Quando eu te beijar lucy vargas

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Os outros continuaram rindo enquanto alguns se preparavam para ir embora, outros iam pegar o turno da noite e alguns só descansavam. Os seguranças sempre se encontravam no primeiro andar do triplex que era o espaço deles. Havia uns que só trabalhavam no prédio do GW e passavam por ali vez ou outra. E cada um tinha um espaço privativo, às vezes até passavam mais tempo lá do que em casa. Mas nesses casos os outros já zoavam, porque era como ser “posto para dormir no sofá”. Kevin entrou e franziu a testa quando viu os outros reunidos. – Que merda aconteceu agora? – Ele quis saber. Beatrice queria matar alguém. Ao menos ela quis há uma hora quando chegou ao triplex. Mas agora Cristina já havia lhe feito um chá, havia dito como sentia sua falta e até lhe dera biscoitinhos que ela não comeu. E sabe o que ainda estava a deixando mais danada da vida? Por causa daquela vadia, ela não comera todo o seu maravilhoso panini. Sinceramente, fazê-la desperdiçar um dos melhores sanduíches da cidade era algo que aquela vaca ia lhe pagar de volta. Ah, ia! Claro que estar perseguindo seu marido era importante também, mas o panini... A porta abriu e lá estava ele. O maldito. Sean Ward entrou e já estava com o paletó na mão. Ele soltou o ar com força quando entrou em casa, como se fosse um alívio, então passou a mão por aquele cabelo escuro e lustroso e logo depois seus olhos cor de turquesa zeraram nela. Ele jogou o paletó para cima da primeira poltrona e foi direto em sua direção. Ela estivera andando para lá e para cá na entrada, mas cansou e sapateou pelo segundo andar, odiando tudo. Porque quando saiu de casa disse que não ia voltar lá. Mentira, já havia ido lá uma vez quando cometeu a enorme burrada de dormir com Sean de novo, depois de um ano sem encostarem um no outro. É, pode imaginar como foi. Ela nem sabia como o prédio ainda estava de pé. Aliás, como ELA saiu andando daquilo? Na verdade, ela andou muito bem, porque saiu praticamente fugida assim que acordou. E depois de todo esse drama, quando ele entrava, ainda parava o mundo à volta dela. Sim, ela ainda queria esfregar aquelas fotos que a vaca deu a ela bem no meio da cara dele. Mas Sean estava com aqueles olhos lindos cravados nela como se fosse uma ameaçava enquanto acabava com o espaço entre eles. – Eu tenho algo pra te dizer – ela disse, apontando para ele com o envelope, esperando que isso soasse como uma ameaça. Ele olhava-a seriamente. Será que também tinha alguma bomba para dizer a ela? Alguém já disse que ele fica mais irresistível quando está sério e ameaçador? Dane-se! Ele podia ir para o inferno. Ela duvidava que o que ele tinha para dizer era mais grave do que a notícia dela.


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