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O DVD “Caixinha de Música” foi lançado oito anos depois do primeiro
“Caixinha de Música” Lançado no ano passado, “Caixinha de Música” passou por todo o Brasil e seguiu recentemente para Portugal e Londres. Perguntei para Vanessa como ela sente que é a receptividade lá fora à música brasileira. “Bom, eu trabalho no exterior desde o meu primeiro disco. Eu tinha mais público em Portugal do que no Brasil, por exemplo. Na minha primeira casa de show em Portugal tinha 2 mil lugares. Eu sempre trabalhei fora. A música brasileira tem um trabalho forte e temos que dar graças aos antecessores nossos, desde Villa-Lobos, Tom Jobim, Vinicius, Caetano, Gil, Carmen Miranda. Eles já tinham aberto esse espaço fora do Brasil, devemos isso a eles. Em segundo lugar, minha música ‘Boa Sorte/Good Luck’ foi um hit mundial, ela toca até hoje e toca muito. É extremamente respeitada, tem um lugar de conceito e é uma música cujo tema é atual. A turnê ‘Caixinha de Música’, na verdade, começou
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nos Estados Unidos, fomos para o Brasil, voltamos ao EUA, viemos para a Europa e no Brasil também fizemos bastante”, conta Vanessa.
As lembranças Sobre a carreira, pergunto para a cantora quais são as lembranças mais vivas do início da trajetória e o que mudou de lá pra cá. “São muitas lembranças e totalmente diferentes. Me lembro de momentos muito difíceis, de incertezas, de caminhos que se fecharam e estavam indo bem, e de repente eu me via sem nenhuma perspectiva de futuro. Me lembro também de quando as coisas começaram a dar certo, quando Maria Bethânia cantou minha música, cuja letra era minha e de Chico César. E aí as pessoas deram importância e ficaram curiosas com o meu trabalho, começaram a pagar para me ver cantar. Isso foi um marco! Outro momento foi estar em cima do palco aos 22 anos, já na segunda música com Bethânia, e ela me deu um presente que foi cha-
mar Caetano Veloso para cantá-la junto. E nesses 35 anos de carreia dela, eu subi ao palco e cantei com os dois. Isso foi realmente impressionante para mim e uma conquista enorme logo no começo. Eu me lembro, inclusive, de ter falado assim: bom, agora depois disso tudo é só me aposentar”, relembra ela.
“Jurema, Juvenal e os espinhos” Não é possível falar de Vanessa da Mata sem destacar o lindo relacionamento que ela tem com os fãs, carinhosamente chamados por ela de “passarinhos”! O termo surgiu de uma ideia da cantora, de escrever um conto no Twitter, mas “Jurema, Juvenal e os espinhos” acabou tomando proporções maiores e se estendeu por dois anos! “Foi uma das maiores diversões da minha vida, foi aí que surgiu o termo ‘passarinhos’ – eles se recolhiam na madrugada nos cabelos de Jurema, que era uma árvore – e a história foi começando totalmente livre, cres-