Aura Negra - Academia de Vampiros 2 Richelle Mead

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novamente. ―A menos... você não vai dar outro jantar festivo, vai? Isso seria um desperdício completo. Nós teríamos que dividir, e você sabe que os outros não agradecerão. Eles nunca fazem isso.‖ ―Eu não estou planejando um jantar festivo com eles...‖ ele declarou com orgulho. Jantar festivo? ―...mas eu também não irei matá-los agora. Você é muito nova, Elena. Você só pensa em gratificação imediata. Quando você for mais velha como eu, você não será tão... impaciente.‖ Ela rolou os olhos quando ele não estava olhando. Virando, ele olhou para mim, Mason e Eddie. ―Vocês três, eu temo, que vocês vão ter que morrer. Não há como evitar isso. Eu gostaria de dizer que eu sinto, porem, bem, eu não sinto. É assim que o mundo é. Vocês tem a escolha de como vão morrer, porem, e isso será ditado pelos seus comportamentos.‖ Os olhos dele demoraram em mim. Eu realmente não entendi porque todo mundo parecia estar me escolhendo como o encrenqueiro aqui. Bem, talvez eu fosse. ―Algum de vocês irão morrer mais dolorosamente que os outros.‖ Eu não precisei ver Mason e Eddie para saber que o medo deles refletia o meu. Eu tinha muita certeza que tinha ouvido Eddie soluçar. Isaiah abruptamente girou nos seus calcanhares, estilo militar, e encarou Mia e Christian. ―Vocês dois, felizmente, tem opções. Apenas um de vocês irá morrer. O outro ira viver a imortalidade gloriosa. Eu irei ser amável o bastante para colocá-lo debaixo da minha asa até você ser um pouco mais velho. Tal é minha caridade.‖ Eu mal pude fazer alguma coisa. Eu sufoquei em um riso. Isaiah girou e me encarou. Eu fiquei calada e esperei ele me lançar pelo quarto como ele tinha feito com Elena, mas ele não fez nada além de encarar. Isso era o bastante. Meu coração acelerou, e eu senti lágrimas encherem meus olhos. Meu medo me envergonhou. Eu queria ser como Dimitri. Talvez até como minha mãe se sairia bem numa situação dessas. Após mais alguns momentos longos e agonizantes, Isaiah se voltou para os Moroi. ―Agora. Como eu estava dizendo, um de vocês irá se despertar e viver para sempre. Mas não serei eu que despertará você. Você irá escolher ser despertado por vontade própria‖. ―Provavelmente não,‖ disse Christian. Ele acumulou tanto desafio quanto ele pode conseguir nessas duas palavras, mas ainda estava claro para todo mundo no quarto que ele estava muito assustado. ―Ah, como eu amo o espírito Ozera,‖ meditou Isaiah. Ele olhou para Mia, seus olhos vermelhos brilhando. Ela se encolheu de medo. ―Mas não deixe isso apagar você, minha querida. Existe força no sangue comum, também. E aqui está como isso será decidido.‖ Ele apontou para nós dhampirs. Seu olhar me fez congelar, e eu imaginei que poderia sentir o fedor da decadência. ―Se você quer viver, tudo o que você tem que fazer é matar um desses três.‖ Ele se voltou para os Moroi. ―É isto. Nada tão desagradável. Apenas diga a um desses cavalheiros aqui que você quer fazer isso. Eles o libertarão. Então você beberá deles e despertará como um de nós. Quem for o primeiro a levantar estará livre. O outro será o jantar meu e de Elena.‖ Silêncio se manteve no quarto. ―Não,‖ Christian disse. ―Não tem jeito para que eu mate um dos meus amigos. Eu não me importo com o que você faça. Eu irei morrer primeiro.‖ Isaiah acenou a mão com desprezo. ―Fácil ser bravo quando você não está faminto. Passará alguns dias sem nenhum outro alimento... aí sim, esses três começarão a parecer muito bons. E eles são. Dhampirs são deliciosos. Alguns preferem eles a Moroi, e enquanto eu mesmo nunca compartilhei tais convicções, eu posso certamente apreciar a variedade.‖ Christian fez cara feia. ―Não acredita em mim?‖ perguntou Isaiah. ―Então me deixe provar isso.‖ Ele andou de volta para o meu lado do quarto. Eu percebi o que ele iria fazer e falei sem parar para pensar


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