conta Maria de Fátima, que estudou no Polo Timbiras/UEMA, interior do Maranhão. A EaD atraiu, também, Silmara Lindoso. Deficiente física, ela viu na modalidade de ensino uma possibilidade para realizar seu sonho: formar-se em Pedagogia. “Quando terminei o ensino médio esperei por dez anos uma oportunidade de ter uma formação UemaNet • Revista PoloUm | 19


Oportunidade superior. E essa oportunidade veio por meio da UEMA e da educação a distância”, diz emocionada. Silmara é um exemplo de como a EaD pode fazer a diferença na vida das pessoas e, também, para o crescimento intelectual e pessoal dos portadores de deficiência física e outras necessidades especiais. Mesmo diante de uma luta diária para vencer as adversidades impostas por suas condições, ela não desistiu e realizou seu sonho. “Os benefícios da educação a distância são vários: otimização do tempo, flexibilidade e autonomia nos estudos. Muito importante para quem, por motivos de distância, trabalho ou outra dificuldade como a minha, não tem condições de frequentar diariamente uma universidade”, realça. A professora Celia Regina de Oliveira Lima prevê a longevidade para a EaD. “O ensino semi-presencial e a distância é uma ferramenta do mundo moderno digital, essencial para a ampliação das oportunidades de inserção no mundo acadêmico e profissional e, com certeza, veio para ficar”. E, ainda, complementa: “E não é algo isolado, pois os professores, tutores e alunos estão sempre presentes por meio dos chats, fóruns e e-mails. A falta de contato presencial é minimizada pela interatividade do mundo virtual, por isso a participação e frequência nos fóruns e atividades em grupo são essenciais”. Para a coordenadora do Polo Timbiras/UEMA, Kássia Tatiana, a educação é de extrema relevância. “Eu vejo a educação a distância sendo de extrema importância. Basta somente ter um computador e acesso a internet. Os cursos se transformam em uma alternativa eficiente e, de certa forma, mais acessíveis, principalmente, para pessoas com deficiência. Eles tem o mundo em suas mãos sem precisar sair de casa”, ressalta. Em uma das suas várias entrevistas, o professor João Vianney, conselheiro da Associação Brasileira de Ensino a Distância – ABED e consultor da Hoper Educacional, fala sobre o tema: “Além de facilitar o acesso à aprendizagem para pessoas com deficiências, a EaD tem aberto o ingresso no ensino superior para as classes C e D. Já era esperada a predominância dessas classes. E isso aconteceu no mundo inteiro, principalmente, no início da oferta de cursos nessa modalidade. Claro, que, atualmente, o público tende a se misturar. O adulto que procura uma faculdade tem trabalho e família e muitas vezes não pode ir à instituição de ensino todos os dias”, completa. A verdade é que as pessoas buscam o conhecimento e o desenvolvimento. A EaD oferece a formação e põe ao alcance o conhecimento, facilitado

20 | UemaNet • Revista PoloUm

pelo avanço tecnológico, garante flexibilidade e é acessível, gerando assim a inclusão social. O professor Vianney divulgou uma pesquisa que trata do perfil do aluno dessa modalidade. Veja o quadro: Quadro 1 - Perfil socioeconômico: alunos a distância CRITÉRIO / INDICADOR

ALUNO POR EaD (EM %)

ALUNO POR PRESENCIAL (EM %)

01

Percentual de alunos casados

52

19

02

Alunos com 2 ou mais filhos

44

11 68

03

Cor da pele branca

49

04

Renda familiar de até 3 salários mínimos

43

26

05

Renda familiar acima de 10 salários mínimos

13

25

06

Trabalha e ajuda a sustentar a família

39

19

07

É a principal renda da família

23

07

08

Pai com ensino médio ou superior

18

51

09

Mãe com ensino médio ou superior

24

54

10

Tem acesso à internet

82

92

11

Usa computador em casa

55

72

12

Usa computador no trabalho

65

53

13

Estuda mais de 3 horas por semana

53

51

14

Cursou o ensino médio em escola pública

67

51

15

Cursou o ensino médio em escola privada

15

33

Fonte: VIANNEY, 2012

Observa-se que os alunos dos cursos a distância são predominantemente casados, tem filhos, renda familiar menor, não se declaram em sua maioria como brancos, contribuem em maior proporção para o sustento da família, a minoria tem acesso a Internet em casa, estudaram em escola pública no Ensino Médio e pais com menor escolaridade em relação aos alunos dos cursos presenciais. Os dados comprovam o caráter inclusivo da educação superior a distância e reforça, pela comparação entre os perfis dos alunos, a importância desse modelo de ensino e o papel que desempenha na sociedade. É notória a importância da EaD não somente como fator de inclusão de pessoas que buscam as facilidades oferecidas por esse processo, mas também na inclusão digital e de pessoas com deficiência. A educação a distância representa uma ferramenta importante no processo de diminuição das desigualdades brasileiras, por meio do acesso a educação.


Literatura Literatura

NARRANDO, ENCANTANDO E CONHECENDO ESCRITORES MARANHENSES

É brincando que se aprende. É viajando na imaginação que surge o despertar da leitura desde cedo. Essa é a ideia do projeto de extensão Narrando, Encantando e Conhecendo Escritores Maranhenses da Universidade Estadual do Maranhão. UemaNet • Revista PoloUm | 21


Literatura

D

emonstrar formas de contar histórias com auxílio de recursos didáticos que despertem a imaginação e interesse da criança; conhecer obras de escritores maranhenses voltadas para as crianças; demonstrar técnicas de contação de histórias para crianças de 0 a 7 anos de idade; selecionar obras de escritores maranhenses procedendo à indicação técnica como um convite à leitura; divulgar junto aos educadores infantis as obras literárias de escritores maranhenses, fomentando, assim, o gosto pela leitura. Esses são os objetivos do projeto de extensão “Narrando, Encantando e Conhecendo Escritores Maranhenses”, executado por alunos do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão UEMA. O projeto foi idealizado e é coordenado pela profa. Heloísa Varão, diretora do curso de Pedagogia a distância da UEMA, intermediado pelo Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMANET. “A ideia surgiu a partir da Oficina de Formação de Leitores, que foi realizada com o fomento da Cátedra de Letras da PUC/RJ quando homenageou Ferreira Gullar no Projeto Escritores Brasileiros - Circuito Cultural do Banco do Brasil, que teve o apoio da UEMA. Na ocasião, foi oferecida a Oficina de Narrativas para Crianças ministrada por mim, onde foi explorada a obra Dr. Urubu e outras fábulas, de Ferreira Gullar. Já são seis anos de um projeto, que surgiu diante da necessidade de promover ações voltadas para o fomento à leitura”, diz a professora. A ação deu resultado. Em 2009, com a divulgação do edital do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), o projeto sob a orientação da professora Heloísa Varão foi aprovado. No decorrer

22 | UemaNet • Revista PoloUm

deste mesmo ano, foram realizadas várias oficinas para os docentes de creches e pré-escolas da rede municipal de ensino de São Luís, Timbiras e Primeira Cruz, onde além da obra Dr. Urubu e outras fábulas incluiu-se no projeto e explorou-se a obra Touche brincando nas noites de São João em São Luís, do escritor Wilson Marques. O projeto ficava forte a cada ano. A iniciativa foi tão boa, que no ano seguinte (2010) foi aprovado novamente. “Nesse mesmo ano, expandiu-se o projeto para trabalhar com as obras A Cabeça de Ouro, de Josué Montello, e Cazuza, de Viriato Correa”, explica a professora. Participaram das oficinas docentes da creche Maria de Jesus Carvalho, Jardim de Infância Lobinho, Escola Comunitária São José Operário, UEB João e Maria, além das escolas da rede municipal e comunitárias de São Luís e São José de Ribamar. Até, então, somente alunos de Pedagogia presencial da UEMA participavam do projeto, mas em 2010 houve uma expansão e começaram a participar também os de Pedagogia a distância, curso intermediado pelo Núcleo de Tecnologias para Educação - UEMANET. E para uma maior interatividade foi criado uma sala no Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA/Moodle, onde são disponibilizadas inscrições aos alunos dos Polos a distância, que participam do projeto através das atividades postadas na sala. As oficinas, atualmente, têm sido realizadas com docentes dos municípios de São Luís, São José de


Literatura Ribamar, Bacabal, Codó, São Mateus, onde tem exercido papel relevante na formação continuada de dezenas de docentes dos municípios mencionados. “Deu certo mesmo. É incrível e emocionante o envolvimento dos alunos/ professores. O projeto acontece em vários polos da Universidade. Temos mais de 300 alunos do curso de Pedagogia inscritos. Sinto-me recompensada”, emociona-se Heloísa. Picnic Literário – Como parte das ações dentro do Projeto, a Instituição realizou, no início desse ano, a primeira edição do Picnic Literário da UEMA, onde cerca de 50 crianças, de educação infantil e ensino fundamental tiveram uma tarde diferente, com muita leitura e imaginação. Uma parceria com a Rede Leitora Terra das Palmeiras e as escolas comunitárias do entorno da Universidade. A iniciativa abrangeu as seguintes escolas: Instituto Educacional e Assistência Nossa Senhora Aparecida; Associação Beneficente das Crianças Carentes da Vila Santa Clara; Clube de Mães Mariana; Colégio Nossa Senhora da Conceição; Escola Educando, localizadas nos bairros Cidade Olímpica e Cidade Operária. “A ideia foi divulgar o projeto para os futuros alunos do curso, além de integrar os estudantes das modalidades a distância e presencial, professores e mediadores de leitura das escolas campo de Estágio. E o principal: difundir a literatura maranhense para as crianças”, realça Heloisa Varão. A tutora Magda Cristina, que acompanha o andamento do projeto em questão no Ambiente

Virtual de Aprendizagem (AVA) destaca a importância dessa troca de experiências. “Foi importante para os professores e para os alunos do curso de Pedagogia, pois é o encontro da teoria e prática. O Picnic vem despertar o conhecer dos escritores maranhenses. A ideia é levar essa iniciativa para os outros polos de educação a distância da UEMA”, enfatiza a tutora. Para a coordenadora do Fórum das Escolas Comunitárias e Filantrópicas de São Luís, Neuza Ribeiro, o mais interessante foi o ambiente escolhido. “Levar a literatura a essas crianças em um ambiente diferenciado, fazê-las viajar na imaginação fora da sala de aula tradicional foi uma ideia muito boa. A brincadeira, a interação, unidos num espaço aberto, com certeza é um incentivo a mais para despertar o gosto pela leitura”, ressalta a coordenadora. As crianças adoraram a tarde. Giovanna Oliveira, de 12 anos, da Escola Educando, quer repetir a experiência. “Adoro ler. E hoje li o livro Quem Tem Medo de Ana Jansen, de Wilson Marques, e me apaixonei. Iniciativas como essa devem se repetir, fazem bem. E é sempre bom aprender sobre a história e cultura do local em que vivemos. Foi muito bom sair da sala de aula. Quero muito repetir esse momento”, sublinha Giovanna encantada com a ideia. A tarde foi encerrada com o relançamento do livro Contos e Lendas da Terra do Sol, escrito por Wilson Marques. O escritor e jornalista tece elogios para a iniciativa da UEMA. “Eu já comecei a gostar pelo nome. Picnic já foge do tradicional. É um formato que coloca a criança em contato com a leitura e o escritor em um ambiente descontraído. E nós escritores acabamos tendo novas ideias. Só tenho a agradecer o convite e elogiar esse trabalho, que foi muito interessante. Espero poder fazer parte mais vezes”, elogia ele.

UemaNet • Revista PoloUm | 23


Sonho Realizado

UEMA DIPLOMA ALUNOS DE 13 C 24 | UemaNet • Revista PoloUm


Sonho Realizado

CURSOS TÉCNICOS A DISTÂNCIA UemaNet • Revista PoloUm | 25


Sonho Realizado

D

o curso técnico direto para o mercado

nicos, e em diferentes áreas”, informa a Assessora do

de trabalho. Esse é o caminho de 72%

UEMANET, Profa. Eliza Flora Muniz Araújo.

dos estudantes que optam por cursos

de educação profissional. Esse alto índice de empregabilidade foi constatado em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação (MEC) com exalunos de cursos técnicos.

A assessora acrescenta: “Diferentemente dos jovens que saem direto do ensino médio para o primeiro emprego, os alunos dos cursos técnicos enfrentam menores dificuldades, levando em conta que a sua formação tem como foco uma profissionalização

Dependendo da área cursada, a garantia de

específica, que agrega conhecimentos teóricos e

empregabilidade pode chegar a 100%. Esses profissionais

práticos. Vale ressaltar que a Prática Profissional se

já saem do curso com emprego garantido pelo mercado

constitui parte imprescindível nos cursos técnicos,

e com salário inicial em torno de R$ 5 mil reais.

ou seja, é o momento concreto do aluno com a sua

“Atualmente, a oportunidade de emprego é bem maior para quem tem nível técnico. As empresas não precisam apenas de gestores, buscam profissionais competentes com pré-disposição para o trabalho em equipe, iniciativa, espírito empreendedor, responsável,

profissão. Isso gera maior confiança ao aprendiz e viabiliza o seu acesso ao mercado de trabalho. Em muitos casos, eles não vão atrás das empresas. São as empresas que os procuram. Os avanços dos cursos técnicos e a necessidade

criativo e outras habilidades essenciais para exercer

dessa

mão

de

obra

qualificada

levaram

a

funções diversificadas. O técnico é aquele profissional

Universidade Estadual do Maranhão a investir nesse

que coloca mesmo a mão na massa e realiza o trabalho

tipo de formação, como forma de contribuir para o

que a empresa mais precisa. Algo que chama a atenção

desenvolvimento educacional e socioeconômico do

é que 85% dos nossos alunos ficam satisfeitos com as

Estado. Implantou, no ano de 2012, na modalidade

carreiras escolhidas”, explica a Coordenadora Geral do

a distância, 13 cursos técnicos, com 6 mil vagas,

Núcleo de Tecnologias para Educação da UEMA, Profa.

distribuídas em 25 polos de Apoio Presencial, em

Ilka Serra.

parceria com Rede e-Tec Brasil.

A construção civil é uma pequena comprovação de

Em 2015, 3.000 alunos, dos 25 polos receberam

como o mercado está necessitando de trabalhadores

seus diplomas. Somente na capital e São José de

especializados. Com a mão de obra escassa, todos

Ribamar foram diplomados 800 alunos. “A UEMA tem

os profissionais com formação nessa área acabam

alcançado e democratizado a educação de uma forma

absorvidos rapidamente pelo mercado. Muitas

que é gratificante ver a alegria no rosto de cada um

vezes nem esperam a conclusão do curso, são logo

dos formados. A UEMA adotou os cursos técnicos e

absorvidos pelas empresas.

ofertou da melhor forma possível, colocando técnicos

Essa é uma demanda sempre crescente no mercado de trabalho. “Hoje, devido ao grande número de alunos que migram direto do ensino médio para o curso superior, os técnicos acabam fazendo falta no mercado. Existem vagas em aberto, basta passar em frente a uma agência de emprego para se ter a noção exata dessa demanda, há sempre chamadas para téc-

26 | UemaNet • Revista PoloUm

de 13 diferentes áreas no mercado. E digo que 50% deles já estão atuando na sua área de formação, estão no mercado de trabalho. Isso é uma alegria para nós, porque nós acreditamos nesses agora profissionais e eles também acreditaram na Instituição. Não foi fácil, houve dificuldades, mas vê-los sendo formados e diplomados mostra a perseverança que cada um teve.


Sonho Realizado A Universidade acredita no potencial deles e na forma

da melhor qualidade. Mas, o que mais motiva o aluno

de democratizar esse conhecimento. Prosseguiremos

a permanecer no curso são as aulas práticas”, realça o

fazendo cursos a distância, levando a educação

aluno.

ao Maranhão. Nós aprendemos a fazer educação a distância e queremos disponibilizar essa educação para os 217 municípios do Estado, para que todos tenham a oportunidade de obter uma formação”, diz Ilka Serra.

Thiago José de Oliveira Freitas, do curso de Edificações, enfatiza o esforço dos quase dois anos de estudos. “Quero agradecer a UEMA citando um pensamento do saudoso Rubem Alves: Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas. E, realmente, a Instituição nos deus asas, acreditando e investindo na modalidade a distância tão flexível e abrangente. O curso técnico foi um desafio e agora se tornou uma conquista, um sonho realizado. E assim como nós tivemos essa oportunidade, que a UEMA possa dar continuidade a este projeto, oportunizando a outros uma profissionalização, contribuindo, dessa forma, para um Maranhão mais digno e sustentável”, emociona-se ele.

O Reitor da UEMA, Prof. Gustavo Pereira, endossa as palavras da coordenadora. “Foi com grande satisfação que a UEMA diplomou esses alunos. Temos absoluta

Aproximadamente 3 mil técnicos estão aptos para atuar com qualidade no mercado de trabalho. A UEMA oferta, em 2015, mais 8 cursos técnicos: Alimentos, Controle Ambiental, Guia de Turismo, Informática,

certeza de que a iniciativa da Universidade com a oferta

Mineração, Redes de Computadores, Segurança do

dos cursos técnicos trará significativa contribuição

Trabalho e Serviços Públicos.

para sociedade maranhense, impulsionando o desenvolvimento

socioeconômico

do

Estado,

fazendo a diferença na vida desses profissionais. A UEMA disponibiliza, assim, profissionais tecnicamente capacitados e prontos para atender o dinâmico mercado de trabalho”, destaca o reitor. Segundo o agora técnico em Segurança do Trabalho, Raimundo da Conceição, esse curso chegou na hora certa. “Só tenho a agradecer a UEMA por essa oportunidade, pois se não fosse através de um curso a distância, eu jamais estaria qualificado e empregado. A estrutura para os cursos técnicos é fantástica, tivemos bons tutores, professores altamente qualificados, o apoio dos coordenadores de polo e material didático

UemaNet • Revista PoloUm | 27


Aconteceu

A UEMA na rota dos cursos profissionalizantes

N

unca se vendeu tantos carros no Brasil como nos últimos anos. E, devido a esse crescimento, o setor automotivo é um dos mais estratégicos da economia brasileira e responsável por mover o país por meio da fabricação de carros, motos, caminhões, ônibus, embarcações e demais veículos motorizados. A área automotiva abrange as indústrias automobilísticas, náuticas, de autopeças e também a rede de pós-venda e manutenção. A Universidade Estadual do Maranhão antenada a essa movimentação do mercado de trabalho, e, com foco no desenvolvimento do Estado, implantou 14 cursos técnicos, todos ofertados na modalidade a distância, intermediados pelo seu Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMANET. A qualidade empregada na oferta dos cursos tem despertado também as empresas privadas a procurar a UEMA em busca de parcerias. Dentre as empresas, ressalta-se o Grupo DALCAR, cuja parceria está em processo de consolidação com a oferta de uma turma do curso técnico em Manutenção Automotiva. Mas, o que busca a concessionária? Qualificar seus funcionários para atuar em diferentes frentes, como: instalação, produção e manutenção automotiva, ou seja, formar profissionais com conhecimentos de sistemas automotivos eletrônicos e elétricos, com competência para coordenar equipes de trabalho, planejamento, desenvolvimento e avaliação de projetos e aplicação de normas técnicas.

28 | UemaNet • Revista PoloUm

É exatamente nessa perspectiva que a UEMA trabalha. Daí o interesse da DALCAR em buscar um curso que alie a expertise dos dois parceiros. Significa também que, nessa parceria, outros alunos da UEMA terão a oportunidade de participar de práticas e estágios na empresa. Segundo, Moisés Santos, Gerente de Pós-Venda da DALCAR, existe uma grande demanda nessa área, mas carece de profissional qualificado no mercado. “O mercado está sempre com necessidade desses técnicos, no entanto, faltam profissionais, porque também faltam Instituições que os qualifiquem. Os carros da atualidade possuem uma alta tecnologia e há um déficit de mão de obra qualificada para lidar com ela. A UEMA surge nesse meio para formar essa mão de obra, atendendo a essa demanda”, diz o Gerente. De acordo com a Coordenadora Geral do UEMANET, Profa. Ilka Serra, o mercado automobilístico se renova a cada dia. “O mercado vive em constante mudança, é muito dinâmico e inovador. Concordo como Sr. Moisés quando ele coloca que a tecnologia empregada nos automóveis muda cotidianamente e isso exige muito dos profissionais da área. É essa a preocupação que a UEMA tem com os cursos técnicos mediados pelas tecnologias, de implementar metodologias e práticas, tanto no ambiente virtual quanto em laboratórios. Implantamos recentemente um moderno laboratório de Manutenção Automotiva, que tem dinamizado consideravelmente as aulas práticas. O Reitor Prof. Gustavo Pereira e toda a Universidade estão satisfeitos em poder atender as demandas do nosso Estado”, destaca a Prof. Ilka.


