Gail mchugh tensão (oficial)

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– De forma alguma. Fique e tome uma cerveja comigo. Com uma leve apreensão, Emily se aproximou de onde Gavin estava. Ele abriu uma cerveja para ela. – Obrigada. – Ela pegou a garrafa e se afundou numa cadeira ao lado dele. – De nada. E então, o que a traz a esta varanda no meio da madrugada? – Não consegue ouvir isso? As sobrancelhas de Gavin franziram em sinal de confusão enquanto ele olhava em volta. – Bem, estou ouvindo as ondas. – Sorte sua. – Ela suspirou. – Porque ainda consigo ouvir Dillon roncando. – Ah, entendi. – Ele deu uma risadinha e apoiou os pés num pequeno pufe. – Nós, homens, somos impressionantes nesse quesito. Emily balançou a cabeça e tomou um gole da cerveja. – Com exceção de sufocá-lo até a morte, já tentei de tudo para ver se ele parava. Gavin assentiu e deu uma piscadela. – Hum, não é má ideia. Assim você ficaria disponível. – Seja bonzinho – brincou ela. – Sim, senhora – concordou ele. Alguns minutos se passaram enquanto os dois ouviam as ondas quebrarem. O céu estava límpido, estrelado, e uma brisa fresca de verão soprava. – Não vi você indo até o mar hoje – observou Gavin, pegando mais uma cerveja. Torceu a tampa e a atirou num jarro de terracota que já continha uma boa quantidade de tampinhas. – Não gosta de praia? – Na verdade, eu adoro praia. – Ela respirou fundo enquanto o olhar desviava do dele e ia para o mar. – Algumas das melhores recordações que tenho da minha mãe são de dias intermináveis passados na praia. Um peso invadiu o peito de Gavin. Ele sabia que a mãe de Emily tinha falecido. Quando estavam na boate, sentira vontade de lhe dizer alguma coisa, mas tinha achado pouco apropriado fazê-lo assim, do nada. Continuou a olhar para ela, buscando as palavras certas. Endireitou o corpo para fitá-la. – Sinto muito pela sua perda e por tudo o que teve de passar – disse ele baixinho, por fim. Emily apoiou o queixo nos joelhos dobrados e olhou para Gavin. – Obrigada. – Se não se importa, eu adoraria ouvir as recordações que você tem dela. – Gavin falava com uma voz baixa e cautelosa enquanto a encarava. Um sorrisinho repuxou os lábios de Emily. – Sério? Ele fez que sim e retribuiu o sorriso. – Eu ficaria honrado. Ela levou um minuto para compor as ideias. – Bem, quando eu era pequena, ela juntava dinheiro o ano todo para a gente poder ir a Santa


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