Revista Mangalarga - Dezembro 2014

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E spaço T écnico - G enética curso da Meiose, que transmitem os caracteres hereditários de cada ser, e constituem unidades definidas na formação de um novo ser. No cruzamento entre as espécies equinas diferentes, como sendo Asno Doméstico (Jumento) com o Cavalo Doméstico, apresentando o 1o com 62 pares de cromossomos e o 2o com 64 pares de cromossomos, faz com que estes não fiquem “pareados”, sendo assim, as células sexuais, não conseguem se formar de maneira satisfatória, fazendo com que a Mula seja estéril. Existem alguns casos de mulas que conseguiram procriar. Outras experiências feitas com a Zebra da Somália, de 46 cromossomos, com cavalos domésticos de 64 cromossomos, todos eles resultaram estéreis. Estudos de citogenéticas demostraram que desse cruzamento o híbrido apresentava 55 pares de cromossomos.

Divisão celular denominada mitose.

las somáticas em situação haploidde, duplicando-se estas para dar-se forma ao novo ser, em situação diplóide. Após o primeiro encontro dessas duas células germinativas, a nova célula formada, dá-se o nome de Zigoto, e desta célula inicial formam-se inúmeras outras células que irão se formar, até definir o Embrião. Assim, quando o espermatozoide entra no Óvulo, ambos os núcleos das células germinativas sofrem um aumento de tamanho, após ter encadeado várias reações químicas no citoplasma das células, facilitando a fusão dos núcleos das células germinativas e encadeando várias reações químicas no citoplasma das células, facilitando a fusão dos núcleos das células germinativas do macho e da fêmea. Essa reação química faz o óvulo inicialmente fecundado, tornar-se mais rígido por liberar mais cálcio, o que explica que outros espermatozoides

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não mais conseguem penetrar no óvulo, ou seja, somente um espermatozoide fecunda o óvulo, e se ele for portador do Cromossomo X combinando com o da fêmea, gera um ser com Célula do tipo XX, portanto o novo ser será de sexo feminino. Se o espermatozoide for portador do Cromossomo Y , e como a fêmea possui somente Cromossomo do tipo X , esta combinação gera um novo ser com célula do tipo XY, e o novo ser será de sexo masculino. Definição de Cromossomo: Por esta pequena introdução, os CROMOSSOMOS surgem durante a formação dos Gametas (espermatozoides para os Machos e óvulos para as Fêmeas) dos núcleos das células sexuais germinativas dos filamentos da CROMATINA que contêm as informações necessárias de um novo ser. Os corpúsculos que aparecem na divisão dos núcleos celulares no

Também cruzaram a Zebra Africana de 44 cromossomos com Jumento de 66 cromossomos. Desse cruzamento resultou um híbrido de 53 cromossomos, também estéril. No ser humano o número de cromossomos é 46. Na espécie Bovina o número de cromossomos é 60. Na espécie Ovina o número de cromossomos é 54. Nos Suínos o número de cromossomos é 38.

Fazendo a divisão dos Cromossomos, entre pares na espécie Equina verifica-se teoricamente que o novo ser recebe influência até a 7a Geração, sendo daí por diante não ser mais possível fazer a

divisão dos cromossomos em números inteiros. Definição de Gene: Como mencionado anteriormente, pode ser definido como uma unidade hereditária ou genética em formas alternativas, responsável pelas diferenças de um determinado caractere, segmento de ácido desoxiribonucléico que codifica a proteína. Estes pequenos corpúsculos comandam os princípios básicos da genética e, como os Genes, estão dentro dos cromossomos, pois tiveram sua origem na CROMATINA. Sua distribuição é bem complexa, ocorre também na fertilização do espermatozoide com o óvulo, formando assim o primeiro embrião (ZIGOTO) e posteriormente o EMBRIÃO, dando novas bases genéticas, com as características herdadas dos genitores, e de seus ancestrais correspondentes. É difícil saber com precisão quantos genes estão embutidos na carga genética total de um equino, mas estima-se que este número deva estar entre 10.000 a 60.000 genes. Estes genes, além de serem importantes na reprodução durante o desenvolvimento do Embrião, são importantes durante toda a vida do animal responsável pela formação das células somáticas (célula do corpo), definindo a estrutura corporal, índole, cor, resistência, inteligência, ligeireza, longevidade, fertilidade e outros atributos que definem o novo ser. No Macho, com a desesperilação da CROMATINA para se formar o Cromossomo, neste apresenta em duas formas; com o formato de Y não só responsável pela definição do tipo de sexo, como também pela herança transmitida a seus descendentes, e pelos seus ancestrais. E com formato X, com uma quantidade de genes maior do que Y. Na Fêmea, também com a deses-