Cenário

Valorizando mais o aprendizado no ritmo de cada estudante

A

sala de aula invertida (ou flipped classroom) é uma metodologia de ensino que inverte o processo de aprendizagem tradicional do aluno: a aquisição do conhecimento não acontece apenas em aulas expositivas na escola, mas também fora dela, com a ajuda de recursos tecnológicos. Antes da aula, o estudante pode ter contato com o conteúdo em casa. Assim, o tempo na escola é usado para aprofundar conceitos, tirar dúvidas e realizar exercícios e atividades práticas. Um dos pioneiros da sala de aula invertida é Jon Bergmann. Após dar aulas de ciências por 24 anos tornou-se chefe em tecnologia de uma escola em Chicago. Atualmente, ele é referência quando se fala no método e mantém uma ONG, junto a outros professores, que promove recursos e pesquisas sobre o assunto. Em várias de suas entrevistas ele explica que viu o método funcionar em diversas áreas de ensino, de grandes universidades como Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e Harvard a educação infantil. “No começo, achei que era melhor para disciplinas como matemática e ciências. Mas, agora, vejo exemplos de professores de artes, que mostram as técnicas através de vídeos, e depois realizam exercícios práticos em sala de aula. Até em Física já vi acontecer”, conta.

Sobre as motivações para criação da proposta de utilizar as possibilidades das mídias digitais em sala de aula, ele afirma que, desde o começo, buscavam o melhor para os estudantes. “Os alunos passaram a participar ativamente em sala de aula e aplicando seus estudos. Vimos resultados em que os alunos estudam mais e os professores estão mais satisfeitos. Faz sentido”, define. Bergmann escreveu o livro Flip Your Classroom: Reach Every Student in Every Class Every Day, em parceria com seu colega e também pioneiro da metodologia Aaron Sams. A obra conta sobre a experiência com o modelo. “Não é o único método. Mas, é uma maneira que funciona”, diz. Para a doutora em Tecnologias Educacionais, Sannya Rodrigues, esse é o caminho para educação. “Hoje em dia, não dá mais para falar com 30 alunos como se estivesse falando com um. Acredito que o ideal é buscar uma personalização, pois cada um aprende de uma maneira. A educação precisa enxergar que as habilidades mais importantes são individuais. Quando o aluno se forma e vai para o mercado de trabalho, o empregador não quer alguém comum. Por que educamos nossas crianças para que todas elas sejam iguais?”, frisa a professora.

UemaNet • Revista PoloUm | 29


Cenário

Vídeos, podcasts e blogs são alguns dos recursos que podem ser utilizados na sala de aula invertida. Com uma conexão à internet, o aluno pode acessá-los em computadores, tablets e celulares na escola ou em casa. O educador pode criar vídeoaulas com programas de screencasts (softwares de captura de tela) ou selecionar vídeos e palestras da internet. A recomendação é que o vídeo seja focado em um único tema, com explicações curtas e objetivas, de 8 a 12 minutos. O vídeo também pode trazer perguntas-chaves para o aluno responder quando retornar à aula. Na sala de aula invertida, o aluno se responsabiliza pelo seu próprio aprendizado Como assim? Ao assistir vídeos, ele pode pausar e repetir o conteúdo de acordo com seu ritmo e compreensão. Os estudantes que aprenderam rapidamente os conceitos não perdem tempo com explicações do professor e podem fazer mais exercícios. Na sala de aula, os professores atendem os alunos de forma individual e em grupo, transformando a aula em uma conversa, mudando o layout tradicional das cadeiras enfileiradas. Os vídeos também ajudam quem precisou faltar e precisa de aulas de reposição. A escola norte-americana Clintondale High School,

30 | UemaNet • Revista PoloUm

em Michigan, foi uma das primeiras a adotar a sala de aula invertida. Desde 2009, os estudantes assistem às aulas de matemática, inglês, ciências e estudos sociais em casa e fazem o dever em classe. Cada professor grava vídeos de até 7 minutos com um software adquirido pela escola e disponibiliza o material no site da instituição. Além disso, cada disciplina tem um perfil no Google Groups para a troca de informações e discussões. Os resultados foram a redução dos índices de repetência e a melhoria geral nas notas em exames. Outro fato importante é que na sala de aula invertida, as redes sociais não se limitam ao Facebook e ao compartilhamento de fotos. Estudantes podem usar ferramentas com chat, blogs da turma, sites wiki, pesquisas e projetos colaborativos que podem ser transformados em um site feito tanto pelo professor quanto pelos alunos.


Cenário Segundo uma pesquisa de 2012 feita pela organização Flipped Learning, que reúne professores que são adeptos da sala de aula invertida, ciências (46%) e matemática (32%) são as matérias mais adaptadas para esse método. Um dos motivos é que são matérias cujas demonstrações práticas são mais fáceis na sala de aula. Sendo assim, toda a parte teórica é feita em casa e com os materiais de apoio. “Não existe um modelo ideal ou único da metodologia. A escolha do formato depende de fatores como o acesso à tecnologia e o perfil dos alunos. Como a sala de aula invertida “libera” mais tempo, os exercícios em classe e os trabalhos práticos com o apoio direto do professor são fundamentais e têm a atenção individual a cada aluno. Durante a aula, além de exercícios, o professor também pode aumentar a experiência de aprendizado de formas criativas utilizando recursos como jogos, atividades artísticas, aplicativos do iPad e recursos multimídia como suporte”, destaca Sannya. Entenda Melhor O modelo de educação que impera na grande maioria das Escolas é o mesmo do início do século 20. Este modelo foi criado para atender o modelo de trabalho da época que eram todos trabalhando o dia inteiro, fazendo a mesma coisa, na mesma hora, não podiam interagir e eram severamente fiscalizados. Assim, as escolas, para atender a essa nova economia, organizou-se da mesma forma que era: agrupar crianças pela faixa etária, no modelo de grandes grupos, fechados em uma sala, trabalhando todos da mesma forma, e também fiscalizados pelo Professor. Atualmente, a sociedade está em um novo modelo de economia. O problema é que a escola ainda opera no modelo tradicional e os professores também foram

preparados neste modelo. No modelo tradicional de educação, os alunos devem assistir as aulas passivamente, o professor realiza toda a explanação dos conteúdos e as tarefas são realizadas em casa. Por aí já vemos o descompasso que ocorre na educação entre o que a sociedade PRECISA e o que a escola OFERECE. O mundo apresenta necessidades de indivíduos que possam trabalhar em pequenos grupos para solucionar grandes problemas utilizando ferramentas digitais e que, principalmente, estejam preparados para desempenhar multitarefas SEM a supervisão de um fiscal, quer seja o professor ou o chefe. É aí que entra a sala de aula invertida. Aqui você não terá que inverter o quadro negro, tampouco as carteiras. Neste modelo o aluno acessa as explanações do professor online, fora da classe, enquanto que a lição de casa é realizada em pequenos grupos na sala de aula. Quais são as vantagens? Com a sala de aula invertida, a responsabilidade de aprendizagem é transferida do professor para os alunos. Os alunos tendem a ter um melhor desempenho quando controlam o Quando, Onde e Como eles aprendem. O professor não é mais o detentor do conhecimento, mas sim o mediador que orienta e guia, enquanto os estudantes são os aprendizes ativos reais de todo o processo. Com os vídeos e aulas interativas os alunos podem acessá-los em casa antes da aula no momento que quiserem. O tempo sala de aula pode ser utilizado para a coleta de dados, colaboração e aplicação dos conceitos. A classe torna-se um lugar para os alunos trabalharem com os problemas, avançar conceitos, e se envolverem na aprendizagem colaborativa. A sala de aula invertida possibilita que o professor crie oportunidades de aprendizagem que envolvam muito mais todos os alunos. Estes com dificuldades de aprendizagem caminham em ritmo próprio, participando dos grupos colaborativos que mais atendam suas necessidades.

UemaNet • Revista PoloUm | 31


32 | UemaNet • Revista PoloUm


Digital Inclusion, Social Networks and Education

T

here’s no way to start a text

available today on the internet. The inefficiency or or no one

Thus, conceive that the University must put themselves in tune with the globalized world, offering distance education, isolated disciplines the distance to courses and have appropriate technologies for virtual interaction between the different actors of the educational learning process. Virtual interaction also , comes not only through a system/ platform like Moodle, occurs perfectly via social networks. These networks, today, dominate much of our time, whether by networks of friends, coworkers, family. In addition, there are networks of study groups, as well as those of a particular discipline given in person start also , doing the day by day. In this context, facebook, whatsapp and email “in the

compromises the entire set

class” have the preference of students. By means of these tools

on digital inclusion that does not pass through the bases

that support: a digital network that reaches the homes and public and private establishments, equipment connected

to

this

physical

network would enable the digital connection and, finally, the human being endowed with the knowledge needed to use the resources

It is clear that the domain of information and communication

professor sends files, take questions, indicates text and proposing

technologies becomes increasingly necessary to our survival

other activities. Still provide the interaction between students

in the contemporary world. However, we are aware that the

who seek to solve most problems without the intervention of his

shortcomings that still exist in our State with regard to digital

master. This new way of seeking knowledge and receptivity by the

inclusion, not prevent School of chalk and Blackboard, with copies

receptivity by the Faculty is very positive.

and and more copies in the spiral notebook are on borrowed time.

However, the transition to which I referred earlier, the review

Today, to have access to knowledge is not sufficient to master

of procedures much more by the teacher than the student. Many

reading, writing and basic operations. Now it is imperative,

of us grew up learning with chalk and Blackboard, where the

too, the field of technology. Our children grow up with remote

emergence of the overhead projector was a revolution. Who uses

controls, tablets, smatphones, notebooks, making us surprised by

today overhead projector?

the agility of handling or navigation, front to our abilities to do

Therefore, the teacher must awaken and evolve in this digital

so. Yes, these kids are growing up, attending the classroom and

world. We must always remember the encouragement we give to

hoping somehow that the world of education to attract in equal

our students who graduate: “must never stop studying, to evolve

intensity.

in knowledge”. And we, masters, nor can we never stop in time. We

Teachers, in exercise of their professions are in a transitional

have to bear in mind that without this knowledge, the man will be

phase. Globalization started commercial relations covers now. The

excluded from the opportunities of productive insertion into society.

internet adds a potential innovator without precedent, as it allows

Thus, the cyberspace, namely, the space created by the

to supplant the classroom walls, enabling the exchange of ideas

relationships mediated by new technologies, became an open

and information between students from different places and in

space that brought a field of possibilities for production and

record time. Currently, our students have extensive educational

dissemination of information. The scope and the integration of

material and with a single touch of the keypad, the example of

video, audio and textual data enabled the research and search for

video classes taught by Brazilian and foreign teachers in large

information on news sites, blogs, forums and social networks too.

quantity and why not of various levels of quality.

It is undeniable that information and communication

Me as a professor of civil engineering, for decades, suspected

technologies-Ict, Web 2.0 technologies (wikis, social networks,

that a course in the technological area could be offered. Today,

virtual world, etc.) are part of the daily life of many students and

I come across videos of very detailed laboratory tests that

that they do not live with it only at school but also at home, at work.

meet perfectly the expected knowledge level to a degree

And we teachers we are facing this challenge. Challenge which

course. So question: does a conventional laboratory class, with

requires studies, research and constant updating, since we live.

approximately 30 students, sometimes not seeing the equipment and procedures, these students are able to better understand the test?

Walter Canales Sant’Ana Vice-Rector of UEMA

UemaNet • Revista PoloUm | 33

A magazine from the Department of Tecnolgies for Education (UemaNet) of State University of Maranhão

Editorial


Letter to the Reader Dear readers,

P

oloUm magazine arrives at its sixth edition filled with current affairs, to enhance the distance education. Here is an interview with professor António Moreira Teixeira, from the University of Lisbon/Portugal, which talks about emerging Open University models, flexible and sustainable. And the open courses at the University-UEMA are high. Already we have reached more than 6 thousand participants from countries like United States, Portugal, Algeria and Venezuela, in addition to several Brazilian States and maranhense cities. The University offers three courses: negotiation, entrepreneurship and bioethics, but the goal is to reach 15 until the end of the year. In the literature, applause for the extension project Chronicling, Enchanting and knowing Writers Maranhenses. A fun and creative way to learn more about these writers who brighten our Athens Brasileira (such as São Luis is also called by the tradition and importance of your literature). In this first semester, UEMA, through the distance mode, certified three thousand students of 13 technical courses in various areas. Pros to work with quality in the labour market.

And the highlight is the story about the social inclusion through distance education. The mode comes from making a difference in people’s lives. Here you will know characters that prove this fact. In this edition we bring you news. The journal begins to be translated, too, in Spanish language, i.e. will be trilingual. Why insert the language? Today is considered the third most spoken language in the world and not limited only to the mother tongue speakers, which already exceeds the 300 million people. That number grows every year by the amount of people who learn the language as a second language. English claims first place, followed by Mandarin, spoken in China, which remains in second place due to amount of inhabitants of that country, but the Spaniard stands out in the commercial world, mainly in the European Community, where along with the English are the most widely spoken languages. Another interesting thing is that it comes achieving a considerable number of Internet users, being currently, the third most used language on the internet.

And have you ever heard of the flipped classroom? In this issue, you will know a little more about the method that values more learning pace of each student.

Paula Lima

34 | UemaNet • Revista PoloUm

Editors

So, good reading!

Eliza Flora


Opinion Coordination Mentoring: Monitoring tutors in technical courses at a distance of UEMA

Interview Interview with Dr. Antonio Moreira Teixeira, on emerging university models more open, flexible and sustainable

Education Open courses for high UEMA

Opportunity

36 42

Literatura Narrating, charming and knowing Maranhão writers

Dream Come True UEMA diploma students from 13 technical courses the distance

47 49

It Happened The UEMA on the route of professional courses

Scenery Flipped classroom: valuing learning the rhythm of each student

51 54 58 59

Social inclusion through distance education

Expedient Rector of UEMA Prof. Gustavo Pereira da Costa Vice-rector of UEMA Prof. Walter Canales Sant’Ana General UEMANET coordinator Profa. Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Publishers Paula Lima, Profa. Eliza Flora Muniz Araújo Review Profa. Eliza Flora Muniz Araújo, Claudia Moraes Reports Paula Lima Translation to English Aretha Machado Cunha Translation to Spanish Rubén Barrera Labrada Images Andriolli Araújo/Internet Art Rômulo Santos Coelho Typesetting Josimar de Jesus Costa Almeida Collaboration Fredson Ferreira

A magazine from the Department of Tecnolgies for Education (UemaNet) of State University of Maranhão UemaNet • Revista PoloUm | 35


Opinion COORDINATION OF MENTORING: TUTORS IN

already acquired in the technical courses. The analysis of

TRACKING TECHNICAL COURSES IN DISTANCE AT

information indicates the need for permanent control of

UEMA

both tutors virtual as attendance in the exercise of their

São Luís-MA-may/2014 Danielle Fernandes Martins Leite Lima - Universidade Estadual do Maranhão -danielle.mlf@gmail.com Claudia Letícia Gonçalves Moraes - Universidade Estadual do Maranhão -claudiamoraes27@gmail.com Eliza Flora Muniz Araújo - Universidade Estadual do Maranhão - eliza.uemanet@gmail.com Class: (1) Educational sector: (3) Classification of areas of research in ead: C/Meso Macro F Nature of work: (B)

functions, as well as the importance of training. Keywords:

distance

education;

mentoring;

methodological guidelines.

1 INTRODUCTION

This article presents the methodological guidelines issued for coordinating Technical courses tutoring at UEMA, in order to guide the work of guardians and, in this context, the tasks and routines performed by these professionals in the exercise of its functions. The courses are offered in partnership with the Ministry of education through the e-Tec/Brazil, a total of 13 courses of different areas of knowledge, governed by an overall coordination and specific coordinations. It

This article focuses guidelines of the coordination from

is intended with this study provide an overview of the

technical courses Tutoring Network e-Tec/Brazil offered

procedures adopted by the coordination of Mentoring

by UEMA, in the form subsequent to high school. To do so,

regarding the required dynamics, describing each

were described the steps by which passes the guardian

step of the work, that is, since the selection of tutors,

when the ticket on mentoring, as well as the tasks of

passing then for training, training and monitoring.

the teams that form and accompany this guardian

The intention is to demonstrate how the

throughout the work. In this way, are included in this

guidelines are implemented in everyday life, through

study the procedures performed in the selection, training

the monitoring of in-person and distance tutoring,

and qualification of guardians, as well as the monitoring

in order to assess the performance of critical and

of its activities. The methodology used in this article is

collaborative way.

based on evaluation reports, as well as systematic observation of tutoring. The collected data were analyzed from a theoretical framework that allowed understanding more clearly how the coordination of Mentoring is leading the work. Considering that this is a preliminary study, this article has relevance in that it points out new paths to be traversed from the experience

36 | UemaNet • Revista PoloUm

In this conception, one of the most considered is the terms of interaction between the coordination of Tutoring, tutors and other segments of the overall coordination of the technical courses for the improvement of the performance of the work as a whole. Thus, this study brought reflections on, the need for permanent and systematic control of the


Opinion work developed by tutors face-to-face and distance, as well as an effective training which takes into

Course assistents

account aspects related to the competent exercise of its functions, the enhancement of academic training

Mentoring coordination

and the proper use of technological tools with a view

General coordination Etec

Polo articulation

to the development of the action. Pedagogical coordination

2 MENTORING COORDINATION

The coordination of Mentoring is one of the main units of the general coordination of the courses offered in distance mode under the UEMA. It is specifically the technical courses, mediated by the core technologies for education – UEMANET as a new experience, and also by the amount and variety of courses offered,has required a rigorous system of monitoring and evaluation of the activities of mentoring, resulting in constant adjustments in the dynamics of work. It is understandable, therefore, that these adjustments are that are part of the learning process. As Litto (2010, p. 13): Learn how to learn is the most important skill to be acquired by all people in the future. [...] Since different problems, a new order of complexity, will be popping up constantly, there will always be new challenges, new obstacles to be overturned.

Figure 1 - Funcionograma of general coordination

PTo better situate the work of coordination of Mentoring is important to understand the role the tutor as a mediator between the student and the knowledge in the teaching-learning process, taking into account their training and teaching experience. As Mill (2010, p. 82) “The guardians are the mediators between the students and the knowledge, the technology and the teacher; Thus, the favorable outcome of a proposal depends on the successful practice of those actors “. Combine that the guidelines contained in the Operating Responsibilities, duties and rights of the mentoring Coordination of technical school Opened the e-Tec program Brazil/Brazil, (Annex I of RESOLUTION CD/FNDE paragraph 18 of JUNE 16 2010), which provides for the mentoring Coordinator the following attributions:

coordinate and monitor the actions of the guardians;

Composed of a multidisciplinary team, mentoring coordination operates in EAD processes interacting with the various actors in the context of the general coordination of the e-Tec: Joint, Pedagogic

development of its activities; •

supervise and monitor the activities of the virtual environment learning (AVA);

Coordination and coordination of courses (assistents), as the following figure:

support the tutors of the disciplines in the

follow reports of students regularity;

monitor the performance reports of students in activities; UemaNet • Revista PoloUm | 37


Opinion •

analyse the reports of classes and tutors Guide most appropriate referrals;

supervise the implementation of evaluations;

assist the pedagogical class tutors;

supervise the coordination of on-site activities.

[...] It is essential that institutions promoting the distance courses have specific agencies for follow-up, customer service and support to students, providing them with the acquisition of habits and study techniques, tutored and interaction with other students in order to motivate them to remain in the teachinglearning process. Mentoring, in this case, is considered key in action learning, targeted academic guidance, educational monitoring and evaluation of students learning.

Based on these concepts, as well as in previous experiences of UEMA in EAD and especially in studies and research carried out by other institutions, the document “Benchmarks for distance Courses offered by”, which includes a set of guidelines and procedures that direct the actions of coordination of mentoring, as figure below:

In accordance with the thinking of the author, the coordination of Mentoring develops a set of activities among which stand out: selection of tutors for academic training for each course; realization of continuous formation of Guardians training of mentors by discipline; monitoring of daily access to AVA (in-person and distance tutoring); monitoring and evaluating the process of interaction of the tutors in the activities of the AVA; them to draw up instruments of control, monitoring and evaluation of the activities carried out within the framework of the teaching-learning process, among others. Monitoring on the performance of the guardians

Figure 2 - Model that represents the composition of the Mentoring coordination

takes place by means of evaluation instruments that indicate the level of fitness of those who must remain in the role. If you do not meet the required criteria are invited for coordination for guidelines in order

Within this dynamic, the focus of the mentoring

to improve your work. If no corresponding, course

Coordination rests basically for the monitoring of

coordinators are informed of the fact and decide by

the performance of students by the Virtual learning environment (AVA). This monitoring is carried out in order to guide them in the conduct of the work, so that they reflect positively on student achievement. Quoting Patricia Battisti et al., which in an article titled “the distance tutor-student interaction in the teaching learning process” (2010, p. 4) brings the following reflection:

38 | UemaNet • Revista PoloUm

the shutdown of the tutor of the course. Then, one of the accompanying instrument.


