O Jornalzão, edição 1118

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O JORN ALZÃO - E D . 1.118 - 23/09/2017

EDITORIAL

ARTIGO

A Santa Casa recebeu esta semana um aparelho de endoscopia digestiva. De primeira linha, ele já está instalado. O hospital está bonito, bem equipado, com as finanças equilibradas, com um voluntariado atuante. Agora a coisa é com os doutores médicos e é aí que a porca torce o rabo. Esperamos que a Diretoria da Santa Casa e da Saúde lo cal tenham êxit o e tragam especialidades para atender a demanda que é grande para pequenas cirurgias e internações.

As consequências de uma simples queimada

IAMSPE - Boa a iniciativa do Manoel Walter em tentar trazer maior atendimento da convênio para a cidade. Que os servidores estaduais compareçam à reunião e o benefício chegue para todos. Que seca - Outro dia flagramos um elemento em uma saveiro branca ateando fogo na mata. Nosso fusquinha não foi capaz de seguir o meliante para ao menos anotar a placa ou fotografar. Em uma seca dessa, um sujeito que coloca fogo pelo simples prazer de ver queimar merece cadeia. Bode e Laércio perdem de novo - Recurso dos vereadores cassados Laércio e Bode foi negado no TSE. Com isso fica cada vez mais difícil a volta deles ao cargo. Erro grave de um dos partidos da coligação que penalizou ambos. Mas mesmo assim vamos manter nossa opinião de que a decisão é absurda, uma vez que em outros inúmeros casos espalhados pelo país, apenas este teve esta decisão. Inclusive caso até mais grave ocorrido com o poderoso PSDB local e nada aconteceu, julgado pela mesma desembargadora e apreciado pelo mesmo procurados do Estado. Coisas de um país desigual. AIDESA - Já fez efeito a matéria que o Jornalzão publicou sobre a dificuldade da AIDESA em promover seu trabalho por causa de dívidas. As primeiras ajudas, ainda tímidas, já começaram a chegar. As mãos da população começam a ser estendidas para esta tão importante entidade local. Nós estamos sempre à disposição.

O clima seco, a falta de chuvas, ventos fortes típicos da estação e a baixa umidade relativa do ar são condições propicias para propagação das queimadas. Mas qual a história do homem c om a s queima das? O fogo é empregado pelos agricultores tradicionais nas regiões tropicais do mundo, desde a antiguidade, para a formação e co ndução de lavouras e mai s recentemente para a implantação de pastagens. Quais os verdadeiros impactos de uma simples queimada? Destruir a vegetação existente, prejudicando todas as formas de vida presentes na área devastada pelo fogo ! Ma s quais as c onse quências? P erda de biodiversidade e principalmente da capacidade de produção do solo, ou seja, um desastre para a manutenção da vida no planeta. Mas como assim? Uma simples queimada provoca a destruição da matéria orgânica; eliminação de predadores naturais; destruição da vegetação natural; agravamento do processo de erosão do solo; ruptura do equilíbrio ecológico, quando a vegetação, insetos, microrganismo e animais são queimados. Sem considerar a poluição do ar gerada pela queimada, o agravamento do aquecimento global e os transtornos causados à população pela fumaça e fuligem (maior incidência de doenças respiratórias). TODOS PERDEM com os incêndios criminosos que estão assolando os finais de tarde de nossa Santa Rosa de Viterbo. Eduardo Andrade Bressan

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Feliz manhã de uma nova primavera Batia à janela, em mais uma manhã, vindo das di stantes mont anhas qu e co mpunham a paisagem daqueles campos. Ousado, o primeiro raio de sol se insinuava pelas frestas da estilosa veneziana em sua elegância colonial, na fazenda de amigo s, que carinhosamente nos acolhiam. O i ntru so rompi a a escu ridão do ambient e: ressaltando o amarelo das paredes; o brilho do verniz do assoalho em maciças tábuas de um século passado; a rústica mobília que ostentava delicadas peças; o quadro cuidadosamente pendurado que destacava um imponente girassol vangoghiano, que fazia par com uma discreta semidesnuda escultura. A luminosidade radiosa atreveu-se também a despertar o inocente inseto, que repousara camuflado aos crisântemos do vaso de cristal. Parecia ter ficado agradecido, tomou voo batendo as asas de um colorido que misturava carmim e tons de azul. Ia-se lá a borboleta em busca de novos jardins... Eu, que tudo observava, suspirei profundamente, e na quietude que ali reinava, fui convencido que às vezes é preciso render-se à poesia, mesmo em meio à ruidosas crises. Quando parece que o mundo não tem conserto, nos dias em qu e o pal adar nos é ácido, conscientes de que não é própri o do corrupt o o remorso, que eleitos vagam no compasso do pecado e que em algum lugar um desconhecido sofre. Aceitei o convite, permaneci fraterno ao silêncio, dei-me ao vácuo, por instantes aboli o que impacientava. Virei-me no enorme leito—como quem viaja entre céus e mares—aproximei-me para pousar um beijo em sua rósea face, que ainda sonolenta, retribuiu com um discreto, mas encantador sorriso. Inaugurava assim, a feliz manhã. Era o primeiro dia de uma nova primavera.


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