O Vale do Neiva - Edição 92 dezembro 2021

Vila de Punhe

Saúde

Inauguração do Forno Comunitário (Antiga Azenha do Bonfim)

Como viver um Natal Saudável?

dezembro 2021 edição 92 Propriedade:

A MÓ • Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) Barroselas Mensal Gratuito Versão digital

Reflorestação do Parque do Rexio pág. 4

Tregosa em festa

Eucaristia na Igreja Matriz e bênção do Centro Pastoral pág.

6

índice edição 92

dezembro 2021

Como viver um Natal mais saudável?

“To be or not to be” vegetariano(a)

Ervas aromáticas “power”

página 7

página 10

página 12

ficha técnica diretoria e administração:

Direção de “A Mó” redação:

José Miranda Manuel Pinheiro Estela Maria António Cruz

editorial Ano Novo, vida nova

edição:

92 – dezembro 2021 colaboradores:

Adão Lima (J.F.Vila de Punhe) Alcino Pereira Américo Santos Ana Sofia Portela Daniela Maciel Domingos Costa Fernando Fernandes Francisco P. Ribeiro José Miranda Manuel Gomes Martinho Cerqueira Pedro Tilheiro design gráfico:

Mário Pereira paginação:

Cristiano Maciel supervisor:

Pe. Manuel de Passos contacto da redação:

Avenida S. Paulo da Cruz, Edifício Brasília, 3, Fração F 4905-335 Barroselas e-mail:

redacaojornalvaledoneiva@gmail.com periodicidade:

Mensal

formato:

Digital

por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

É

vulgar dizer “Ano Novo vida Nova” quando entramos num novo ano. Esta expressão transmite o desejo de termos um Novo Ano, repleto de tudo que é bom e que nos proporcione momentos de grande alegria. Mas será que em 2022 isso vai acontecer? Ano Novo... tudo bem, mas vida nova… não sei se será bem assim! Digo isto, porque a situação atual (refiro-me ao Covid-19) não está famosa para ninguém.

Mas, o que mais me preocupa, é haver pessoas já vacinadas com a terceira dose e ficarem infetadas com gravidade, tendo de passar pelos cuidados intensivos.

Depois, surgem as diversas variantes, com uma fácil transmissibilidade.

Segue-se a vacinação das crianças, que meses atrás não precisavam de usar máscara. E por fim, enquanto uns têm já a terceira dose aplicada, (pessoas de maior risco em países europeus) outros há que ainda não sabem quando receberão a primeira (pessoas de maior risco em países africanos!). Mais uma razão para continuar cético, porque enquanto houver desigualdade, o mundo continuará enfermo e demorará muito tempo a curar-se.

No entanto, acredito nos especialistas, porque até ao dia de hoje, tudo têm feito para salvar a humanidade desta praga.

Exposto o meu ponto de vista, vou procurar continuar a ser otimista e acreditar que esta enfermidade, vai ser sanada com a colaboração de cientistas, governantes e populações.

Um abraço muito cordial da Diretoria e Administração do Jornal, fazendo votos para que o Ano 2022, inspire todas as nossas colaboradoras e colaboradores, a escrever para o Jornal O Vale do Neiva.

Bom ano 2022 para todos.

distribuição:

Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais desta publicação.

2

edição 92 • dezembro 2021

Jornal Vale do Neiva uma referência na região do Vale do Neiva

Apontamentos Históricos Boletim Autárquico de Durrães: parte X página 19

Cinema Os filmes futuristas Seis leituras para descobrir neste Natal

Mitos e lendas: Amor Eterno

Escuteiros do Senhor do Socorro apresentam livro comemorativo

página 14

página 9

página 16

página 20

Crónica Revolta de um reformado página 25

o pulsar da sociedade O serviço Nacional de Saúde

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

U

mas das conquistas mais icónicas da nossa democracia, foi a criação do Serviço Nacional de Saúde, concretizada pelo malogrado António Arnault em 1979, com o desiderato de potenciar um acesso tendencialmente gratuito, a toda a população, para que não haja qualquer tipo de entraves, a quem pretende tratar a sua patologia, usufruindo desse serviço, com o intuito de ser conveniente curado, seja na deteção da doença, seja no modo como é aplicado o tratamento e a sua vital prevenção.

Independentemente das lacunas, dos handicaps, e dos meios insuficientes, que por vezes o SNS, faz por candeias às avessas, os utentes que desesperam por um tratamento médico eficaz, pela minha parte não tenho

razão nenhuma de queixa, aliás atendendo às minhas comorbilidades anteriores, posso afirmar que neste preciso momento, tenho uma qualidade de vida, similar a um individuo saudável, graças á ciência, mas simultaneamente patenteado pelo empenho, sapiência e destreza dos profissionais do SNS. Para reforçar a premência do SNS, basta enaltecer as inúmeras valências, disponíveis nos diversos hospitais e com auxílio do recatado Centro de Saúde, fazendo valer a prestação indiscutível do Médico de família de índole panótico, fundamental e profilático no tratamento do seu paciente, como também as inexcedíveis e agitadas urgências, em que a intrepidez, agilidade e experiência empírica, dos profissionais do SNS, são cruciais para nocautear casos de gravidade inesperada.

Em termos de notoriedade, é visível o reconhecimento firmado pela OCDE, relativamente ao bom desempenho da Obstetrícia e comutativamente os índices de baixa mortalidade infantil, o cabaz de vacinação apetrechado que visa evitar

o aparecimento das doenças mais comuns e intrusivas até ao 1 ano de idade, na oncologia nos números bem-sucedidos, especialmente na resolução assertiva e imutável do cancro da mama e sua consequente taxa de sobrevivência em consonância com o dispositivo preventivo e evasivo, como também as matizes relacionadas com a transplantação dos órgãos rim e fígado, verificando se milhares de cirurgia por ano, que dão esperança e um novo folego a esses doentes.

Contudo é notório, quando chegamos ao Inverno, cai nos em cima como um anátema o vírus da gripe, ou somos abalroados por uma pandemia, de consequências trágicas e devastadoras, expondo as fragilidades do SNS, vendo se á nora para acudir a toda a gente, sentindo se por instantes no limiar da rutura. Vindo então á tona, o clamor indignado, contra a falta de médicos e de enfermeiros, o exíguo salário dos seus colaboradores, os parcos cuidados intensivos, as filas no serviço da urgência, o tempo de espera para consultas e cirurgias, as dividas aos fornecedores, que se cifram em 10% das despesas, numa mantra erosiva que implicitamente

inclina se para o vulgado desinvestimento no SNS. Como alternativa obviamente mais cara para a generalidade dos portugueses, surgem os nefandos serviços privados ou então os seguros de saúde, que são ótimos para quem tem dinheiro a rodos. Mas no que diz respeito aos hospitais privados, não podemos escamotear que eles visam o lucro, e que em situações melindrosas, arranjam manobras dilatórias, para sacar mais uns trocos.

No que se refere aos seguros de saúde às vezes é um engodo, os clientes acham que no pacote contratualizado está tudo contemplado, mas quando aparece algo inusitado, os seguros furtam se à responsabilidade, fugindo como o diabo na cruz.

Apesar das debilidades que se podem apontar ao SNS, devido às restrições orçamentais, mesmo assim é um garante e uma hipotética salvação, para atenuar a carestia dos mais pobres, nesse capítulo superiorizando se a países ricos como o EUA, que só tem a oferecer o negócio e a agiotagem, como contrapartida saudável. jornal

3

local » informação autárquica

Vila de Punhe

Reflorestação do Parque do Rexio por Adão Lima Autarquia de Vila de Punhe

O

dia dedicado à floresta Autóctone é o dia 23 de novembro e tem como um dos objetivos promover ações de sementeira e plantação de árvores indígenas.

Há 103 árvores autóctones e destas dez estão no limiar da extinção, como seja o teixo, pois já só resistem poucos exemplares localizados nas serras da Estrela e do Gerês. É perante esta realidade que a realização de iniciativas de sensibilização para a sua preservação nunca peca por excesso.

A escola EB1 de Vila de Punhe, com a cooperação da Junta de Freguesia, no âmbito do seu projeto “Conhecer para valorizar - nós e a serra”, não se alheou à concretização de algumas das iniciativas associadas a este dia comemorativo. Assim, pela manhã, os alunos assistiram a uma palestra dirigida por uma das técnicas do CMIA – Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana do Castelo - com a abordagem ao tema floresta nativa. Seguiu-se a realização de uma

4

saída de campo até ao parque do Rexio, local público, onde procederam à plantação de 20 árvores com destaque para bétulas, medronheiros, pinheiros-mansos, azevinhos e castanheiros. É a participar neste tipo de iniciativas, de índole ambiental, e na concretização de projetos educacionais que os mais novos reconhecem a necessidade que há na preservação ambiental de forma a garantir a sustentabilidade dos recursos naturais para o nosso futuro.

edição 92 • dezembro 2021

local » informação autárquica

Antiga Azenha do Bonfim

Inauguração do forno comunitário por Adão Lima Autarquia de Vila de Punhe

N

o dia 1 de dezembro de 2021, pelas 16 horas, foi inaugurado um Forno Comunitário, no lugar de Arques, freguesia de Vila de Punhe.

A cerimónia contou com a presença de todo o executivo camarário, da Junta Freguesia, do Presidente e membros da Assembleia e de muito público.

Após as Cantadeiras do Vale do Neiva terem entoado duas cantigas tradicionais, o Pe Meira, coadjuvado pelo Monsenhor Caldas, procedeu à bênção das instalações.

