Revista OCDS - Província São José
Jul/Ago de 2017 - N° 153
Monte Carmelo
“Seja tudo para glória e louvor da gloriosa Virgem Maria, cujo hábito trazemos.” (Santa Teresa de Jesus - Vida 36, 28)
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TESTEMUNHO Marisa Maria Teresa, ocds Pag. 08
ENTREVISTA Frei João de Deus, ocd Pag. 10
CONGRESSO DE JOVENS ‘‘Eis ai tua Mãe’’ Pag. 16
EXPEDIENTE
SUMÁRIO
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Revista Virtual Monte Carmelo, nº 153 (Julho/Agosto de 2017) EDIÇÃO: Comissão de Comunicação da OCDS Província São José
EDITORIAL Palavra do Coordenador
COORDENADOR: João Paulo Matias Paiva
SANTO(A) DO MÊS Ulisses e Lélia, esposos
EQUIPE DE REDAÇÃO: João Paulo Matias Paiva Giovani Carvalho Mendes Andreia Silva Luciano Dídimo C. Vieira Rosemeire Lemos Piotto
ESPIRITUALIDADE Seja tudo para a Glória...
COLABORADORES: Artur Viana Marisa Maria Danielle Cabral Matheus Silva Estela Márcia da Paz Fábio e Juliana
TESTEMUNHO Marisa Maria, ocds ENTREVISTA Frei João de Deus, ocd
REVISÃO EDITORIAL: Artur Viana do Nascimento Neto Paulo Gautiele Ribeiro
CONGRESSO DE CASAIS 21 a 23 de Julho
ARTE E DIAGRAMAÇÃO: Wilderlânia Lima do Vale
CONGRESSO DE JOVENS 28 a 30 de Julho ESCOLA DE FORMAÇÃO Polo Sudeste e Nordeste ASSOCIAÇÃO DAS COMUNIDADES DA ORDEM DOS CARMELITAS DESCALÇOS SECULARES NO BRASIL DA PROVÍNCIA SÃO JOSÉ CNPJ: 08.242.445/0001-90
RETIRO DE SILÊNCIO Ano Mariano NOTÍCIAS Comunidades OCDS
Colabore com a edição da nossa Revista enviando suas sugestões, reclamações, notícias, testemunhos, artigos e poesias para: noticiasocds@gmail.com
EVENTOS/MARKETING Livros de Formação OCDS
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Editorial
João Paulo Ma as Paiva, OCDS Coordenador da Comissão de Comunicação OCDS
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado! Queridos irmãos da OCDS, OCD e demais leitores é com muita alegria que compar lhamos com todos vocês mais uma edição de nossa Revista Virtual do Monte Carmelo. Queremos, com as matérias preparadas para este número, afirmar: “todo amor termina em vocação”. Somos convidados a ouvir o chamado de Deus e respondê-lo com a nossa própria vida. Nesta edição, nosso irmão Giovani Mendes (CE) nos apresenta o casal Amendolagine, exemplo de vivência autên ca da vocação matrimonial que se deu, sobretudo, no Carmelo Secular. Artur Viana (CE) traz uma bonita matéria com o tema “Seja tudo para a glória e gloriosa Virgem Maria, cujo hábito trazemos” onde evidencia a necessidade da intervenção de Maria na economia da salvação e de que o Carmelita Secular deve cuidar da humildade e abandono de si, assim como fez Nossa Senhora. Par lhamos ainda a experiência dos congressos realizados no mês de julho! O casal Fábio e Juliana (Comissão de Casais) relata para nós a experiência do 2º Congresso de Casais que proporcionou momentos de formação, oração e adoração com os casais da Ordem Secular, levando-os a refle rem a vivência da vocação matrimonial. Nossa vice-presidente provincial, Rosemeire Pio o (MG), par lha o Módulo III (Dimensão Carmelitana) da Escola de Formação no qual se estuda os princípios norteadores da espiritualidade carmelitana. Nosso irmão Mateus (CE) relata para todos nós a experiência do 2º Congresso de Jovens Carmelitas, momento de encontro e vivência do carisma carmelitano com os jovens da Província. Na Seção Entrevista, Danielle Cabral (CE) conversa com nosso Delegado Provincial Frei João de Deus, ocd sobre o seu retorno ao Brasil e sua missão junto à OCDS. Temos ainda o testemunho de Marisa Maria (MG), coordenadora da Comissão Vocacional OCDS que par lha conosco sua caminhada na Ordem Secular. Não deixem de conferir as no cias de nossas comunidades/grupos OCDS e acompanhe a programação dos eventos na Agenda OCDS. São sempre oportunidades de formação, oração e crescimento espiritual... Desejamos uma excelente leitura a todos. Sugestões de matérias podem ser compar lhadas pelo email: no ciasocds@gmail.com. Um fraterno abraço! Deus os abençoe!
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Santo(a) do Mês
Servos de Deus Ulisses Amendolagine e Lélia Cossidente Amendolagine, Esposos por Giovani Mendes, ocds Comunidade Flor do Carmelo de Sta Teresinha Fortaleza/Ce
Servos de Deus da Ordem Carmelita Teresiana Secular, que san ficaram-se em um matrimonio cristão auten co, testemunhando Jesus Cristo aos irmãos. Em 18 de junho de 2004 iniciou-se o processo de bea ficação desse casal: Lélia e Ulisses Amendolagine, que se san ficaram através de uma vida matrimonial e familiar que serve de luz e exemplo a todo cristão. Ela nasceu em Potenza, Itália em maio de 1893, ele em Salermo também na Itália em 14 de maio de 1893. Conheceram-se em 1929 e em 29 de setembro de 1930 uniram-se em matrimônio na paróquia de Santa Teresa , dos Carmelitas Descalços em Roma, onde atuaram a vida toda, ele na Ordem Terceira e ela na Confraria do Escapulário. Ulisses, formado em Direito, trabalhou na Ministério do Interior Italiano, Lélia professora primária, renunciou a profissão para cuidar dos cinco filhos. Desses um faleceu precocemente, dois consagraram-se a Deus. Conhecemos suas vidas, através das inúmeras cartas dos pais, sobretudo a José, que aos quinze anos, com o nome de Rafael, abraça o rigor da ordem carmelita descalça. Por suas cartas, entramos no clima de uma família transformada em um lugar de con nuo encontro com Deus, pela oração e pela vida, nas pequenas e perseverantes a tudes de fé, leituras, meditações, bênçãos co dianas nos “altarzinhos preparados por mamãe, nas diversas festas religiosas” – escreve Frei Rafael, e prossegue: - “Passar diante de uma igreja em nossos passeios e entrar para uma oração, era coisa natural em nossa família, parecia que Jesus estava sempre nos esperando, em qualquer Igreja, para a nossa saudação. Entendíamos que no Sacrário circundado de luz e flores se escondia um Mistério que deveríamos adorar, Ele nos atraía, como deixá-lo só?”.