Opinion Nº

TUTOR

POLO/ CLASS

Nº of course participants

Correction Activities

Participation in Forums A

B

C

D

Activity I E

F

G

Activity II H

E

F

G

H

1 2

in how teaching regarding the use of technological tools in the development of the courses, as well as didactic materials to be used in each discipline. In this sense, worth register the work carried out in respect of that item:

3

LEGEND A

ENCOURAGED DISCUSSION CONTRIBUTING TO STUDENT EDUCATION

B

ONLY PRAISED CRITICIZED OR STUDENTS

C

CORRECTION INCONSISTENT WITH STATEMENT

D

NOT GIVE FEEDBACK FOR ALL INVESTMENTS

E

CORRECTION WITH CASE THEORY

F

CORRECTION WITH PRAISE AND CRITICISM

G

REPEAT FEEDBACK TO ALL STUDENTS

H

DID NOT FIX ALL ACTIVITIES

Chart 2 - Tasks carried out by the team of continuing education Follow the specific training of subjects in person and webconference; Follow the format of early calendars of the subjects of the courses by the pedagogical coordination; Draw up the timetable of trainings of disciplines, from the General calendar of first and second offers, as the date of each discipline;

This instrument is adopted to evaluate the interaction of the tutor AVA, and to this end, some aspects are objects of analysis: role of the tutor in forum; time and quality of responses to the student; theoretical foundation for the interactions; participation in evaluative activities tutor of the student the student feedback in time; of constructive intervention; comment individually activities. For Kenski there needs to be concern not only with the monitoring and evaluation of students learning. To the author, all in education should be monitored and evaluated so that the learning process involves in satisfactory results (KENSKI, 2010, p. 61). As can be seen, this instrument is of great importance to the work of mentoring Coordination time that allows to identify problems related to difficulties faced by tutors, especially as regards the field of technological tools and in some cases, points out deficiencies from their own training. 2.1 Continuing education and training Tutors The objective of this component is to guide the tutors of the technical courses with regard to methodological guidelines, enabling knowledge and integration strategies on the job of mentoring, both

TASKS

Chart 1 - Inspection record Mentor

Follow along to the pedagogical coordination and d. and the products produced by teachers, with a view to schedule training; Avaliar o desempenho dos professores em cada capacitação de disciplina, informando a Coordenação Pedagógica; Follow along the coordination of Mentoring new hiring tutors for courses; Draw up the annual calendar of the continuous Training Tutors Organize and monitor the Continuing Training room of the Tutors via AVA; Draw up together Mentoring coordination the report Continued Training of Tutors.

Fonte: Report from the Mentoring coordination -2013/2014

In addition to these assignments include pedagogical strategies adopted in the process of training of tutors, involving dynamic, workshops, lectures and working groups. In addition, are addressed issues related to the role of face-to-face and distance tutor, guidelines on the evaluation process taking place in the classroom information, assessment Centers in AVA, and other aspects. This opportunity allows, also reflect on the role of mentoring, both with regard to the proper use of technologies on the need for continuing education. According to Mill, training for the exercise of teaching is still and needs to be contextualized throughout working life. (MILL, 2010, p. 76).

UemaNet • Revista PoloUm | 39


Opinion 2.2 AVA monitoring

Monitoring AVA requires observing if the tutor is

Chart 3 - Comparison of the activities of in-person and distance tutoring Activity

Students location

Possible interactions

Timeline activities

assisting in the training of the student’s knowledge in interactive, assessing whether the objectives of the

Attendance

Everybody at the same place

Lecture, consultation, questions

geographically separated

Lecture, consultation, clarifying doubts, Extensive possibility of Student interactions↔ ↔ student student group and groups with each other

Síncrona

work are being effectively achieved throughout the

Kind of activities

Similar for all students. Mainly led by tutor. Discussions and work in small groups.

educational process. Thus, the work is done primarily within the Virtual learning environment, where they are checked on forums and activities, feedbacks the theoretical quality of the posted content, the way the tutor leads the disciplines under their responsibility

Distance

Síncrona or Assíncrona

Suited to the needs individual. Mainly focused on students. Individual papers or cooperative (in small, medium and large groups).

and if their contributions are in fact contributing to the growth of the students. Faria (2010, p. 31): Fonte: www.abed.org.br/congresso2013/cd/37.doc

[...] the tutor has a new role in teaching situations with technological mediation: a pedagogical Advisor, with mediator, articulator, facilitator, accompanying the process of formation. This professional must present also some attributes, such as: have clear learning design, empathic relationships, master content, facilitate the construction of knowledge.

Monitoring the AVA has the purpose to monitor the performance of the tutorials. For both the AVA perform a sequence of activities, such as: contact with the tutor if three or more days without accessing the environment; Weekly monitoring of the disciplines of the module; checking the opening of forums during

It is understood that the evaluation of the course

the first week of the discipline and, If necessary, do

as a whole, including the professionals that Act, is

the opening up of closed forums; Note If the tutors are

an ongoing process that occurs every day, and lead

giving feedback to students, the closing of the forums

participants to a reflection that can be transformed

and posting of notes; monitoring of corrections and

into action, seeking to correct failures and build new

feedback of the activities within the discipline; field

knowledge. For best illustration, some studies have

of teaching plan and learning road map; verification

been conducted on the activities of Presential and

of notes of the reviews posted with appropriate

distance tutor, see the chart below

feedback; monitoring of trainings of disciplines; opening space Get Doubts the disciplines.

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Opinion 3 FINAL CONSIDERATIONS

The study on the activities developed by the Mentoring coordination featured in this article is of paramount importance to the improvement of the performance of the tutors of the technical courses in EAD mode at UEMA. It was, therefore, the importance of strengthening the processes of monitoring and evaluation of the activities of all sectors involved, as well as the need for communicational interactive action that allows the improvement of relations of the different actors. In addition, if the need for reflection by tutors in order to verify that the objectives proposed for the work were being achieved or in need of revision.

4 REFERENCES

GUEDES, Reginaldo; GUEDES, Marcella da Silva. Novas Tecnologias e Trabalho Docente: um olhar sobre a prática do professor em contextos de ensino a distância. In: Anais do 19° CIAED - Congresso Internacional ABED de EaD. Setembro de 2013, Salvador/Bahia. Disponível em: http://www.abed.org. br - Acesso em: 22/02/2014. KENSKI, Vani Moreira. Avaliação e acompanhamento da aprendizagem em ambientes virtuais a distância. In: MILL, Daniel Ribeiro (org). Educação a distância: desafios contemporâneos. São Carlos: EdUFSCar, 2010. LITTO, Fredric M. A Aprendizagem a distância. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010. MILL, Daniel Ribeiro (org.). Polidocência na educação a distância: múltiplos enfoques. São Carlos: EdUFSCar, 2010. SABBATINI, Renato. Ambiente de ensino e aprendizagem via internet: a plataforma moodle. Instituto EdMed, s/d. Disponível em: http://www. renato.sabbatini.com/papers/PlataformaMoodle.pdf. Acesso em 06/12/2013.

BATTISTI, Patrícia et al. A interação tutor a distância e aluno no processo de ensino-aprendizagem.In: XColóquioInternacionale sobre Gestión Universitaria emAmerica del Sur. Anais: 2010. Disponível em: http:// www.inpeau.ufsc.br/wp/wcontent/BD_documentos/ coloquio10/142.pdf. Acesso em 25/01/2014. BENTES, Roberto De Fino. A avaliação do tutor. In: FORMIGA, Marcos; LITTO, Fredric (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. FARIA, Elísio Vieira de. O tutor na Educação a Distância: a construção de conhecimentos pela interação nos ambientes midiáticos no contexto da educação libertadora. In: Scientia FAER, Olímpia - SP, Ano 2, Volume 2, 1º Semestre, 2010. Disponível em: http://www.uniesp.edu.br/faer/revistafaer/artigos/ edicao2/elisio.pdf. Acesso em 18/11/2013.

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Interview it is necessary to combine the provision of access to technology the appropriate pedagogical methods and a culture of teaching and learning involving all actors in the promotion of ethical values that sustain this effort for improvement. - In this world of technology, networking, there’s really this distinction between the new and the old/modernity and tradition? António Teixeira - How in the world Manuel Castells points entangled by technology, old and new coexist and tend to confuse yourself even in a same plane of existence. In fact, the glut of digital traces. We generate and store on the net, is creating ever an approximation of the past and the future to our present, to map our entire existence and create detailed and feasible development patterns.

Check out an exclusive interview with Dr. António Moreira Teixeira, on University more open emerging models, flexible and sustainable.

- The provision of access to technology in itself allows you to learn better and faster? António Teixeira - No. To teach and learn are accurate content, tools and a method. To ensure greater access to all the technology, we have managed to improve the instruments at our disposal. However, to improve and accelerate learning need, also, more sustainable and more efficient ways to produce quality content and also to develop more dynamic, participatory methods and adjusted to the needs and style of each learner. In fact, it is wrong to think that technology alone can change the way we learn. It’s how we use it that makes the difference. So, to learn better and faster

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- What implies the integration of technology in the University educational practices? António Teixeira - The integration of technology in the University educational practices can make themselves different levels and in various forms. Each one of them acts necessarily differentiated consequences types. In any case, however, the implications are significant. Since then, the various actors of the University communities are making increasing use of technological tools to extend the reach of their personal capacities, with them building their own custom learning environments. Of course, this phenomenon facilitates and promotes the emergence of innovative pedagogical practices, in addition to the University space mutation, of how we design and inhabit. But, this integration of technology may also have a more organized character, resulting from a strategic institutional effort of pedagogical innovation. In this case, the implications are broader. Not only pedagogical practices are affected, as well as all processes that fall and support these practices need to be reviewed and possibly revised. One of the main implications is the training of teachers for


Interview use proficient and efficient manner of technologies. Others are building stable and inclusive technology infrastructures, the adaptation of student support services and learning to a universe of operation and use digital and open, increasing the availability and capacity to respond in a timely manner.

- For a better understanding, what is this universe of OER? And what this can provide students?

António Teixeira - We call open educational resources (OER) every kind of digital materials designed to support autonomous learning and - It’s fair to say that the contemporary available freely on the Internet, protected by open University is losing its status as centre of production, licenses. These materials are normally deposited in transmission and preservation of knowledge? The repositories themselves, although should be easily power of transmitting knowledge no longer comes discoverable by external search engines. The OER can take very differentiated features and formats, from over who produces? a short text to a full course. Similarly, authors may António Teixeira - Yes. Given their increasing allow not only different degrees of use as his own complexity and the increasing need to scale your amendment. Thus, the OER can be adapted, updated, production process, in order to accelerate and ensure improved, mixed together in order to create new greater sustainability, research is conducted on features, etc. From the students point of view, the OER networks tend to open formal and informal character. enable anyone, regardless of their means or situation, Thus, the process of learn of unattended “...Thus, the OER can be adapted, updated, decentralized production mode, accessing the improved, mixed together in order to create and began to reside in best resources produced new features, etc. ...” collaborative networks. by world experts in In this same sense, different themes, but decentralization also entailed replacing the notion of also participate in the management of the process transmission by sharing. The critical element today, of knowledge, he co-produced and customizing in an age of plenty informative, is the validation of resources, adapting them to facilitate their own knowledge and that, still, is to a large extent of the learning path. monopoly of universities.

- It is correct to say that the virtual open education became a widespread phenomenon? António Teixeira - Yes. The wide spread use of OER (open educational resources) across the world and the recent impact of the phenomenon of MOOCs (online courses for large masses) prove this assertion. What is interesting in this evolution is that she went on to form a central area on the academic offer of university institutions, in stark contrast to what happened with the open education movement, analog or pre-digital.

- The evolution of the popularity and availability of the REA did arise a new scenario? António Teixeira - Yes, the Open Educational Practices -PEA. In fact, the big growth in the number of available REA came the question of its use. The OER were first developed in order to promote and facilitate the realization of non-formal learning. The institutions that supported their teachers to produce them sought to provide the possibility of populations generally away from the University education of quality to be able to have this experience. With the

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Interview evolution of the concept, the REA began to play a very important role in formal education as well, to enhance the sharing of networked support materials to high-quality education, as well as their shared construction, increasing the efficiency of the teaching process and reducing their costs. In this scenario, made it imperative to use the REA to develop the educational innovation in universities. That’s what is happening today with the MOOCs in universities.

- Currently, the scientific work gain recognition in so far as they are published in high impact journals. The adoption of OER can change this hegemony?

António Teixeira - Parallel to the movement AREA, we have witnessed in universities throughout the world the development of initiatives of ‘ open access ‘. This other movement has promoted the provision of all scientific publications produced in open access repositories. We can even say that the spread of open - In your opinion, how is the process scientific publication is more developed than the of accession the REA in Brazilian universities? REA. In Europe, for example, all scientific research financed by public funds has to be published in António Teixeira - Over the years, I have been open repositories. However, it is also true that the following with great interest the extraordinary indicators used for assessment of scientific merit work carried out by fellow Brazilians in this area. In at the universities, yet, are mostly related to the fact, the Brazil produces REA from the time that the publication in magazines don’t open. Personally, I concept didn’t exist yet. I am believe that in the coming “...Maybe fruit of this tradition, referring to the experience years we will see a change more recently developed a strong of free availability of didactic in this important condition, community of REA, with great leaders with the academic merit to support materials held by and specialists...” find new instruments for the school of the future, measuring scientific impact University, led by professor more centered on reputation. It is true that becomes Fredric Litto(President of the Brazilian Association necessary, still, a standards development effort of of distance education--ABED). Maybe fruit of average quality of periodicals. this tradition, more recently developed a strong community of REA, with great leaders and specialists, many enthusiasts, all of whom have done an excellent - How universities have behaved in job of awareness, dissemination and promotion of this new scenario of education? the use of the concept. The positive role of public António Teixeira - António Teixeira-universities, authorities should also not be forgotten, because of by definition, if you are promoting social change, its importance for the sustainability of the movement. institutions themselves are backwards to its internal We can say, therefore, that Brazil is an advanced change. This fact does not cease to be understandable country in this field. In recent years, through my when you consider that most institutions are connection to the European project Oportunidad and perennials and stable in the history of Western society. the proximity with the colleagues from the UFF that In this sense, a revolution like the open education represent in Brazil, have realized also the accession of represents, understandably, a difficult challenge for universities. progressive universities. I believe that if you’re on the right track, although much still remains to be done At first, it wasn’t clear to them what the focus of benefit. in the development of institutional strategies for Following the model of the MIT (Massachusetts Institute of technology), in particular, understand the integrated deployment of PEA.

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Interview OER as a marketing tool. The impact of the provision Contemporary universities are not isolated places in of quality AREA would increase the public prestige of the world, but polos, so communities are increasingly his teachers and it would generate increased demand open to these and respond to social challenges. for potential students, as well as greater geographical diversification internationally. Later, other motives have emerged, relating to the sharing of resources and - There’s no way to escape from this costs, or the promotion of pedagogical innovation. reality. It’s a fact. But, what are the consequences I believe, however, that the decisive moment for the faced by those institutions to adopt these open universities gave up with the impact of MOOCs. So educational practices? far, the adhesion of the universities was-if focusing on the involvement of groups of teachers led by António Teixeira - Necessarily will be a change in the enthusiasts with with the phenomenon, or as a result way we design courses, we chose the methodologies of localized innovation experiences. With the MOOCs, that will be used, we evaluate the learning process the University leaders soon understood the challenge. to be carried out and certified at the end. PEA also invited an approximation and interconnection This difference allows to think along the lines of what between the formal and non-formal learning. happened with open access, we will watch in the near Then there are consequences in terms of changing future to a multiplication the functional profile of “...Then there are consequences in of institutional strategic professor. Personally, I terms of changing the functional initiatives to implement an don’t think this will lose importance as an actor of profile of professor...” open educational culture. the educational process. However, what he expects and the skills you need are predictably different from today. The transparency of - What would be the biggest school space, for example, that results from the open sharing of a teaching and learning experience, carries challenge of the institutions today? enormous consequences for teachers and students. I António Teixeira - Would be, precisely, reorganize know from experience what it means. their organizational culture and operating model to better adapt to the new social paradigm and epistemological and educational too. In short, to rebuild on the basis of an unstable world and very dynamic in which the processes of research, teaching and learning aredeveloped in open networks, decentralized and shared mode, and in which participation is critical. - How contemporary universities can finally become more open and flexible? António Teixeira - I believe that through the adoption of functional hybrid models, more sustainable and adapted to the networked sharing of resources, but also by the opening of their collaboration processes intra-, inter-and extra-institucional. The adoption of PEA is a good example of this principle.

- But, the organizational models must allow greater flexibility so that the institutions can be sustainable. Correct? How would these templates? António Teixeira - Exactly. I advocate that these models should be based on two important aspects. Firstly, from the point of view of its architecture, should be organic and evolutionary. When it organizes a University, the time horizon is extended. She is expected to persist for several decades. This is therefore a high investment and you can’t downgrade. However, the acceleration of social movements and technological development is transforming the demands of College. We need, therefore, that the organizational system of the University become organically as the change of the institutional context. We must integrate the continuous change in the

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Interview very sustainability of the organizational model of universities. The architecture gives us an excellent example: when today a remarkable building, like a stadium, we already know that he’s going to have probably differentiated uses along the over its life cycle. However, more and more requirements of the events it held are highly specialized. So when you build these structures, they are already designed to easily be able to be rebuilt successively, depending on how ephemeral is its specific use (with impactmanageable structures beams of bridges tolls). I therefore think that the new University templates have to be designed in the same way, focusing on organic culture.

have finer granularity levels. This means that the unbundling of functions does not have to be made at the level of the tripod mentioned, but of specific functions within each of the pillars. In any case, I think it is important to point out that a public university network thought nowadays should not impose a uniform model of the University, in which all have to replicate to your context and geographic area of influence exactly the same institutional profile, but, on the contrary, should promote differentiated and complementary types of University organization. Of course, for my own personal experience I am aware of the difficulty of this goal. However, I believe that it is worth insisting on this point in order to enhance Another aspect that seems important to me is the enhance the capacity of public networks and avoid principle of organization in network and unbundling waste of resources and disruption. Public universities have to collaborate more of functions, or ‘dynamic “...However, I believe that it is worth insisting with each other, sharing ‘expertise as is proposed on this point in order to enhance enhance the their resources and by Wiley and Hilton. Each capacity of public networks and avoid waste assets, and deepening institution must specialize of resources and disruption...” their complementarities. in an area in order to be better prepared and can differentiate their service offering and share other resources, thus, in the functional areas in which is not so well provided. This practice is known for a number of years in the world of business management as «competition».

- In General, the Brazilian public Universities maintain their structure and their actions on three pillars: education, research and extension. According to the unbundled model of Wiley and Hilton each University should identify its potential and invest in these areas. What would be the impact of this model on the traditional tripod adopted by Brazilian universities? António Teixeira - Functional model of the Brazilian public universities is no different from the Portuguese or from most countries. In Europe, our universities organize their mission according to the same tripod. Of course, the unbundled model could and should

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- To finish. The current university organization models are unable to respond to the significant cultural change brought by education and open innovation? António Teixeira - That is my conviction, which results not only of the theoretical research, but also the practical experience of a quarter of a century as University lecturer. Are also strongly bureaucratized models, despite the latest developments; very stable and impractical, with a slow responsiveness to stimuli and external challenges; transparent, so leveraging the potential of networking; and little not favoring the collaborative strategic alignment of University organizations.

*The teacher is part of the Department of education and distance education of the University Lisbon/ Portugal


Education

Open courses of UEMA in evidence

The University offers three Courses on the platform

empreendedorismo

D

o you know what open courses are? The idea is to give free internet access to various educational materials-video lessons, modules or entire courses, research, scientific articles, books and other. Courses in this format have as main objective to facilitate access to human rights: education, eliminating formal barriers as previous training or costs, consisting of impediments to achieve the qualification. The theme permeates the main universities in the world, among which are: Harvard, MIT, Boston, Toronto, Hong Kong, Kyoto, Peking, offering free courses through their platforms. What are the benefits? Free access, no rules, activities restrictions or charges, individual learning pace, student-centered pedagogical practices and exemption from costs. Also wondering why this , the University State of Maranhão (UEMA), through the Core technologies for Education – UEMANET, created a platform of Open

Courses, which already has three courses: negotiation, Bioethics and Entrepreneurship. Online courses without prerequisites for participation, offered to a large number of participants. . Register remains UEMA is the first in the northeast to offer such courses and one of the few in Brazil with their own platform. The General Coordinator of UEMANET, Profa. Dr. Ilka Serra, explains the differential of the open courses, that stand by the great potential for participatory flexibility and absence of formality: “the idea is to provide knowledge produced at the University, providing discussions on various themes, free form, dynamic, flexible and participatory, thus contributing to the democratization of knowledge “. And he adds: “we intend to improve our platform, offering courses – including graduate-in several areas of knowledge”. Opinion shared by Profa. Dr. Sannya Rodrigues, Coordinator of Educational Design sector of UEMANET. “We live in the digital age, on information society and networks, open and democratic content.

