O seu filho já mediu o IMC. E você? De acordo com o projecto “Escola Promotora de Saúde” e indo de encontro a um dos objectivos do Projecto Educativo deste Agrupamento, promover a formação para uma cidadania solidária e responsável e a aquisição de hábitos de vida saudável, desenvolveu-se um estudo de caso na EBI de Vila Cova. Segundo Schartzman & Teixeira,1998, a escola tem um papel fundamental ao modelar as atitudes e comportamentos das crianças sobre Nutrição. Neste sentido, acreditamos que o nosso estudo poderá constituir uma forma de integrar a nutrição na sala de aula, incorporando conceitos da mesma nas crianças e pais. Em função deste panorama, o objectivo do presente estudo é detectar a prevalência de obesidade em alunos com idades compreendidas entre os 7 e 10 anos, permitindo a relação da idade com o índice de massa corporal (IMC), bem como a prevalência do mesmo em ambos os sexos. Este estudo realizado pelos professores de Apoio educativo, Carla Freitas e Avelino Oliveira e pela psicóloga deste Agrupamento, Renata Seabra, foi desenvolvido no decurso do mês de Abril, integrando-se na comemoração do Dia Mundial da Saúde. Para constituição da amostra, que totalizou 40 crianças, contamos com a colaboração das professoras titulares de turma Maria do Céu Enes e Conceição Silva da EBI Vila Cova, sendo 47,5% (n =19) do sexo feminino e 52,5% (n =21) do sexo masculino. Para a avaliação do objectivo inicialmente proposto, foram recolhidas medidas de peso e altura, através do uso de uma balança e uma fita métrica, respectivamente. Todos os dados recolhidos foram trabalhados de acordo com os resultados da aplicação da fórmula matemática que nos fornece o IMC (medida do grau de obesidade de uma pessoa, através do qual é possível perceber se o valor se encontra acima ou abaixo dos parâmetros ideais de peso em relação à altura.)
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A obesidade infantil é sem dúvida um problema actual e que afecta toda a nossa sociedade. A sua origem poderá estar relacionada com um maior consumo de alimentos ricos em hidratos de carbono e gorduras e o sedentarismo. Estes factos podem ser justificados pelos hábitos alimentares inadequados, perfil sócio-económico diferenciado, tipos de refeições realizadas nas escolas e influência da publicidade. Não obstante, os resultados obtidos neste estudo são, no nosso parecer, bastante animadores, embora não possam servir de generalização científica, uma vez que a amostra utilizada não é considerada significativa.
IMC= Peso ÷ Altura ² Após a análise estatística dos resultados é possível constatar que a maior prevalência de obesidade na população alvo é no sexo feminino (16%), comparativamente ao sexo masculino (14%). No entanto, na totalidade da amostra, o IMC normal é o que apresenta maior prevalência (47% no sexo feminino e 53% no sexo masculino). Os resultados apresentados podem ser confirmados nos gráficos que se seguem.
3,5
0%
37% 47%
Número de Raparigas
16%
Percentagem do IMC no Sexo Masculino
8 anos 9 anos 10 anos
4,0 3,0
14%
5
33%
2,5 2,0 1,5 1,0
53%
0,5
Baixo Peso 0% Obesidade 16% Normal 47% Excesso de Peso 37% 10
0,0 Baixo Peso
Normal
Excesso Peso
Obesidade
Relação entre IMC/Idade no Sexo Feminino
Baixo Peso Normal Excesso de Peso Obesidade
6
0%
Baixo Peso 0% Normal 53% Obesidade 14% Excesso de Peso 33%
Número de Rapazes
Percentagem do IMC no Sexo Feminino
Avelino Oliveira, Carla Freitas e Renata Seabra
4 3 2 1 0 7 anos
8 anos
9 anos
10 anos
Relação entre IMC/Idade no Sexo Masculino