20.ª edição da revista digital da Plural&Singular

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DESPORTO

As modalidades e as associações

Em Portugal, a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) apoia o desporto adaptado em conjunto com a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP). A APD é uma instituição de âmbito nacional, sem fins lucrativos que nasceu em 1972. Em 1981 alargou o seu alcance, tendo-se criado várias delegações distritais e locais. A APD conta com 25 mil associados, sendo que 1800 são do distrito do Porto. De forma a conseguir oferecer aos seus clientes melhor qualidade de vida, a APD oferece inúmeras atividades desportivas, culturais e recreativas. Atualmente, a associação continua a lutar pelos direitos das pessoas com deficiência. Ricardo Neves é um dos treinadores de andebol adaptado da APD. Este projeto surgiu a partir da “Andebol 4 All”. Ricardo Neves destaca a importância do desporto adaptado para o desenvolvimento das pessoas assim como uma estratégia para adquirir um estilo de vida saudável. “Ajuda-os a manter a sua forma física para que no dia a dia, as barreiras que tenham sejam mais fáceis de transpô-las.” O técnico admite que existem algumas dificuldades não só na divulgação do desporto adaptada, como também nota falta de materiais e acessos para a prática das diferentes modalidades. Um dos exemplos dados é a organização dos horários dos treinos. Os horários dos treinos são ainda pouco flexíveis à rotina dos atletas, visto que terminam, por vezes, muito tarde, o que condiciona a deslocação dos participantes depois dos treinos. Apesar dos recursos ainda limitados, Ricardo Neves acredita que o desporto adaptado tem conseguido visibilidade ao longo dos anos. Para Delvina Vieira, atleta de andebol adaptado há mais de vinte anos, o “desporto é vida”. Considera que deveria ser praticado por todos, visto que promove o espírito de equipa, assim como a saúde. A situação do desporto adaptado continua a ser “muito precária” e ainda existe pouca visibilidade.

Os jogadores que competem no Futebol de 7 deverão estar encaixados numa classe consoante a sua deficiência. As classes são: • C5: Atletas com dificuldades ao andar e ao correr, mas não quando sentados ou ao pontapear a bola. • C6: Atletas com problemas de controle e coordenação nos seus membros superiores; • C7: Atletas com hemiplegia. • C8: Atletas com deficiências mínimas;

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