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O caminho de san dade percorrido pelo casal conhece alegrias e dores, como a separação dos filhos, o câncer que a nge Lélia e a faz sofrer grandes dores por dois longos anos. Das cartas desse período ficaram o testemunho admirável da aceitação da vontade de Deus, o fiel ato de agradecimento por cada melhora, a permanente ação de graças. Lélia morre em 02 de julho de 1951, oferecendo sua vida pela san ficação de seus filhos, Ulisses fiel companheiro na dor fica só, tomado pela dor da perda da esposa, mas vigorosamente forte na fé, vai se abandonando nos braços do Pai. Manda escrever na lápide do túmulo de Lélia, que também será o seu: “Ressucitaremos”, e repete sempre: “ Tudo é movimento, nada está estagnado, nada é defini vo nesse mundo... depois da morte nos será dado o paraíso onde a alegria será completa”. Lélia e Ulisses representam um grande exemplo de san dade. Um casal que transformou a vida matrimonial em um lugar de presença do amor de Deus que se doa através do trabalho, dos pequenos gestos, plenamente possíveis de serem vivenciados através da atenção e do afeto vividos dentro de casa. Eles viveram a experiência do abandono em Deus que leva a plena doação ao irmão, ao ir de encontro com as necessidades da comunidade. A glória da Igreja resplandece agora ainda mais admiravelmente na união de dois corações enamorados em Jesus Cristo. ORAÇÃO: Senhor Nosso Deus que unis o homem e a mulher pelos Sagrados laços do Matrimônio, para que sejam con nuadores de sua obra, dai-nos, Vos pedimos, por intercessão dos vossos servos Lelia e Ulisses, que se san ficaram nessa vida em um matrimônio cristão, a graça de vivermos a fidelidade em nossas famílias através do respeito e o do amor mútuo e a Graça par cular que necessito. Amém
Espiritualidade
“Seja tudo para glória e louvor da gloriosa Virgem Maria, cujo hábito trazemos.” (Santa Teresa de Jesus - Vida 36, 28) por Artur Viana, ocds Com. Flor do Carmelo de Santa Teresinha - Fortalez/CE Coordenador da Escola de Formação ES - Polo Nordeste
Essa citação de Santa Madre Teresa de Jesus foi escolhida para ser lema do II Congresso de Jovens Carmelitas, realizado em São Roque – SP, nos dias de 28 a 30 de julho de 2017, cujo tema foi: “Eis aí tua Mãe” (Jo 19, 27). A intenção do lema de um evento é propor reflexões mais específicas à luz do tema central. Nessa segunda edição do Congresso dos Jovens Carmelitas, refle mos sobre a missão materna da Virgem Maria em relação à humanidade. Aos pés da Cruz, Nosso Senhor no-la entrega por Mãe e nós a ela. Esse intercâmbio estabelecido entre a Mãe dos homens e a humanidade revela o projeto de Deus de con nuar favorecendo o povo da nova aliança com graças maternas e evidencia a necessidade da intervenção de Maria na economia da salvação. No episódio fa dico do Calvário, enxergamos a mútua doação de Maria e da humanidade. Ambos pertencem um ao outro. Temos o privilégio de sermos gerados, na ordem da graça, aos pés da Cruz, por uma mãe que a morte não alcança e que nos aponta
constantemente para o céu. A Virgem Maria, ao entregar-se toda ao projeto de Deus, esvazia-se de si mesma e abre-se para a humanidade. Dessa forma, essa mulher eleita e separada pode ser dita toda nossa e para nós, porque em primeiro lugar ela se colocou toda de Deus e para Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc1, 38a). “Depois disse ao discípulo: Eis tua mãe. E, a par r daquela hora, o discípulo a tomou consigo.” (Jo 19, 27). Esse versículo do evangelho é geralmente abordado na sua primeira parte, ou seja, fala-se muito da dimensão materna de Maria, que ela é nossa Mãe, mas pouco se aborda a segunda parte do versículo que, diria, é a mais importante: “E, a par r daquela hora, o discípulo a tomou consigo”. Faz parte da proposta de vida evangélica não só ser entregue à Virgem Maria, mas trazê-la para a nossa casa, toma-la conosco e viver uma vida cristã a seu exemplo. E é isso que refle mos nessa citação do Livro da Vida, em Santa Teresa. MONTE CARMELO
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A vocação carmelita é uma vocação toda mariana. De modo muito especial, somos chamados a viver a caminhada com Deus seguindo os passos de Maria. Trazendo o seu hábito, isto é, o santo escapulário, além de lograrmos as graças concedidas por Deus através dele, recordamo-nos que pertencemos à “Senhora do lugar” e que somos chamados a reproduzir em nossa vida, por vocação própria, suas virtudes, retratando, assim, sua imagem no mundo. Não pertencemos à Virgem Maria somente enquanto filhos seus, na ordem da graça, o carmelita pertence a Maria por uma questão vocacional, como seu irmão e sua irmã, assim somos oficialmente chamados: Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. Além de todos os exemplos que Nossa Senhora nos oferece com sua vida, de modo par cular, ela se apresenta a nós como modelo imitável e perfeito de carmelita. Trazer o hábito da Virgem Mãe não é outra coisa que assumir, em primeiro lugar, sua maternidade e, em segundo lugar, assumir sua vida para nós. Não seria isso uma glorificação de suas virtudes? Não seria isso um louvor de sua glória sobre a Ordem que a ela pertence? “A Virgem Maria enche com a sua presença a vida da Ordem, que tem as suas origens no Monte Carmelo. Da capela ali dedicada a Nossa Senhora recebe o nome e ostenta como sinal de glória o viver, com a aprovação da Igreja, em obséquio de Jesus Cristo e de sua Mãe. O Carmelo Teresiano experimentou profundamente e consolidou esta inspiração mariana original, seguindo as pegadas dos seus Santos Padres que propuseram a Mãe e Senhora da Ordem como modelo de oração e abnegação no caminho da fé, e como mulher entregue de alma e coração à escuta e contemplação das palavras do Senhor, sempre dócil aos impulsos do Espírito Santo e
