Célia Shalders

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H.Rocha Galeria de Arte convida para a exposição de

Inauguração 16 de outubro às 19h30 Exposição de 17 /10 a 22 /11 / 2014, de terça a sábado, das 12h às 19h Shopping Cassino Atlântico, Av Atlântica 4240, lj.333 - Copacabana - RJ /22070-002 Telefones: 021 2227-1179 / 021 98582-0008 / gartehrocha@uol.com.br www.facebook.com/hrochagaleriadearte www.galeriadeartehrocha.art.br


Entre Dois Mundos O presente incorpora e quase sempre devora o passado. É como um corpo que cresce e envelhece. É impossível isolar uma parte do resto sem fazê -la morrer. Eis por que há sempre uma reciprocidade de energia entre as obras históricas e as contemporâneas: umas regeneram as outras. Germano Celant. Arte Povera: Storia e Storie Passagens pela gravura, pelo objeto e pela escultura, como pela pintura geométrica e pela matérica, pelo desenho expressionista, em todas as suas bem sucedidas escolhas, Célia Shalders deixa marca pessoal indescartável. Cada uma dessas opções transmite à seguinte um legado de descobertas e invenções que, logo enriquecidas pelas exigências de novas nuances de expressão, fazem fluir outros desdobramentos dessa alquimia. Ao longo dela esses empréstimos sutis vão se recompondo como formas cambiantes de um jogo. Na dinâmica dessas recombinações – um desenho que herda da gravura, uma pintura que remete ao objeto – as margens de cada um desses fazeres se tornam matizadamente tênues, instigando a leituras cada vez mais perceptivas e diferenciadoras. Aqui temos a artista voltando à pesquisa dos momentos mais recuados de seu trabalho, sob a influência da Arte Povera, quando para ele se abriram as portas dos primeiros salões de arte e bienais que viriam a pontuar sua carreira. Mas não na clave repetitiva de uma simples reedição: ao voltar a lidar com a aparente singeleza do papel canelado, material cuja pobreza a aproxima dos poveristi italianos, Célia o faz através de desconstruções composicionais e requintes cromáticos que elidem a precariedade intencional do suporte.Aqui o papel funciona como elemento valorizador da elaboração formal, toda ela uma suntuosa geometria de rigores. Como foi dito, a influência da Arte Povera não é, no caso presente, apenas retomada, mas sutilmente revisitada.Sob o crivo de uma amorosa cumplicidade, sim, mas não menos sob o viés de um distanciamento intelectual é que ela revê esse movimento que faz a passagem entre a arte moderna e a arte contemporânea.


Este lhe permite extrair novos corolários da proposta inicial, já em si muito rica e profeticamente voltada para o futuro, do critico e historiador de arte Germano Celant, juntamente com seus ilustres seguidores. Desde aqueles da primeira hora como Kounellis, Primo Pascali, Luciano Fabro, AlighieroBoetti e Giulio Paolini, que protagonizaram a decolagem da aventura poverista com a histórica exposição da galeria La Bertesca, de Gênova, no outubro de 67, até à segunda vaga do movimento, no fevereiro do ano seguinte, na galeria Foscherari, de Bolonha quando outro elenco de pesos pesados a ele se incorpora: Giovanni Anselmo, Michelangelo Pistoletto, Mario Merz e Gilberto Zorio, a Arte Povera teve a resoluta adesão dos nomes mais expressivos da cena artística italiana. Sendo de acrescentar a eles os chegados ainda no correr da década: Pier Paolo Calzolari, Giuseppe Penone e Emílio Prini que – todos titulares de carreiras brilhantes nos anos seguintes – juntamente com seus predecessores passaram à história como os doze apóstolos da Arte Povera. Para além de sua qualidade enquanto momento gratificante em termos estéticos, a presente mostra tem outra importância: a denos lembrar a significação e a permanência histórica da Arte Povera. Para muitos (e, surpreendentemente, nestes se encontram atores do métier) mais uma inconsequência da Contracultura, cuja marca era a recuperação de retraços e dejetos, hoje definitivamente datada. Não é o que se vê, pelo menos no circuito museológico da Europa. Para ficar apenas na Itália, a mais recente Trienal de Milão toma a Arte Povera como seu tema, a exemplo do que, poucos anos atrás, fizeram o MAMBO (Museu de Arte Moderna de Bolonha), o MAXXI (Museu de Arte do Século Vinte Um), de Roma e, na mesma cidade, a GNAM (Galeria Nacional de Arte Moderna). E uma abrangente mostra Arte Povera in Città onde a prefeitura de Bérgamo em salas institucionais e em doze prestigiosas galerias estabeleceu sua mais completa retrospectiva. Leitora dos textos teóricos que vieram lastreando aquele movimento e frequentadora de galerias e museus da Europa que exibiam seus momentos mais importantes, Célia, que se remeteu ao pensamento poverista em várias fases de sua criação (Brotas, Colmeias, Escapulários)se insere, de todo direito nesse privilegiado elenco hoje consagrado nos grandes recintos da arte pelo mundo inteiro. Sua construção, onde a nudez primal do papel é vestida nas recombinações e nos câmbios de uma têmpera em que a cor muito ousa e muito deslumbra, nada deve, em qualidade e nítida pessoalidade estilística, ao Triplo Iglu, de Mario Merz ou aos Varais de Paris, de Luciano Fabro ou à Orquestra de Retalhos, de Pistoletto. Estou certo de que aqui há trabalhos que qualquer um deles teria ficado feliz em poder assinar.

