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EDM vai viabilizar fornecimento de energia da Karpowership para a África do Sul

• África do Sul intensifica busca nos países vizinhos alternativas para suprir seu deficit de electricidade e aliviar apagões que tem flagelado a economia do País

A estatal Electricidade de Moçambique vai se constituir em wheeler, quer dizer, transportador da energia que o Karpowership, central elétrica flutuante, planeada para ser posicionada ao largo da baía de Maputo, para fornecimento à Eskom da Africa do Sul.

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Esta operação vem juntar-se a outra já existente através da qual a Karpowership tem vindo a fornecer 10% das necessidades totais de electricidade de Moçambique através do Karadeniz Powership Mehmet Bey de 125 MW.

Ao que O.Económico pode adiantar, efectivamente, é que a electrica estatal sul africana, Eskom actualmente a enfrentar serias dificuldades operacionais, está em negociações com Electricidade de Moçambique para viabilização da compra a produção da central eléctrica flutuante da Karpowership de 415 megawatts, que será montada num navio estacionado na Baía de Maputo.

“As discussões com a Eskom, como uma das potenciais compradoras, estão em curso e foi apresentada uma oferta para análise interna”, confirmou-nos uma fonte da EDM.

A EDM assumirá no negócio, a função de reexportador, podendo ficar com alguma quantidade caso considere necessário para as suas próprias necessidades. “O comprador final é a Africa do Sul”, asseverou-nos a fonte”.

“Espera-se que o comprador seja o mercado de exportação devido à exacerbação do déficit de energia que estamos testemunhando em alguns países da região, incluindo a África do Sul”, frisou a fonte.

“A EDM será wheeler, ou seja, o transportador de energia para região e consumidor se precisar”, disse ao O.Económico, sobre o nível de envolvimento da EDM neste novo propjecto da Karpowership.

Dos 415 megawatts da futura central eléctrica da Karpowership a ser posicionado ao largo da baia de Maputo, “a EDM poderá comprar 150 MW para o mercado doméstico, caso necessite”, disse a fonte da

EDM, em respostas `a perguntas do O.Económico, sobre o assunto. “Os 250 MW ou mais remanescentes serão postos à disposição do mercado regional, SAPP e/ ou contratos bilaterais. Estamos actualmente a negociar com a Zâmbia o fornecimento de 200MW adicionais, também temos pedidos de fornecimento de energia do Zimbabwe, Malawi, e África do Sul”, detalhou a nossa fonte.

Entretanto, a EDM frisa que uma vez que a “África do Sul não é o único país na região com déficit energético”, a estratégia da EDM é posicionar-se como um fornecedor regional aproveitando as potencialidades existentes.

“Botswana, Zâmbia, Zimbabwe e Malawi estão a passar pela mesma dificuldade e Moçambique vê essa janela como uma oportunidade de capitalizar vendendo o excedente e desenvolvendo projectos para responder às necessidades do mercado regional”. Frisou

O projecto da Kapowership deverá ser desenvolvido com queima de baixo teor de enxofre, e a EDM diz que a sua matriz de avaliação da viabilidade do projecto é particularmente atenta à estes aspectos

“É lógico que os projectos são acompanhados de Estudos de Impacto Social e Ambiental para obtenção das licenças ambientais pelas autoridades competentes”, disse.

Em Março de 2018, após a conclusão do contrato da Zâmbia, a Karpowership assinou um novo contrato com a EDM para implantar um Powership de 125 MW por um período de 10 anos. A Karpowership tem vindo a fornecer 10% das necessidades totais da EDM através do do navio Karadeniz Powership Mehmet Bey de 125 MW.

Já a central flutuante que se projecta para Maputo, que se soma a uma instalação mais pequena operada pela empresa turca ao largo de Nacala, no norte de Moçambique, deverá obtido licença para operar em Junho e começar a operar em Outubro, disse a EDM.

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