De seguida, o senhor presidente da Junta, depois de agradecer a presença do público em geral, frisou todo o processo de aquisição deste imóvel, relevando o gesto altruísta do casal, D. Maria de Jesus da Silva Ribeiro e Sr. Joaquim Franco da Costa, por ter cedido o edifício da antiga azenha do Bonfim à Autarquia.

Efetuado um breve estudo às condições existentes do edifício depressa se percebeu que não era viável o seu refuncionamento como moagem, pelo que a autarquia entendeu alterar-lhe o seu antigo uso e transformá-lo num espaço de convívio com a criação de um forno comunitário, onde será possível cozer o pão em forno de lenha.

A recuperação deste edifício e a requalificação de todo o seu espaço envolvente, Parque da Azenha, aumentou a atractividade da

freguesia e firmou-se numa mais-valia para o registo da nossa memória histórica/etnográfica e para que o turista/visitante disponha de mais elementos patrimoniais para compreender melhor o nosso território.

Agradeceu, ainda, a todos os intervenientes que reconheceram nesta autarquia a vontade e o engenho de concretizar este trabalho, em especial aos funcionários da Junta, ao Sr. Anselmo Ribeiro, a oferta das pedras do forno, e ao Sr. António Miranda, a pedra da lareira.

Na sua intervenção, o senhor Presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, enalteceu a execução desta obra assim como a sensibilidade que o executivo da Junta de Freguesia tem demonstrado na recuperação

e manutenção do seu património histórico e cultural.

No final, em ambiente de confraternização, foi servido a todos os presentes um lanche com broas e “bolas com chouriço e/ou entremeadas de carne”, confecio-

nadas, no referido forno, por Bruno Guimarães, secretário da Junta.

Futuramente, elaborado o respetivo regulamento, as instalações estarão à disposição de quem as pretender utilizar. jornal

5

local » tregosa em festa

Eucaristia na Igreja Matriz e bênção do Centro Pastoral

por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

N

o dia 8 de dezembro, mês da Imaculada Conceição, os Tregosenses viveram momentos de grande alegria. O primeiro momento centrou-se na Igreja paroquial totalmente renovada e atraente, revelando bom gosto no que diz respeito ao sagrado. O segundo momento tem a ver com o Centro Pastoral, um edifício edificado de raiz com linhas modernas e atraentes. Uma particularidade neste centro é a facilidade com que se converte o seu interior, ou seja, podemos rapidamente dimensionar o espaço interior conforme as necessidades permitindo em simultâneo a realização de várias atividades. Também faz parte desta unidade uma sala de convívio/bar e instalações sanitárias. Na envolvente exterior, há harmonia entre a paisagem e os materiais uti-

6

lizados. Frente ao edifício, existe um espelho de água como elemento inspirador da natureza e da vida.

Estiveram presentes nas cerimónias as seguintes autoridades: Sua Ex.ª Reverendíssima Dom Nuno Almeida, Bispo de Braga, Pe. Manuel Brito, Pároco da freguesia de Tregosa, Ex.mo Sr. Mário Constantino, Presidente do Município de Barcelos, Ex.mo Sr. Nuno Oliveira, Secretário da Presidência do Município de Barcelos.

Autoridades Locais: Ex.mo Sr. Rogério Barreto, Presidente da Assembleia de Freguesia, Ex.mo Sr. José Dias, Presidente da Junta de Freguesia, Ex.mo Sr. Joaquim Ferros, e a Ex.ma Sra. Andreia Castro, Secretário e Tesoureiro da Autarquia.

Tregosa merece e bem hajam os impulsionadores deste maravilhoso projeto.

edição 92 • dezembro 2021

saúde » cuide do seu natal

Como viver um Natal mais saudável?

por Ana Sofia Portela enf.anasofia@gmail.com Enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária USF Aqueduto – ACES Vila do Conde/Póvoa do Varzim

O

Natal é tempo de celebração e um momento importante para o convívio prolongado em volta da mesa. Rabanadas, sonhos, perú recheado, arroz doce, cabrito assado, aletria,… são muitas das tentações que nos aparecem na época natalícia. Não comer está fora de questão!

Os dias de Natal são caracterizados por uma elevada ingestão de gordura, desde o bacalhau bem regado com azeite, passando pelos assados com gordura, até

às sobremesas doces onde os fritos abundam. Assim, é também um tempo importante de reflexão sobre o papel da alimentação e sobre a relação do consumo excessivo com a saúde, que nos preocupa cada vez mais!

Sabe-se que muitas das causas de doença e de morte têm relação direta com a alimentação, sobretudo com o excesso de sal, mas também o excesso de calorias, as gorduras de fabrico industrial e o açúcar.

Mas festa pode e deve rimar com sabor e saúde!

Por isso, apesar de ser uma épocas de excessos, pode-se também ter em atenção pequenos aspetos que podem minimizar os seus efeitos mais nefastos. Assim, proponho algumas dicas para um Natal mais Saudável: ●● Procure confeccionar em casa a grande maioria dos pratos/doces da sua Ceia (pode assim reduzir/ substituir alguns ingredien-

tes e/ou ajustar os métodos culinários, com o objectivo de melhorar a composição nutricional da receita); ●● Faça uma lista dos pratos/doces que vai confeccionar com a respectiva lista de ingredientes. Assim poderá comprar apenas aquilo que necessita e não outros alimentos que poderá dispensar; ●● Faça as compras com antecedência para poder escolher calmamente os alimentos e aproveitar as promoções de Natal; ●● Consulte os rótulos das embalagens e paralelamente compare preços entre produtos idênticos para escolher os alimentos mais saudáveis e mais económicos; ●● Confeccione as quantidades estritamente necessárias para a Ceia de Natal e para o almoço de 25 de dezembro; ●● Tenha em atenção também ao que se bebe,

invente até novas bebidas como infusões e sumos, podendo até apostar na decoração destas, tornando-as mais apelativas; ●● Reserve um momento da véspera de Natal e do Dia de Natal para uma caminhada em família ou um passeio de bicicleta e tente prolongar por mais alguns dias este hábito; ●● Aposte também na sua saúde mental, procure atividades lúdicas para fazer em casa e em família e assim não estar só à volta da mesa, recrie passatempos como o jogo do pião, xadrez ou cartas, ou até cante, declame poemas ou recrie peças de teatro.

O Natal deve ser época de muita felicidade, e se colocar em prática estas pequenas dicas, esta felicidade ainda será maior e a sua saúde receberá o melhor presente!

Cuide do seu Natal! Boas Festas!

jornal

7

local » vila de barroselas

34º Aniversário da Elevação de Barroselas a Vila e Homenagem aos Barroselenses de Mérito

por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

N

o passado dia 18 de dezembro pelas 14h30, realizou-se no Salão Nobre da Junta de Barroselas, a cerimónia comemorativa do 34º aniversário da Elevação de Barroselas a Vila e Homenagem aos Barroselenses de Mérito.

Entidades presentes pela Câmara Municipal de Viana: ●● Ex. mo Sr. Presidente, Luís Nobre ●● Ex. mo Sr. Vice-Presidente, Manuel Vitorino Entidades presentes pela Autarquia Barroselas/Carvoeiro: ●● Ex. mo Sr. Presidente da

Junta, Rui Sousa ●● Ex. ma Sra. Natália Fer-

reira, Secretária do executivo e moderadora da Cerimónia. ●● Ex. mo Sr. Presidente da Assembleia, Maurício Queiroz e respetivos Secretários, Ex. mo Sr. Nuno Peixoto e Ex. ma Sra Lúcia Monteiro.

Publicidade

8

edição 92 • dezembro 2021

Barroselenses Homenageados: ●● Sr. David Silva, Músico clarinetista ●● Sra Fernanda Costa, ex-Elemento da Associação Sénior (Falecida) ●● Sr. Francisco Campos, ex-Professor (Falecido) ●● Sra Palmira Martins, (Escutista) ●● Sr. Manuel Portela, ex Regente da Banda Velha (Falecido)

●● Sr. Victor Lemos, ex-Pre-

sidente da Junta e ex-Vice-Presidente da Câmara Municipal de Viana.

A Autarquia Barroselense procura homenagear os feitos e obras dos seus antepassados bem como os que ainda continuam a contribuir para o desenvolvimento desta Vila à beira Neiva plantada.

conhecimento » mitos e lendas

Amor Eterno

por Fernando Fernandes fjfernandes1975@gmail.com

«R

eza a lenda que os apaixonados vão olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final» No século XIV existiu uma história de amor, ou assim presumimos, cuja lenda perdura até aos nossos dias.

A 24 de Agosto de 1339, na Sé de Lisboa, o herdeiro do trono Português, o Infante D. Pedro I casa com Constança Manuel, filha do neto do Rei de Castela. Porém, o verdadeiro amor de D. Pedro seria por uma das aias de D. Constança e que representa um dos expoentes máximos a nível do sentimentalismo amoroso da história de Portugal. Seu nome: Inês de Castro. Esta notória e tórrida demonstração de amor por parte ambos, começou a ser mal vista por parte do povo e, sobretudo, por parte da corte muito por medo da influência Castelhana que poderia ser exercida sob D. Pedro. Como tal, passaram a encontrar-se longe dos olhares de todos na antiga vila do Jarmelo na Guarda.

