Caminhos da educação e amadurecimento

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1.

Uma das opções pedagógicas da Pastoral Juvenil Marista é o processo integral de educação na fé. Ele acontece de forma processual, dinâmica e integral, sendo um itinerário que o próprio jovem percorre. Não é à toa que a palavra caminho signifique passagem, trilha, espaço, trajeto, percurso.Traduzindo isso para a Pastoral Juvenil Marista, significa pensar que não há crescimento na fé sem trajetória e caminho. Ninguém nasce pronto; pelo contrário, a formação é algo que precisa fazer-se diariamente, num desafio que cabe a cada pessoa ir superando.

2.

As Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista 1 (DNPJM ) recordam que o processo de educação na fé, mais do que um simples método ou técnica, tem originalidade e autenticidade que surgem do desejo do encontro e da descoberta de um Deus que se revela em Jesus Cristo, nas pessoas e na natureza. Esse processo deve ensejar que o jovem vivencie o projeto de Jesus Cristo, sendo apóstolo no meio de outros jovens, por meio da formação integral, com o jeito marista de ser, na construção de uma sociedade mais justa, ética e solidária, sinal da civilização do amor. (DNPJM 335)

1 SECRETARIADO INTERPROVINCIAL MARISTA (SIMAR) .

Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista. São Paulo: FTD , 2006, p. 119,

nº 335. No decorrer do texto, as Diretrizes serão indicadas pela sigla (DNPJM ), e pelo número dos parágrafos correspondentes. Para facilitar, optamos por deixá-las no corpo do texto. 20

INTRODUÇÃO

3.

Por isso concordamos com a intuição do livro Civilização do amor: tarefa e esperança 2, quando afirma que é necessário que se levem em conta os tempos de crescimento, de identificação afetiva, de assimilação e de compromisso próprios dos jovens. Nesse sentido, é fundamental que a juventude e os agentes que trabalham com ela estejam dispostos a vivenciar o amadurecimento da fé, apropriando-se mais desse processo, porque não está em jogo somente um discurso sem conteúdo ou uma atitude meramente intelectual, mas uma postura de vida carregada de mística. Não se trata de caminhar pelos jovens, mas pelo contrário, de caminhar com eles.

4.

Há muitas formas de vivenciar e apresentar pedagogicamente esse processo. Por um longo tempo, houve certa tendência racionalizante e positivista que se caracterizava pela apresentação lógica, intelectual e fria, deixando de lado aspectos bíblicos e simbólicos que precisam estar presentes tanto na explicação como na vivência dos diversos momentos dessa educação na fé. Em todas as experiências vividas pela pessoa e pelo grupo há uma mística que pode tomar feições muito variadas, ser fonte de inspiração e expressar atitudes interiores.

5.

Inicialmente, precisamos esclarecer alguns pressupostos do que desejamos transmitir. Não são coisas pequenas, mas realidades imensas que, na sua descrição, podem parecer tateantes, mas que se realizam no interior das pessoas. 2 CONFERÊNCIA EPISCOPAL LATINO-AMERICANA (CELAM) .

Civilização do amor: tarefa e esperança. São Paulo: Paulinas, 1997.

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