perilação da CROMATINA, para formar o Cromossomo, terá somente o formato de X. Com isso, a fêmea não é responsável pela definição do tipo de sexo, porém é muito importante na herança genética transmitida a seus descendentes. Descobertas genéticas recentes concluíram que a égua (fêmea) contribui mais para a herança do que o garanhão (macho). As estimativas são de que elas contribuem com mais de 10 %. Esta estimativa vem sendo descoberta nos estudos de citogenéticas que tem a ver com a diferença de tamanho que tem as células germinativas do macho e da fêmea, aos cromossomos sexuais, sendo o cromossomo X, é bem maior do que o Y dos machos. Entre os Mamíferos, os cromossomos Y geralmente não possuem muitos genes. Este tipo de cromossomo é mais curto e possui menos genes que o cromossomo X. O cromossomo X, sendo mais longo, possui maior quantidade de genes. Pode-se dizer, aproximadamente, que o Cromossomo X chega a ser mais do que dobro de tamanho do Cromossomo Y. Assim sendo, como no macho, possui o Cromossomo Y, e sendo ele menor do que o Cromossomo X, a transmissão genética se dá mais pela bagagem genética que a fêmea possui. Entretanto, quando os Machos produzem fêmeas, o espermatozoide que fecundou o Óvulo da fêmea, foi do tipo X, com as mesmas propriedades desse cromossomo. Portanto a fixação das características raciais dos Reprodutores se dá através de suas filhas, netas e bisnetas. Nestes, estão contidos os genes, que são “pequenos corpúsculos” responsáveis pela carga genética. Para entendermos melhor e visualizar esta

condição, é como estivéssemos montando vários “pedaços de arames” em de forma de X ou Y, e em seu eixo colocamos pequenos diamantes de forma arredondada, e estes seriam os genes. Na divisão celular das células germinativas do macho e da fêmea pela Meiose, anterior à fecundação, ocorre o chamado “Crossing-over”, que consiste basicamente na troca ou permuta dos genes que estão contidos nos cromossomos vindos do macho e da fêmea e se unem, em suas formas originais de X para as fêmeas, e X ou Y para os machos, assim sendo, se faz a troca desses genes, mesclando-os a carga genética dos genitores, dando uma nova formação para o novo ser, “pela interação desses genes“, após completar todos os processos para formação definitiva do Embrião. Podemos então mencionar que a Meiose e a Mitose, sendo um tipo de reprodução sexuada entre os seres vivos, é um mecanismo gerador de variação genotípica, permitindo a recombinação genética pelo Crossing-Over, permutando a genética do Macho e da Fêmea. Assim sendo, a seleção natural buscou naturalmente preservar este método de divisão celular, pelas infinitas combinações desses genes (“diamantes, colocados nos arames na forma de X ou Y, que são os cromossomos”), o que explica a diferença entre os seres vivos mesmo sendo irmãos próprios, e que na maioria dos casos, possuem bagagem genética diferente entre eles, tendo como consequência os resultados em seus descendentes. Bruce Lowe (Pesquisador Australiano) poderia ter mencionado à época de suas pesquisas, se os estudos de citogenéticas tivessem se desenvolvido o suficiente, que: o Cromossomo X é veículo para transmissão de caracRevista Mangalarga • Dezembro/2014

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