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associada ao mistério pascal de Cristo pelo amor, pela dor e pelo gozo.” (Cont. OCD 48). A par r dessa citação das Cons tuições OCD, percebemos como núcleo central da nossa vocação o viver em favor de Jesus e de Maria. O Carmelo é todo voltado para a imitação de Maria, enxergando nela o protó po do discípulo que escuta a palavra de Deus e, no silêncio da obediência, se coloca para cumprir a vontade de Deus: “Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a observam” (Lc 11, 28). A oração e a abnegação no caminho da fé são fulgores de Maria que irradiam nossa caminhada e nos apontam a estrada certa desse caminho que é subida do Monte. Conforme a doutrina de São João da Cruz, bem expressa na sua obra Subida do Monte Carmelo, vemos Maria como essa mulher abnegada de si em favor de Deus e dos outros, uma mulher que se punha a ouvir o silêncio de Deus, uma mulher que sempre negou sua vontade quando esta não era a vontade Deus, uma mulher cujo único desejo é estar livre e disponível para que nela se cumpra tudo o Deus quis e planejou para sua vida. A Virgem Maria, embora sendo a Mãe de Deus, nunca se envaideceu por esse privilégio. Ninguém em Nazaré intuía sua grandeza e beleza. Santa Elisabete da Trindade dirá inclusive que até a própria Virgem Maria era desconhecedora de toda a sua beleza! Que mulher alta, que mulher inefável! Mas só podemos compreender essa sua altura e dignidade olhando nela a sua baixeza e humildade. Pois, como dirá santa Teresa, se foi a humildade de Maria que atraiu para ela o Verbo Eterno do Pai, é essa mesma humildade que nos faz proclamá-la bem-aventurada dentre todas! “Porque Ele olhou para a humildade de sua serva, por isso, de agora em diante, todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque fez grandes coisas por mim Aquele cujo nome é Santo” (Lc 1, 48s). O carmelita que traz em si o “hábito” de Nossa Senhora, ou seja, que a tem por Irmã e modelo de vocação, nunca deve se descuidar da humildade nem do abandono à vontade de Deus a par r da renúncia de si. O Caminho da perfeição é uma Subida do Monte, uma subida de negação e de abandono na fé. Maria não vivia alguns momentos com Deus, senão que Ele mesmo era sua vida. Se soubermos confluir bem os ensinamentos de Santa Teresa e São João da Cruz, encontraremos na vida da Virgem Maria a realização perfeita da doutrina de nossos pais. Outro aspecto da vida de Nossa Senhora que o carmelita deve considerar em sua vida é a oração, e
devemos entender oração aqui, segundo os moldes carmelitanos: um encontro de amizade com quem sabemos que nos ama, e um encontro de amor que recreia e enamora a alma. A oração carmelitana é a imitação da oração de Cristo. Percebemos vastamente nos evangelhos que, quando Jesus ia rezar, ele preferia ambientes afastados, geralmente sobre um monte, à noite e sozinho. Jesus é um homem de oração solitária e silenciosa. Não há nos Evangelhos um único registro de que os apóstolos oraram com o Senhor. Podem se orgulhar de terem comido com Ele, de terem caminhado ao seu lado, de terem dormido em sua companhia, mas nunca de terem orado com Ele. Jesus é um homem de deserto, e o deserto tem duas caracterís cas: o silêncio e a solidão. Com a Virgem Maria não foi diferente, diria que Jesus aprendeu dela a configurar sua oração nesses moldes. Embora nunca encontremos no texto sagrado alguma passagem que nos apresente as disposições oracionais de Nossa Senhora, podemos intuir, quase com uma certeza cega, conhecendo já a personalidade recolhida de Maria, que ela era uma mulher de “música calada” e de “solidão sonora”, como canta São João da Cruz. Santa Elisabete da Trindade, em uma de suas cartas, apresenta a Virgem Maria como aquela que conduz o carmelita na vivência da sua vida espiritual. À Nossa Senhora cabe o ensino da vida interior: o amor ao silêncio e à oração e uma disposição interior
de recolhimento que favorece a in midade com Deus: “Eis a inteira vida do Carmelo: viver Nele; então todos os sacri cios, todas as imolações se tornam divinas, a alma vê Aquele que ama em tudo e tudo leva a Ele: é um con nuo face a face! Já vê como pode ser carmelita de alma. Ame o silêncio, a oração, porque é a essência da vida no Carmelo. Peça à Rainha do Carmelo, nossa Mãe, que a ensine a adorar Jesus em profundos recolhimentos; ela que ama tanto suas filhas do Carmelo, sua ordem privilegiada, e que é a nossa primeira padroeira.” (Sta. Elisabete, c a r t a 1 3 6 ) . O c a r m e l i t a q u e q u e i ra v i v e r perfeitamente sua vocação deve aprender a orar como Maria. Perguntamo-nos agora, iluminados por essa provocação de Santa Teresa: “Seja tudo para glória e louvor da gloriosa Virgem Maria, cujo hábito trazemos”, de que modo devemos proceder para glorificar e louvar a Virgem Maria? Enquanto carmelitas, quais os aspectos da nossa vocação devemos nos esforçar mais para viver, a fim de poder honrar o “hábito” de Maria que, indignamente, trazemos? Que esses ques onamentos nos ajudem em nossa autocrí ca vocacional e sejam para nós indicadores de mudança. Não é possível viver uma saudável radicalidade da vocação à qual pertencemos se não formos amigos ín mos de Nossa Senhora. Que a nossa vida seja um louvor de glória tanto a Deus quanto a Maria, de quem o carmelita vive em obséquio.
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Testemunho
“Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?” (Salmo 8,5)
Marisa Maria Teresa de São José, ocds Comunidade Santa Edith Stein – Divinópolis/MG Quando recebi o pedido para escrever meu testemunho de carmelita secular, bastou refle r um pouco para perceber que são quase 19 anos de caminhada, e realmente o Senhor tem me tratado com muito carinho neste percurso. O Carmelo começou a entrar em minha vida desde que eu par cipava do grupo de jovens de minha paróquia. No nosso encontro, quando se discu a sobre vocação religiosa, apesar de estar em meio à espiritualidade franciscana – à qual pertencia nossa paróquia – e de nosso es lo de vida ser todo franciscano, eu sempre dizia que me sen a atraída pela clausura do Carmelo, e sequer conhecia o mosteiro de minha cidade. Nessa época, uma amiga do grupo de oração foi ser monja carmelita e sua a tude me chamou muito atenção, mas mesmo assim eu não ia ao Carmelo nem para vê-la. Assim foi passando o tempo, fiquei envolvida com meus estudos e, quando estava no úl mo ano da faculdade, comecei a namorar o meu ex-marido que, por “coincidência”, era amigo do Carmelo e havia vivido como eremita. Logo no início de nosso namoro, ele me levou ao Carmelo. Era um domingo após o almoço e o sol estava bem forte. Fomos caminhando e, para “cortar” caminho, subimos uma rua bem