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Education Through this effective teaching mode, allowed by the open courses-international trend, we aim to ensure wide access to the most diverse types of knowledge, circulating in the world, preparing people, as the new educational skills required in the 21st century “, emphasizes the teacher. Albert Carlos Ferreira, participant in the course of negotiation, talked about his impressions: “very good trading course,UEMA is to be congratulated for this initiative. All material, as well as the teacher’s explanations were and are very important for learning to all, in particular, for those who already work in the commercial area. Material and the form of questioning pretty well prepared. I’m sure I will have a new vision of the negotiation process from now on. That open new courses come “. Opinion shared by Roza Virginia da Silva Lucena. “Congratulations on the quality of material, easy to understand and very instructive and of huge value. Are praise attitudes like this, at a time when people insulate and forget to share with the next, breathing this air competitive. I’m very fortunate to have access to this knowledge tool. Nowadays, we need for improvement and knowledge in all areas to monitor the evolution and get success in life, in relationships. UEMA demonstrates with this initiative the interest to contribute even more comprehensive with the society in whole. I intend to make the most of this tool, “said she. Negotiation - taught by Prof. Msc. José Carlos Belo, the course has duration of 60 h. The student/ participant has the opportunity to learn about historical aspects and initial concepts; communication, relationships and strategies; behavioral aspects and multiple intelligences, which are both paths considered most important for the dealer, because means understanding the aspect and knowing how to mobilize the various levels of intelligence. The course is already with more than 3 thousand

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participants from different countries, like Algeria, Portugal, USA and Venezuela, and several Brazilian States and more than 140 maranhenses cities. Bioethics - discusses the following subjects: the issue of abortion, Bioethics and animal experimentation, assisted human reproduction, euthanasia and other. The content is taught by Prof. and philosopher Ayala Gurgel, with the use of different media, such as course videos, texts, podcasts and book studies. Currently, reaches nearly 1,000 participants. Entrepreneurship - taught by Prof. Msc. José de Ribamar Silva Morais, the course offers knowledge focused on the entrepreneurial possibilities in such a way as to give conditions and autonomy of building a business. The following subjects are discussed: Fundamentals of entrepreneurship; ideal profile for the entrepreneur; local productive arrangements as a source of entrepreneurship ideal profile for the entrepreneur; local productive arrangements as a source of entrepreneurship; elaboration of a business plan. With just less than two months of beginning already contains more than 500 subscribers. All courses have a duration of 60 h and entitle the online certificate of completion. Is the University State of Maranhão in tune with the world. Visit the site www.cursosabertos.uema.br, choose the course and enjoy.


Opportunity

SOCIAL INCLUSION THROUGH DISTANCE EDUCATION

Distance education making a difference in people lives.

S

tudying at home has become increasingly common. Many people seek in distance education (EaD) an opportunity to gain time and improve its performance in examinations for contests. For people with disabilities, for example, which normally face difficulties of locomotion due to lack of infrastructure in almost every city in the country, is a strong ally in the mode optimization of the College. “The possibility of adjusting the hours of study to my time availability has always been among the biggest advantages.Also didn’t have to shift me from home to University polo, representing a savings of time and money, in my case, practically could be an obstacle course,” says Maria de Fátima, graduated in philosophy, in the distance, UEMA.

EaD attracted, too, Silmara Lindoso. Physically handicapped, she saw in the mode of teaching a chance to realize his dream: graduate in pedagogy. “When I finished high school I waited for ten years a chance to pursue a higher education. And this opportunity came through the UEMA and distance education, “says excited. Silmara is an example of how EaD may also for the intellectual and personal growth of people with physical disabilities and other special needs. Even in the face of a daily struggle to overcome the hardships imposed by their conditions, she gave up and realized his dream. “The benefits of distance education are various: optimization of time, flexibility and autonomy in education. Very important for those who, for reasons of distance, work or other difficulty as my, can’t afford to attend a “University daily, highlights. UemaNet • Revista PoloUm | 49


Oportunidade Professor Celia Regina de Oliveira Lima predicts longevity for the EaD. “The semi-assisted and distance is a tool of the modern world digital, essential to the expansion of opportunities of insertion in the academica worldand professional, of course, is here to stay “. And, still, complements: “and not something insulated, because the teachers, tutors and students are always present through chats, forums and emails. The lack of face-to-face contact is minimized by the interactivity of virtual world, so participation and often in the forums and group activities are essential “. To the Coordinator of Timbiras/UEMA, Kassia Tatiana, education is of utmost relevance. “I see the distance education being of utmost importance. Just only have a computer and internet access. The courses become an efficient alternative and somewhat more accessible, especially for people with disabilities. They have the world at your fingertips without leaving home.so he points out. In one of his several interviews, professor João Vianney, Counselor of the Brazilian Association of distance education “ABED and Hoper Educational consultant, speaks on the topic: “in addition to facilitate access to learning for people with disabilities, EaD has opened the entry to higher education for classes C and D. It was expected the predominance of these classes. And it happened all over the world, especially at the beginning of the course offerings in this mode. Of course, that, currently, the public tends to mingle. The adult who seeks a College has job and family and often can’t go to school every day “, he adds. The truth is people seek knowledge and development. The EaD offers training and puts within reach the knowledge, facilitated by technological advancement, ensures flexibility and is accessible, thus creating social inclusion. Professor Vianney released a survey that deals with student profile of this modality. See the chart:

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Chart 1 - Socio and Economic profile: EAD students X Attendance studentes. Standard/Trace

EAD student in %

Attendance student in %

1

Married students

52

19

2

2 children or more

44

11

3

White skin color

49

68

4

Family income until 3 minimum wage

43

26

5

Family income until 10 minimum wage

13

25

6

Work and help the family

39

19

7

The main income in the family

23

7

8

Father with high school or College

18

51

9

Mother with high school or College

24

54

10

Access with a desktop at home

55

72

11

Access with a desktop at work

65

53

12

Studies more than 3 hours a week

53

51

13

Has internet connection

82

92

14

Studied in a public school

67

51

15

Studied in a private school

15

33

Fonte: Vianney

It is observed that the students of distance education are predominantly married, have kids, family income less, don’t plead mostly as whites, contribute in greater proportion for the sustenance of the family, the minority has access to Internet at home, studied in public school in high school and parents with less education in relation to the students of the courses. The data prove the inclusive character of higher education the distance and reinforces, by comparison between the profiles of students, the importance of this model of teaching and the role it plays in society. The importance of EaD is notorious not only as a factor of inclusion of people who seek the amenities offered by this process, but also on digital inclusion and of persons with disabilities. The distance education represents an important tool in the process of reducing inequalities in Brazil, through access to education.


Literature Literatura

CHRONICLING, ENCHANTING AND KNOWING MARANHENSES WRITERS

Is playing you learn. Is traveling on the imagination that comes the awakening of reading from an early age. This is the idea of extension project Chronicling, Enchanting and knowing Maranhenses Writers from Universidade Estadual do Maranhão. UemaNet • Revista PoloUm | 51


Literature

D

emonstrate ways to tell stories with the aid of teaching resources which awaken the imagination and interest of the child; meet maranhenses writers geared for children; demonstrate techniques of storytelling for children from 0 to 7 years of age; Select works of maranhenses writers by indication technique as an invitation to read; Advertise with childminders literary writers maranhenses, thus fostering a taste for reading. These are the goals of the extension project “Chronicling, Enchanting and knowing Writers Maranhenses”, performed by pupils of the course of Pedagogy at UEMA. The project was conceived and is coordinated by Prof. Heloisa Varão, Director of Distance Education course of UEMA, brokered by the core technologies for Education - UEMANET. “The idea came from the Readers Workshop, which was held with the encouragement of Professor of Letters at PUC/RJ when honored Ferreira Gullar in Brazilian Writers Project -Cultural Circuit Bank of Brazil, which had the support of UEMA. At the time, was offered the workshop of narratives for children presented by me, where was exploited the work Dr. Buzzard and other Fables, Ferreira Gullar. It’s been six years of a project, that has emerged on the need to promote actions aimed at the promotion of reading “, says the teacher. The action worked. In 2009, with the release of the notice of Institutional Scholarship Program extension (PIBEX), the project under the guidance of Professor Héloïse Pole was approved. In the course of the same year, several workshops were held for teachers of kindergartens and preschools of municipal education from São Luís, Timbiras and Primeira Cruz, where

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besides the work Dr. Vulture and other Fables included in the project, and explored the fable Touche playing nights of São João in São Luís, witten by Wilson Marques. And the project got stronger every year. The initiative was so good, that the next year (2010) was approved again. “That same year, expanded the project to work with the Gold Head, of Josué Montello, and Cazuza, Viriato Correa”, explains the professor. Daycare teachers participated in the workshops Maria de Jesus Carvalho, kindergarten Wolfie, San Jose Community College, Operário UEB João e Maria, and schools from São Luis and São José de Ribamar. Until then, only students from Pedagogy classroom of UEMA project participated, but in 2010 there was an expansion and began to attend also the pedagogy course distance brokered by the core technologies to education-UEMANET. And for greater interactivity was created a room in the Virtual learning environmentAVA/Moodle, subscriptions are available to students of distance, which participate in the project through the activities posted in the room. The workshops currently have been conducted with teachers in the municipalities of São Luís, São José de Ribamar, Codó, Bacabal, São Mateus, where has played a relevant role in the continuing education of dozens of teachers from the municipalities mentioned. “It worked anyway. It’s amazing and exciting the involvement of students/ teachers. The project happens on multiple poles of the University. We have over 300 students from Pedagogy.” I feel rewarded” says Heloisa.


Literature Literary picnic – as part of the actions within the project, the institution carried out, at the beginning of this year, the first edition of the Literary Picnic of UEMA, where about 50 children, early childhood education and elementary school had a different afternoon, with a lot of reading and imagination. A partnership with the network Reader land of Palm trees and the surrounding community schools at the University. The initiative covered the following schools: Educational Institute and Nossa Senhora Aparecida Assistance; Beneficent of underprivileged children from the Santa Clara village; Mariana Mothers Club;Nossa Senhora da Conceição School; Educating School. Both located in Cidade Olimpica neighborhoods and Cidade Operária. “The idea was to disseminate the project to the future students of the course, in addition to integrating students of distance and Presential, teachers and mediators of reading internship field schools. And the main: spread literature for children “, emphasises Heloisa Varão. The tutor Magda which accompanies the progress of the project in question in the Virtual learning environment (AVA) highlights the importance of exchanging experiences. “It was important for the teachers and for the students of the pedagogy course, because it is the meeting of theory and practice. The Picnic comes the awakening Of maranhenses writers.

The idea is to bring this initiative to the other places of UEMA. To the Coordinator of the Community Forum and charitable schools of São Luís, Neuza Ribeiro, the most interesting was the chosen environment. “Take the literature to these children in a differentiated environment, making them travel in imagination outside the traditional classroom was a very good idea. The joke, interaction, joining in an open space, it is certainly an incentive for awakening taste for reading she says. The kids loved the afternoon. Giovanna Oliveira, 12 years of School Education, wants to repeat the experience. “I love reading. And today I read the book who’s afraid of Ana Jansen, written by Wilson Marques and fell in love. Initiatives like this should happen again, do well. And it’s always good to learn about the history and culture of the place in which we live. It was very nice to get out of the monotony of the classroom. I really want to repeat that moment “, underlines Giovanna delighted with the idea. The afternoon ended with the relaunch of the book Tales and legends from the Sun land, written by Wilson Marques. The writer and journalist weaves praise for the initiative of UEMA. “I’ve started to like the name. Picnic already escapes the traditional. Is a format that places the child in touch with reading and the writer in a relaxed atmosphere. And we writers just having new ideas. I can only thank the invitation and to compliment this work, which was very interesting. I hope I can do most times “, praises him.

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Dream Come True

UEMA GRADUATES STUDENTS OF 13 54 | UemaNet • Revista PoloUm


Dream Come True

3 TECHNICAL COURSES AT DISTANCE UemaNet • Revista PoloUm | 55


Dream Come True

D

irect technical course for the labor market.

The assistant adds: “Unlike the young people

This is the path of 72% of students who opt

that come straight from high school to the first job,

for professional education courses. This high

the students of the technical courses face minor

level of employability has been found in a survey

difficulties, taking into account that their training

conducted by the Ministry of education (MEC) with former students technical courses. Depending

on

the

career

area,

ensuring

employability can reach 100%. These professionals

focuses on a specific professionalization, which combines theoretical and practical knowledge. It is worth mentioning that the professional practice

already leave the course with a secure job in the

is an essential part in technical courses, so is the

marketplace and with starting salary around r $ 5

concrete moment of the student with his profession.

thousand reais.

This generates greater confidence to the apprentice

“Currently, the employment opportunity is much

and facilitates their access to the labor market. In

larger for those with technical level. Companies need

many cases, they don’t go after the companies. The

not only to managers, seek competent professionals with predisposition to work as a team, initiative, entrepreneurial spirit, responsible, creative and other essential skills for diverse duties. The coach is the one professional who puts even his hand in the cookie

companies are seeking”. The advances of technical courses and the need of skilled labor led the University to invest in this type of training, as a way to contribute to the

jar and performs the work that the company most

educational and socioeconomic development of the

needs. Anything that draws attention is that 85% of

State. Implemented in the year 2012, in the distance,

our students are satisfied with the chosen careers

13 technical courses, with 6 thousand vacancies,

\ “, explains the General Coordinator of the core

distributed in 25 polos Face-to-face support, in

Technologies for education of UEMA, Profa. Ilka Serra.

partnership with e-Tec Brazil Network.

Construction is a small proof of how the market

In 2015, the students of 25 poles received their

is in need of skilled workers. With labor scarce, all

diplomas. Only in the capital and São José de Ribamar

professionals with training in this area are quickly

were 800 graduates students. “UEMA has achieved and

absorbed by the market. Often not expect the

democratized the education in a way that is gratifying

completion of the course, are immediately absorbed

to see the joy on the face of each of the graduates. The

by the companies.

UEMA adopted technical and courses offered in the

This is an ever-increasing demand in the labor market. “Today, because of the large number of students who migrate directly from high school to College, the techs end up doing lack on the market. There are spots open, just pass in front of an employment agency to have the exact notion of this demand, there are always calls for technicians, and in different areas, “says the UEMANET Assistant, Profa. Eliza Flora Muniz Araújo.

56 | UemaNet • Revista PoloUm

best way possible, putting 13 technicians to different areas in the market. And I say that 50% of them are already working in their area of training, are in the labour market. It is a joy for us, because we believe these professionals now and they also believed in the institution. It wasn’t easy, there were difficulties, but see them being graduates and graduates shows the perseverance that each had. The University believes in


Dream Come True the potential of them and in the form of democratizing

highest quality. But, what motivates the student

this knowledge. We will continue doing distance

to remain in the course are the practical lessons “,

education, taking education to Maranhão. We learn

highlights the student.

to make distance education and we want to provide

Thiago Jose de Oliveira Freitas, of Buildings,

such education to the 217 municipalities in the State,

emphasizes the efforts of nearly two years of study.

so everyone has the opportunity to get an education, “says Ilka Serra.

“I want to thank UEMA citing a thought of the late Rubem Alves: there are schools that are cages. There are schools that are wings. And really, the institution gave us wings, believing and investing in the distance as flexible and comprehensive. The course was a technical challenge and has now become an achievement, a dream come true. And so as we had that opportunity, which the UEMA can give continue to this project, giving the other a professionalization, contributing thus to a more dignified and sustainable Maranhão”, excites him. Approximately 3 thousand technicians are able to perform with quality in the labour market. The

The Rector of UEMA, Prof. Gustavo Pereira, endorse the words of Coordinator. “It was with great satisfaction that the UEMA graduated from these students. We have absolute certainty that

UEMA offer, in 2015, plus 8 technical courses: food, environmental control, tour guide, computers, mining, computer networks, Workplace safety and Public services.

the initiative of the University by offering technical courses will bring significant contribution to society, impelling maranhense socio-economic development of the State, making a difference in the lives of these professionals.UEMA offers technically trained professionals thus and ready to meet the dynamic labour market “, says the Rector. According to the work safety technician now, Raimundo da Conceição, this course came at the right time. “I can only thank the UEMA for this opportunity, because if it wasn’t through a distance course, I would never be qualified and employed. The framework for the technical courses is fantastic, we had good tutors, highly qualified teachers, the support of the coordinators of polo and didactic material of the

UemaNet • Revista PoloUm | 57


It Happened

UEMA on the route of the training courses

N

ever sold so many cars in Brazil as in recent years. And, due to this growth, the automotive sector is one of the most strategic of the Brazilian economy and responsible for moving the country through the manufacture of cars, motorcycles, trucks, buses, boats, and other motor vehicles. The automotive area covers the automotive, auto parts, and also the after sales and maintenance network UEMA in tune to this movement in labor market, and, with focus on the development of the State, deployed 13 technical courses, all offered in distance mode, intermediated by its core technologies for Education – UEMANET.

The quality used in the courses has awakened also private companies looking for UEMA in search of partnerships. Among the companies, DALCAR Group, whose partnership is in the process of consolidation with the offer of a class of Automotive Maintenance Technician course. But, what search the dealership? Qualify its employees to act on different fronts, such as: installation, manufacturing and automotive maintenance, that is, to train professionals with knowledge of Automotive electrical and electronic systems, with competence to coordinate work teams, planning, development and evaluation of projects and implementation of technical standards.

58 | UemaNet • Revista PoloUm

It is exactly in this perspective that the UEMA works. Hence the interest of DALCAR to find a course that combine the expertise of both partners. It also means that, in this partnership, the other students of science will have the opportunity to participate in practices and internships with the company. According Moises, after sales manager of DALCAR, there is a great demand in this area, but lacks qualified professional on the market. “The market is always in need of these technicians, however, there are professionals, because they lack the Institutions also qualify. The cars of today have a high technology and there is a shortage of skilled labor to deal with it. UEMA arises in between to form this manpower, to meet this demand, “says the Manager. The General Coordinator of UEMANET, Profa. Ilka Serra, the automotive market is renewed every day. “the market-changing lives, is very dynamic and innovative. I agree as Mr. Moises when he puts the technology used in automobiles is renewed daily and that requires a lot of professionals in the field. And that’s the concern that has technical course mediated by technology, implementing procedures and practices, both in the virtual environment as in laboratories. We have implemented a modern laboratory of automotive maintenance, which has stimulated considerably the practical lessons. The Rector Prof. Gustavo Pereira and the whole University are pleased to be able to meet the demands of our State, “says Prof.Ilka Serra.


Scenery

The flipped classroom: valuing more learning pace of each student

S

eeking a method to enhance more learning

math and science. But, now, I see examples of arts

pace of each student, some educators began

teachers, showing the techniques through videos,

to modify the teacher’s role in the classroom.

and then perform practical exercises in the classroom.

The flipped classroom is a teaching methodology

Even in physics I’ve seen it happen, “he says.

which reverses the traditional learning process of

About the motivations for creating the proposal to

the student: the acquisition of knowledge does not

use the possibilities of digital media in the classroom,

happen only in lectures at school, but also outside

he states that, since the beginning, sought the best

it, with the help of technological resources. Before

for students. “Students began to participate actively

the lesson, the student may have contact with the

in the classroom and applying his studies. We saw

content at home. Thus, the time in school is used to

results in which students study more and more

deepen to deepen concepts, questions and perform

teachers are satisfied. It makes sense, “sets. Bergmann

exercises and practical activities.

wrote the book Flip Your Classroom: Reach Every

One of the pioneers of the classroom flipped is Jon

Student in Every Class Every Day, in partnership with

Bergmann. After teaching science for 24 years became

his colleague and also a pioneer of the methodology

Chief in a technology school in Chicago. Currently, he

Aaron Sams. It tells about the experience with the

is a reference when talking on method and maintains

model. “It’s not the only method. But, it is a way that

an NGO, together with other teachers, which promotes

works, “he says.

resources and research on the subject.

For the PhD in Educational Technologies, Sannya

In several of his interviews he explains that

Rao, this is the way to education. “Nowadays, you

saw the method work in various areas of teaching,

can’t talk to 30 students as if he were talking to a. I

major universities like the Massachusetts Institute of

believe that the ideal is to get a customization,

technology (MIT) and Harvard children’s education.

because each one learns of a way. Education needs

“At first, I thought it was best to disciplines such as

to see that the most important skills are individual.

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Scenery Classroom Reading and teacher’s explanation, with little time for exercise

Inverted classroom Conducting activities and group exercises and teacher attendance

When the student graduates and goes to the labor market the employer wants someone not common. Why we educate our children so that all of them are equal? “, underlines Professor. Videos, podcasts and blogs are some of the features that can be used in the classroom. With an internet connection, you can access them on computers, tablets and mobile phones at school or at home. The educator can create video classes with programs with programs of screencasts (screen capture software) or select videos and lectures from the internet. The recommendation is that the video is focused on a single theme, with short and objective explanations, 8 to 12 minutes. The video can also bring key questions for the student respond when you return to class.

exercises. In the classroom, teachers meet students individually and in and in group, turning the school into a conversation, changing the traditional layout of chairs lined up. The videos also help who had to miss and need replacement classes. The American school Clintondale High School in Michigan, was one of the first to adopt the classroom flipped. Since 2009, students attend classes in math, English, science and social studies at home and make the duty in class. Every professor writes up to 7 minute videos with software acquired by the school and provides the material on the Web site of the institution. In addition, each discipline has a profile on Google Groups for the exchange of information and discussions. The results were the reduction of the rates of repetition and the general improvement in grades in exams.

In the classroom flipped, the student is responsible for his own learning What do you mean? When watching videos, he can pause and repeat the content according to your pace and understanding. Students who have learned quickly the concepts aren’t wasting any time with explanations of the teacher and can do more

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Scenery Another important fact is that in the flipped

Currently, the society is in a new economic model.

classroom, social networks are not limited to Facebook

The problem is that the school still operates in the

and photo-sharing. Students can use tools with chat,

traditional model and the teachers were also prepared

blogs, wiki sites, research and collaborative projects

in this model. In the traditional model of education,

that can be transformed into a site done by both the

students must attend classes passively, the professor

teacher and the students.

realizes the whole explanation of the content and

According to a survey of 2012 made by organization Flipped Learning, brings together teachers who are

tasks are performed at home. So we can

see the mismatch that occurs in

adherents of the flipped classroom, Science (46%) and

education between what society needs and what

mathematics (32%) are the materials most adapted to

the school offers. The world presents the needs of

this method. One reason is that are substances whose

individuals who can work in small groups to solve

practical demonstrations are easier in the classroom.

big problems using digital tools and that, above all,

Thus, all the theoretical part is made at home and

be prepared to perform multitasking without fiscal

with the supporting material.

supervision, either the teacher or the head.