Olhando aos interesses do seu reino e sob a alçada da moralidade, D. Afonso IV desaprovava completamente esta relação ao ponto de em 1344 mandar exilar Inês no Castelo de Albuquerque na fronteira Castelhana. Quando em outubro de 1345 D.

Constança morre ao dar à luz o futuro monarca, D. Fernando I, D. Pedro indo contra a vontade de seu pai, manda regressar Inês do exílio unindo-se a ela em definitivo. Começava a desavença entre pai e filho que culminaria de forma trágica. Com os nascimentos dos filhos de ambos, João, Dinis e Beatriz, começaram a circular rumores que os Castro conspiravam contra o Infante D. Fernando a fim de que um dos bastardos pudesse assumir o trono.

Totalmente infundados e fomentados por uma corte cheia de pérfidos fidalgos.

Após a subida ao trono de D. Fernando Pedro e Inês decidiram morar no norte de Portugal.

Os anos foram passando até que decidiram voltar a Coimbra, instalando-se no Paço de Santa Clara. Foi a vez de mais um boato circular, mas desta

vez, posteriormente confirmado por D. Pedro, na declaração de Cantanhede de que haviam casado em segredo. Contudo, este rumor seria algo inaceitável na corte e pouco demorou para que os fidalgos começassem a pressionar o Rei para pôr fim a esta má influência do seu herdeiro. Foi decidido em conselho que Inês deveria morrer. A 7 de Janeiro de 1355, aproveitando a ausência de Pedro, o rei foi com Pero Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco a Santa Clara para executarem Inês. Após tomar conhecimento da mesma, Pedro revoltou-se contra o rei nos meses seguintes e apenas a intervenção da rainha D. Beatriz conseguiu por fim à contenda. Com a sua elevação a rei em 1357, Pedro escreve a Declaração de Cantanhede em que legitima os seus filhos fazendo a confissão de se ter casado

com Inês em Bragança em 1354. De seguida, iniciou uma feroz perseguição aos assassinos da sua mulher que haviam fugido para Castelo e mandou arrasar a vila de Jarmelo. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram executados em Santarém. Reza a história que o coração de um foi arrancado pelo peito e o do outro pelas costas enquanto Pedro observava.

Diogo Lopes Pacheco, fugiu para França e seria perdoado pelo rei no seu leito da morte.

Todos nós já imaginamos a macabra e mais famosa cena desta história em que o rei obriga todos a beijarem a mão do cadáver de Inês de Castro sentada no trono como rainha de Portugal.

Ambos repousam nos seus belos túmulos no belíssimo Mosteiro de Alcobaça onde olham um para o outro eternamente.

jornal

9

crónica » o vegetarianismo

“To be or not to be” vegetariano(a)

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

A

proposta de artigo de hoje prende-se com a partilha de conhecimentos quando se opta por um regime vegetariano. O primeiro passo, após tomar a decisão, é pedir acompanhamento médico, que lhe dirá se pode ou não seguir essa opção. O segundo é escolher o modelo que mais e melhor se adequada a si.

Em particular, e por questões de oncologia na família, segui o regime da blood diet¸ ou seja, sugere uma opção alimentar em função do nosso tipo de sangue (o que absorve ou não) e que é muito feita à medida (taylor made) de cada. No meu modelo, e como sou do tipo A, a tradução mais directa, para o comum dos mortais, é ser vegetariano (retirar tudo o que são carnes no meu regime alimentar). Quando fui mais jovem, admito ter sido um pouco mais radical e retirei também os peixes mas agora, para fazer acompanhamento familiar a uma pessoa de alguma idade, retomei alguns peixes. Mas a minha primeira opção pessoal é sempre ser vegetariano. Agora, com isto, deixo alguns alertas que partilho aqui.

Para escrever este artigo suportei-me numa publicação da nutricionista Sandra Gomes Silva com o livro intitulado “Como evitar os dé-

fices nutricionais numa dieta de base vegetal”, edição de 2018. A autora também faz trabalhos para a Direção-Geral de Saúde (publicações em coautoria sobre introduzir menus vegetarianos e opções no universo escolar). Posto esta introdução, fica a partilha do conhecimento, começando com as proteínas.

Estas são facilmente obtidas nos alimentos de origem vegetal, sendo importante para a manutenção dos músculos e ossos, com função estrutural, bioquímica e imunológica para o bom funcionamento do organismo. Os aminoáci-

As proteínas vegetais são mais digestivas que as de origem animal e são fontes as leguminosas (feijão, grão, ervilha, lentilhas, favas e tremoços), cereais integrais (arroz, trigo, aveia, cevadinha, millet, milho, etc.), frutos gordos (aqui o cuidado com o fígado, no caso das nozes, amêndoas, amendoins, avelãs, cajus, etc.), algumas sementes (sésamo, girassol, linhaça, abóbora, entre outras) e derivados como a soja e o tofu. dos são os constituintes das proteínas e é de realçar que todos os alimentos de origem vegetal que contêm proteínas contêm todos os aminoácidos essenciais, no entanto, a quantidade é que é indivi-

10 edição 92 • dezembro 2021

dualizada (daí o cuidado).

Segundo a autora, a regra é manter uma dieta variada, considerando alimentos ricos em proteínas, ao longo do dia, o que permite atingir, facilmente, as necessidades necessárias, quer de proteínas quer de aminoácidos (fica o alerta para as crianças). As proteínas vegetais são mais digestivas que as de

origem animal e são fontes as leguminosas (feijão, grão, ervilha, lentilhas, favas e tremoços), cereais integrais (arroz, trigo, aveia, cevadinha, millet, milho, etc.), frutos gordos (aqui o cuidado com o fígado, no caso das nozes, amêndoas, amendoins, avelãs, cajus, etc.), algumas sementes (sésamo, girassol, linhaça, abóbora, entre ou-

crónica » o vegetarianismo

tras) e derivados como a soja e o tofu. Outra preocupação são os ómegas 3 e 6, considerados como essenciais, pois o organismo não produz. No caso do ómega 3, este está associado com o combate de doenças cardiovasculares, depressão, envelhecimento, doenças inflamatórias e autoimunes. Consumindo diariamente sementes de linhaça moída, conseguimos obter o ómega necessário, sendo que uma colher de sopa contém 4,3 gramas e 1 colhe de chá 2,7 gramas de óleo de linhaça (a linhaça tem uma boa quantidade de ómega 3 e excelente rácio ómega 6 e 3; igual com algas, sementes de chia, cânhamos, nozes e beldroegas). Já a questão da falta de ferro, nos vegetarianos, é o mais comum, logo a seguir à preocupação da proteína. Para tal existem vários alimentos de origem vegetal, ricos em ferro, com várias formas de potenciar a absorção. A autora refere que o ferro serve para produção de energia, sendo importante na formação das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), na defesa da imunidade e na síntese do ADN. A forma de contornar alguma carência é consumir alimentos ricos em ferro, como (algumas) leguminosas, cereais integrais, legumes de folha verde escura,

sementes, frutos gordos, tofu, ingerir alimentos com vitamina C (citrinos e frutas diversas, legumes) e consumir germinados (cereais, sementes ou leguminosas). A outro nível encontra-se o cálcio, desempenhando funções em termos da mineralização dos ossos e dentes, da contração muscular, na função nervosa e na coagulação do sangue.

A autora refere que as recomendações apontam para que seja necessário ingerir entre 1000 a 1200 mg de cálcio diariamente, nos adultos, sendo possível obter nos legumes de folha verde escura (couve e brócolos, espinafres, acelgas, folhas de beterraba e ruibarbo) e leguminosas (feijão, grão, ervilhas, lentilhas, favas e tremoços), sementes (sésamo, chia e linhaça), frutos gordos, (amêndoas e avelãs), figos secos e cereais de pequeno-almoço fortificados.

Níveis adequados de cálcio, vitamina D e K, fósforo e potássio, associado à actividade física de impacto. Quanto ao zinco, a autora alerta que quem tem uma alimentação de base vegetal tem necessidade de aumentar em 50% o consumo de zinco, face a quem não é vegetariano, devido à presença de fitatos nos produtos de origem vegetal, que comprometem a absorção do zinco. O zinco tem pa-

pel fundamental para muitas enzimas, no crescimento celular e no sistema imunitário.

Já o iodo é um oligoelemento fundamental à vida, necessário ao bom funcionamento do organismo. É essencial para as hormonas da tiroide, sendo também necessário para o coração, fígado, rins e ovários.

Uma vez que não é sintetizado pelo organismo, este deve ser obtido por via do consumo de algas e sal iodado. Por fim, a vitamina B12, do complexo B, que não existe nos alimentos de origem vegetal, sendo necessário fazer o complemento. Existem alguns alimentos de origem vegetal que possuem análogos de vitamina B12, como é o caso da levedura de cerveja, kefir, miso e cerveja preta (entre outros), mas que não são o suficiente e sugere-se, mesmo, um suplemento de B12. Já a vitamina D é algo que conseguimos sintetizar, através da exposição solar, tendo um papel importante na regulação dos níveis de cálcio e fósforo, sendo essencial para a massa óssea.

Também participa na regulação do sistema imunitário, endócrino, muscular e cardiovascular. E fica a partilha.

jornal

11

crónica » ervas aromáticas

Ervas aromáticas “power”

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

A

proposta deste mês vem na linha do publicado na edição anterior, para reforçar a ideia dos benefícios “potenciais” das ervas aromáticas, sempre numa óptica de prevenção, por via de consumo regular, natural, saudável e equilibrada (não é medicamento).

