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SES participa da abertura da Semana Saúde na Escola durante encontro na capital
from 26.04.2023
“Saúde sexual e reprodutiva”.
Presente no evento, a vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda, afirmou que o PSE só pode funcionar se for por meio da articulação. “É fundamental que os gestores escolares e da saúde trabalhem de maneira integrada para que os alunos sejam os principais beneficiados com os projetos e iniciativas a serem executadas nas escolas”, destacou.
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Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que idade, condições socioeconômicas e falta de atividade física são os principais fatores associados à prevalência da obesidade no Brasil. Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que seis em cada dez brasileiros estão com sobrepeso. Já a taxa de obesidade no país atualmente está em 20,1%.
Pesquisadores da FGV realizaram uma projeção sobre a evolução da obesidade no país e constataram que, caso a doença permaneça com a taxa de crescimento atual, em 2030, vai atingir 24,5% da população. Dentro dessa taxa de crescimento, segundo a pesquisa, algumas parcelas da sociedade são mais vulneráveis.
são algumas das causas multidimensionais que contribuem para a obesidade infantil.”
Envelhecimento
O risco de desenvolver obesidade crônica costuma aumentar conforme o indivíduo vai ficando mais velho – a doença atinge cerca de 6% da população entre crianças e adolescentes.
“Porém, uma vez que a obesidade é estabelecida na juventude, fica muito difícil reverter este quadro até a vida adulta”.
Homens x mulheres
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou, nesta terça-feira (25), do 1º Encontro Intersetorial do Programa Saúde na Escola, realizado no Teatro da Cidade, localizado na Rua do Egito, Centro, em São Luís (MA). Durante o encontro foi realizado o lançamento da “Semana Saúde na Escola”. A programação está sendo executada de forma simultânea nos 217 municípios maranhenses, até sexta-feira (28).
“Para existir saúde na escola é preciso, antes de tudo, que haja integração com as políticas educacionais. Enquanto gestão estadual, ficamos muito felizes com esse momento, pois ele proporciona diálogos que resultam no acolhimento não só dos alunos, mas também das famílias”, pontuou a chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Família da SES, Patrícia Pinheiro.
Para o primeiro Encontro Intersetorial do Programa Saúde na Escola, estiveram reunidos gestores escolares e de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, debatendo a importância da implementação de políticas públicas que contribuam para o desenvolvimento dos educandos dentro e fora das escolas.
Neste ano, o Ministério da Saúde elencou a atualização da carteira de vacinação como tema prioritário. O encontro adotou as 13 diretrizes do Programa Saúde na Escola, que além do incentivo à imunização, também debateu temas como “Conhecimentos sobre nutrição equilibrada”, “Combate à violência e cultura da paz” e
O coordenador do Programa Saúde na Escola da SES, Jadilson Neto, afirmou que a gestão estadual sempre estará acessível aos municípios. “O PSE tem 15 anos de estruturação e é a primeira que o município de São Luís realiza um encontro unindo pautas da Saúde e da Educação. Enquanto Estado, nosso papel é apoiar os municípios para que eles avancem na garantia de políticas públicas que promovam o pleno desenvolvimento dos estudantes”, explicou.
Segundo a secretária adjunta municipal de Educação, Gusmaia Mousinho Pestana, o encontro é o início de um trabalho que beneficiará os estudantes da capital. “Não se trata apenas do bem-estar físico e da proteção contra doenças por meio da vacina, mas também do equilíbrio socioemocional e da ação imediata voltada para os nossos estudantes, para que eles estejam em um espaço correto e acolhedor, evitando assim a evasão escolar”, disse.
Atualmente, São Luís conta com 252 unidades de ensino, entre escolas e rede comunitária, e mais de 100 mil estudantes matriculados, dos quais estão crianças, jovens, adultos e idosos.