“There is no ideal model or single methodology.

What are the advantages? With the flipped

The choice of format depends on factors such as

classroom, learning responsibility is transferred from

access to technology and the profile of the students.

the teacher to the students. Students tend to perform

As the flipped classroom “frees” more time, class

better when they control the When, where and how

exercises and practical work with the direct support

they learn.

of the teacher are fundamental and have individual

The teacher is no longer the holder of knowledge,

attention to each student. During class, in addition to

but rather the mediator that guides and guide, while

the exercises, the teacher can also increase enhance

students are apprentices real assets of the whole

the learning experience of creative ways using features

process.

like games, artistic activities, iPad applications and multimedia features like support “Sannya.

With the videos and interactive lessons students can access them at home before school at the time they want. The weather classroom can be used for

Understanding Better The model of education that prevails in the vast majority of schools is the same as in the beginning of 20 century. This template was created to meet the working model of the time who were all working all day, doing the same thing at the same time, they could not interact and were harshly monitored. Thus, the schools, to meet this new economy,

data collection, collaboration, and application of the concepts. The class becomes a place for students to work with the problems, move concepts, and engage in collaborative learning. Flipped classroom allows the teacher to create learning opportunities involving more students. Those with learning difficulties walking in rhythm, participating in collaborative groups that most meet your needs.

organized in the same way it was: group children by age group, in large groups, locked in a room, working all the same way, and also monitored by the teacher.

UemaNet • Revista PoloUm | 61


Una revista del Departamento de Tecnolgies para la Educación (UemaNet) de la Universidad del Estado de Maranhão

Editorial

Inclusión Digital, Redes Sociales y Educación

N

o hay forma de empezar un texto sobre la inclusión digital que no pase por las bases que lo sustentan: una red digital de acceso que llega a los hogares y establecimientos públicos y privados, equipamientos que conectados a esta red física, posibiliten la conexión digital y, finalmente, el ser humano dotado del conocimiento necesario para utilizar los recursos disponibles en Internet. La ineficiencia o inexistencia de una de ellas compromete todo el conjunto. Es evidente que el dominio de las tecnologías de la información y la comunicación se torna cada vez más necesario para sobrevivir en el mundo contemporáneo. Sin embargo, somos conscientes de que las deficiencias todavía existentes en nuestro Estado con respecto a la inclusión digital, no impiden que vislumbremos que las clases de tiza y pizarra, con copias y más copias en el cuaderno espiral estén con los días contados. Hoy, para tener acceso al conocimiento no es suficiente apenas dominar la lectura, la escritura y las operaciones básicas. Ahora es imprescindible, también, el dominio de las tecnologías. Nuestros niños crecen con controles remotos, tablets, smartphones, notebooks, sorprendiéndonos por la agilidad de manipulación o navegación, en comparación con nuestras habilidades para ello. Pues estos niños están creciendo, asistiendo a clases y esperando de algún modo que el mundo de la educación los atraiga con la misma intensidad. Los profesores, actualmente en ejercicio de sus profesiones se encuentran en una fase de transición. La globalización iniciada por las relaciones comerciales abarca ahora la información. La Internet agrega un potencial innovador sin precedentes, toda vez que permite suplantar las paredes de la sala de clases posibilitando el intercambio de ideas e informaciones entre estudiantes de diferentes lugares y en un tiempo récord. En la actualidad, nuestros alumnos disponen de un vasto material didáctico y con un simple toque de teclado, por ejemplo, acceden a las clases de vídeo impartidas por profesores brasileños y extranjeros en grandes cantidades y por qué no, de diferentes niveles de calidad. Yo, como profesor de ingeniería civil durante décadas, sospeché que un curso en el área de tecnología pudiese ser ofrecido a distancia. Hoy, me encuentro con vídeos de ensayos de laboratorio bien detallados que se adaptan perfectamente al nivel esperado de conocimiento para un curso de graduación. Entonces pregunto: ¿será que en una clase de laboratorio convencional, con aproximadamente 30 alumnos, a veces apenas viendo el equipamiento y los procedimientos, estos alumnos tienen condiciones de entender mejor el ensayo? Por lo tanto, concibo que la Universidad se debe colocar en sintonía con el mundo globalizado, ofreciendo cursos a distancia de disciplinas aisladas distantes para cursos presenciales y

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disponer de tecnologías adecuadas para la interacción virtual entre los diferentes agentes del proceso de enseñanzaaprendizaje. La interacción virtual no viene solamente a través de un sistema/plataforma como Moodle, ocurre perfectamente por vía de las redes sociales. Estas redes hoy dominan gran parte de nuestro tiempo, ya sea por las redes de amigos, de compañeros de trabajo, de familia. Además, surgen redes de grupos de estudio, como las de una determinada disciplina impartida presencialmente, que comienzan también a formar parte de nuestro día a día. En este contexto, Facebook, WhatsApp y correo electrónico “de la clase” tienen la preferencia de los alumnos. A través de estas herramientas el maestro envía archivos, tira dudas, indica textos y propone otras actividades. Además de eso, propician la interacción entre los alumnos que buscan solucionar la mayor parte de los problemas sin la intervención de su profesor. Esta nueva forma de buscar el conocimiento y la receptividad por parte del profesorado es muy positiva. Sin embargo, la transición a la que me he referido anteriormente, se refiere a la revisión de procedimientos mucho más por parte del profesor que del alumno. Muchos de nosotros crecimos aprendiendo con la tiza y pizarra, donde la aparición del retroproyector ya era una revolución. No obstante, ¿quién hoy utiliza un retroproyector? Por lo tanto, el profesor necesita despertar y evolucionar en este mundo digital. Debemos siempre recordar el incentivo que damos a nuestros alumnos que se gradúan: “No dejen nunca de estudiar, de evolucionar en el conocimiento”. Y nosotros, los profesores, tampoco podemos nunca parar en el tiempo. Tenemos que tener presente que sin ese conocimiento, el hombre estará excluido de las oportunidades de inserción productiva en la sociedad. Por lo tanto, el ciberespacio, es decir, el espacio creado por las relaciones mediadas por las nuevas tecnologías, se tornó un espacio abierto que trajo un campo de posibilidades para la producción y difusión de informaciones. El alcance y la integración de vídeo, audio y datos textuales posibilitó la realización de investigaciones y la búsqueda de informaciones en sitios de noticias, blogs, foros, y también en las redes sociales. Es innegable que las Tecnologías de Información y Comunicación - TIC, las tecnologías de la Web 2.0 (wikis, redes sociales, mundo virtual, etc.) son parte de la vida cotidiana para muchos alumnos y que ellos no conviven con eso sólo en la escuela sino también en casa, en el trabajo. Y nosotros los profesores estamos delante de ese gran desafío. Desafío que exige estudios, investigaciones y la actualización constante, ya que vivimos en un mundo en plena mutación. Somos responsables por la preparación de las nuevas generaciones.

Walter Canales Sant’Ana Vice-Rector de UEMA


Carta al lector Queridos lectores,

L

a Revista PoloUm llega en su sexta edición llena de temas actuales, que enaltecen la educación a distancia. Aquí encontrarás una entrevista con el profesor Antonio Moreira Teixeira, de la Universidad de Lisboa / Portugal, que habla sobre modelos universitarios emergentes más abiertos, flexibles y sostenibles. Los cursos abiertos de la Universidad Estatal de Maranhao - UEMA están en alta. Ya llegamos a más de 6.000 participantes procedentes de países como Estados Unidos, Portugal, Argelia y Venezuela, además de varios estados brasileños y ciudades de Maranhao. La Universidad ofrece tres cursos: Negociación, Emprendimiento y Bioética, aunque el objetivo es llegar a 15 a finales de año. En la literatura, las palmas para el proyecto de extensión Narrando, Encantando y Conociendo Escritores Maranhenses. Una manera divertida y creativa de aprender más acerca de estos escritores, que iluminan a nuestra Atenas Brasileña (como San Luis también es llamada por la tradición y la importancia de su literatura). En este primer semestre, la UEMA, a través de la modalidad a distancia, certificó a tres mil alumnos de 13 cursos técnicos, en las más diversas áreas. Profesionales aptos para actuar con calidad en el mercado de trabajo.

¿Alguna vez has oído hablar de aula invertida? En esta edición, conocerá un poco más sobre el método que valoriza más el aprendizaje en el ritmo de cada estudiante. Y el destaque es para el artículo sobre la inclusión social a través de la educación a distancia. La modalidad está haciendo la diferencia en la vida de las personas. Aquí conocerás personajes que demuestran este hecho. En esta edición traemos noticias. La revista pasa a ser traducida también en lengua española, es decir, será trilingüe. ¿Cuál es la razón para insertar esta lengua? El Español es la tercera lengua más hablada en el mundo de hoy, no sólo se limita a los hablantes de la lengua materna, que ya supera los 300 millones de personas. Este número crece cada año por la cantidad de personas que aprenden el idioma como lengua extranjera. El Inglés ocupa el primer lugar, seguido del mandarín, hablado en China, que se mantiene en el segundo lugar debido al número de habitantes de ese país, pero el Español se destaca en el mundo comercial, especialmente en la comunidad europea, donde junto con el Inglés son los idiomas más hablados. Otro dato interesante es que viene alcanzando un considerable número de internautas, siendo en la actualidad la tercera lengua más usada también en Internet. Así que, ¡feliz lectura!

Paula Lima

Editoras

Eliza Flora UemaNet • Revista PoloUm | 63


Opinión Coordinación de Mentores: Monitoreo tutores en cursos técnicos a una distancia de UEMA

Entrevista

67

71

Entrevista exclusiva con el Dr. António Moreira Teixeira, sobre modelos universitarios más abiertos, flexibles y sostenibles.

Educación Cursos abiertos de la UEMA en alta

Oportunidad

Literatura Narrando, encantando y conociendo escritores maranhenses

Sueño Hecho Realidad UEMA diploma alumnos de 13 cursos técnicos a distancia

76 78

Sucedió La UEMA en la ruta de los cursos técnicos

Paisajes Sala de aula invertida: valorizando más el aprendizaje en el ritmo de cada estudiante

80 83 87 88

Inclusión social por medio de la educación a distancia

Conveniente Rector de UEMA Prof. Gustavo Pereira da Costa Vicerrector de UEMA Prof. Walter Canales Sant’Ana Coordinadora general de UEMANET Profa. Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Editores Paula Lima, Profa. Eliza Flora Muniz Araújo Revisión Profa. Eliza Flora Muniz Araújo, Claudia Moraes Informes Paula Lima Traducción al Inglés Aretha Machado Cunha Traducción al español Rubén Barrera Labrada Imágenes Andriolli Araújo/Internet Arte Rômulo Santos Coelho Tipografía Josimar de Jesus Costa Almeida Colaboración Fredson Ferreira

64 | UemaNet • Revista PoloUm

Una revista del Departamento de Tecnolgies para la Educación (UemaNet) de la Universidad del Estado de Maranhão


Opinión COORDINACIÓN DE TUTORÍA: ACOMPAÑAMIENTO DE TUTORES EN LOS CURSOS TÉCNICOS A DISTANCIA DE LA UEMA São Luís - MA - Mayo / 2014

Danielle Fernandes Martins Leite Lima - Universidad Estatal de Maranhão -danielle.mlf@gmail.com Claudia Leticia Gonçalves Moraes - Universidad Estatal de Maranhão Eliza Flora Muniz Araújo - Universidad Estatal de Maranhão - eliza.uemanet@gmail.com

relevancia en la medida en que señala nuevos caminos a seguir a partir de la experiencia ya adquirida con los cursos técnicos. El análisis de las informaciones indica la necesidad del control permanente de los tutores, tanto virtual como presencial en el ejercicio de sus funciones, así como la importancia de las formaciones.

Palabras clave: educación a distancia; tutoría; directrices metodológicas.

1 INTRODUCCIÓN

Este artículo presenta las directrices metodológicas Clase (1) Sector Educacional: (3) Clasificación de las áreas de investigación en EAD: Macro C / Meso F Naturaleza del trabajo: (B)

emitidas por la Coordinación de Tutoría de los Cursos Técnicos de la Universidad Estatal de Maranhão, para guiar el trabajo de los tutores y, en este contexto, las tareas y rutinas realizadas por estos profesionales en el ejercicio de sus funciones. Los cursos se ofrecen en colaboración con el Ministerio de Educación a

RESUMEN

través de la Red e-Tec/Brasil, con un total de 13 cursos

Este artículo enfoca las directrices que guían el trabajo de la Coordinación de Tutoría de los cursos técnicos de la Red e-Tec/Brasil ofertados por la Universidad Estatal de Maranhão, en la forma posterior a la Enseñanza Media. Por lo tanto, se describen los pasos por los que pasa el tutor cuando da ingreso en la tutoría, así como las funciones de los equipos que forman y acompañan a ese tutor a lo largo del trabajo. De esa forma, se incluyen en este estudio los procedimientos realizados en la selección, formación y capacitación de tutores, así como el acompañamiento de sus actividades. La metodología utilizada en este artículo se encuentra respaldada en los informes de evaluación, así como en la observación sistemática de la labor de tutoría. Los datos recolectados fueron analizados a partir de un marco teórico que permitió comprender más claramente cómo la Coordinación de Tutoría ha estado llevando a cabo los trabajos. Considerando que se trata de un estudio de carácter preliminar, el presente artículo tiene

por una Coordinación General y coordinaciones

de diferentes áreas del conocimiento, que se rigen específicas. Se pretende, además, con el presente estudio, proporcionar una visión general de los procedimientos adoptados por la Coordinación de Tutoría en lo que concierne a la dinámica exigida, describiendo cada una de las etapas del trabajo, es decir, desde la selección de los tutores, pasando en seguida por la formación, capacitación y seguimiento. La intención es demostrar cómo se hacen factibles las directrices en la vida diaria, mediante el acompañamiento de los tutores presenciales y a distancia, desde la perspectiva de la evaluación del desempeño de manera crítica y colaborativa. En esta concepción, uno de los aspectos más considerados es el que atañe a la interacción entre la Coordinación de Tutoría, tutores y demás segmentos

UemaNet • Revista PoloUm | 65


Opinión de la Coordinación General de los cursos técnicos, con el fin de mejorar el desempeño del trabajo como un todo. Así, este estudio trajo reflexiones sobre la necesidad del control permanente y sistemático del trabajo desarrollado por los tutores presencial y a distancia, así como una formación eficaz que contemple los aspectos relacionados al ejercicio competente de sus funciones, al perfeccionamiento de la formación académica y al uso adecuado de las herramientas tecnológicas en vista del desarrollo de las actividades educativas a través de procesos interactivos calificados.

Articulación de Polos, Coordinación Pedagógica y Coordinación de Cursos (Asistentes), conforme la siguiente figura:

Figura 1 – Funcionograma de la Coordinación General

2 COORDINACIÓN DE TUTORÍA Para situar mejor el trabajo de la Coordinación La Coordinación de Tutoría se constituye en una de las principales unidades de la Coordinación General de los cursos ofertados en la modalidad a distancia en el ámbito de la Universidad Estatal de Maranhão. Se trata específicamente de los cursos técnicos, mediados por el Núcleo de Tecnologías para la Educación - UEMANET que, por ser una experiencia nueva, y también por la cantidad y diversidad de cursos ofrecidos, ha exigido un riguroso sistema de acompañamiento y evaluación de las actividades de tutoría, resultando en constantes ajustes en la dinámica de trabajo. Se comprende, por lo tanto, que esos ajustes son necesarios ya que forman parte del proceso de aprendizaje. Según Litto (2010, p.13): Aprender cómo aprender será la habilidad más importante a ser adquirida por todas las personas en el futuro. [...] Una vez que diferentes problemas, de un nuevo orden de complejidad, estarán surgiendo constantemente, habrá siempre nuevos desafíos, nuevos obstáculos a ser derrumbados. Constituida por un equipo multidisciplinario, la Coordinación de Tutoría actúa en los procesos de la EAD interactuando con los diferentes actores en el ámbito de la Coordinación General de la e-Tec:

66 | UemaNet • Revista PoloUm

de Tutoría es importante comprender el papel que desempeña el tutor como mediador entre el alumno y el conocimiento en el proceso de enseñanzaaprendizaje, teniendo en cuenta su formación y experiencia docente. Según Mill (2010, p. 82) “Los tutores son los mediadores entre los alumnos y el conocimiento, las tecnologías y el profesor; por lo tanto, el resultado favorable de una propuesta depende de la práctica exitosa de estos actores “. Se alían a eso las directrices contenidas en el Manual de Atribuciones, Deberes y Derechos de la Coordinación de Tutoría de la Escuela Técnica Abierta de Brasil – Programa e-Tec/Brasil, (Anexo I de la RESOLUCIÓN CD/FNDE Nº 18 DE 16 DEJUNIODE2010), que establece para el Coordinador de Tutoría las siguientes atribuciones: •

Coordinar y acompañar las acciones de los tutores;

Apoyar a los tutores de las disciplinas en el desarrollo de sus actividades;

Supervisar y acompañar las actividades del ambiente virtual de aprendizaje (AVA);


Opinión Acompañar los informes de regularidad de los alumnos;

del Ambiente Virtual de Aprendizaje (AVA). Ese

Acompañar los informes de desempeño de los alumnos en las actividades;

en la conducción de los trabajos, de manera que se

Analizar con los tutores los informes de los grupos y orientar los encaminamientos más adecuados;

Citando a Patricia Battisti, et al., que en un artículo

Supervisar la aplicación de las evaluaciones;

la siguiente reflexión:

Dar asistencia pedagógica a los tutores de los grupos;

• • •

Supervisar la coordinación de las actividades presenciales.

Basado en estas concepciones, así como en experiencias anteriores de la UEMA en EAD y, especialmente, en estudios y en investigaciones realizadas por otras instituciones, fue elaborado el documento “Referencias para los Cursos Técnicos a Distancia ofertados por la UEMA”, que contempla un conjunto de directrices y procedimientos que dirigen las acciones de la Coordinación de Tutoría, como se muestra a continuación:

Figura 2 – Modelo que representa la composición de la Coordinación de Tutoría

Dentro de esta dinámica, el foco de la Coordinación de Tutoría se dirige principalmente a monitorear el desempeño de los tutores y de los alumnos a través

seguimiento se lleva a cabo con el fin de orientarlos refleje positivamente en el desempeño del alumno. titulado “La interacción tutor a distancia y alumno en el proceso de enseñanza-aprendizaje” (2010, p.4) trae

[...] Es esencial que las instituciones que promueven cursos a distancia dispongan de órganos específicos para acompañamiento, atendimiento y apoyo a los alumnos, proporcionándoles la adquisición de hábitos y técnicas de estudio, interacción con tutores y con otros alumnos, con el fin de motivarlos a permanecer en el proceso de enseñanzaaprendizaje. La tutoría, en este caso, se considera generalmente como una pieza clave en la acción de aprendizaje, dirigida a la orientación académica, acompañamiento pedagógico y evaluación del aprendizaje de los alumnos a distancia.

De acuerdo con el pensamiento de la autora, la Coordinación de Tutoría desarrolla un conjunto de actividades entre las cuales se destacan: selección de tutores por formación académica para cada curso; realización de la Formación Continuada de Tutores; acompañamiento de la capacitación de los tutores por disciplina; monitoreo del acceso diario al AVA (tutores presenciales y a distancia); acompañamiento y evaluación del proceso de interacción de los tutores en las actividades del AVA; elaboración de instrumentos de control, acompañamiento y evaluación de las actividades realizadas en el marco del proceso de enseñanza-aprendizaje, entre otros. El monitoreo referente al desempeño de los tutores se realiza mediante instrumentos de evaluación que registran el nivel de aptitud de aquellos que deben permanecer en la función. En caso de que no cumplan con los criterios requeridos son invitados por la Coordinación para orientaciones en el sentido de mejorar su trabajo. Si continúan no correspondiendo,

UemaNet • Revista PoloUm | 67


Opinión los Coordinadores de Curso son informados del hecho y deciden por el desligamiento del tutor del curso. A continuación se presenta uno de los instrumentos de acompañamiento.