Este trabalho apoia-se em textos que têm a chancela da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre “Ervas Aromáticas & Similares”, edição de 2014 e de 2015.

Segundo a autora dos

As ervas aromáticas, ou ervas-de-cheiro, devido à sua composição nutricional, são substituto do sal, ajudam a combater a diabetes e o colesterol, acrescentando sabor, aroma e cor à refeição. Uma nota de recomendação para consumo, no sentido de se manterem as propriedades, é para as mesmas serem, preferencialmente, adicionadas no fim da preparação do prato, uma vez que a maioria das suas propriedades é perdida com o calor.

12 edição 92 • dezembro 2021

textos da DGS, as ervas aromáticas, ou ervas-de-cheiro, devido à sua composição nutricional, são substituto do sal, ajudam a combater a diabetes e o colesterol, acrescentando sabor, aroma e cor à refeição (muito mais alegre). Uma nota de recomendação para consumo, no sentido de se manterem as propriedades, é para as mesmas serem, preferencialmente, adicionadas no fim da preparação do prato, uma vez que a maioria das suas propriedades é perdida com o calor. As ervas aromáticas são fornecedoras de proteínas, vitaminas (A, C e complexo B), minerais (cálcio, fósforo, sódio, potássio e ferro), fibras, componentes voláteis (óleos essenciais) e substâncias fitoquímicas (substâncias bioativas presentes nas plantas em pequenas quan-

tidades, que atuam como antioxidantes, bactericidas, antivírus, fitoesteróis e indutores ou inibidores de enzimas). Os textos referem estudos onde indicam que as substâncias fitoquímicas contribuem para a prevenção do aparecimento de cancro, funcionamento cardiovascular, reprodutivo e nervoso e, ainda, estimulando o sistema digestivo e potenciando o sistema imunitário. Muitas das ervas aromáticas são conhecidas como excelentes fontes de antioxidantes naturais e os compostos fenólicos são antioxidantes primários presentes, como por exemplo, no orégão, tomilho, manjerona, sálvia, manjericão, funcho, coentro. As características são: ●● Aipo, o seu óleo possui um aroma forte, sendo uma excelente fonte de vitaminas

crónica » ervas aromáticas

(A, B1, B2, B5, C, E), magnésio, potássio e ferro. Auxilia na digestão, indicado para situações de flatulência (gases), artrites, hipertensão arterial, colesterol, diabetes, funciona como diurético e possui propriedades anti-inflamatórias. ●● Alecrim, tem sabor doce e fresco, estimulando o funcionamento do fígado, facilita a digestão, combate o cansaço físico e mental e a depressão. Apresenta propriedades antioxidantes e ajuda na circulação sanguínea. Não deve ser utilizado em situações de diarreia. ●● Alho, em termos nutricionais, fornece vitaminas (B1, B2, C, provitamina A e E) e minerais (selénio, cálcio, iodo, sódio e ferro). Ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares com redução das concentrações séricas de LDL, triglicerídeos, redução da pressão arterial e inibição da agregação plaquetária. Evitar nos casos de úlcera gástrica, dispepsia, cistite, problemas de visão e epiderme (erupções cutâneas, eczema). ●● Cebola, ajuda na eliminação do colesterol LDL, eficaz nas situações de asma, diabetes, osteoporose, hipertensão arterial e arritmias cardíacas. Ajuda a dissolver coágulos sanguíneos,

dissolve cálculos renais e, consumida crua, é eficaz nas situações de tosse, bronquite, catarro, dor de garganta, melhora a voz, combate a rouquidão e ajuda em situações de obstipação. ●● Cebolinho é rico em vitaminas A e C, tem propriedades antioxidantes, ajuda na digestão e melhora a circulação sanguínea. ●● Coentro, as folhas frescas são ricas em ferro e vitamina C, possui quatro vezes mais caroteno do que a salsa e três vezes mais cálcio que esta. Melhora as secreções gástricas, propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas. Uma tisana destas folhas combate a fadiga e alguns tipos de enxaquecas. ●● Erva-cidreira possui propriedades antissépticas, actuando como calmante, indicada para problemas gástricos, dor de cabeça e depressão. ●● Estragão, auxilia no bom funcionamento do aparelho digestivo, ajuda a prevenir o aparecimento de doenças do coração e tem ação diurética. ●● Funcho, actua no aparelho digestivo, aumenta o peristaltismo e reduz a produção de gases. Favorece a secreção brônquica, removendo o excesso de muco do

aparelho respiratório. Os seus teores em sais de potássio conferem-lhe propriedades diuréticas. ●● Gengibre possui ação bactericida, contribuindo para o tratamento de gripe, tosse, alívio dos sintomas de gota, artrite, dores de cabeça, diminui a congestão nasal, cólicas menstruais, prevenção do cancro do intestino e do ovário. ●● Hortelã: as suas folhas fornecem vitaminas A, B, C e minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio). É uma erva descongestionante, a sua infusão é indicada no tratamento de gripe e evita situações de azia e má digestão. Auxilia no alívio de dores abdominais e dores musculares. ●● Louro é diurético, digestivo e evita a formação de gazes, auxilia no tratamento de hemorroidas e reumatismo. ●● Manjericão, as suas folhas que possuem óleos essenciais, vitaminas C e A, combate vómitos, cólicas intestinais e diarreias, actua sobre o aparelho urinário, activando os rins e aliviando o ardor à micção.

Alivia situações de tosse, bronquite, rouquidão, dores de garganta, ajuda a cicatrizar aftas. ●● Orégão, estimula as

funções gástricas e biliares, auxilia no tratamento de dispepsia, arrotos, enjoos, flatulências e estomatites. É diurético, expetorante e ameniza dores menstruais. ●● Poejo, usado contra a gripe, tosse, insónias, dores reumáticas, calmante, bronquite, asma. ●● Salsa, deve ser consumida crua pois contém vitaminas (A, e C), minerais (cálcio, ferro, magnésio, enxofre e potássio) e bioflavonoides. É diurética, combate a formação de gases, alivia os sintomas de bronquite, asma, cólicas menstruais, auxilia no tratamento de cálculos renais. ●● Sálvia, reduz flatulência, sendo anti-inflamatória e anticarcinogénica. ●● Segurelha, tem propriedades anti-sépticas, fungicidas, anti-diarreicas e anti-virais. É muito utilizada para combater inflamações das vias respiratórias, gases e cólicas, inflamações cutâneas (otites, estomatites, vaginites, queimaduras). ●● Tomilho, da sua composição nutricional destacam-se as vitaminas do complexo B, vitamina C e o magnésio, sendo digestivo, anti-inflamatório, expetorante (ajuda a limpar vias respiratórias).

Bom proveito.

jornal

13

crónica » literatura

Seis leituras para descobrir neste Natal

por Daniela Maciel dani18maciel@hotmail.com

D

ezembro é, por excelência, o mês ideal para ler histórias natalícias. Apresento-lhe um conjunto de 6 livros que poderá explorar durante esta época.

son e Lauren Myracle, é o livro ideal para o público mais jovem. O livro apresenta três contos, todos passados numa pequena cidade da Carolina do Norte, durante uma das maiores tempestades de neve dos últimos cinquenta anos.

Gostei imenso de como os autores interligaram as histórias e estruturaram contos leves, ternurentos e capazes de aquecer o coração dos leitores.

“Noite de Reis” Trisha Ashley 2012 “Quando a Neve Cai” John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle 2014

Quando a Neve Cai, de John Green, Maureen John-

Noite de Reis, de Trisha Ashley, conta-nos a história de Holly, uma conceituada chefe que, du-

14 edição 92 • dezembro 2021

rante o Inverno, toma conta de casas de pessoas que estão ausentes. Dado que não celebra o Natal desde o falecimento do seu marido, achou que iria ter uns dias sozinha para relaxar, enquanto tomava conta da casa de Jude Martland. Mas enganou-se, e rapidamente dá por si a cozinhar para os familiares de Jude e outros idosos da aldeia, que estão entusiasmados com o Natal. É um livro muito leve para ler e saborear junto à lareira durante a quadra

Eddie, um menino de doze anos, que há muito tempo sonha com uma bicicleta.

No entanto, sabe que vai ser difícil concretizar esse sonho, dado que a família se debate com problemas financeiros desde a morte do pai. Quando, na manhã mágica de Natal, recebe um embrulho com uma camisola, o menino enfurece-se e atira-a para um canto. Só mais tarde, enquanto adulto, Eddie vai compreender o valor simbólico daquela camisola que a mãe lhe tri-

“A Prenda de Natal” Glenn Beck 2010

“Um Casamento no Natal” James Patterson 2012

natalícia.

A Prenda de Natal, de Glenn Beck, é a história de

cotou com tanto amor.

Um Casamento no Natal, de James Patterson e

crónica » literatura

Richard DiLallo, é uma história familiar. Gaby perdeu o marido há três anos e os seus quatro filhos seguiram rumos diferentes na vida.

O Natal aproxima-se, mas o maior motivo de celebração é o casamento de Gaby.

Só que este casamento está envolto num grande mistério, uma vez que Gaby não revela com quem vai casar.

Foi pedida em casamento por três homens e só no dia de Natal revelará qual deles escolheu. É um livro sobre relações familiares e a magia da época natalícia.