Luciana Braga é gestora geral da UEB Maria José Vaz dos Santos, no bairro João de Deus e enfatizou a necessidade de fomentar o aprendizado também como estratégia de bem-estar e saúde. “A execução do programa vem para colaborar com a sensação de segurança e conforto das crianças e, ao mesmo tempo, conseguirmos realizar o nosso trabalho educacional na formação desses estudantes”, salientou.
Também participaram do 1º Encontro Intersetorial do Programa Saúde na Escola a superintendente de Ações de Saúde Municipal, Camila Cristina Silva Barreto Nogueira; a superintendente das Escolas Comunitárias do município de São Luís, Aparecida Medeiros; e o superintendente de Apoio ao Educando da Secretaria Municipal de Educação, Victor Corrêa.
O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional em Saúde e da Pesquisa de Orçamentos Familiares, ambas do IBGE. Apesar da crença de que a obesidade está associada ao consumo de determinados alimentos, o levantamento indica este fator como pouco relevante, enquanto o estilo de vida e o modo de trabalho, bem como residir em zonas urbanas, aumentam a probabilidade de excesso de peso.
Baixa renda
Ainda que a obesidade tenha crescido em países ricos e pobres, o estudo constatou que há um desequilíbrio entre consumo e gasto calórico nas populações de baixa renda.
Segundo os dados, alguns motivos que apontam para uma vulnerabilidade maior nessa parcela da sociedade estão relacionados ao acesso a alimentos mais baratos e pobres em nutrientes, com alta densidade calórica.
Além disso, a baixa escolaridade limita também o acesso a informações nutricionais, impactando nos hábitos alimentares dessa população.
Obesidade infantil
O estudo alerta que a obesidade infantil está bastante associada à prevalência da doença ao longo de toda vida de uma pessoa. “Esta relação está muito mais enraizada do que a maioria dos indivíduos imagina, começando desde a amamentação”.
Segundo a pesquisa, há indícios de que os hormônios presentes no leite materno contribuem para a saciedade do bebê e que essa pode ser uma estratégia para diminuir riscos de doenças crônicas como a própria obesidade.
“Neste cenário, a interrupção precoce do aleitamento materno e o modo de vida associado a meios de transportes, somado a um elevado viés de sedentarismo,
O estudo aponta ainda maior prevalência da obesidade entre mulheres, apesar da prevalência de sobrepeso ser maior entre os homens. Dados da Pesquisa Nacional em Saúde apontam uma taxa de 22% de obesidade em mulheres e de 18% em homens, enquanto o índice de sobrepeso em homens é de 39% e em mulheres de 34%.
A FGV destaca, entretanto, que a obesidade entre mulheres não costuma ser tão grave quanto em homens, já que o aumento de peso no público masculino é ligado à região do abdômen e à possibilidade de doenças cardiovasculares.
Outras doenças
A pesquisa também relaciona a obesidade a outras doenças. A prevalência de hipertensão, diabetes e colesterol alto, por exemplo, chega a ser duas vezes maior em pessoas obesas. Os números indicam 41,5%, 13,4% e 21,7% para o aumento de chance de obesos desenvolverem cada uma dessas doenças, respectivamente.
Além disso, enfermidades respiratórias como asma ou bronquite também são mais frequentes entre pessoas consideradas obesas (5,9%) que entre pessoas com peso normal (4,7%). O mesmo ocorre com condições relacionados à mobilidade, como artrite e problemas na coluna ou nas costas, que acometem respectivamente 11,3% e 24,9% dessa parcela da população.
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De acordo com o estudo, o consumo de leguminosas como feijão e ervilha e de oleaginosas como amendoim e castanhas está associado a menores chances de ganho de peso.
Segundo a FGV, o consumo do prato brasileiro clássico, composto por arroz e feijão, não traz riscos de aumento de peso. Já outro costume do brasileiro, o churrasco, está associado a efeitos gritantes para o excesso de peso e a obesidade, principalmente quando associados a falta de prática de exercícios e ao consumo de bebida alcoólica.