TUTOR

POLO/ TURMA

Nº de cursistas

Corrección de actividades

Participación en los foros A

B

C

D

Actividad I E

F

G

Actividad II H

E

F

G

H

1 2 3

LEYENDA A

FOMENTÓ LA DISCUSIÓN CONTRIBUYENDO PARA LA FORMACIÓN DEL ALUMNO

B

APENAS ELOGIÓ O CRITICÓ A LOS ALUMNOS

C

CORRECCIÓN INCOHERENTE CON EL ENUNCIADO

D

NO DIO FEEDBACK PARA TODOS LOS PARTICIPANTES

E

CORRECCIÓN CON ARGUMENTO TEÓRICO

F

CORRECCIÓN CON ELOGIOS Y CRÍTICAS

G

REPETICIÓN DE RETROALIMENTACIÓN A TODOS LOS ALUMNOS

H

NO CORRECCIÓN DE TODAS LAS ACTIVIDADES

2.1 Formación Continuada y Capacitación de Tutores

El objetivo de este componente es orientar a los tutores de los cursos técnicos en cuanto a las directrices metodológicas, posibilitando les conocimientos yestrategias de integración sobre el trabajo de la tutoría, tanto en términos pedagógicos como en relación al uso de las herramientas tecnológicas en el desarrollo de los cursos, así como de los materiales didácticos a ser utilizados en cada disciplina. En ese sentido, vale registrar el trabajo desarrollado de acuerdo con el siguiente ítem: Cuadro 2 - Atribuciones ejercidas por el Equipo de Formación Continuada Acompañarla capacitación específica de las disciplinas presencialmente y vía webconference; Acompañarla elaboración de los calendarios de inicio de las disciplinas de los cursos junto a la Coordinación Pedagógica;

Cuadro 1 - Ficha de Acompañamiento del Tutor

Para Kenski debe haber preocupación no solo con el acompañamiento y la evaluación del aprendizaje de los alumnos. Para la autora, todo en educación debe ser acompañado y evaluado de forma que el proceso de aprendizaje implique resultados satisfactorios (KENSKI, 2010, p.61). Como se puede observar, este instrumento es de gran importancia para el trabajo de la Coordinación de Tutoría, ya que permite identificar problemas relacionados con las dificultades enfrentadas por los tutores, especialmente en lo que respecta al dominio de las herramientas tecnológicas y en algunos casos, apunta deficiencias provenientes de su propia formación.

68 | UemaNet • Revista PoloUm

ATRIBUCIONES

Este instrumento es adoptado para evaluar la interacción del tutor en el AVA, y para eso, algunos aspectos son objeto de análisis: actuación del tutor en el foro; tiempo y calidad de las respuestas al alumno; fundamentación teórica referente a las interacciones; participación del tutor en las actividades evaluativas de los estudiantes; feedback al alumno a tiempo de intervención constructiva; comentario de las actividades de forma individual; entre otros.

Elaborar los calendarios de las capacitaciones de disciplinas, a partir del calendario general de 1ª y 2ª ofertas, conforme fecha del inicio de cada disciplina; Acompañar junto a la Coordinación Pedagógica y D.E los productos elaborados por los profesores, con vistas a programarla capacitación; Evaluarel desempeño de los profesores en cada capacitación de disciplina, informando a la Coordinación Pedagógica; Acompañar junto a la Coordinación de Tutoría la contratación de nuevos tutores para los cursos; Elaborar el calendario anual de las Formaciones Continuadas de Tutores; Organizar y acompañar la Sala de Formación Continuada de los Tutores vía AVA; Elaborar junto a la Coordinación de Tutoría informe de las Formaciones Continuadas de Tutores. Fuente: Relatório da Coordenação de Tutoria – 2013/2014

Además de esas atribuciones, se destacanlas estrategias pedagógicas adoptada sen el proceso de las formaciones de los tutores, envolviendo dinámicas, talleres, grupos de trabajo y conferencias. También son abordados temas relativos al papel del tutor presencial y a distancia, orientaciones sobre el proceso de evaluación presencial que se realiza en los Polos de Apoyo Presencial, evaluación en el AVA, y otros aspectos.


Opinión Esa oportunidad posibilita también reflexionar sobre el papel de la tutoría, tanto en lo que se refiere al uso adecuado de las tecnologías, como a la necesidad de formación continuada. Según Mill, la formación para el ejercicio de la docencia es continua y necesita ser contextualizada a lo largo de toda la vida profesional. (MILL, 2010, p. 76).

Cuadro 3 - Comparación entre las actividades de tutores presenciales y a distancia Actividad Docente

Presencial

Localización de los estudiantes

Posibles Interacciones

Todos en elmismo local

Todos en elmismo local

Geográficamente dispersos

Aula expositiva, consulta, esclarecimiento de dudas, Extensa posibilidad de Interaccion es estudiante↔estudiante, estudiante ↔ grupo y grupos entre si

Temporalidad de las Actividades

Tipo de Actividades

Sincronismo

Similar para todos os alumnos. Principalmente lideradas por el tutor. Discusiones y trabajos en pequeños grupos.

Sincronismo o Asincronismo

Adecuadas a las necesidades individuales. Principalmente centradas en los alumnos. Trabajos individuales o cooperativos (en pequeños, mediosy grandes grupos).

2.2 Monitoreo del AVA

El monitoreo del AVA requiere observar si el tutor está ayudando en la formación del conocimiento del alumno de manera interactiva, evaluando silos objetivos del trabajo están siendo efectivamente alcanzados a lo largo del proceso educacional. Así, el trabajo es realizado prioritariamente dentro del Ambiente Virtual de Aprendizaje, donde son verificados feedbacks en foros y actividades, la calidad teórica del contenido publicado, la manera cómo el tutor conducelas disciplinas bajo su responsabilidad y si sus intervención esestán de hecho contribuyendo para el crecimiento de los alumnos. Para Faria 2010, p.31): [...] el tutor tiene un nuevo papel en las situaciones de enseñanza con mediación tecnológica: un asesor pedagógico, con función mediadora, articuladora, facilitadora, acompañando el proceso de formación. Este profesional debe presentar, además, algunos atributos, tales como: poseer clara concepción de aprendizaje, establecer relaciones empáticas, dominar el contenido, facilitar la construcción del conocimiento.

Se entiende que la evaluación del curso como un todo, incluyendo los profesionales que en él actúan,

A Distancia

Fuente: www.abed.org.br/congresso2013/cd/37.doc

El monitoreo del AVA tienela finalidad de acompañar el desempeño de las tutorías. Para e solos responsables por el AVA realizan una secuencia de actividades, tales como: contacto conel tutor caso este pas etres o más días sin acceder al ambiente; acompañamiento semanal de las disciplinas del Módulo; verificación de la apertura de los foros en el transcurso de la 1ª semana de la disciplina y, caso necesario, hacerla apertura de los foros cerrados; observar silos tutores están dando feedback a los alumnos, sihacenelcierre de los forosyla publicación de las notas; acompañamiento de las correcciones y feedbacks de las actividades dentro del plazo de

es un proceso continuo que ocurre día adía, debiendo

la disciplina; dominio del plan de enseñanzay de la

conducir a los participantes a una reflexión que

guía de aprendizaje; verificación de las notas de las

pueda ser transformada en acción, buscando corregir

evaluacionespublicadas con los debidos comentarios;

fallasy construir nuevos conocimientos. Para mejor

acompañamiento de las capacitaciones de disciplinas;

ilustración, algunos estudios fueron realizados sobre

apertura del Espacio Tira Dudas de las disciplinas.

las actividades del tutor presencial y a distancia, como se muestra en lo cuadro siguiente: UemaNet • Revista PoloUm | 69


Opinión 3 CONSIDERACIONES FINALES

El estudio sobre las actividades desarrolladas por la Coordinación de Tutoría, presentado e neste artículo, es de suma importancia para el perfeccion amiento de la actuación de los tutores de los cursos técnicos en la modalidad EAD de la UEMA. Se percibe, así, la importancia del fortalecimiento de los procesos de acompañamiento y evaluación de las actividades de El monitoreo del AVA tienela finalidad de acompañar el desempeño de las tutorías. Para e solos responsables por el AVA realizan una secuencia de actividades, tales como: contacto conel tutor caso este pas etres o más días sin acceder al ambiente; acompañamiento semanal de las disciplinas del Módulo; verificación de la apertura de los foros en el transcurso de la 1ª semana de la disciplina y, caso necesario, hacerla apertura de los foros cerrados; observar silos tutores están dando feedback a los alumnos, sihacenelcierre de los forosyla publicación de las notas; acompañamiento de las correcciones y feedbacks de las actividades dentro del plazo de la disciplina; dominio del plan de enseñanzay de la guía de aprendizaje; verificación de las notas de las evaluacionespublicadas con los debidos comentarios; acompañamiento de las capacitaciones de disciplinas; apertura del Espacio Tira Dudas de las disciplinas. Todos los sectores envueltos, así como la necesidad de una acción de comunicación interactiva que posibilite la mejoría de las relaciones de los diferentes actores. Además de eso, se detectó la necesidadde reflexión por parte de los tutores en el sentido de verificar silos objetivos propuestos para el trabajo estabansiendoal canzadoso necesitando de revisiones. . 4 REFERENCIAS

BATTISTI, Patrícia et al. A interação tutor a distância e aluno no processo de ensino-aprendizagem.In: XColóquioInternacionale sobre Gestión Universitaria

70 | UemaNet • Revista PoloUm

emAmerica del Sur. Anais: 2010. Disponível em: http:// www.inpeau.ufsc.br/wp/wcontent/BD_documentos/ coloquio10/142.pdf. Acesso em 25/01/2014. BENTES, Roberto De Fino. A avaliação do tutor. In: FORMIGA, Marcos; LITTO, Fredric (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. FARIA, Elísio Vieira de. O tutor na Educação a Distância: a construção de conhecimentos pela interação nos ambientes midiáticos no contexto da educação libertadora. In: Scientia FAER, Olímpia - SP, Ano 2, Volume 2, 1º Semestre, 2010. Disponível em: http://www.uniesp.edu.br/faer/revistafaer/artigos/ edicao2/elisio.pdf. Acesso em 18/11/2013. GUEDES, Reginaldo; GUEDES, Marcella da Silva. Novas Tecnologias e Trabalho Docente: um olhar sobre a prática do professor em contextos de ensino a distância. In: Anais do 19° CIAED - Congresso Internacional ABED de EaD. Setembro de 2013, Salvador/Bahia. Disponível em: http://www.abed.org. br - Acesso em: 22/02/2014. KENSKI, Vani Moreira. Avaliação e acompanhamento da aprendizagem em ambientes virtuais a distância. In: MILL, Daniel Ribeiro (org). Educação a distância: desafios contemporâneos. São Carlos: EdUFSCar, 2010. LITTO, Fredric M. A Aprendizagem a distância. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010. MILL, Daniel Ribeiro (org.). Polidocência na educação a distância: múltiplos enfoques. São Carlos: EdUFSCar, 2010. SABBATINI, Renato. Ambiente de ensino e aprendizagem via internet: a plataforma moodle. Instituto EdMed, s/d. Disponível em: http://www. renato.sabbatini.com/papers/PlataformaMoodle.pdf. Acesso em 06/12/2013.


Entrevista la forma en que aprendemos. Es el modo de cómo la utilizamos lo que hace la diferencia. Entonces, para aprender mejor y más rápidamente, es necesario unir la disponibilidad de acceso a la tecnología a métodos pedagógicos apropiados y una cultura de enseñanza y aprendizaje que involucre a todos los actores en la promoción de los valores éticosque sustentan ese esfuerzo de perfeccionamiento.

- ¿En este mundo de la tecnología, en redes, hay realmente esa distinción entre lo nuevo y lo viejo/modernidad y tradición? António Teixeira - Como señala Manuel Castells, en el mundo envuelto por la tecnología, lo viejo y lo nuevo coexisten y tienden a confundirse, incluso en un mismo plano de existencia. De hecho, el exceso de vestigios digitales que generamos y guardamos en la red, está creando, como nunca, una aproximación del pasado y el futuro a nuestro presente, al mapear toda nuestra existencia y con eso crear patrones detallados y viablesde desarrollo.

Vea una entrevista exclusiva con el Dr. António Moreira Teixeira, sobre modelos universitarios más abiertos, flexibles y sostenibles.

- ¿La disponibilidad de acceso a la tecnología por sí sola permite aprender mejor y más rápido? António Teixeira - No. Para enseñar y aprender son necesarios contenidos, instrumentos y un método. Al asegurar un mayor acceso a la tecnología, conseguimos perfeccionar los instrumentos de que disponemos. Sin embargo, para mejorar y acelerar el aprendizaje necesitamos, además, de formas más sostenibles y más eficientes para producir contenidos de calidad y también para desarrollar métodos más dinámicos, participativos y ajustados a las necesidades y el estilo de cada alumno. De hecho, es erróneo pensar que la tecnología puede cambiar

- ¿Qué implica la integración de la tecnología en las prácticas educativas universitarias? António Teixeira - La integración de la tecnología en las prácticas educativas universitarias puede darse a diferentes niveles y en diversas formas. Cada una de ellas necesariamente implica diferentes tipos de consecuencias. En cualquier caso, sin embargo, las consecuencias son significativas. Claro,los diversos actores de las comunidades universitarias están haciendo cada vez mayor uso de herramientas tecnológicas para ampliar el alcance de sus capacidades personales, con ellas construyendo sus propios ambientes de aprendizaje personalizados. Por supuesto, este fenómeno posibilita y promueve el surgimiento de prácticas pedagógicas innovadoras, además de cambiar el espacio universitario, tal como lo concebimos y habitamos.Pero, esta integración de la tecnología también puede tener un carácter más organizado, como resultado de un esfuerzo institucional estratégico de innovación pedagógica. En este caso, las implicaciones son más amplias. No sólo se ven afectadas las prácticas pedagógicas, sino también todos los procesos que enmarcan y apoyan estas prácticas, los cuales

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Entrevista deben ser analizados y posiblemente corregidos. Una de las principales consecuencias es la formación de profesores para el uso pedagógicamente competente y eficiente de las tecnologías. Otras son la construcción deinfraestructuras de tecnologíasestablese inclusivas, la adaptación de los servicios de apoyo al estudiante y el aprendizajede un universo de funcionamiento y utilización digital de uso abierto, incrementando la disponibilidad y la capacidad de respuesta en tiempo útil.

- ¿Para una mejor comprensión, qué es ese universo de los REA (Recursos Educacionales abiertos)? ¿Y qué puede proporcionar a los estudiantes?

António Teixeira - Llamamos de recursos educativos abiertos a todos los tipos de materiales digitales diseñados para apoyarla realización de aprendizajes autónomos y que se encuentran disponibles libremente en Internet, protegidos por licencias abiertas. Estos materiales se encuentran en principiodepositados en - ¿Escorrecto afirmar que la los repositorios propios, aunque deben ser fácilmente universidad contemporánea está perdiendo su detectables por los motores de búsqueda externa. estatus como centro de producción, transmisión Los REA pueden tomar características y formatosmuy y preservación del conocimiento? ¿El poder de diferenciados, desde un texto corto a un curso entero. transmitir conocimientos ya no viene más de Del mismo modo, los respectivos autores pueden quien lo produce? permitir no sólo diferentes grados de utilización sino también su propia modificación. Así, los REA pueden ser adaptados, actualizados, perfeccionados, mezcladosentre sí con el fin de crear nuevos recursos, António Teixeira - Así es. Dada su creciente etc. Desde el punto de vista de los estudiantes, los REA complejidad y la creciente necesidad de escalar su permiten a cualquier persona, independientemente proceso de producción, de susmedios o con el fin de acelerar “...los REA permiten a cualquier persona, situación, aprender y asegurar una mayor de modo autónomo, independientemente de susmedios o sustentabilidad, la acceder a los mejores investigación es situación, aprender de modo autónomo...” recursos producidos por conducida en redes especialistas mundiales tendencialmente abiertas de carácter formal y también en los diferentes temas, pero también participar en la informal. Así, el proceso de producción se descentralizó gestión del proceso del conocimiento, coproduciendo y comenzó a residir en redes de colaboración. En y personalizando los recursos, adaptándolos para ese mismo sentido, la descentralización también facilitar su propio camino de aprendizaje. implicó la sustituciónde la noción de transmisión por la de colaboración. El elemento crítico hoy, en una época de abundancia informativa, es la validación del conocimiento y ese, aún, es en gran parte del - ¿La evolución de la popularidad monopolio de las universidades. y disponibilidad de los REA ha dado lugar a un nuevo escenario? - ¿Es correcto decir que la educación abierta virtual se convirtió en un fenómeno generalizado? António Teixeira - Sí, es. La gran difusión del uso de REA en todo el mundo y el reciente impacto del fenómeno de los MOOCs (cursos en línea para las masas) comprueban esa aseveración. Lo que es interesante en esta evolución es que ella pasó a constituir un área central en la oferta académica de las instituciones universitarias, en contraste con lo que pasó con el movimiento de educación abierta, analógica o pre-digital.

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António Teixeira - Sí, el de las prácticas educacionales abiertas, o PEA. De hecho, el gran crecimiento del número de REA disponiblesha planteado la cuestión de su uso. Los REA fueron inicialmente desarrollados con el fin de promover y facilitar la realización del aprendizaje no formal. Las instituciones que apoyabana sus profesoresa producirlos, trataron de ofrecer esa posibilidad a las poblaciones generalmente apartadas de la educación universitaria de calidad, para que pudiesen tener esa experiencia. Con la evolución del concepto, los REA pasaron a desempeñar un papel muy importante en la enseñanza formal, al potenciar


Entrevista y compartir en redmateriales de apoyo a la enseñanza de alta calidad, así como a su construcción compartida, aumentando la eficiencia del proceso de enseñanza y la disminución de sus costos. En este escenario, se tornó imperioso utilizar los REA para desarrollar la innovación educativa en las universidades. Eso es lo que está ocurriendo hoy con los MOOCs (cursos online abierto a grandes masas) en las universidades.

la disposición de todas las publicaciones científicas producidas en repositorios de acceso abierto. Incluso podemos decir que la propagación de la publicación científica abierta está más desarrollada que los REA. En Europa, por ejemplo, toda investigación científica financiada con fondos públicos, en particular de la UE, tiene obligatoriamente que ser publicada en repositorios abiertos. Sin embargo, también es cierto que los indicadores utilizados para la evaluación del - ¿En su opinión, cómo anda mérito científico en las universidades, todavía, en su el proceso de adopción de los REA en las mayoría están relacionados con la publicación en revistas no abiertas. Personalmente, creo que en los universidades brasileñas? próximos años iremos a asistir a la alteración en esta António Teixeira – Por años he estado siguiendo con importante condicionante con el mérito académico gran interés el extraordinario trabajo realizado por los colegas brasileños en esta área. De hecho, el Brasil y a encontrar nuevos instrumentos para medir el produce REA desde el tiempo en que el concepto no impacto científico más centrados en la reputación. existía todavía. Me estoy refiriendo a la experiencia En cualquier caso, es cierto que se hace necesario, de libre disponibilidad todavía, un esfuerzo de de materiales de apoyo “...Tal vez fruto de esta tradición, más desarrollo de estándares didáctico realizado por la recientemente se desarrollóen el país de calidad media de las Escuela del Futuro, de la USP, publicaciones periódicas una fuerte comunidad de REA...” dirigida por Fred Litto. Tal abiertas. vez fruto de esta tradición, más recientemente se desarrollóen el país una fuerte comunidad de REA, con grandes líderes y especialistas, - ¿Cómo se han comportado las muy entusiastas, todos los cuales han llevado a cabo un excelente trabajo de sensibilización, difusión del universidades delante este nuevo escenario de la concepto y promoción de su utilización. El papel educación? positivo de las autoridades públicas tampocodebe ser olvidado, debido a su importancia para la António Teixeira - Las universidades, por definición, sostenibilidad del movimiento. Podemos decir, por lo soninstituciones promotoras de un cambio social, tanto, que Brasil es un país avanzado en este campo. aunque ellas mismas son reacias a su mudanza En los últimos años, a través de mi conexión con el interna. Este hecho es comprensible si tenemos en proyecto europeo Oportunidad y de la proximidad cuenta que constituyen instituciones más perennes con los colegas de la UFF que lo representan en y estables en la historia de la sociedad occidental. En Brasil, me he dado cuenta también de la progresiva este sentido, una revolución como la de la educación adhesión de las universidades. Creo que se está en el abierta, comprensiblemente representa un difícil camino correcto, aunque queda mucho todavía por desafío para las universidades. hacer en el desarrollo de estrategias institucionales integradas para la implementación de PEA. Al principio, no estaba claro para ellas cuál era el foco de beneficio. Siguiendo el modelo del MIT, en particular, habían entendido los REA como - En la actualidad, los trabajos instrumento de marketing académico. El impacto científicos ganan reconocimiento en la medida en de la disposición de REA de calidad aumentaría el que son publicados en revistas de alto impacto. ¿La prestigio público de sus profesores y generaría una adopción de REA puede alterar esta hegemonía? mayor demanda de potenciales alumnos, así como una mayor diversificación geográfica internacional. António Teixeira-Paralelo al movimiento REA, hemos Más tarde, surgieron otras motivaciones, relativas a la presenciado en las universidades alrededor del distribución de recursos y costos o la promoción de mundo el desarrollo de iniciativas de «acceso abierto», la innovación pedagógica. No obstante, creo que el uOpen Acces. Este otro movimiento ha promovido momento decisivo para las universidades se dio con UemaNet • Revista PoloUm | 73


Entrevista el impacto de los MOOCs. Hasta ahora, la adhesión de las universidades se centra en la participación de grupos de profesores liderados por entusiastas con el fenómeno, o como resultado de experiencias localizadas de innovación. Con los MOOCs, los dirigentes universitarios pronto entendieron el desafío. Esta diferencia permite pensar que a semejanza de lo que pasó con el acceso abierto, vamos a asistir en un futuro próximo a una multiplicación deiniciativas estratégicas institucionales de implantación de una cultura educativa abierta.

- ¿Cuál sería el mayor desafío de las instituciones hoy?