O Porquinho de Natal, de J. K. Rowling, fala-nos de Jack, um menino que adora o seu brinquedo preferido: o DuPoco, também conhecido por DP, que esteve ao seu lado nos bons e nos maus momentos. Po-

rém, na véspera de Natal, algo terrível acontece: o DP perde-se. Mas esta é a noite dos milagres, a noite em que até os brinquedos ganham vida. Jack, na companhia de outros brinquedos, vai embarcar numa grande aventura pela Terra

dos Perdidos.

Esta é uma história que fala sobre o amor de uma criança pelo seu brinquedo preferido e até onde está disposta a ir para encontrá-lo.

Um Cântico de Natal, de Charles Dickens, é um grande clássico da literatura. Nele conhecemos Ebenezer Scrooge, um homem avarento, egoísta e amargo, que odeia o Natal e vive exclusivamente para os negócios. Contudo, na véspera da quadra festiva, ele recebe a visita de três Espíritos do Natal — Passado, Presente e Futuro — que, através de uma valiosa lição, o farão compreender o verdadeiro espírito natalício.

Espero que alguma das minhas sugestões lhe tenha despertado curiosidade.

Qual destes livros se vai aventurar a ler na quadra natalícia?

“O Porquinho de Natal” J.K. Rowling 2021

“Um Cântico de Natal” Charles Dickens 2015

jornal

15

escutismo » apresentação de livro

Escuteiros do Senhor do Socorro apresentam livro comemorativo dos 50 anos de ininterrupta atividade naquela Paróquia

por Martinho Cerqueira macerq@gmail.com

No passado dia 26 de novembro os Escuteiros do Senhor do Socorro, Agrupamento N: 343 do C. N. E. fizeram a apresentação pública do seu livro comemorativo das bodas de ouro daquele Agrupamento, “50 anos a caminhar, Memórias e Histórias”, na quinta da presa em Viana do Castelo, seguido de jantar com antigos e atuais elementos daquele Agrupamento, em ambiente de franco convívio inter-geracional.

Tendo nascido no início da década de setenta do século passado, dois anos após a fundação da paróquia experimental daquela comunidade, o Escutismo tem vindo desde então a ser pedra fundamental na consolidação desta paroquia, na senda do que dizia então o seu primeiro assistente e primeiro pároco Dr. Inácio Rocha, de que : “Esta paróquia só tem pernas para andar se efetivamente tiver uma grande adesão da juventude local”, eles seriam a garantia do futuro e, com eles a jovem paróquia expe-

rimental, seria mais tarde ou mais cedo uma paróquia efetiva e de pleno direito, como veio a acontecer anos mais tarde.

E assim desde sete de março de 1971 e até aos nossos dias se vem trabalhando ininterruptamente naquela parcela de território de Areosa e Monserrate, escuteiros e outros paroquianos meteram mãos à obra, primeiro na construção da capela, nascida de um bloco de quatro habitações destruídas por um incendio, depois trabalhando com as centenas de crianças e jovens aqui residentes, quer na catequese, quer na ocupação dos seus tempos livres, ao fim de semana e não só. Em simultâneo e passo a passo foram-se construindo as infraestruturas religiosas e sociais, igreja nova, infantário, centro de dia, centro da juventude, sede dos escuteiros. A semente então lançada vem germinando ano após ano nesta comunidade, sempre com alegre sorriso e numa disponibilidade louvável, transmitindo de geração em geração os valores da cidadania plena e solidária para todos, crianças, jovens e adultos que pelo 343 vêm passando, porque no Escutismo temos uma educação pelo compromisso, tendo em vista a promoção da qualidade de vida das comunidades onde se inserem.

16 edição 92 • dezembro 2021

O Programa Educativo do C.N.E. que abrange todas as secções (lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros) dá ênfase à educação para a cidadania, traduzida no Serviço ao Próximo em consonância com A lei e os princípios do Escutismo que procura estimular nas crianças e nos jovens a prática de ações que levem á aquisição de uma cultura de cidadania.

A Promessa do Escuta é um compromisso perante Deus e a Comunidade em que este se compromete a fazer os possíveis por observar a Lei e os Princípios que estão na génese do Movimento Escutista: “Prometo pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por: 1. Cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria.

2. Auxiliar o meu semelhante em todas as circunstâncias.

3. Obedecer à Lei do Escuta.

A Lei do Escuta compromete os rapazes e raparigas escuteiros/as, a serem cidadãos interventivos e uma referência positiva em sociedade.

1. A honra do escuta inspira confiança.

2. O Escuta é leal.

3. O Escuta é útil e pratica diariamente uma boa ação.

4. O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros escutas.

5. O Escuta é delicado e respeitador.

6. O Escuta protege as plantas e os animais.

7. O Escuta é obediente.

8. O Escuta tem sempre boa disposição de espírito.

9. O Escuta é sóbrio, económico e respeitador do bem alheio.

10. O Escuta é puro nos pensamentos, nas palavras e nas ações.

Os 3 Princípios do Escutismo complementam o que deve ser a nossa vivencia, não só como escuteiros, mas com cidadãos livres num país que todos queremos mais social e humano.

1. O Escuta orgulha-se da sua Fé e por ela orienta toda a sua vida.

2. O Escuta é filho de Portugal e bom cidadão.

3. O dever do Escuta começa em casa.

A importância do papel social do Escutismo tem sido reconhecida por diversas organizações nacionais e internacionais, como é exemplo a recente atribuição do Prémio Cidadão Europeu, pelo Parlamento Europeu, ao Corpo Nacional de Escutas.

Esta distinção é o reconhecimento público e internacional do Escutismo Católico, que na sua missão e objetivos procura desenvolver o sentido de cidadania ativa nas crianças e nos jovens, baseado na sua participação no desenvolvimento das suas comunidades locais, construindo nelas, um

escutismo » apresentação de livro

mundo melhor, a partir da sua ação local.

Na verdade, os Escuteiros, nas suas comunidades locais de que fazem parte os Agrupamentos, ou em ações levadas a cabo por organizações públicas ou privadas, são agentes voluntários ativos nesse esforço de desenvolvimento social.

Cientes da importância desta dimensão pedagógica e cívica, o Agrupamento 343 do Senhor do Socorro tem promovido ao longo dos seus 50 anos de ininterrupta atividade boas práticas de cidadania que é justo destacar em tempo de “Memórias e Histórias”. Essas práticas abrangem diversas áreas como a prevenção, a solidariedade, a segurança, o desporto e a cultura, que pelo seu significado e importância destacamos aquelas que realizamos ao longo dos últimos anos.

O canto das Janeiras, tradição milenária que serviu também para angariar verbas para a construção da igreja, mais tarde para a construção do Jardim Infantil e ainda mais tarde para construção da nossa sede. A queima do Judas, o Jantar dos Sós, a ceia de Natal, o Jantar dos Reis, a confeção dos tapetes na Senhora da Agonia, A participação em Procissões e cortejos em várias localidades, a meia-maratona Manuela Machado, o Primeiro Banho do Ano, em cada dia 1 de Janeiro ás 12h

na Praia Norte, os bailes de Carnaval e os Karaokes, a participação no Areosa Ativa e no S. João da Ponte Nova e S. Mamede, as participações na campanha da Luta contra o Cancro, no Banco Alimentar e nas organizadas pela Câmara Municipal, bem como a nossa especial colaboração com o Inatel, Olímpico Vianense, Associação Afifense de Atletismo, Rampinhas e tantos outros que já esquecemos…Mais recentemente e em plena crise pandémica Covid 19, participamos na Montagem do Hospital de Retaguarda, no Seminário Diocesano de Viana do Castelo, a pedido da Liga dos Amigos do Hospital, e mais tarde na sua desmontagem.

Na Comunidade do Senhor do Socorro pároco Escuteiros e Leigos cooperam de forma empenhada para que este espaço do território Diocesano, seja um espaço singular de comunhão, com a palavra de Deus, a celebração da Fé e a afirmação do compromisso Cristão.

Também as preocupações com o Meio Ambiente estão na génese e nos objetivos do movimento Escutista Mundial porque, “a vivência na natureza é uma marca do movimento, que considera os jovens agentes da mudança face à crise ambiental”. Esta preocupação também se inscreve nos objetivos pedagógicos do

343, desde a sua fundação.

Refira-se a este propósito a assinatura de um protocolo entre a direção do nosso Agrupamento e a Direção da comissão de Baldios de Areosa, que estabelece a concessão de um terreno na zona da Fonte da Louçã, serra de Santa Luzia, que nos tem permitido usufruir deste espaço privilegiado onde realizamos muitas das nossas atividades ao ar livre e em contacto com a natureza. Enfim, um sem número de atividades de Agrupamento ou com as populações e entidades oficiais.

Cinquenta anos na vida ininterrupta de uma organização, como é exemplo o Agrupamento 343 de CNE do Senhor do Socorro, contêm um sem número de memórias e testemunhos que é de toda a justiça preservar por isso se reservou neste livro comemorativo, um espaço para dar voz a essas vivências, convidando antigos e atuais escuteiros para estimulando a memória retratarem episódios vividos durante a sua infância, adolescência, juventude ou fase adulta. Daqui resultaram depoimentos interessantíssimos mesclados de sentimentos, emoções e valores que refletem bem a importância que o Escutismo teve e tem nos seus percursos de vida.

