Orientações Pedagógicas para Professoras/es da Pré-escola - Volume I

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Compreendendo as relações parentais, a composição dos dife-

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rentes grupos humanos com os quais as crianças interagem, as afinidades e prazeres dela, a/o professora/or deve planejar situações que lhes permitam conhecerem umas as outras, visando promover o seu bem-estar e a aquisição da consciência da

Piferrer (2008), defende que, para as crianças adquirirem a consciência da sua própria identidade é importante elas identificarem as suas semelhanças e diferenças com os demais.

sua própria identidade. Neste sentido, você pode organizar com as crianças uma exposição sobre as características pessoais do grupo e pedir que elas tragam um paninho de quando eram bebê, uma roupinha, sapatinho, utensílios, brinquedo, livro; podem, também, construir com sua família um símbolo – desenho, escultura, bordado, pintura etc. – que represente as suas preferências.

Piferrer afirma, também, que a criança adquire a consciência da sua identidade “mediante a análise das próprias características pessoais com relação às dos demais: menino, menina, ruivo, moreno, alto, baixo, gordo magro [...] as coisas que gosto, as coisas que me desagradam [...].” (2008, p. 117) Então, que tal, professora/or, organizar situações que instiguem estas análises? A construção da individualidade da criança, no convívio escolar, é fator primordial para que ela se sinta feliz, respeitada e segura, pois trazendo a sua história de vida para partilhar com o grupo, ela se sente parte dele. Nos Álbuns de Experiências da PréEscola, há vivências que mostram para as crianças a importância da cultura afro-brasileira, por exemplo. Outras experiências que constam nestes álbuns provocam as crianças a dialogarem com o espaço da cidade de Salvador, buscando que elas o valorizem e se sintam valorizadas por pertencer a ele. A investigação da origem do nome, também pode ser excelente situação. Qual criança não se interessaria em saber e conhecer a história do seu nome? Esta investigação pode ser uma oportunidade para a criança entender o porquê do seu nome. Se há um sentido afetivo, se é uma herança familiar passada de geração para geração. A/O professora/or pode, junto com as crianças, fazer painéis usando fotos, relatos sobre a origem do nome das crianças.

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De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, as práticas pedagógicas devem promover “o conhecimento de si e do mundo, por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais, que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos dela”. (BRASIL, 2010, p. 25).


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