- No hay ninguna forma de escapar de esta realidad. Es un hecho. Pero, ¿cuáles son las consecuencias que enfrentan estas instituciones al adoptar esas prácticas educacionales abiertas? António Teixeira - Necesariamente se dará una alteración en la forma en que diseñamos los cursos, escogemos las metodologías que se utilizarán, evaluamos el aprendizaje aser realizado y lo certificamos al final. Las PEAconvidan también a una aproximación y una interconexión entre el aprendizaje formal y no formal. Luego están las consecuencias al nivel de la alteración del perfil del profesor. Personalmente, no creo que estevaya a perder importancia como actor del proceso educativo. Sin embargo, lo que de él se espera, y las habilidades que necesita serán previsiblemente diferentes de las actuales. La transparencia del espacio lectivo, por ejemplo, que resulta delintercambio abierto de una experiencia de enseñanzayaprendizaje, tiene enormes consecuencias para el profesor y los alumnos. Sé por experiencia propia lo que eso significa.

António Teixeira - Sería, precisamente, reorganizar su cultura organizacional y el modelo de funcionamiento paraadaptarse mejor al nuevo paradigma social y también epistemológico y educativo. En definitiva, para que se reconstruyan “...Luego están las consecuencias al en función de un mundo nivel de la alteración del perfil del Sin inestable y muy dinámico embargo, los modelos profesor. Personalmente...” en el que los procesos de organizativos deben investigación, enseñanza y permitir una mayor flexibilidad para que las aprendizaje son desarrollados en redes abiertas, de instituciones puedan ser sostenibles. ¿Correcto? modo descentralizado y compartido, y en las cuales la ¿Cómo serían esos modelos? participación de todos es crítica. António Teixeira - Exactamente. Yo defiendo que estos modelos deben basarse en dos aspectos importantes. En primer lugar, desde el punto de - ¿Cómo las universidades vista de su arquitectura, deberán ser evolutivos y contemporáneas pueden finalmente llegar a ser orgánicos. Cuando se organiza una universidad, el horizonte temporal es extendido. Se espera que más abiertas y flexibles? ella persista durante varias décadas. Se trata, pues, António Teixeira - Creo que mediante la adopción de una inversión elevada y que no podráquedar de modelos funcionales híbridos, más sustentables desactualizada rápidamente. Sin embargo, la y adaptados a compartir en la red los recursos, aceleración de los movimientos sociales y el desarrollo tecnológico están transformando continuamente las mas también por la apertura de sus procesos a la demandas de la universidad. Necesitamos, pues, que colaboración,tanto interinstitucional como dentro y el sistema organizativo de la universidad se transforme fuera de las instituciones. La adopción de PEA es un orgánicamente en la medida delcambio del contexto buen ejemplo de este principio. Las universidades institucional.Tenemos que integrar el cambio contemporáneas no son lugares aislados en el continuo en la propia sostenibilidad del modelo de mundo, sino polos de nuestras comunidades, por eso organización de las universidades. La arquitectura nos se deben abrir cada vez más a estas y responder a los da un excelente ejemplo. Cuando hoy se construye unedificio llamativo, como un estadio, sabemos desafíos sociales.

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Entrevista yaque va a tener, muy probablemente, utilizaciones diferenciadas a lo largo de su ciclo de vida. Sin embargo, cada vez más los requisitos de los eventos en él realizados están altamente especializados. Por eso, cuando se construyen esas estructuras, ellas ya sonproyectadas para que fácilmente puedan ser reconstruidas sucesivamente, dependiendo de cuál efímera es su utilización específica (con estructuras maleables al impacto - vigas de puentes que se doblan). Pienso, por eso, que los nuevos modelos universitarios tienen que ser diseñados delmismo modo, centrados en la cultura orgánica.

no debe imponer un modelo uniforme de universidad, en el cual todas tengan que replicar para su contexto y área de influencia geográfica, exactamente el mismo perfil institucional, sino, por el contrario, debe promover tipologías diferenciadas y complementarias deorganización universitaria. Por supuesto, por mi propia experiencia personal soy consciente de la dificultad de este objetivo.Sin embargo, creo que es importante insistir en este punto con el fin de mejorar la capacidad de las redes públicas y evitar el desperdicio de recursos y trastornos en su funcionamiento. Las universidades públicas tienen que colaborar más entre sí, compartiendo sus recursos y patrimonio y profundizando sus complementariedades.

Otro aspecto que me parece importante es el del principio de la organización en red y de la desagregación de funciones, o de «especializacióndinámica» como se propone por Wiley y Hilton. Cada institución - Para finalizar. ¿Los modelos debe especializarse en un área con el fin de estar actuales de organización de la universidad se mejor preparada y pueda diferenciar su oferta de revelan incapaces de servicios y compartir losrecursos deotras, “...Cada institución debe especializarse en responder alaalteración significativa haciendo desaparecer las un área con el fin de estar mejor preparada cultural traída por la educación y diferencias de este modo, y pueda diferenciar su oferta de servicios y la innovación abiertas? en las áreas funcionales compartir losrecursos deotras...” enque no está tan bien António Teixeira-Es provista. Esta práctica es esa mi convicción, la conocida desde hace algunos años en el mundo de la cual resulta no sólo de la investigación teórica, sino gestión empresarial como «competencia». también de la experiencia práctica de un cuarto de siglo como docente universitario. Son modelos aún fuertemente burocratizados, a pesar de la evolución – De modo general, las más reciente; muy estables y poco prácticos, con universidades públicas brasileñas sustentan una lenta capacidad de respuesta a los estímulos su estructura y sus acciones sobre tres pilares: y desafíos externos; poco transparentes, no enseñanza, investigación y extensión. Según aprovechando el potencial de la integración en redes; el modelo desagregado de Wiley y Hilton cada y poco colaborativos, no favoreciendoel alineamiento universidad debería identificar su potencial e estratégico de las organizaciones universitarias. invertir en estas áreas. ¿Cuál sería el impacto de este modelo en el trípode tradicional adoptado por universidades brasileñas? El profesor es parte del Departamento de Educación António Teixeira - El modelo funcional de las y Enseñanza a Distancia de la Universidad de Lisboa/ universidades públicas brasileñas no es diferente del Portugal. portugués o de la mayoría de los países. En Europa, nuestras universidades organizan su misión según el mismo trípode. Naturalmente, el modelo desagregado puede y debe tener niveles de granularidad más finos. Esto significa que la separación de funciones no tiene que realizarse a nivel del trípode mencionado, sino de funciones específicas dentro de cada uno de los pilares. En todo caso, creo que es importante señalar que una red universitaria pública pensada hoy en día, UemaNet • Revista PoloUm | 75


Educación

Cursos abiertos de la UEMA en alta

La Universidad dispone de tres Moocs en la plataforma

empreendedorismo

¿

Sabes lo que son cursos abiertos? La idea consiste en dar acceso libre en internet a los diversos materiales didácticos - aulas de vídeo, módulos o cursos enteros, investigaciones, artículos científicos, libros y otros. Cursos en este formato tienen como principal objetivo facilitar el acceso al más humano de los derechos: la educación, eliminando barreras formales como formación previa o costos, que constituyen impedimentos para llegar a la calificación. El tema permea en las principales universidades del mundo, entre las cuales están: Harvard, MIT, Boston, Toronto, Hong Kong, Kioto, Pekín, que ofrecen cursos gratuitos, por medio de sus plataformas. ¿Cuáles son los beneficios? Libre acceso, actividades sin reglas, restricciones o imposiciones, ritmo de aprendizaje individual, prácticas pedagógicas centradas en el alumno y sin de costos. También pensando en esa dirección la Universidad Estatal de Maranhao, por medio del Núcleo de

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Tecnologías para Educación – UEMANET, creó una Plataforma de Cursos Abiertos, que ya cuenta con tres cursos: Negociación, Bioética y Emprendimiento. Cursos en línea, sin prerrequisitos para participación, ofrecidos para un gran número de participantes. La Coordinadora General de la UEMANET, Profa. Dra. Ilka Serra, explica el diferencial de los cursos abiertos, que se destacan por el gran potencial participativo, por la flexibilidad y ausencia de formalidades: “La idea es proporcionar conocimientos producidos en la Universidad, propiciando discusiones sobre variados temas, de forma libre, dinámica, flexible y participativa, contribuyendo así a la democratización del conocimiento”. Y añade: “Pretendemos perfeccionar nuestra plataforma, ofreciendo cursos – inclusive de posgrado - en diversas áreas del conocimiento”. Opinión compartida por la Profa. Dra. Sannya Rodrigues, coordinadora del sector de Design Educacional de la UEMANET. “Vivimos en la era digital, en la sociedad de la información y de las redes, de


Educación contenido abierto y democrático. Por medio de esa eficaz modalidad de enseñanza, permitida por los cursos abiertos - tendencia internacional -, buscamos garantizar amplio acceso a los más diversos tipos de conocimientos, que circulan en el mundo, preparando personas, conforme las nuevas competencias educacionales exigidas en el siglo XXI”, enfatiza la profesora. Albert Carlos Ferreira, participante del curso de Negociación, habló sobre sus impresiones: “Muy bueno el curso de Negociación, hay que felicitar a la UEMA por esta iniciativa. Todo el material, así como las explicaciones del profesor fueron y son muy importantes para el aprendizaje de todos, en especial, para quien ya trabaja en el área comercial. El material y la forma de cuestionamiento están muy bien elaborados. Con toda seguridad tendré una nueva visión del proceso de negociación a partir de ahora. Que nuevos cursos abiertos vengan”. Opinión compartida por Roza Virginia da Silva Lucena. “Felicidades por la calidad del material, de fácil comprensión y de inmenso valor instructivo y bastante atractivo. Son de alabar actitudes como esta, en una época en que las personas se aíslan y se olvidan de compartir con los demás, respirando un aire competitivo. Estoy muy feliz por tener acceso a esa herramienta de conocimiento. En los días actuales, sentimos necesidades de perfeccionamiento y conocimientos en todas las áreas para acompañar nuestra evolución y obtener éxito en la vida, en nuestras relaciones. La UEMA demuestra con esta iniciativa el interés de contribuir de forma más abarcadora con la sociedad en todo. Pretendo aprovechar al máximo esta herramienta”, destacó ella.

para el negociador, porque significa entender del aspecto humano y saber movilizar los diversos niveles de inteligencia. El curso tiene ya más de 3 mil participantes de diferentes países, como Argelia, Portugal, EUA y Venezuela, y de varios estados brasileiros y más de 100 ciudades de Maranhao. Bioética - Discute los siguientes temas: La cuestión del aborto, Bioética y experimentación con animales, reproducción humana asistida, y otros. El contenido es impartido por el Prof. Dr. y filósofo Ayala Gurgel, con la utilización de diversos medios de comunicación, tales como vídeo aulas, textos, podcasts y cuaderno de estudios. Actualmente, alcanza a casi mil participantes. Emprendimiento – Conducido por el Prof. Msc. José de Ribamar Silva Morais, el curso proporciona conocimientos enfocados en las posibilidades emprendedoras con el fin de dar condiciones y autonomía de construcción de un negocio. Son discutidos los siguientes temas: fundamentos del emprendimiento; perfil ideal para el emprendedor; arreglos productivos locales como fuente de emprendimiento; elaboración de un plan de negocio. Con poco menos de dos meses de inicio ya tiene más de 500 inscritos. Todos los cursos tienen duración de 60h y dan derecho a certificado en línea de conclusión. Es la Universidad Estatal de Maranhão conectada con el mundo. Acceda al sitio www.cursosabertos.uema.br, escoja el curso y aproveche.

Negociación - Impartido por el Prof. Msc. José Carlos Belo, el curso tiene carga horaria de 60h. El alumno/participante tiene la oportunidad de aprender sobre aspectos históricos y conceptos iniciales; comunicación, relacionamiento y estrategias; aspectos conductuales e inteligencias múltiples, que son los dos caminos considerados más importantes UemaNet • Revista PoloUm | 77


Oportunidad

INCLUSIÓN SOCIAL POR MEDIO DE LA EDUCACIÓN A DISTANCIA

La educación a distancia haciendo la diferencia en la vida de las personas

E

studiar en casa se ha tornado cada vez más común. Muchas personas buscan en la Educación a Distancia (EaD) una oportunidad de ganar tiempo y mejorar su rendimiento en exámenes para concurso o pruebas de ingreso. Para personas con deficiencias, por ejemplo, que normalmente enfrentan dificultades de locomoción debido a la falta de infraestructura en casi todas las ciudades del país, la modalidad es fuerte aliada en la optimización de los estudios.

Para que los estudios sean realmente productivos, la filósofa resalta que es necesario mucha fuerza de voluntad. “Los cursos en la modalidad EaD son imposibles para quien no tiene autodisciplina para realizar tareas solo. Es necesario estudiar de tres a cuatro horas diariamente. En mi grupo muchos colegas no llegaron hasta el final exactamente por eso”, cuenta María de Fátima, que estudió en el Polo Timbiras, interior do Maranhão.

“La posibilidad de ajustar los horarios de estudio a mi disponibilidad de tiempo estuvo siempre entre las mayores ventajas. Tampoco necesitaba dislocarme de casa para el polo de la Universidad, lo que representó una economía de tiempo y dinero que, en mi caso, prácticamente me impediría hacer un curso”, comenta María de Fátima, graduada en Filosofía, en la modalidad a distancia, por la Universidad Estatal de Maranhao.

La EaD atrajo también a Silmara Lindoso. Deficiente física, ella vio en la modalidad de enseñanza una posibilidad para realizar su sueño: formarse en Pedagogía. “Cuando terminé la enseñanza media esperé por diez años la oportunidad de tener una formación superior. Y esa oportunidad vino por medio de la UEMA y de la educación a distancia”, dice emocionada.

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Oportunidad Silmara es un ejemplo de cómo la EaD, también posibilita el crecimiento intelectual y personal de los portadores de deficiencias físicas y otras necesidades especiales. Incluso con una lucha diaria para vencer las adversidades impuestas por sus condiciones, ella no desistió y realizó su sueño. “Los beneficios de la educación a distancia son varios: optimización del tiempo, flexibilidad y autonomía en los estudios. Muy importante para quien, por motivos de distancia, trabajo u otra dificultad como la mía, no tiene condiciones de frecuentar diariamente una universidad”, realza. La profesora Celia Regina de Oliveira Lima prevé la longevidad para la EaD. “La enseñanza semi – presencial y a distancia es una herramienta del mundo moderno digital, esencial para la ampliación de las oportunidades de inserción en el mundo académico y profesional y, sin dudas, llegó para quedarse”. Y añade: “Y no es algo aislado, pues los profesores, tutores y alumnos están siempre presentes por medio de los chats, foros y correos electrónicos. La falta de contacto presencial es minimizada por la interactividad del mundo virtual, por eso la participación y frecuencia en los foros y actividades en grupo son esenciales”. Para la coordinadora del Polo Timbiras/UEMA, Kássia Tatiana, la educación es de extrema relevancia. “Yo veo la educación a distancia siendo de extrema importancia. Basta solamente tener un computador y acceso a internet. Los cursos se transforman en una alternativa eficiente y, de cierta forma, más accesibles, principalmente, para personas con deficiencias. Ellas tienen el mundo en sus manos sin precisar salir de casa”, así resalta. En una de sus varias entrevistas, el profesor Joao Vianney, consejero de la Asociación Brasileña de Educación a Distancia – ABED y consultor de la Hoper Educacional, habla sobre el tema: “Además de facilitar el acceso al aprendizaje de las personas con deficiencias, la EaD ha abierto el ingreso a la educación superior para las clases C y D. Ya era esperada la predominancia de esas clases. Y eso sucedió en todo el mundo, principalmente, en el inicio de la oferta de cursos en esa modalidad. Claro que, actualmente, el público tiende a misturarse. El adulto que procura una facultad tiene trabajo y familia y muchas veces no puede ir a la institución de enseñanza todos los días”, completa. La verdad es que las personas buscan el conocimiento y el desarrollo. La EaD ofrece la formación y pone al alcance el conocimiento, facilitado por el avance tecnológico, garantiza flexibilidad y es accesible, generando así la inclusión social.

Cuadro 1 - Perfil socioeconómico: alumnos a distancia x alumnos de enseñanza presencial Criterio / Indicador

Alumno por EaD (EN %)

Alumno presencial (EN %)

1

Porcentual de alumnos casados

52

19

2

Alumnos con 2 o más hijos

44

11

3

Color de la piel blanca

49

68

4

Renta familiar de hasta 3 salarios mínimos

43

26

5

Renta familiar encima de 3 salarios mínimos

13

25

6

Trabaja y ayuda a sustentar a la familia

39

19

7

Es la principal renta de la familia

23

07

8

Padre con enseñanza media o superior

18

51

9

Madre con enseñanza media o superior

24

54

10

Tiene acceso a Internet

82

92

11

Usa la computadora en casa

55

72

12

Usa la computadora en el trabajo

65

53

13

Estudia más de 3 horas por semana

53

51

14

Cursó la enseñanza media en escuela pública

67

51

15

Cursó la enseñanza media en escuela privada

15

33

Fuente: Vianney

Se observa que los alumnos de los cursos a distancia son predominantemente casados, tienen hijos, renta familiar menor, no se declaran en su mayoría como blancos, contribuyen en mayor proporción para el sustento de la familia, la minoría tiene acceso a Internet en casa, estudiaron en escuela pública en la Enseñanza Media y padres con menor escolaridad en relación con los alumnos de los cursos presenciales. Los datos comprueban el carácter inclusivo de la educación superior a distancia y refuerza, por la comparación entre los perfiles de los alumnos, la importancia de ese modelo de enseñanza y el papel que desempeña en la sociedad. Es notoria la importancia de la EaD no solamente como factor de inclusión de las personas que buscan las facilidades ofrecidas por ese proceso, sino también en la inclusión digital y de personas con deficiencias. La educación a distancia representa una herramienta importante en el proceso de diminución de las desigualdades en Brasil, por medio del acceso a la educación.

El profesor Vianney divulgó una investigación que trata del perfil del estudiante de esa modalidad. Vea el cuadro: UemaNet • Revista PoloUm | 79


Literatura

Literatura

NARRANDO, ENCANTANDO Y CONOCIENDO ESCRITORESMARANHENSES

Es jugandoque se aprende. Esviajando en la imaginación que surgeel despertar de la lectura temprano. Esa es la idea del proyecto de extensión Narrando, Encantando y conociendoEscritores Maranhenses de la Universidad Estatal de Maranhão. 80 | UemaNet • Revista PoloUm


Literatura

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emostrar formas de contar historias con la ayuda de recursos didácticos que despierten la imaginación y el interés del niño; conocer obras de escritoresmaranhensesdestinadas para los niños; demostrar las técnicas de narración de cuentos para niños de 0 a 7 años de edad; seleccionar obras de escritores maranhensesprocediendo a la indicación técnica como una invitación a la lectura; divulgar junto a los educadores infantiles las obras literarias de escritores maranhenses, fomentando así el gusto por la lectura; estos son los objetivos del proyecto de extensión “Narrando, Encantando y ConociendoEscritores Maranhenses “, realizado por alumnos del curso de Pedagogía de la Universidad Estatal de Maranhao - UEMA. El proyecto fue diseñado y es coordinado por la Prof. Heloísa Varao, directora del curso de Pedagogía a distancia de la UEMA, intermediado por el Núcleo de Tecnologías para la Educación - UEMANET. “La idea surgió a partir delTaller de Formación de Lectores, que fue realizado con el fomento de la Cátedra de Letras de la PUC/RJ cuando homenajeó a Ferreira Gullar en el Proyecto Escritores Brasileños - Circuito Cultural del Banco de Brasil, que contó con el apoyo de la UEMA. En la ocasión, fue ofrecido el Taller de Narrativas para Niñosimpartido por mí, donde fueestudiada la obra Dr. Urubú y otras fábulas, de Ferreira Gullar. Ya son seis años de un proyecto, que surgió debido a la necesidad de promover acciones encaminadas al fomento de la lectura “, dice la profesora. La acción dio resultado. En 2009, con la divulgación del edicto del Programa Institucional de Bolsas deExtensión (PIBEX), el proyecto bajo la orientación dela profesoraHeloísa Varaofue aprobado. Durante este mismo año, fueron realizados varios talleres para

los docentes de jardines de infantes y preescolares de la red municipal de enseñanza de San Luis, Timbiras y Primera Cruz, donde además de trabajo de la obra Dr. Urubú y otras fábulas, fue incluido en el proyecto y se estudióla obra Touche jugandoen las noches de San Juan en San Luis, del escritor Wilson Marques. Y el proyecto se hizo más fuerte cada año. La iniciativa fue tan buena, que el próximo año (2010) fue aprobado nuevamente. “En ese mismo año, se amplió el proyecto para trabajar con las obras La Cabeza de Oro, de Josué Montello y Cazuza, de Viriato Correa”, explica la profesora. Participaronde los talleres docentes de la guardería María de Jesús Carvalho, Jardín de Infancia Lobinho, Escuela Comunidad San José Operario, UEB Juan y María, además de las escuelas de las redes municipales y comunitarias de San Luis y San José de Ribamar. Hasta entonces, solo alumnosdePedagogía presencial de la UEMA participabandel proyecto, pero en 2010 hubo una expansión y comenzaron a participar también los de Pedagogía a distancia, curso auspiciado por el Núcleo de Tecnologías para la Educación - UEMANET. Y para una mayor interactividad fue creado un espacio en el ambiente Virtual de Aprendizaje -AVA/Moodle, donde están disponibles las inscripcionespara los alumnosde los Polos a distancia, que participandel proyecto a través de las actividades publicadas en ese espacio. Los talleres actualmente han sido realizados con docentes de los municipios de San Luis, San José de Ribamar, Bacabal, Codó, San Mateo, donde han desempeñado un papel relevante en la formación continuada de