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íngreme. Tive muita dificuldade para subir e foi preciso muito esforço para conseguir alcançar o cume. Cheguei sem fôlego ao Carmelo. Esse primeiro contato ficou gravado em meu coração. Lembro cada detalhe desse dia. Porém, quando fomos embora naquele dia, o Toninho observou que eu não olhava para a Irmã enquanto conversávamos, que eu ficava de cabeça baixa. Por várias outras vezes ele me fazia este comentário dizendo: olha para as Irmãs! Comecei, com um tempo, a olhar para todas as Irmãs, e quanto mais as olhava mais apaixonada pelo Carmelo eu ia ficando. O certo é que uma grande amizade se formou entre mim e elas. O Carmelo tornou-se para mim um “porto seguro”, lugar onde eu compar lho toda a minha vida. Eu e meus filhos temos o Carmelo como nosso segundo lar. Enfim, tudo o que vivemos é compar lhado com as Irmãs, tanto que quando eu e meu marido decidimos nos separar, a Irmã disse uma grande verdade: vocês nunca se casaram de fato! Entretanto, nós dois, desde então, vivemos uma vida consagrada a Deus. Durante todo esse período de, aproximadamente, sete anos de convivência com o Carmelo, antes de conhecer o Carmelo Descalço Secular, a única
literatura carmelitana a que ve acesso foi o livro História de uma Alma, de Santa Teresinha, e o fato que mais me chamou atenção, na minha “santa ignorância” foi o casamento da santa. Teresinha ves u-se de noiva para unir-se a Nosso Senhor em sua profissão solene. Isso foi a grande novidade para mim: a entrega total das monjas ao seu amado Esposo. Passei a olhar as Irmãs como esposas de Cristo. Tempos depois, recebi o convite de Irmã Maria Helena para par cipar da Comunidade OCDS Santa Edith Stein. Naquele dia, eu nha ido ao Carmelo muito angus ada e a Irmã que me atendeu na portaria, percebendo o meu estado, sugeriu que eu fosse à capela, e assim o fiz. Fiquei prostrada ante o sacrário, como se já soubesse estar com Ele em amizade ín ma e a sós, na certeza de Seu amor. Também Lhe dizia algo parecido com o que Santa Teresa escreveu em sua poesia: “Vossa sou, Senhor, para vós nasci./ Que mandais fazer de mim?”. As lágrimas, que chegaram a molhar o chão, foram recompensadas pela infinita compaixão de Jesus ao olhar para mim. Quando saí da capela, Irmã Maria Helena me aguardava na janela da sacris a. – Marisa, estamos começando um grupo da OCDS, gostaria muito que você par cipasse. São dois encontros por mês e em casa você terá o compromisso de fazer a oração da Liturgia das Horas, mas isso não vai tomar muito seu tempo, são só uns 20 minu nhos... Iluminou em minha alma o que eu não via. O amor estava ali e eu não percebia. Sen uma felicidade. Eu conheci de fato o carisma teresiano frequentando a OCDS. Todas as formações me fascinavam. Fui ficando cada vez mais envolvida. O amor fraterno entre os membros da comunidade era imenso e me ca vava. Comecei a ver o Carmelo com outro olhar. Irmã Maria Helena foi quem, no início, ministrou a formação para nós, os primeiros membros do grupo. Ela sabia transformar momentos simples em grandes momentos. Sabia colocar-nos muito próximos de Santa Teresa de Jesus, falava como se vesse convivido com ela pessoalmente, tamanha era a riqueza de detalhes em suas colocações a respeito da Santa. Apresentava-nos a Santa muito humana, muito próxima de nossa realidade. Enfim, foi Teresa de Jesus quem me “laçou”. Depois que a conheci, não sei mais viver sem essa mãe, porque através dela eu encontrei Cristo em mim mesma. Via Cristo em tudo, como em minha
juventude. Mas em mim?... Apesar de saber que em mim habitava, somente agora comecei a enxergá-Lo. É muito linda a experiência de Santa Teresa. Quando dei por conta, estava totalmente envolvida com sua espiritualidade. Rezo com suas poesias. Leio e releio seus livros. No ano de 1998, ve a graça de par cipar pela primeira vez do Congresso Provincial OCDS, em São Roque (SP). Foi uma experiência maravilhosa a convivência fraterna com os par cipantes da OCDS de toda parte do Brasil e também com alguns frades OCD. A formação me fez entender a organização da Província e da família Carmelitana Descalça. Seculares, frades e monjas: três ramos de uma mesma espiritualidade e uma só família. Voltei do Congresso com um novo olhar sobre a iden dade carmelitana secular e com a certeza de que este é o meu lugar. Posso dizer que encontrei um sen do para minha vida.
Vivenciar o testemunho de vida teresiana das monjas, dos frades e dos meus irmãos seculares confirmou a minha vocação à OCDS. Sinto um grande desejo de seguir o ensinamento teresiano e beber da fonte que é Cristo. Estou aprendendo a ter um olhar contempla vo. Olhar os santos carmelitas. Olhar as monjas. Olhar os frades. Olhar meus irmãos seculares. Olhar o mundo. Olhar para dentro de mim mesma. E ver que encontrei no Carmelo Tudo que me faltava: Deus em mim. Enfim, con nuo sen ndo a mesma dificuldade em subir o monte, porém caminho feliz, dando graças a Deus, na esperança de um dia chegar ao cume e avistar uma linda planície. Sou feliz por fazer parte dessa família. MONTE CARMELO
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Entrevista
Frei João de Deus, ocd por Danielle Cabral, ocds Comunidade Flor do Carmelo de Santa Teresinha Fortaleza-CE
1. Frei João de Deus, é com grande alegria que a Comissão de Comunicação está aqui para entrevistálo. Nós gostaríamos de conhecê-lo melhor e, por isso, pedimos que se apresente para nós e nosso público. Fale um pouco de você, sua família suas origens. Sou Frei João de Deus e sou natural do município de Carmo de Minas-MG, próximo à Cidade São Lourenço, onde nasci e fui ba zado. Nasci em 17 de dezembro de 1968, em uma grande família de 12 filhos e católica pra cante. Um irmão meu (Marcio Roberto) também é sacerdote da diocese de são José dos Campos-SP. Até aos 19 anos, vivi com meus pais no sí o, trabalhava na lavoura e cuidava dos animais. A par r daí, mudei-me para a grande cidade de São José dos Campos-SP, onde morei com meus irmãos e trabalhei nas indústrias. Com 23 anos entrei no Carmelo Descalço e, a par r daí, morei em vários lugares. Minha penúl ma conventualidade, até 05 de julho de 2017, foi na Holanda, onde vivi oito anos e meio. Atualmente moro em nosso Convento Santa Teresinha, no Rio de Janeiro, juntamente com mais cinco confrades. 2. Gostaria que nos contasse como aconteceu o chamado de Deus em sua vida para seguir a Vida Religiosa? Minha família foi a base de tudo. Em minha casa, sempre rezávamos o Santo Terço em família antes de dormir. Quando eu nha 17 anos de idade, conheci um grupo de jovens e me apaixonei por Jesus Cristo. Sempre digo que devo muito aos jovens, pois foram os jovens que me apresentaram Jesus Cristo. A par r daí não deixei mais de andar com Cristo e Ele foi me conquistando a tal ponto que, quanto mais eu me doava na igreja, no grupo de Oração da RCC e pastorais, maior se tornava a sede por Ele. Certo dia, o coordenador do grupo e uma catequista da comunidade me aconselharam a