Porque do Passado e do Presente se Faz o Futuro, a retrospetiva da vida e da

ação do nosso agrupamento ao longo dos cinquenta anos da sua existência agora vertida em forma de livro para memória futura, procurou trazer a público aquilo que demais relevante aconteceu neste meio século de existência. Nesta caminhada pelo passado, onde merece especial destaque o relato intimista de memórias e histórias de quem viveu e vive a experiência do Escutismo no 343 como um estilo de vida. Convocar o passado só faz sentido como um exercício para avaliar o presente e projetar o futuro, no entendimento de que a finalidade do Escutismo é educar as gerações mais novas para os desafios que a sociedade lhes colocará, enquanto portadores de valores de cidadania, de vida eclesial e de sentido critico. O objetivo do 343, como por alturas do 25 aniversário dizíamos, é “formar homens e mulheres que sejam possuidores de três dons fundamentais: que saibam decidir por si próprios, cultivar o espírito de serviço ao próximo e cuidar da saúde e bem-estar.

Estes são os nossos tempos, no 343 tudo faremos para transmitir, testemunhar, partilhar e ter mãos solidarias com lobitos, exploradores, pioneiros caminheiros e chefes para a comunidade, e na sociedade durante os próximos cinquenta anos…assim Deus nos ajude. jornal

17

história » caminhos de ferro

Governo convida engenheiro francês Mr. Waltier (continuação do texto da edição anterior)

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

A

22 de Agosto de 1884, foi adjudicada a empreitada da segunda seção de via para a construção da parte do lanço do Caminho de Ferro de Sul e Sueste, compreendida entre Serpa e Pias com a extensão de 24, 491 metros.

De acordo com a portaria apresentada no dia 23 de junho de 1902, Sua Majestade El-Rei aprova a 30 do mesmo mês, o projeto do primeiro lanço da primeira secção da linha férrea de Portalegre, entre Estremoz e Sousel na extensão de 18.44,49 quilómetros.

Em cenário diferente dir-se-á que a 27 de novembro de 1902, foi emitido um decreto aprovado por Sua Majestade a Rainha Regente. Este decreto, emanado a 6 de outubro de 1898, veio corrigir o plano geral sobre vias férreas ao sul do Tejo.

Por consequência, nesse decreto foi integrado de interesse publico e prioritárias algumas linhas férreas.

As linhas em questão, são a linha do Vale do Sorraia e a de Extremoz a Portalegre. As mesmas, devem ser construídas em via reduzida – com bitola de um me-

Locotrator Drewry

tro -, dado ser um sistema de viação económico, bem como de inegável utilidade, e ainda, contemplar o interesse militar.

Dentro dos mesmos parâmetros é importante ainda assinalar, o valor acrescentado destas vias, dado existir pleno isolamento das povoações devido à viação ordinária se encontrar com grande atraso para satisfazer as necessidades.

Todavia, é importante e necessário considerar, serem investimentos de interesse financeiro tendo ainda em conta, que estas povoações se encontram carentes em resultado do manifesto progresso agrícola.

Dentro do mesmo denominador comum, acentua que a linha de Portalegre,

18 edição 92 • dezembro 2021

vai fortalecer de forma acentuada e a diversos níveis a cidade de Portalegre, designadamente a componente Cultural, Industrial e Agrícola.

Em contexto mais abrangente, Dom Carlos, “por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, fez saber a todos os nossos súbditos que as cortes gerais decretaram e nós queremos a lei seguinte”: Com o referido ofício, fica o Governo autorizado a adquirir material circulante e a mandar construir troços de “…linhas complementares do Estado “, “… classificadas por decreto de 15 de fevereiro de 1900 e 27 de novembro de 1902”.

“A construção é paga pelo fundo especial dos Caminhos de Ferro do Estado”:

●● Lanço da linha de Évora,

●● ●●

●● ●● ●●

●● ●● ●●

entre Estremoz e Vila Viçosa; Linha da Régua a Chaves e à fronteira; Linha do Sado, Setúbal a Garvão e seu ramal de Alvalade a Sines; Linha de Pocinho a Miranda; Linha de Ponte de Sor; Primeiro troço da linha do Tâmega, entre Livração e próximo de Cavez; Linha do Guadiana; Linha da Régua a Vila Franca das Naves; Linha da Circunvalação do Porto.

in Livro de Legislação de 1899 a 1904 dos Caminhos de Ferro do Estado, pág. 211 a 214

autarquia » apontamentos históricos

Durrães na vanguarda autárquica: parte X

Boletim Autárquico de Durrães

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

D

ivulga que o Dr. Fortunato de Almeida, sobre a decisão da igreja e da sua importância na organização da sociedade portuguesa: “…A cargo do clero ‘segundo a história da Igreja em Portugal’ ficaram as instituições de beneficência e caridade, a instrução pública, as artes e os melhoramentos materiais”.

O Sr. António Luís Pinheiro, salienta que mais tarde é que “… o poder civil aproveita aquela organização da antiga paróquia, para chegar ao que hoje conhecemos por instituições do Poder Local. Não será este pormenor inteiramente novidade para a

maior parte dos presentes, pois temos conhecimento direto, que até há cerca de trinta ou quarenta anos atrás, as atividades sociais e culturais mais marcantes das nossas aldeias, eram, quase exclusivamente de iniciativa da igreja”.

“Passados tantos séculos, sentimos hoje a mesma necessidade de reunião para defesa dos nossos interesses atuais, tentando acautelar o futuro dos nossos filhos. Sim, porque os Órgãos de Autarquia Local não têm outra missão, e se os nossos antecessores não tiveram oportunidade de nos deixar melhores condições sociais, saibamos aproveitar as que o desenvolvimento atual nos proporciona. Para que assim aconteça, é necessário que a população acompanhe as suas atividades, assistindo às reuniões, para direto conhecimento de todos os problemas e até para que os autarcas se sintam mais responsabilizados no desempenho das

suas funções”.

Sublinha de seguida que a população de Durrães pode “orgulhar-se da noção que tem do dever de paroquianos e de cidadãos. Se em relação à paróquia, sempre souberam assumir a sua responsabilidade e, com a orientação do Verº. Pároco, realizar grandes obras, atendendo aos seus parcos recursos económicos, como cidadãos têm mostrado o seu interesse na resolução dos problemas desta comunidade. E isto, no nosso entender é, na prática, a moderna definição de freguesia: o agregado de famílias que dentro do território municipal, desenvolve uma ação social comum por intermédio de órgãos próprios”.

A aderência da população de Durrães nas Assembleias de Freguesia, são manifestamente participativas no passado e no presente. Endereça também uma palavra de apreço - em termos de ho-

menagem -, aos elementos que constituíram a primeira Assembleia, dado saberem passar a mensagem no sentido da participação ativa da população nas Assembleias, para assim, ficarem completamente conscientes dos assuntos tratados.

Faz ainda alusão de quão importante é, toda a população inteirar-se das diferenças impostas por Lei, entre Assembleias de Freguesia e das Juntas de Freguesia. Adquiridos esses conhecimentos, facilita a condução e trabalho de umas e outras, minimizando cenas menos edificantes, bem como cada assunto seja tratado em sede própria, não se compreendendo “como poderá trabalhar com competência e zelo, uma junta que atue à total revelia da Assembleia”.

Este comunicado continua na próxima edição.

jornal

19

cinema » sugestão ao leitor

Os filmes futuristas

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

Se há aspeto, que para nós homens como seres conscientes, tem relativa importância, são as incidências que se perspetivam para o futuro, no que diz respeito às nossas expectativas de vida, conducente com as nossas realizações pessoais, seja em termos laborais, de afirmação na sociedade e na persecução e consolidação das nossas relações afetivas.

Claro que na órbita deste túmido interesse pelo futuro, existem graus, tonalidades e semânticas, que dão prioridade absoluta aos dias que se seguem e alguns ao contrário, com um condão orientado somente para o presente. No que se refere aqueles que dão mais relevo a esses intentos vindouros, estamos a identificar pessoas com uma idiossincrasia empreendedora, visionária e dinâmica, que arrazoam a entoação e concretização dos seus planos, e das iniciativas concludentes, visando solidificar as suas competências, aspirando a um futuro mais próspero, ao invés de outros, que porventura tem uma postura expectável, lassa ou focada no curto prazo, e que em face disso depositam um parco e exíguo entendimento no que toca aos condimentos que

Rod Taylor em A Máquina do Tempo (1960)

se elencam para o futuro.

Mas não obstante essa diferença percetiva entre sujeitos, a verdade é que ambos tem esse élan dependente, de fatores originados por decisões no âmbito do poder político, como também consignados por hipotéticas catástrofes de índole climatérica, por inovações científicas e avanços tecnológicos de monta, ou por súbita doença grave, que atinge irremediavelmente os indivíduos.

Tendo como pano de fundo, essa pertinência do futuro, para o ser humano, a sétima arte produziu filmes de grande alcance, na qual se verifica uma anuência á utopia, á ficção quimérica, e uma eloquente evolução da sociedade, indicando para esse fim, certos filmes que transmitem essa dimensão apocalíptica, bastante cativante para os seus seguidores e entusiastas.

A Máquina do Tempo (1960) é um filme de géne-

20 edição 92 • dezembro 2021

ro aventura transcendental, em que a história rege se ao ano de 1889, na qual a personagem central desta trama, George, um Cientista com cerca de trinta anos, que é detentor duma indiscutível fama no seio da comunidade científica de Londres, anda visivelmente obcecado com as volatilidades adjacentes á viragem do século. Não se revendo de todo, com as vicissitudes dos tempos hodiernos, nem vislumbrando nada que o motive e o estimule, George constrói uma imponente e indescritível máquina do tempo, fruto da sua erudição e respaldado pela sua pregnância e entusiamo, permitindo lhe postular o seu vulgado anseio, que é viajar através do futuro. Não perdendo mais tempo, entende experimentar esse aparelho, supinamente instalado no seu laboratório, visando uma etérea empreitada, num desafio de consequências desconhecidas e imprevisíveis.