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Literatura decenas de docentesde los municipios mencionados. “Funcionó de verdad. Es increíble y emocionante el envolvimiento de los alumnos/profesores. El proyecto se lleva a cabo en varios polos de la Universidad. Tenemos más de 300 alumnosdel curso de Pedagogía suscritos. Me siento recompensada “, se emociona Heloísa. Picnic Literario - Como parte de las acciones dentro del proyecto, la institución realizó, a principios de este año, la primera edición del Picnic Literario de la UEMA, donde cerca de 50 niños de educación infantil y enseñanza primaria tuvieron una tarde diferente, con mucha lectura e imaginación. Una asociación con la Red Lectora Tierra de lasPalmeras y las escuelas comunitariasdel entorno de la Universidad. La iniciativa abarcó las siguientes escuelas: Instituto Educacional y Asistencia Nuestra Señora Aparecida; Asociación Benéfica de los Niños Carentes de la Villa Santa Clara; Club de Madres Mariana; Colegio Nuestra Señora de la Concepción; Escuela Educando. Todas localizadas en los barrios Ciudad olímpica y Ciudad Operaria. “La idea fue difundir el proyecto para los futuros alumnos del curso, además de integrar a los alumnos de las modalidades a distancia y presencial, profesores y mediadores de lectura de las escuelas campo de prácticas. Y lo principal: difundir la literatura maranhense para los niños “, enfatiza Heloísa Varao. La tutora Magda Cristina, que acompañala marcha del proyecto en cuestión en el Ambiente Virtual de Aprendizaje (AVA) destaca la importancia del intercambio de experiencias. “Fue importante para los profesores y para los alumnos del curso de Pedagogía,

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pues es el encuentro de la teoría y la práctica. El Picnic viene a despertar el conocimientosobre los escritores maranhenses. La idea es llevar esta iniciativa para los otros polos de educación a distancia de la UEMA “, enfatizó la tutora. Para la coordinadora del Foro de las Escuelas Comunitarias y Filantrópicas de San Luis, Neuza Ribeiro, lo más interesante fue el ambiente escogido. “Llevar la literatura a esos niños en un ambiente diferente, hacerlas viajar en la imaginación fuera del aula tradicional fue una idea muy buena. El juego, la interacción, unidos en un espacio abierto, con seguridad que es un incentivo más para despertar el amor por la lectura «, resalta la coordinadora. A los niños les encantó la tarde. Giovanna Oliveira, de 12 años, de laEscuela Educando, quiere repetir la experiencia. “Me encanta leer. Y hoy he leído el libro ¿Quién tiene miedo de Ana Jansen?, de Wilson Marques, y me apasioné. Iniciativas como esta se deben repetir, hacen bien. Y es siempre bueno aprender sobre la historia y la cultura de la localidaddonde vivimos. Fue muy bueno salir de la monotonía de la clase. Quiero mucho repetir ese momento”, subraya Giovanna encantada con la idea. La tarde terminó con el relanzamiento del libro Cuentos y Leyendas de la Tierra del Sol, escrito por Wilson Marques. El escritor y periodista promueve elogios para la iniciativa de UEMA. “Yo ya comencé a gustar por el nombre. Picnic ya se escapa de lo tradicional. Es un formato que pone al niño en contacto con la lectura y al escritor en un ambiente relajado. Y nosotros, los escritores,acabamos teniendo nuevas ideas. Sólo puedo agradecer la invitación y elogiar este trabajo,que fue muy interesante. Espero poder formarparte más a menudo”, elogia.


Sueño Hecho Realidad

UEMA DIPLOMA ALUMNOS DE 13 CURSOS TÉCNICOS A DISTANCIA UemaNet • Revista PoloUm | 83


Sueño Hecho Realidad

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el curso técnico directo para el mercado de trabajo, ese es el camino del 72% de los estudiantes que optan por cursos de educación profesional. Esta alta tasa de empleo fue constatada en una encuesta realizada por el Ministerio de Educación (MEC) con antiguos alumnos de cursos técnicos. Dependiendo del área cursada, la garantía de empleo puede alcanzar el 100%. Estos profesionales ya salen del curso con empleo garantizado por el mercado y con salario inicial de alrededor de R$ 5 mil reales.

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“Actualmente, la oportunidad de empleo es mucho mayor para quien tiene nivel técnico. Las empresas necesitan no sólo de gestores, buscan profesionales competentes con predisposición para el trabajo en equipo, iniciativa, espíritu emprendedor, responsables, creativos y con otras habilidades esenciales para realizar diversas funciones. El técnico es aquel profesional que pone manos a la obra y hace el trabajo que la empresa más necesita. Algo que llama la atención es que el 85% de nuestros estudiantes están satisfechos con las carreras elegidas “, explica la Coordinadora General del Núcleo de Tecnologías para la Educación de la UEMA, Profa. Ilka Serra.


Sueño Hecho Realidad

La construcción civil es una pequeña prueba de cómo el mercado está necesitando de trabajadores especializados . Con la mano de obra escasa, todos los profesionales con formación en esta área son absorbidos rápidamente por el mercado. Muchas veces ni siquiera esperan la finalización del curso para ser absorbidos inmediatamente por las empresas. Esta es una demanda siempre creciente en el mercado de trabajo. “Hoy en día, debido a la gran cantidad de estudiantes que emigran directamente de la enseñanza media para la universidad, los técnicos acaban haciendo falta en el mercado. Hay ofertas de trabajo, basta pasar delante de una

agencia de empleo para tener una idea exacta de esta demanda, hay siempre llamadas para los técnicos, y en diferentes áreas “, dice la asesora de la UEMANET, Profa. Eliza Flora Muniz Araújo. La asesora añade: “Diferentemente de los jóvenes que salen directamente de la enseñanza media para el primer empleo, los estudiantes de cursos técnicos enfrentan menos dificultades, dado que su formación se centra en una profesionalidad específica que agrega conocimientos teóricos y prácticos. Es de destacar que la práctica profesional constituye parte imprescindible en los cursos técnicos, es decir, es el momento concreto del estudiante con su profesión. UemaNet • Revista PoloUm | 85


Sueño Hecho Realidad Eso genera una mayor confianza para el aprendiz y viabiliza su acceso al mercado de trabajo. En muchos casos, ellos no van detrás de las empresas, son las empresas las que los procuran. Los avances de los cursos técnicos y la necesidad de esa mano de obra calificada llevaron a la Universidad Estatal de Maranhao a invertir en este tipo de formación, como una forma de contribuir al desarrollo educacional y socio-económico del Estado. Implantó en el año 2012, en la modalidad a distancia, 13 cursos técnicos, con 6.000 plazas, distribuidas en 25 polos de Apoyo Presencial, en colaboración con la Red e-Tec Brasil. En 2015, los estudiantes de los 25 polos recibieron sus diplomas. Solamente en la capital y en San José de Ribamar fueron graduados 800 estudiantes. “La UEMA ha alcanzado y democratizado la educación de una manera que es gratificante ver la alegría en el rostro de cada uno de los formados. La UEMA adoptó los cursos técnicos, los ofreció de la mejor manera posible, colocando técnicos de 13 áreas diferentes en el mercado. Y digo que el 50% de ellos ya están trabajando en su área de formación, están en el mercado de trabajo. Esta es una alegría para nosotros, porque acreditamos en estos ahora profesionales y ellos también acreditaron en la institución. No fue fácil, hubo dificultades, pero verlos siendo entrenados y calificados muestra la perseverancia que cada uno tuvo. La Universidad cree en el potencial de ellos y cómo democratizar este conocimiento. Proseguiremos haciendo cursos a distancia, llevando la educación a Maranhao. Aprendimos a hacer la educación a distancia y queremos ofrecer esa educación a los 217 municipios del estado, para que todos tengan la oportunidad de obtener una formación “, dice Ilka Serra. El Rector de UEMA, Prof. Gustavo Pereira, avala las palabras de la coordinadora. “Fue con gran satisfacción que la UEMA graduó a estos estudiantes. Estamos absolutamente seguros de que la iniciativa

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de la Universidad con la oferta de cursos técnicos traerá significativa contribución a la sociedad de Maranhão, impulsando el desarrollo socio-económico del Estado, haciendo la diferencia en las vidas de esos profesionales. La UEMA ofrece, así, profesionales técnicamente capacitados y listos para atender el dinámico mercado de trabajo “, destaca el rector. Según el ahora técnico en Seguridad del Trabajo, Raimundo de la Concepción, este curso llegó en el momento adecuado. “Sólo puedo dar las gracias a la UEMA por esta oportunidad, porque si no fuese a través de un curso a distancia, yo jamás estaría calificado y empleado. La estructura de los cursos técnicos es fantástica, tuvimos buenos tutores, profesores altamente calificados, el apoyo de los coordinadores de polos y los materiales de enseñanza de la más alta calidad. Pero lo que más motiva a los estudiantes a permanecer en el curso son las clases prácticas “, destaca el estudiante. Thiago José de Oliveira Freitas, del curso de edificaciones, enfatiza en los esfuerzos de casi dos años de estudios. “Quiero agradecer a la UEMA citando un pensamiento de Rubén Alves: Hay escuelas que son jaulas. Hay escuelas que son alas. Y realmente, la Institución nos dio alas, creyendo e invirtiendo en la modalidad a distancia tan flexible y abarcadora. El curso técnico fue un desafío y ahora se tornó una conquista, un sueño hecho realidad. Y así como nosotros tuvimos esa oportunidad, que la UEMA pueda dar continuidad a este proyecto, dando la oportunidad a otros de obtener una profesión, contribuyendo así a un Maranhao más digno y sustentable “, dice emocionado. Aproximadamente 3 mil técnicos están aptos para actuar con calidad en el mercado de trabajo. La UEMA oferta, en 2015, más 8 cursos técnicos: Alimentos, Control Ambiental, Guía de Turismo, Informática, Minería, Redes de Computadoras, Seguridad del Trabajo y Servicios Públicos.


Sucedió

La UEMA en la ruta de los cursos técnicos

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unca se vendieron tantos automóvilesen Brasil como en los últimos años. Y, debido a ese crecimiento, elsectorde la automociónes uno de los más estratégicos de la economía brasileña y responsable por mover el país a través de la fabricación de automóviles, motos, camiones, ómnibus, embarcacionesy otros vehículos motorizados. El área de la automoción abarcalas industrias automovilísticas, náuticas, de autopartesy tambiénla red de posventaymantenimiento. La Universidad Estatal de Maranhao conectada a ese movimiento del mercado de trabajo, y centradaen el desarrollo del estado, implantó 14 cursos técnicos, todos ofertados en la modalidad a distancia, intermediados por su Núcleo de Tecnologías para laEducación – UEMANET. La calidad empleada en la oferta de los cursos haanimado tambiéna las empresas privadas a procurar a la UEMA en busca de alianzas. Dentrode esas empresas, destacael Grupo DALCAR, cuya asociación está en proceso de consolidación conla oferta de ungrupoen el curso técnico en Mantenimiento Automotriz. ¿Peroqué busca la concesionaria? Calificar a sus empleados para que actúen en diferentes frentes, tales como: instalación, producciónymantenimiento automotriz, es decir, formar profesionales con conocimientos de sistemas automotriceselectrónicosy eléctricos, con competencia para coordinar equipos de trabajo, planificación, desarrolloyevaluación de proyectos yaplicación de normas técnicas. Es exactamente enesa perspectiva que la UEMA trabaja. De ahíel interés de DALCAR en buscar un cur-

so que combinela pericia de los dos socios. Significa también que, enesa asociación, los otros alumnos de la UEMA tendránla oportunidad de participar de prácticas ypasantíasen la empresa. Según Moisés Santos, Gerente de Posventa de DALCAR, existe una gran demanda enesa área, pero carece de profesionalescalificadosen el mercado. “El mercado está siempre con necesidad de esos técnicos, sin embargo, faltan profesionales, porque también faltan Instituciones que los califiquen. Los automóviles de la actualidad poseen una alta tecnología y hay un déficit de mano de obra calificada para lidiar con ella. La UEMA surge enese medio para formar esa mano de obra, para atender a esa demanda”, diceel Gerente. Para la Coordinadora General de la UEMANET, Profa. Ilka Serra, el mercado automovilístico se renueva cada día. “El mercado está en constante movimiento, es muy dinámico e innovador. Concuerdo con el Sr. Moisés cuando dice que la tecnología empleada en los automóviles se renueva cotidianamente y eso exige mucho de los profesionales de esa área. Yes esa la preocupación que la UEMA tiene conlos cursos técnicos mediados por las tecnologías, de implementar metodologías y prácticas, tanto en el ambiente virtual como en laboratorios. Implantamos recientemente un moderno laboratorio de Mantenimiento Automotriz que hafortalecido considerablemente las clases prácticas. El Rector Prof. Gustavo Pereira y toda la Universidad están satisfechos de poder atender las demandas de nuestro Estado”, destaca la Profa. Ilka.

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Paisajes

Sala de aula invertida: valorizando más el aprendizaje en el ritmo de cada estudiante

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l aula invertida (o flipped classroom) es un método de enseñanza en que se invierte el proceso tradicional de aprendizaje de los alumnos: la adquisición de conocimientos no sólo sucede en las clases en la escuela, sino también fuera de ella, con la ayuda de los recursos tecnológicos. Antes de la clase, el estudiante puede tener contacto con el contenido en casa. Así, el tiempo en la escuela es utilizado para profundizar conceptos, aclarar dudas y realizar ejercicios y actividades prácticas. Uno de los pioneros del aula invertida es Jon Bergmann. Después de dar clases de ciencias por 24 años se convirtió en jefe en tecnología de una escuela de Chicago. En la actualidad es una referencia cuando se habla sobre el método y mantiene una ONG, junto con otros profesores, que promueve recursos e investigaciones sobre el tema. En varias de sus entrevistas, él explica que vio el método funcionar en diversas áreas de enseñanza, desde grandes universidades como el Instituto de Tecnología de Massachusetts (MIT) y Harvard hasta la educación infantil. “Al principio pensé que era lo mejor para materias como matemática y ciencias. Mas, ahora, veo ejemplos de profesores de artes, que muestran las técnicas a través de vídeos, y luego realizan ejercicios prácticos en el aula. Incluso en Física ya he visto suceder “, dice.

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Acerca de las motivaciones para la creación de la propuesta de utilizar las posibilidades de los medios digitales en el aula, afirma que, desde el principio, buscaban lo mejor para los estudiantes. “Los alumnos comenzaron a participar activamente en el aula aplicando sus estudios. Vimos resultados donde los alumnos estudian más y los profesores están más satisfechos. Tiene sentido “, dice. Bergmann escribió el libro Flip Your Classroom: Reach Every Student in Every Class Every Day, en colaboración con su colega y también pionero de la metodología Aaron Sams. La obra trata sobre la experiencia con el modelo. “No es el único método. Mas, es una manera que funciona “, dice. Para la doctora en Tecnologías Educacionales, Sannya Rodrigues, este es el camino para la educación. “Hoy en día, no da más para hablar con 30 alumnos como si se hablara con uno. Creo que lo ideal es buscar un trato personalizado, ya que cada uno aprende de una manera. La educación necesita ver que las habilidades más importantes son individuales. Cuando el estudiante se gradúa y va al mercado de trabajo, los empleadores no quieren a alguien común. ¿Por qué educamos a nuestros niños para que todos ellos sean iguales? “, dice la profesora.


Paisajes Aula Tradicional Lectura y explicación del profesor, con poco tiempo para hacer ejercicio

Aula invertida La realización de actividades y ejercicios en grupo y asistencia de los profesores

Vídeos, podcasts y blogs son algunos de los recursos que se pueden utilizar en el aula invertida. Con una conexión a Internet, los alumnos pueden acceder a ellos en computadoras, tablets y celulares en la escuela o en casa. El educador puede crear clases de vídeo con programas screencasts (software de captura de pantalla) o seleccionar vídeos y conferencias de internet. La recomendación es que el vídeo se centre en un solo tema, con breves explicaciones objetivas, de 8 a 12 minutos. El vídeo también puede traer preguntas claves para el alumno responder cuando retorne a la clase. En el aula invertida, el estudiante es responsable de su propio aprendizaje

Los vídeos también ayudan a los que necesitan faltar y requieren clases de reposición. La escuela norteamericana Clintondale High School en Michigan, fue una de las primeras en adoptar el aula invertida. Desde 2009, los estudiantes asisten a las clases de matemáticas, inglés, ciencias y estudios sociales en casa y hacen sus deberes en clase. Cada profesor graba vídeos de hasta 7 minutos con un software adquirido por la escuela y disponibiliza el material en el sitio de la institución. Además, cada disciplina tiene un perfil en Google Groups para el intercambio de información y discusiones. Los resultados fueron la reducción de las tasas de repetición y la mejoría general de las notas en exámenes.

¿Cómo es eso? Al ver los vídeos, él puede hacer pausas y repetir el contenido de acuerdo con su ritmo y comprensión. Los estudiantes que aprendieron rápidamente los conceptos no pierden el tiempo con explicaciones del profesor y pueden hacer más ejercicios. En el aula, los profesores atienden a los estudiantes de forma individual y en grupos, transformando la clase en una conversación, cambiando el diseño tradicional de las sillas alineadas. UemaNet • Revista PoloUm | 89


Paisajes Otro hecho importante es que en el aula invertida, las redes sociales no se limitan a Facebook y compartir fotos. Los estudiantes pueden utilizar las herramientas a través del chat, los blogs de grupo, sitios wiki, investigaciones y proyectos de colaboración que se pueden transformar en un sitio hecho tanto por el profesor como por los alumnos. Según una encuesta de 2012 realizada por la organización Flipped Learning, que reúne a profesores que son adeptos a las aulas invertidas, ciencias (46%) y matemáticas (32%) son las materias más adecuadas para este método. Una de las razones es que son materias cuyas demostraciones prácticas son más fáciles en el aula. Siendo así, toda la parte teórica es hecha en casa y con los materiales de apoyo. “No existe un modelo ideal o único de metodología. La elección del formato depende de factores tales como el acceso a la tecnología y el perfil de los alumnos. Como el aula invertida “libera” más tiempo, los ejercicios en clase y los trabajos prácticos con el apoyo directo del profesor son fundamentales y existe la atención individual a cada alumno. Durante la clase, además de los ejercicios, el profesor también puede aumentar la experiencia de aprendizaje de forma creativa utilizando recursos tales como juegos, actividades artísticas, aplicaciones del iPad y recursos multimedia como soporte”, destaca Sannya. Entienda Mejor El modelo de educación que prevalece en la mayoría de las escuelas es el mismo del inicio del siglo 20. Este modelo fue creado para atender al modelo de trabajo de la época que era, todos trabajando el día entero, haciendo la misma cosa, a la misma hora, no podían interactuar y eran severamente fiscalizados. Así, las escuelas, para atender a esa nueva economía, se organizaron de la misma forma: agrupar niños por grupos de edad, en el modelo de grandes grupos, encerrados en una sala, trabajando todos de la misma forma, y también fiscalizados por el profesor. Actualmente, la sociedad está en un nuevo modelo de economía. El problema es que la escuela sigue funcionando en el modelo tradicional y los profesores

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también fueron preparados en este modelo. En el modelo tradicional de educación, los alumnos deben asistir a clases pasivamente, el profesor hace toda la explicación de los contenidos y las tareas son realizadas en casa. Por ahí ya vemos el desajuste que se produce en la educación entre lo que la sociedad NECESITA y lo que la escuela OFRECE. El mundo tiene necesidad de personas que puedan trabajar en pequeños grupos para resolver grandes problemas utilizando herramientas digitales y que, sobre todo, estén preparados para desempeñar múltiples tareas SIM la supervisión de un fiscal, sea el profesor o el jefe. Es ahí que entra el aula invertida. Usted no tendrá que invertir la pizarra, ni los pupitres. En este modelo el estudiante accede a las explicaciones del profesor en línea, fuera de la clase, mientras que la tarea se lleva a cabo en pequeños grupos en el aula. ¿Cuáles son las ventajas? Con el aula invertida, la responsabilidad del aprendizaje es transferida del profesor para los alumnos. Los alumnos tienden a tener un mejor desempeño cuando controlan Cuándo, Dónde y Cómo ellos aprenden. El profesor ya no es más el depositario del conocimiento, sino el mediador que orienta y guía, mientras que los estudiantes son los aprendices activos reales de todo el proceso. Con los vídeos y clases interactivas los alumnos pueden acceder a ellos en casa antes de la clase en el momento en que lo deseen. El tiempo de clase puede ser utilizado para la recolección de datos, la colaboración y la aplicación de los conceptos. La clase se convierte en un lugar para que los alumnos trabajen con los problemas, avanzar conceptos, y envolverse en el aprendizaje colaborativo. El aula invertida permite al profesor crear oportunidades de aprendizaje que envuelvan mucho más a todos los alumnos. Los que presentan problemas de aprendizaje caminan a su propio ritmo, participando de los grupos de colaboración que más satisfagan sus necesidades.




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