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Há um longo e sinuoso percurso a fazer para Moçambique ser um hub energético
Ainda que com grandes potencialidades a aspiração de Moçambique em se estabelecer como um fornecedor energético regional enfrenta um tortuoso e longo caminho a percorrer durante o qual a consistência das acções visando esse desiderato serão determinantes para o êxito da epopeia.
O economista Luís Magaço, falando em exclusivo ao O.Económico, a margem da recém realizada conferência Indústria e Energia”, disse sobre o assunto que, pese embora exista uma vasta potencialidade, porem, a sua para efectivação, carece de investimentos, acrescentando. “Precisamos construir o projecto Phanda NKhuwa,talvez construir mais duas barragens ao longo do rio Zambeze” disse Luís Magaço.
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Referindo-se a outras fontes de energia, Luís Magaco disse que o Pais deve relançar em grande escala as exportações dos recursos energéticos que dispõe, tais como o carvão e o gás.
“Tem de ser explorado na sua integralidade, só a partir da conjugação destes factores é que o Pais estará realmente apto para ser um grande centro de produção energética”. Disse o economista.
Luís Magaço chamou atenção sobre aspectos de competitividade e concorrência nesse processo. “ Porque não somos o único País que está a investir na área energética. Olhe para Angola, que neste momento já produz mais energia eléctrica do que nós, mas a bem pouco tempo produzia muito menos do que nós, nos produzimos me torno de 2000 MW, a Angola já esta em torno de 6000 M”.
“Olhe para a República Democrática do Congo com a nova barragem estão a falar em chegar às 18000 MW, então chamar de Hub é um bocadinho presunçoso, eu acho que nós seremos um grande produtor de energia no contexto das economias de África”. Acrescentou Luís Magaço.
Luís Magaço mencionou as alternativas que Moçambique apresenta e que tornam o País competitivo, tais como um enorme potencial, para incrementar a capacidade de geração de energia.

“ Temos muito sol, portanto, nós temos a chance de ter aqui muita energia solar, podemos ter alguma energia eólica, mas não temos muito vento, porque os ventos estão mais a sul mais ou menos de Maputo para o sul”, e reiterou que “ Não há hidroeléctricas bastantemente exploradas e temos a vantagem de sermos um país a jusante, que todos os rios dão à costa”.
Luís Magaço disse ainda que Moçambique deve aproveitar-se da crise energética da África do Sul, e da elevada procura do Ocidente pelo carvão e gás para capitalizar receitas e diversificar a base produtiva, sobre tudo na industrialização.

Por seu turno, o docente universitário Pedro Pota, disse que o sector de energia é, de alguma forma, transversal, portanto, ele afecta o sector de serviços, o sector da indústria e a própria agricultura, portanto, o sector primário, secundário, e terciário.
Nessa perspectiva ele é de opinião de que “Moçambique não precisa inventar absolutamente nada, basta apenas fazer uma réplica do que os outros países que experimentaram abundancia em recursos energéticos, sobre tudo na indústria de Oil & gás, e adequar ao nosso contexto e realidade”.
Manuel Sibia, dando exemplos específicos da Nigéria e Angola, com que Moçambique precisa criar um diálogo de troca de experiencia e extrair deles os programas temáticos que esses países implementaram, e aplicar em Moçambique.
“E vamos ajustando, conforme o caminho, as nossas realidades”. Vincou Manuel Sibia.