Ruy Sampaio

Da Associação Internacional de Críticos de Arte.


S/T - Tec: Mista - 94X94cm



S/T - Tec: Mista- 94X94cm


S/T - Tec: Mista - 94X94cm



S/T - Tec: Mista- 94X94cm


S/T - Tec: Mista - 82X82cm


S/T - Tec: Mista - 94X94cm



S/T - Tec: Mista - 121X119cm


S/T - Tec: Mista - 94X94cm


S/T - Tec: Mista - 94X94cm


S/T - Tec: Mista - 157X122cm


S/T - Tec: Mista - 128X130cm



S/T - Tec: Mista - 94X94cm


S/T - Tec: Mista - 94X94cm



Exposições Individuais Rio de Janeiro 1973 - Centro de Pesquisa Ivan Serpa 1975 - Galeria Vernissage 1977 - Galeria Gravura Brasileira 1986 - Museu Nacional de Belas Artes 1988 - Klee Galeria de Artes 1990 - Orlando Bessa Galeria de Arte 1995 - Museu Nacional de Belas Artes 2009 - Galeria H.Rocha

Exposições Coletivas 1966 XVI Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro II Salão Nacional de Arte Contemporânea. Campinas II Exposição da Jovem Gravura Nacional. São Paulo III Salão de Arte Moderna do Distrito Federal. Brasilia XXIII Salão Paranaense de Belas Artes. Curitiba I Bienal Nacional de Artes Plásticas. Salvador 1967 XVI Salão Nacional de Arte Moderna . Rio de Janeiro IX Bienal de São Paulo III Salão Nacional de Campinas III Salão de Artes Plásticas do Espírito Santo. Vitória XXII Salão Municipal Belas Artes. Belo Horizonte XXIV Salão Paranaense de Belas Artes. Curitiba IV Salão de Belas Artes do Distrito Federal. Brasília II Exposição da Jovem Gravura Nacional, Rio de Janeiro III Aspectos da Gravura Brasileira. México 1968 XXII Salão Municipal Belas Artes. Belo Horizonte II Salão Esso de Artistas Jovens do Museu de Arte Moderna. Rio de Janeiro Art Gallery of Brasilian. American Cultural Intitute. Washington XII Salão de Arte Moderna. Rio de Janeiro IV Salão de Arte Comtemporânea de Campinas 1972 I Salão de artes Plásticas de Santa Catarina. Florianopolis XXI Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro 1973 Bienal de Paris 1974 Contemporary Brasilian Prints. Washington IX Salão de Arte Contemporânea. Campinas Galeria “Grupo B” do Rio de Janeiro Mostra da Gravura Brasileira. Fundação Bienal de São Paulo 1975 Arte Gráfica Brasileira de Hoje,organizada pelo Ministério de Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, com a apresentação de José Roberto Teixeira Leite. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa Museu Nacional de Belas Artes. Madrid Biblioteca Nacional de Paris Museu Galliera. Paris

1976 XXV Salão Nacional de Arte Moderna . Rio de Janeiro (Paço das Artes) 1977 Salão Carioca de Arte do Rio de Janeiro 1983 VI Salão Nacional de Artes Plásticas (Sala Especial). Rio de Janeiro 2003 Biennale Internazionle Dell’Arte Contemporanea. Fortezza da Basso.Italia 2005 Biennale Internazionle Dell’Arte Contemporanea. Fortezza da Basso.Italia 2008 Zona Oculta.

Prêmios

1966 II Salão Nacional de Arte Contemporânea. Campinas (Prêmio Prefeitura Municipal) 1967 XVI Salão Paulista de Arte Moderna. (Medalha de Bronze) III Salão Nacional de Arte Contemporânea. Campinas. (Medalha de Prata) 1972 IV Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte. (Prêmio Aquisição) 1973 V Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte. (Prêmio Cidade de Belo Horizonte) Premio Internazionale Biella per Lincisione. Italia 1974 XXIII Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro. (Prêmio de Viagemao País) 1976 Premio Internazionale Biella per Lincisione. Italia

Livros

Dicionário dos Artistas Plásticos Brasileiros (Carlos Cavalcante e Walmir Ayala) Dicionário Crítico da Pintura no Brasil (José Roberto Teixeira Leite) Enciclopédia Larousse Enciclopédia Barsa

Documentários

Célia Shalders. Márcio Bokel Engenharia do Sutil. Ruy Sampaio Vídeo de Théo Aldenucci

Imprensa

Antonio Bento, Francisco Bittencourt, Flávio de Aquino, Frederico Moraes, Geraldo Edson de Andrade, Jayme Maurício, José Roberto Teixera Leite, Roberto Pontual, Ruy Sampaio e Walmir Ayala.


Célia Shalders Nascida no Rio de Janeiro, pintora, gravadora, desenhista e artista gráfica. Formação com Ivan Serpa, José Assunção de Souza, Maria de Lourdes Novaes e Frank Schaeffer


S/T - Tec: Mista

- 67X82cm


Projeto: Helio Rocha e Denise Mostacatto Rocha Realização : Galeria H.Rocha Programação Visual & Fotografia: Juan Russo Consultoria : Osvaldo Gaia Texto : Ruy Sampaio Assessoria de Imprensa: BriefCom Comunicação Iluminação : Ubirajara Vasconcelos Impressão : Qualidade Gráfica e Editora

Todos os direitos reservados - H.Rocha Galeria de Arte



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