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procurar informações vocacionais. Fui obediente à voz do Senhor que me chamava por meio deles e iniciei um acompanhamento vocacional. E com a ajuda do diretor espiritual, tomei a decisão de entrar no Carmelo, em 1992. Encontro-me no lugar certo. Sim, o Carmelo é o meu lugar. Sou muito agradecido ao nosso bom Deus pela vocação Carmelitana. 3. Conte-nos sua experiência como frade e sacerdote brasileiro na Fundação dos Frades Carmelitas Descalços na Holanda. Certo dia, Deus disse a Abraão: “Sai da tua terra, da tua família e a casa de teus pais e vai para a terra que eu vou te mostrar...”. Assim fez Abraão e par u para uma terra desconhecida. Com a nossa província São José, do sudeste, não foi diferente, pois o Senhor nos chamou para fundar na Holanda e quando fui convidado para fazer parte da fundação, me sen como Abraão que foi enviado pelo Senhor. Como o novo sempre nos 'amedronta', comigo não foi diferente. Par para a Holanda bastante inseguro, mas confiante, pois sabia que o mesmo Deus que me enviara iria me acolher lá. E assim aconteceu. Minha experiência em terras holandesas foi muito linda. Sou muito grato ao Senhor por tudo isso. Desde os primeiros dias, e aqui me recordo com alegria, quanta generosidade e proximidade do Senhor!! Fui com vários planos no coração e com o passar do tempo o próprio Senhor foi mudando e transformando tudo como Ele queria. No dia 08 de janeiro de 2009, par para a Holanda com um pensamento, o de ficar lá até quando
necessitasse e assim aconteceu, pois depois de 8 anos e meio retornei para o Brasil com a sensação de missão cumprida. Ao querido povo Holandês, o meu muito obrigado por tudo. Ao nosso povo lindo do Brasil que vive lá, deixo o meu muito obrigado, pois foram eles que nos ensinaram a sermos Carmelitas missionários nos Países Baixos. Aos amados irmãos e irmãs do Grupo de Oração Servos do Amor da paróquia Nossa Senhora de Fá ma, na grande cidade de Amsterdam, o meu muito obrigado. Com eles trabalhamos bastante com re ros, encontros, festas e estudos. Tudo isso em prol do Reino de Deus. Aos membros da Comunidade Portuguesa e Cabo Verdeana de Den Haag e de Roterdam, o meu muito obrigado por tudo. Aos irmãos e irmãs da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, em Handel, tenho muito a agradecer. Pois Deus nos deu a Graça de, com eles, iniciarmos a Comunidade e trabalharmos muito para a propagação da fé em terras holandesas. O que mais dizer depois de tudo isso? Tudo é graça. Deus é bom.
4. Poderia falar um pouco também do seu retorno ao Brasil? Às vésperas de retornar para o Brasil era comum ouvir a pergunta a nós dirigida: Frei, você está feliz por retornar ao Brasil? Minha resposta era sincera quando dizia que o sen mento era duplo, pois, em primeiro lugar, retornar ao Brasil me fazia com certeza muito feliz. É o meu Brasil. Por mais que infelizmente estejamos vivendo essa situação delicada na polí ca brasileira, etc. O Brasil é o Brasil e con nua lindo. Do outro lado “deixar” as amizades, deixar tudo para “avançar para as águas mais profundas”,
confesso que não é fácil, mas dizer SIM ao Senhor é mais importante, afirmava, tentando consolá-los diante daquele sen mento de “ovelhas sem pastor”. O religioso, o sacerdote é aquele que é de todos e não é de ninguém e nem de si próprio. Quando o Senhor nos chama para segui-Lo, Ele não nos dá tempo para calcular as 'vantagens e desvantagens' do seguimento. Seu discipulado consequentemente exige: PRONTIDÃO, DEIXAR TUDO E TOTAL DISPONIBILIDADE. 5. Quais as suas expecta vas para este triênio como
delegado para a OCDS? Estou muito feliz com esse presente de Deus. Antes mesmo ainda de chegar ao Brasil, o Senhor já me confiou a OCDS. Vejo tudo isso como um grande presente de Deus para mim. Estou muito grato e feliz. Sinto-me muito em casa com a OCDS, afinal, somos irmãos. O Senhor nos chamou para anunciarmos o Seu Reino juntos. Cada um, em sua realidade, é convidado a dizer “Sim” ao Senhor diante dessa estupenda proposta de torná-Lo conhecido e amado de acordo com o nosso magnifico Carisma Teresiano. “Juntos andemos Senhor”. Ainda não conheço todas as Comunidades e Grupos da OCDS que me foram confiadas nesse triênio, mas espero, com alegria, logo conhecer a TODOS e individualmente poder dizer olhando nos olhos de cada um: Que bom que o Senhor nos chamou para o Carmelo! 6. Gostaríamos que deixasse uma mensagem para os leitores da Revista Virtual Monte Carmelo. Ser Carmelita Descalço é bom demais. Como é bom estar no lugar certo. Como é bom poder fazer parte de uma Ordem que tem lugar para todos. Nesse mês Vocacional que nossa Igreja celebra as vocações sacerdotal, religiosa, familiar e leiga, convido você leitor que ainda não conhece o Carmelo a procurar conhecê-lo e a você que conhece esta “Vinha do Senhor”, convido-lhe a viver assumindo o jeito de amar de Cristo seguindo os ensinamentos dos nossos Santos Carmelitas. Que a Virgem Maria nossa Mãe e Irmã, que a Santa Madre Teresa e o Santo Padre João da Cruz nos ajudem na caminhada afim de que possamos caminhar sempre com os olhos fixos em Jesus.
Muito obrigado! Frei João de Deus, ocd.
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Congresso de Casais OCDS
por Fábio e Juliana, ocds Comissão de Casais da OCDS
O 2º Congresso de Casais OCDS aconteceu no Centro Teresiano de Espiritualidade, em São Roque/SP, nos dias 21 a 23 de julho de 2017. Contamos com a par cipação de 13 casais, a maioria da região Nordeste, que muito se empenharam em vencer desafios e beber deste momento preparado com muito carinho. Iniciamos o Congresso no dia 21/07 com a Santa Missa presidida pelo nosso Assistente Fr. Cleber, OCD.
A Abertura Oficial do Congresso foi realizada por Fr. Cleber, OCD. Terminamos o dia rezando Completas e ficamos diante de Jesus Eucarís co num momento de Adoração muito especial para os casais, com reflexões de Santa Elizabete da Trindade preparadas por Danielle Cabral, da Comunidade Flor do Carmelo de Santa Teresinha, de Fortaleza/CE.
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Num segundo momento, já entrando no Castelo a dois - deserto do casal.
O casal João Victor e Izabel, da Comunidade São João da Cruz, de São Luís/MA, trabalhou o tema: Educar os filhos para o céu.
No dia 22/07, começamos nosso dia com a Santa Missa, e, em seguida, o ciclo de palestras. Com o propósito de entrar com nosso cônjuge no Castelo Interior, o casal Gerardo e Mônica, da Comunidade Rainha do Carmelo, de Fortaleza/CE, falou sobre o tema: O Castelo Interior na Vida Matrimonial.
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À noite, foi preparado, por Rose Pio o, um jantar especial com muito roman smo, alegria e música.
