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Pressão sobre a despesa pública vai continuar
A leitura à informação do BdM, permite concluir que os pressupostos sobre a dinâmica de indicadores macroeconómicos domésticos, deverão manter a pressão sobre a despesa pública, na medida em que o Governo precisa de dar cobro às despesas relativas: (i) aos ciclos eleitorais de 2023 e 2024; (ii) a reconstrução e reassentamento após ciclone, cheias e inundações; (iii) à reconstrução e assistência humanitária às populações das zonas afectadas pelo terrorismo; e (iv) à implementação da Tabela Salarial Única. Este cenário ocorre num contexto de fraca arrecadação de receitas pelo Estado, afirma o Banco de Moçambique, através da sua publicação periódica, “Boletim de Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação”.
Conforme indica a publicação, Entretanto, a estabilidade cambial deverá se manter – “em linha com a recente evolução do Metical face ao Dólar norte-americano e outras moedas transacionáveis, num contexto de taxas de juro reais positivas e de aumento da produção e exportação do sector extractivo, sobretudo, com o início de implementação do projecto de Floating Liquefied Natural Gas – FLNG”.
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Tomando em conta os pressupostos acima descritos, o BdM, perspectiva, para o médio prazo, um abrandamento da inflação para um dígito.
“As perspectivas de evolução favorável da inflação, reflectem igualmente as medidas de política que têm sido tomadas pelo CPMO”, fundamenta o BdM.
Quanto à actividade económica, excluindo os projectos de gás em curso, antevê-se um crescimento moderado de PIB, a reflectir a recuperação do sector da agricultura e de serviços, num contexto em que a contínua queda dos preços das commodities de exportação, condiciona a expansão da actividade económica nos restantes sectores.