Avançando aos poucos no tempo, observa as diferenças e uma ligeira imutabilidade ao seu redor, parando essa deslocação em 1917, resolvendo dar uma volta pelas redondezas, dando de caras com um sujeito, que julgava tratar se do seu melhor amigo, David Filby, mas por equívoco era o filho deste James Filby, contando a George, que o Pai já faleceu, deixando George conformado com o epílogo.

De regresso á sua máquina e ainda mais azougado com os eventos predestinais do futuro, George chega até ao ano de 1940, no epicentro da segunda guerra mundial, restando se atónito com ataques aéreos em massa á população que foge aflita, enfiando se entretanto num ápice na sua máquina, manobrando o seu equipamento em direção ao ano 1966, onde insolitamente decorre uma enorme explosão á sua volta, com matéria tipo lava a expelir por todos os lados,

cinema » sugestão ao leitor

por Américo Manuel Santos americosantos1927@gmail.com

POEMA

Tom Cruise em Relatório Minoritário (2002)

notando se momentaneamente atrapalhado, ativa o manipulo do seu veiculo, de forma abrupta, derrapando de modo colossal no tempo, numa cifra imaginável de 800 mil anos, conjeturado num futuro longínquo, com remotos sinais de vida terrestre. Meio zonzo, com esta expoente movimentação de espaço, repara que a sua terra agora é uma zona verde, de calibre deslumbrante, onde habitam uns jovens de feições bucólicas que vivem aparentemente de maneira celestial, conhecidos por Elois, com um traço de personalidade frígido e completamente dominados por uma espécie de Minotauros subterrâneos, os Morlocks, que os degolam vivos, quando lhes apetece.

Ao aperceber se que a sua máquina desapareceu, por causa dos Morlocks, George não tem outro remédio, senão defrontar com bravura e intrepidez, estes seres horrendos e ignominiosos.

A.I Inteligência Artificial (2001) é um filme tipo ficção científica, que de certo modo já procrastinava o que se passa hoje em dia, com a asserção da inteligência artificial nos domínios das várias instâncias organizativas, aventando

um novo modelo, com base num cérebro simulado através de um software, constituído por dados sensoriais e ancorado por um valor cognitivo desenhado para as diversas conveniências, com capacidade para raciocinar, assimilar novos conceitos e padrões, decidir e solucionar problemas complexos, tentando vir ao encontro das necessidades do homem. No caso concreto deste filme futurista, esse ethos está consideravelmente ramificado, denotando se uma pletora de homens máquinas, para múltiplas finalidades, com o intuito de servir o ser humano, produzidos em massa e em segmentos estipulados, por empresas conceituadas do ramo, vulgo á famigerada Cybertronics.

Ao forjar um novo protótipo, baseado num robô criança de cariz ternurento, destinado a casais que não lograram ter filhos, a Cybertronics concebe um primoroso exemplar, ao qual apelida de David, fornecendo com pompa e estandarte, a Henry, um homem visivelmente carecido, devido ao estado vegetativo e insolúvel do seu único filho, e com isso adquirindo o android, para atenuar

DEZEMBRO Eu Sou Eu sou o poeta triste Que vive na solidão Eu sou o que só existe Nos versos de uma canção Eu sou o corpo deformado Neste corpo que é prisão Sempre lido, nunca amado Nunca amado com paixão Poeta de coração partido Com uma lágrima na face Pela dor de não ter vivido Por não ter quem o amasse

esse sofrimento que se abateu no seio familiar. Ao apresentar a coqueluche, á sua mulher Monica esta fica estupefacta e renitente com a inusitada substituição, que Henry trouxe para colmatar a ausência do filho progénito, mas apesar disso lentamente Monica vai se adaptando e sintonizando se aprazivelmente ao android David, especialmente dotado para agradar o bisonho casal.

Todavia, o surpreendente regresso do filho do casal, que de modo inopinado recuperou de um diagnóstico atroz, vai despoletar um

incidente com David, que quase elidia a vida do verdadeiro filho, originado por um descontrole agudo do sistema tecnológico de David. Indignados com o episódio rocambolesco, o casal opta por livrar se de David, abandonando o na floresta, para evidente choque deste e a obsidia capitular de Mónica. Literalmente prostrado com esta dura constatação, David percorre a penumbra da floresta, reparando de maneira inaudita para uma turba multa de robôs deteriorados, que no meio do lixo, procuram peças compatíveis com a jornal

21

cinema » sugestão ao leitor

sua imagem. Nesse instante acha o robô Joe, com uma compleição de sexy símbolo, predestinado a encantar os desejos eróticos do feminismo, ficando este com dó de David, enveredando pela sua proteção. David muito focado no seu desiderato, que é o amor infinito pela sua mãe humana Monica, implora a ajuda de Joe, para que este o gize através de um percurso providencial, com a ânsia de se proporcionar um cotejo divinal e purificador, com a sua mãe.

Relatório Minoritário (2002): este filme ao assentar num padrão fantasioso, nas entrelinhas se coaduna em parte, com aquelas pessoas estranhas e bizarras, que entoam premonições e presságios, acerca de acontecimentos futuros, fazendo soar a nossa incredulidade, sobre as capacidades sobrenaturais e intrínsecas, que elas personificam. A narrativa ao situar se no descomunal ano de 2054, é inequívoco que os fenómenos científicos progrediram com uma descarte estupenda e intrusiva, conseguindo erradicar totalmente, a prevalência de crimes por assassinato, devido á criação de um departamento denominado “Pré-Crime”,

que utiliza três seres vivos mutantes com dons indescritíveis, que preveem o futuro, logrando observar o homicídio, horas antes do eminente delito, e com isso dando dicas aos seus agentes, para no cair do pano, travarem a sua concretização. Esses seres oraculares batizados de “Precogs”, advém de crianças prodigiosas, pormenorizadamente depuradas em laboratório, tendo como pedra de toque, o elemento Agatha, a peça fundamental desse processo, imprescindível para a eficácia do sistema.

Um desses agentes do Pré Crime, rotulado como o mais destemido e reputado, é John Anderton, que tem como handicap, o relapso consumista de drogas.

Porém num inóspito dia, é destacado para acompanhar o decurso das visões profiláticas dos “Precogs”, só que para sua estupefação e petrificação, repara diante das foscas imagens, que ele próprio é o putativo criminoso, que tenciona matar um individuo chamado Leo Crow, nos próximos dias. Ainda atónito com essa incrível revelação, este foge a sete pés, porém logo achado, pelos outros agentes, derivado á

Publicidade

22 edição 92 • dezembro 2021

Haley Joel Osment e Frances O’Connor em A.I. Inteligência Artificial (2001)

exequibilidade dos postos de vigilâncias eletrónicos, existentes nos vários locais de passagem. Mesmo assim, no limiar de ser capturado por os Ex comparsas, Anderton desembaraça se destes, com uma pujança sem paralelo, deixando de candeias às avessas os seus perseguidores.

Sempre com uma postura agitada, Anderton descobre que as prerrogativas do Pré Crime, às vezes vacila com a divergência entre os Três “Precogs”, resultando num relatório minoritário, sub-repticiamente oculto, para que não se note as imperfeições do sintagma policial.

Ao raptar Agatha, para

Publicidade

tentar perceber aquela previsão que o brindou como um hipotético criminoso, ao chegar ao sítio onde se especulava a realização do sinistro, Anderton dá se conta que foi alvo de uma armadilha, para propositadamente pensar que o Leo Crow matou o seu filho, á uns anos atrás. Certificando se dessa marosca, vem á tona a morte de Ann Lively, mãe de Agatha, que Anderton investigou, e ao qual esses meandros se compadecem com o elo nevrálgico desta conspiração.

2067 (2020): este arrepiante filme de ficção científica, compaginado por um adrede terrível e des-

cinema » sugestão ao leitor

Kodi Smit-McPhee em 2067 (2020)

truidor, enfatiza o que pode acontecer ao nosso planeta, já numa fase terminal, caso não haja a breve trecho uma redução drástica da emissão dos gases poluentes, designadamente os do efeito de estufa e do carbono, que são rechaçados para a atmosfera. A despeito desta história o filme remonta até ao ano 2067, com o planeta Terra á beira do cataclismo, cavalgando com uma onda de calor agonizante, acicatando os inevitáveis incêndios e inundações devastadoras, a tétrica desflorestação e a vegetação em vias de extinção, o racionamento dos bens alimentícios em níveis deploráveis e desesperantes, e o oxigénio proveniente do ar, nos limites da sua erosão absoluta.

Quando o mundo está praticamente todo em autêntico colapso, só uma cidade na Austrália vai sobrevi-

vendo á custa de um tíbio oxigénio fabricado á base de um composto sintético, pela empresa Chronicorp.

Com uma estrutura sedimentada e na vanguarda da inovação e em tecnologia de ponta, a Chronicorp alberga nas suas fileiras os cientistas mais ilustres, que com esses dotes, concebem a Chroniche, uma máquina capaz de menear e estabelecer contactos com o futuro, suportando uma imensa décalage temporal de 400 anos. Com o objetivo de salvar o planeta num último sopro, a coordenadora deste projeto, requisita o jovem e auspicioso operário Ethan White, com o escopo do enviar através da Chroniche, para o futuro, com a ínfima e ilusória possibilidade de se arranjar uma cura, para o moribundo planeta Terra, após o futuro ter perorado a missiva

de Ethan, graças às funções abissais da Chroniche.