Em seguida, o casal Fábio e Juliana, do Grupo Flor do Carmelo, de Bauru/SP, apresentou o tema: Linguagens de Amor.
O casal Erasmo e Nádia, da Comunidade Flor do Carmelo de Santa Teresinha, de Fortaleza/CE, conduziu o Momento Mariano, que consis u na reza do Terço do Amor, e, em seguida, cada casal rezou à Virgem San ssima e a São José, e ambos se aspergiram com água benta.
No dia 23/07, úl mo dia do Congresso, iniciou com a Santa Missa presidida por Fr. Cleber, OCD, que também falou sobre o tema: Vivendo a conjugalidade no matrimônio.
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A experiência de preparar o Congresso foi indescri vel, viver o abandono em Deus que tudo conduziu. Agradecemos a Ele pelo privilégio de contribuir na sua obra. A todos os irmãos da Comissão, Luciano e Ruth, Fr. Cleber, Fr. Salinho, Rose, Danielle e Romário, que a alegria de ser carmelita seja sempre renovada em suas vidas!
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(Jo 19,26)
Congresso de Jovens 2017
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2ª Congresso de
ovens CARMELITAS 28 a 30 de Julho
LEMA: “Seja tudo para glória e louvor da gloriosa Virgem Maria, cujo Hábito trazemos” (V 36.28) TEMA:
por Matheus Ferreira da Silva, ocds Comunidade Santa Teresinha, Alma Missionária - Fortaleza-CE Comissão de Jovens da OCDS
E
ntre os dias 28 a 30 de Julho de 2017, foi realizado o 2º Congresso de Jovens Carmelitas em São Roque-SP, com o tema “Eis aí a tua mãe” (Jo 19,26) e lema : “Seja tudo para glória e louvor da gloriosa Virgem Maria, cujo hábito trazemos” (V 36, 28). O encontro proporcionou à juventude carmelitana presente, advinda de vários estados, um momento de encontro e de restauração no carisma e na espiritualidade carmelitana. A recepção dos par cipantes se deu por parte da Comissão de Jovens do Carmelo Descalço no local do encontro, Centro Teresiano de Espiritualidade.
A abertura do Congresso se deu com a celebração da Santa Missa presidida por Frei Pierino. Após a Santa Missa e o jantar, houve a abertura oficial do Congresso, com a composição da mesa pela Comissão organizadora, Wilderlânia Lima, coordenadora da
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Comissão de Jovens da OCDS; Lucas Anderson, Vicecoordenador da Comissão de Jovens; Matheus Ferreira, secretário da Comissão de Jovens; Marcilâne Gley e Humberto Macieira, tesoureiros da Comissão de Jovens; Frei Henrique, assistente espiritual do Carmelo Jovem.
A mesa deu início aos trabalhos com a exposição do Instrumental de Jovens que apresenta as metas da comissão para o triênio e com isso tornar claro e acessível como se norteará os trabalhos do triênio para a juventude carmelitana. Ainda na noite de abertura foi realizada a primeira palestra ministrada por Luciano Dídimo, presidente provincial da OCDS, com o tema: “Nos passos do discípulo amado”. Na oportunidade, o palestrante abordou o Documento de preparação para o Sínodo dos Bispos sobre a juventude a ser realizado em Roma em 2018. Nos passos do discípulo amado, foi relembrada a importância de estar nos passos do amor de Cristo, através da nossa história, os vários “sim” que Deus nos chamou a dar para seu projeto.
conhecimento e entrosamento dos irmãos da Virgem do Carmo. A manhã de sábado começou com a celebração da Santa Missa presidida por Frei Afonso, superior da Província São José, que também conduziu a colocação que levou como tema “Eis ai tua mãe” (João 19,26), na qual, de forma fraterna, exortou a toda a juventude a retornar as origens do amor e devoção verdadeira para com a Virgem Maria, a estar atenta a essência do amor para com Maria, que, sendo nossa mãe, estende a nós todos seu amor e sua proteção maternal , e como carmelitas nos tornamos também filhos seus, mas para isso é necessário sair somente do que é externo para alcançarmos a graça da imitação a Maria.
Após a colocação de Luciano, os jovens foram conduzidos a um momento de in midade com Deus por meio da adoração eucarís ca. Nesta oração da noite, foi vivido um momento forte na presença do Senhor, e a juventude carmelitana pôde meditar sua jornada vocacional, de vida, os chamados que Deus fez em suas vidas.
No dia seguinte, deram-se con nuidade as colocações e contribuições para o Congresso de Jovens que em toda sua realização contou com a intensa intercessão de Maria no trabalho de
A programação seguiu com os intervalos, momentos de gincana, par lha, conversa entre os jovens e aprofundamento da experiência do carmelo na vida pessoal de cada um. Para encerrar a parte da manhã, o jovem Artur Viana, Coordenador da EFES da OCDS - Polo Norte/Nordeste, conduziu a palestra que trazia o lema do congresso, e em sua exposição nos relembrou nossa missão de carmelitas pertencentes à Virgem do Carmo e sinal de seu amor no mundo e dos ensinamentos de seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo. Como carmelitas devemos exercitar no MONTE CARMELO
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silêncio do Monte Carmelo tudo aquilo que a Virgem nos ensinou a ouvir de Seu Filho Jesus e mostrarmos assim os sinais de nosso serviço.
Pela parte vesper na do sábado, foi realizada a mesa redonda que levou como tema: “A igreja é toda de Maria” e surgiu como um momento enriquecedor e propício para aprofundarmos o pensamento do Carmelo diante de algumas realidades e prá cas na Igreja, para cada vez mais nos moldarmos a espiritualidade que nos ca va e nos chama ao serviço dos irmãos. Compuseram a mesa: Ruth , conselheira da OCDS e Frei Salinho, OCD, sendo a mesa presidida e mediada por Matheus Ferreira, secretário da comissão de Jovens. A mesa foi uma oportunidade de rar dúvidas e fazer esclarecimentos próprios da dimensão juvenil e do amadurecimento dentro da questão doutrinal da Igreja e do próprio Carmelo, a Igreja é toda de Maria e por isso existe lugar para todos os seus filhos, cada um manifestando sua forma par cular de espiritualidade, e dentre estas formas existe a espiritualidade carmelitana com toda a sua riqueza.
Após a mesa-redonda, seguiu-se um intervalo. Ao retornar, vemos uma animada colocação sobre o DOCAT realizada pela Coordenadora da Comissão de Jovens, que, de forma veemente, exortou toda a
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juventude presente a despertar para a realidade social de nossa igreja e ao serviço que nós carmelitas devemos prestar em comunhão com toda a igreja por toda a sociedade, a sermos sinais do amor de Deus sendo sal e luz por onde passarmos e, a exemplo da Santa Madre, demonstrarmos com as obras as marcas de nossa oração.
A tarde concluiu-se com a Liturgia das Horas e com um momento mariano de profunda in midade com a Virgem por meio do Santo Terço meditado.