Aceitando o repto, Ethan viaja municiado numa trajetória fulminante e assustadora, através do tempo, sendo impelido para uma floresta imbuída de uma densa vegetação, supostamente em 2467, mas não verificando vivalma á sua volta, mais á frente depara

com um esqueleto assassinado, que no braço tem uma identificação alusiva ao seu nome. Completamente siderado com o pronuncio da sua hipotética morte, Ethan desmorona mentalmente, inquieto com o passado e o presente, tornando a sua missão, mais espinhosa e perto de um rotundo debacle.

Publicidade

jornal

23

religião » biografia

Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto Rocha

por Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

M

aria da Conceição a “Serva de Deus”, nasceu fruto do transcendente amor, com ele viveu, com ele doou e com ele morreu fisicamente. Em suma: Progressivamente alcançou mais e mais amor, e com amor livremente o distribuir em benefício da humanidade.

Por isso, creio na essência, não ser demais identificar Maria da Conceição Pinto da Rocha como “Serva de Deus”: Deus, ao coloca-la no mundo, ofereceu-lhe como progenitores Herculano da Rocha e Olímpia Pinto, sendo o quinto filho de um total de nove, ou seja, como nasceu – virtuosa, também foi - no centro entre quatro irmãos mais velhos e quatro mais novos de um casal a residir na freguesia de Nossa Senhora de Monserrate, na cidade de Viana do Castelo.

Família de raízes humildes, simples, trabalhadora e Religiosa. Dentro desses parâmetros, com absolutas certezas deduzir-se-á constituírem uma família responsável, zelosa, respeitosa e com humildade vivia em paz, em comunhão com Deus e com o ser humano, em suma: em sintonia com a vontade de Deus. É também visível que o

atingível equilíbrio humano, gerou doseadas – e engrandecidas - relações, as quais, posteriormente registadas nos nobres valores religiosos.

Sua zelosa e protetora mãe, a todos os filhos ministrou ensinamentos de encontro ao respeito, obediência e amor, portanto, a “Serva de Deus” foi uma criança normal, tendo como é óbvio algumas traquinices próprias da meninice.

A primeira comunhão, foi preparada em família, e sucedeu a 29 de junho de 1901 com 11 anos de idade na igreja Paroquial de – Barroselas - Capareiros. Destaca que foi dia de acrescida felicidade e que só haverá outro igual, quando “entrar na posse eterna do meu Deus”.

A racional família, ao reunir as suprarreferidas características no aconchegante lar, promoveu-lhe uma profunda estabilidade emocional e espiritual, dado convergir no propósito de Deus.

Será importante recordar, – o narrado no livro “Semente Escondida” do Sr. Pe. Dário Pedroso, S.J. - aquando em recolhimento e ações de graças sobre a primeira comunhão: “Estou ainda a ver o lugar onde me ajoelhei com minha mãe, frente ao lindo altar de Nossa Senhora, pedindo bênçãos, amor e proteção, para todos os demais. Minha santa mãe de fé viva, com lágrimas de amor, pedia-lhe para que eu fosse uma santa. Pediu comigo ao amor da Mãe Imaculada que me tomasse debaixo da sua proteção e me fizesse boa”.

24 edição 92 • dezembro 2021

O espinhoso projeto comandado por Deus Pai e permitido pelo seu coração direcionado ao amor, exigiu redobrado esforço para separar o trigo do joio.

Publicidade

A finalizar, confesso pertinente revelar um sucinto conceito – para refletir - da “Serva de Deus”: “Fazei que o meu coração se alegre na cruz e no amor”.

crónica » revolta de um reformado

Revolta de um reformado

por Manuel Gomes Colaborador Convidado

Quero lá saber da porcaria da Troika, que são iguais aos desgovernastes deste Pais, que só impõem restrições financeiras, e cortes nas reformas e vencimentos dos funcionários públicos, quando são apelidados de técnicos, mas que nem sequer contas sabem fazer, são como o Gasparinho ministro das finanças, que faz tudo enganado. Previsões económicas e do desemprego erradas, e até o défice orçamental saíram errados. Ainda por cima vendem o meu País, aos Chineses, Angolanos e Franceses. Será que estes sabichões, que nada sabem e nem olhos na cara tem, para ver aquilo que um simples cidadão comum como eu, que não estudou economia, mas vê aquilo que eles não veem. Enquanto os governantes do meu País, não começarem a governar para uma economia social, este meu lindo País não vai a lado nenhum, essa gente não vê que se o Zé-povinho, não tiver dinheirinho para poder comprar, não sei aonde este Pais vai parar. Quero lá saber que haja outro vinte e cinco de Abril, ou que venha um Marquês do Pombal, ou Salazar, ou uma ditadura militar, para este meu lindo País possa endireitar. Sou

contra as ditaduras e democracias desleais. Porque os ricos cada vez são mais ricos, e os pobres cada vez são pobres de mais, perdi a confiança nos políticos e até na democracia, porque estes governantes de democratas nada têm, conseguem ser mais fascista que o próprio Salazar. E agora vou terminar porque esta cambada, eu não posso aturar, mas como não sabem governar deviam ir para o Alentejo trabalhar e as suas terras cavar.

Poema do Reformado Quero lá saber!

Eu quero lá saber; Da roubalheira e da corrupção…

Apenas quero saber; Das coisas do meu coração.

Eu quero lá saber…

Que haja desempregados ou não; Ou que se deem diplomas: Ao Sócrates e Relvas não diplomados.

Eu quero lá saber!

Que se financie a fundações…

Mas que não se roube reformados; Que a democracia seja um descalabro.

Eu quero lá saber!

Que deixe de haver o 1º de Maio…

Que haja tuberculosos; Ou tachos pró Sampaio.

Eu quero lá saber!

Do buraco da madeira e do Jardim…

Apenas quero saber; Que não roubem mais a mim.

Eu quero lá saber!

Dessa corja de deputados…

Desses juízes que não fazem nada; Dos ministros ou secretários de estado: E dos políticos que são lixo tóxico, E que não fazem nada.

Eu quero lá saber!

Que na Assembleia haja 230 cretinos; Que nas autarquias haja muitos, Isaltinos:

O Álvaro por tu hei-de tratar.

Que se lixe o doce falar do grande Actor Gaspar…

Que morram os pobres e os velhos portugueses, E que só fiquem os alemães e os franceses; E se venda tudo aos Angolanos e Chineses.

Eu quero lá saber!

Que a justiça safe o Duarte Lima bem depressa…

Que o banqueiro Costa não vá dormir à prisão; Que o Cavaco não tenha um só tostão: E que o Pinto Monteiro continue a ser, Prós aldrabões um gajo porreiro; Que os offshores continuem a lavar dinheiro.

Eu quero lá saber!

Para mim tudo isto, nada tem de anormal…

Mas eu preciso de saber; Aonde está o meu lindo Portugal?

Tudo isto virou pura roubalheira corrupção, É preciso uma nova revolução neste Portugal: Com armas na mão.

E que não permita a destruição; Desta minha doce e linda nação

jornal

25

necrologia

Agência Funerária

Tilheiro

Tel: 258 971 259 Tlm: 962 903 471 www.funerariatilheiro.com Barroselas

66 anos

90 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

José Maria Miranda da Costa

Maria Adelina Alves Maciel

Durrães – Barcelos

Barroselas – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

81 anos

81 anos

85 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Felismina Rosa Vieira Tomaz

Manuel Monteiro de Sousa e Silva

Luciano Alves Pinheiro

Aldreu – Barcelos

Quintiães – Barcelos

Fragoso – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

40 anos

80 anos

67 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Nuno Jorge Ribeiro Mendes Peixoto

Rosa Alice Correia de Lemos

José Maria Rodrigues da Costa

Alvarães – Viana do Castelo

Poiares – Ponte de Lima

Aguiar – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

26 edição 92 • dezembro 2021

necrologia

91 anos

83 anos

39 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Maria da Silva Novo

Rosa Fernandes de Azevedo

Friastelas – Ponte de Lima

Fragoso – Barcelos

Vila de Punhe – Viana do Castelo

Balugães – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

86 anos

99 anos

68 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Porfírio da Costa Louro

Maria Rosa Pereira Viana

Joaquim José Ribeiro da Cunha

Aldreu – Barcelos

Poiares – Ponte de Lima

Barroselas – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

A Família

A Família

Theatro Gil Vicente

Teatro Municipal Sá de Miranda

Barcelos

Rua Sá de Miranda

qua 29/12 • 19h00

sáb 1/01/2022 • 17h00

Histórias Essenciais

Concerto de Ano Novo

Um espetáculo de Ilusionismo por Gonçalo Gil

Orquestra Con Spirito – Orquestra Sinfónica org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

jornal

27

Viana do Castelo até dom 9/01/2022 Praça da República

Praça Natal Carrossel Edifício da Estação Ferroviária – CP

Espetáculo de Luzes Integrado na Rima – Rede Intermunicipal de Cultura e Arte org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

Av. dos Combatentes da Grande Guerra

18h, 19h, 20h, 21h e 22h

Espetáculos Multimédia Praça da Liberdade

18h30, 19h30, 20h30 e 21h30

Árvore de Natal 3D org. Câmara Municipal de Viana do Castelo e Associação Empresarial de Viana do Castelo