Pela noite, foi vivido o recreio carmelitano, ocasião de muita alegria e diversão, e mais que isso, união e fraternidade entre todos que estavam vivenciado este tempo de graça em suas vidas. Após o recreio, os congressistas se recolheram para mais um dia de graça em Deus.
vocação carmelita sopra para longe as cinzas que cobriam as brasas de nosso amor pelo serviço de Deus, e assim animados, somos encaminhados a viver profundamente este tempo novo.
O úl mo dia do Congresso, domingo, dia do Senhor, iniciou-se com a oração das laudes, juntamente com uma dinâmica oracional diante do San ssimo Sacramento, conduzida pelos frades estudantes da OCD.
Após os momentos de foto oficial e dos avisos, foi celebrada a missa de envio dos jovens, momento de despedida do Congresso e início da missão juvenil nas regiões mais diversas da província. Esse momento de envio foi pela entrega dos ícones de Nossa Senhora a jovens representantes das diversas regiões de nossa província onde a OCDS está presente.
A úl ma palestra do congresso ficou por conta de Frei Henrique, assistente espiritual do Carmelo Jovem, trazendo para nós a temá ca de “Um tempo novo, tempo de esperança!”. De forma alegre e contagiante, os jovens se sen ram convidados a abraçar novamente suas vocações, seus caminhos, a se abrirem defini vamente ao amor de Deus para vivenciarem de fato um tempo novo em Deus. A
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todos os defeitos, eles apenas me AMARAM, e para mim já foi muito, e eu já estava muito feliz, queria nem vim embora. Quando, na missa de envio, chamam meu nome e me entregam o ÍCONE, na hora até brinquei, mas depois eu pensei, Jesus realmente escolhe os loucos, como eu fui escolhida para levar o Ícone que representa o CENTRO OESTE? E fiquei me perguntando por que eu; e depois veio a resposta: “porque você me AMOU no simples, e quando se é fiel ao pouco eu confio mais...” Eu amei muito tudo o que vivi lá, e amando tudo, eu amei a Deus, e fui amada, e por todo esse amor, Deus me revelou seu amor por mim, do qual, por algumas vezes, eu já nha chegado a ques onar, mas no 2º Congresso de Jovens Carmelitas no Centro Teresiano, em São Roque, todos os ques onamentos caíram por terra, pelo amor dado pela organização do evento e principalmente pela COMISSÃO DO CARMELO JOVEM DA OCDS.
O Congresso foi um momento de grande enriquecimento na vocação e chamado ao serviço, e pretende se estender como uma chama por todos os lugares onde, nós carmelitas seculares, somos chamados a estar.
TESTEMUNHO DOS JOVENS Ana Carolina - Brasília/DF Grupo Santa Teresa de Jesus O Congresso foi uma experiência indescri vel para mim, minha primeira viagem de avião, minha primeira vez em São Paulo, meu primeiro contato com o Carmelo de outros lugares, então para mim só por ter estado em São Roque, já seria algo inesquecível. Mas a comissão nha algo especial guardado para mim, enviado por Deus: o AMOR! Como me sen amada nos dias em que passei no Centro Teresiano!!! Não sei como dizer, mas cada detalhe, a recepção, o quarto, as refeições, as palestras, a dinâmica, as pessoas, tudo nha amor, tudo era por amor, e no congresso pude sen r o mandamento AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MEMSO, porque foi isso que as pessoas envolvidas fizeram comigo, me amaram, mesmo eu sendo doidinha, risonha, faladeira, brincalhona, “perguntadeira”, independente de
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Marcilane Glay - Maceió/AL Grupo N.S. do Monte Carmelo Para mim, o congresso foi sinal de que Deus está na minha vida e uma prova do quanto necessito Dele e do quão fraca sou para con nuar sem Ele. Para além disso, pude enxergar o quanto somos mais felizes juntos, apenas através de um olhar que demonstra alegria em estar com o outro. Simplesmente isso. Foi mais que bom, foi compar lhamento de amor. O amor carmelitano que nos preenche da presença do Pai.
Gilcivânia Alves - Fortaleza/CE Com. Rainha do Carmelo Para mim, o Congresso foi uma intensa experiência de amor e gra dão. Como Deus foi e é bom para mim! Lembrei-me de todas as experiências que ve com Ele e não merecia tanto amor e uma família tão linda como a nossa, mas Deus fez, me seduziu cedo, me deu uma vocação cedo, não deixou afastar-me Dele e me prendeu aqui e Nele, para sempre, sempre, sempre! Que privilégio o nosso, de podermos dizer que nossa juventude é do Senhor, podermos dizer que desde a juventude vivemos nos átrios do Senhor. Eu ve sede de águas mais
profundas, de mais in midade com Deus, eu queria mais Dele e Ele mostrou a Fonte que hoje sacio minha sede Dele: O Carmelo! O 2° Congresso do Carmelo Jovem foi uma obra abençoada por Deus e, com certeza, não ajudou somente a mim, mas deve ter renovado a fé de todos que par ciparam desse evento maravilhoso.
Thomas Samways - Franca/SP Comunidade Para mim, o congresso chegou na hora certa. Em um momento que me vi desamparado e enfraquecido na fé, Cristo me concedeu a oportunidade de começar uma nova fase. Por intercessão de N. Sra. do Carmo, Ele me apresentou o jeito teresiano de caminhar que, nas palavras de Frei Henrique, ensina que "devemos ser cristãos alegres, não cristãos encapuzados." Foi muito bom estar na presença de irmãos tão queridos e aprender um pouquinho com cada um. Ainda que os par cipantes do Congresso fossem das mais variadas regiões, não demorou muito para sen rmos que éramos irmãos, pois Jesus Cristo é nosso irmão e a Virgem Maria, nossa mãe. Desde a equipe da Comissão até os membros mais jovens, todos eles me deram muita esperança e alegria, o que deixou claro que o futuro do Carmelo Jovem e, por conseguinte, da OCDS está em boas mãos. Só tenho a agradecer, uma vez que minha relação com Cristo, minha alegria e esperança, é resultado da intercessão de Nossa Senhora e da ação do Espírito Santo, através da Família OCDS. Realmente, quando todas as portas estão fechadas, Deus abre as janelas. O Carmelo e tudo o que ele oferece foi, para mim, essa janela aberta por Deus.
Jociane da Silva, Varginha/MG Com. Sagrada Face O Congresso de Jovens Carmelitas foi uma surpresa do amor de Deus, um afago de Nossa Senhora em minha alma. Quando
penso em tudo o que vivi, meus olhos marejam e meu coração se estremece novamente, como se atualizassem as graças recebidas naqueles dias... É Nossa Senhora guardando em meu coração para que eu não mais me esqueça. Na sexta-feira, quando cheguei, as únicas pessoas que conhecia eram a San ssima Trindade, a San ssima Virgem e São José. Foram eles que, com a delicadeza de meu Anjo da Guarda, não me deixaram desis r de ir a São Roque em meio a tanta midez e introversão que me assolam. Foram breves os momentos em que consegui interagir, mas foram perfeitos, pude ver a grandeza e a profundidade do ser de cada jovem que ali estava, também cheios de desejo, gra dão, dúvidas, vontades... Foram graças atrás de graças! Agradeço imensamente a Deus por ter colocado a Wil e a toda Comissão em meu caminho que com todo jei nho colaborou com a Providência Divina para que eu conseguisse me deslocar até o CTE, já que humana e financeiramente era impossível. O Congresso mexeu comigo, sinto-me mexida ainda... É como se Deus retomasse uma obra de restauração que há tempos eu não deixava... É como se a subida do Monte Carmelo de fato vesse começado. O pouco e raso contato que ve com a Espiritualidade Carmelitana durante a minha vida me atraíram e hoje, ao portar o Ícone de Nossa Senhora, me sinto de fato e s c o l h i d a p a ra u m a m i s s ã o d e n t ro d e s t a espiritualidade. Estou pronta? Não. Ainda estou conhecendo e aos poucos me enamorando, mas sei que nada é por acaso e se em Minas Deus me quis, Ele sabe como me conduzir e como conduzir tudo e todos. Uma palavra resume os dias de Congresso: gra dão. Gra dão a Deus por incomensurável amor; gra dão à Virgem do Carmo pela su leza dos toques; gra dão a São José, meu eterno amigo do céu; gra dão ao meu Anjo da Guarda, pelas incansáveis batalhas que trava comigo e por mim; gra dão à Santa Teresinha que foi a primeira a me falar que Jesus nha um belo jardim chamado Carmelo; gra dão à OCDS Sagrada Face por me enviar ao Congresso; gra dão à Comissão por todo esforço descomedido para que tudo ocorre conforme a vontade de Deus; gra dão à Teresa, minha companheira de viagem e de quarto, por me aturar; gra dão a cada jovem que ali me acolheu, sorriu, abraçou sem ao menos me conhecer; gra dão aos freis por toda san dade exalada nas palavras e nos gestos.
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Escola de Formação
Escola de Formação Edith Stein GERANDO FORMADORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS MÓDULO III - DIMENSÃO CARMELITANA Polo Sudeste “O propósito da formação é a preparação de indivíduos inspirados pelo Espírito Santo a viver uma vida espiritual de acordo com os princípios da espiritualidade dos Carmelitas Descalços". (Ra o Ins tu onis da Ordem Secular, Art. 06). No mês de julho de 2017, vemos a realização de mais um módulo da Escola de Formação Edith Stein – Polo Sudeste que foi o Módulo III - Dimensão Carmelitana. Este curso é direcionado a todos os formadores, possíveis formadores e interessados na formação OCDS. E para isso estamos trabalhando todas as possibilidades para que todos tenham acesso e oportunidade de estarem junto nesta caminhada. Contamos com professores muito capacitados na área estudada e agradecemos novamente a estes que tão bem nos fizeram com a informação e com a formação. Foram: Frei Cesar Cardoso, ocd - História da Ordem Frei Aurílio, ocd - Santa Teresa de Jesus e o Carmelo Descalço Frei Deneval, ocd - São João da Cruz - Vida, obras e as virtudes teologais Vera Melo, ocds - Os leigos do Carmelo Descalço por Rosemeire Lemos Pio o, ocds Vice-presidente Provincial OCDS Comunidade Santa Teresinha - Passos-MG
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A realização deste evento se deu com a coordenação da equipe da Escola, contando, agora, com um novo coordenador do polo sudeste: Carlos Almeida.
Trazemos dois testemunhos de alunos da Escola, o de Estela Marcia, formadora do grupo São José de Petrópolis e o de Davidson Sepini.
‘‘Não direi coisas que não tenha experimentado" (Santa Teresa de Jesus) Com Santa Teresa inicio dizendo: "não direi coisas que não tenha experimentado". Assim, na alegria da ex p e r i ê n c i a , c r i stã o - c ató l i c o - c a r m e l i ta n a , testemunho os frutos da Escola Edith Stein. Par ndo de seu ideal cristão católico, a EFES Escola de Formação Edith Stein -, com perfil carmelitano, tem uma proposta de formação aberta a todos aqueles que desejam o autoconhecimento, o crescimento na vida de oração, o conhecimento católico doutrinário, e a doutrina segura dos santos e doutores do Carmelo. Entre seus obje vos gerais, a EFES visa contribuir com a vida de todos aqueles que desenvolvem seus trabalhos como "Encarregado da formação", dentro e fora da Ordem. Testemunho que a dimensão humana da EFES aumentou minha proximidade com a humanidade de Cristo crucificado, ressuscitado e glorificado - "Que olheis para Ele", (Santa Teresa), favorecendo a consciência de um cris anismo mais frutuoso. N o p l a n o d o u t r i n a l - cató l i co, afi r m o te r aumentado o amor e o comprome mento para com a missão da Igreja, que, via de regra, também assumo como minha, a de ser sinal de salvação para os que estão a minha volta, e para o mundo, "como filha da Igreja.» Do plano doutrinal carmelitano, destaco a profunda contribuição da espiritualidade dos santos
doutores, Teresa de Jesus e João da Cruz, que, apesar de eu já ter do experiências prévias com seus escritos, foi inegável meu aprofundamento espiritual e pessoal, fechando lacunas an gas e abrindo outras tantas. O plano espiritual, com seu caráter ordenador, por assim dizer, conduziu-me a consciência evangélica missionária, a par r da sempre renovadora experiência com a Sagrada Escritura. Experiência com o Deus que é Amor (I Jo 4,8), do Deus que é relação, relação que nos leva ao "amor a Deus por Deus, e aos irmãos por Deus". Par ndo do Cristo Homem, descobrindo o Cristo Divino. Como ensina Teresa de Jesus, conhecer para iden ficar-se com Ele. (V 22,7-6) Resumo minhas experiências na EFES, como sendo um momento de estudo e de oração, de encontro com Deus, de crescimento humano, de amadurecimento doutrinário, de contribuição para pastoral e missionária na OCDS e nas demais a vidades cristãs. Concluo: "Em ânsias de amores inflamada. Oh! Ditosa ventura!" ( São João da Cruz) Estela Márcia da Paz Moreira de Araújo Encarregada da Formação - Grupo São José - Petrópolis/RJ.
“Para mim, par cipar da Escola de Formação Edith Stein pela segunda vez, mesmo ainda não sendo membro da OCDS, foi a possibilidade de desenvolver conhecimentos em relação à Ordem Carmelita Descalça e também um momento muito especial de parar com a correria do dia a dia para orar e refle r sobre a existência na fé e numa relação mais ín ma com Deus. Foi uma experiência fundamental para minha evolução. Meus agradecimentos a todos!” Davidson Sepini Gonçalves Professor de Psicologia da UFMG, em Poços de Caldas
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MÓDULO II - DIMENSÃO DOUTRINAL Polo Nordeste Aconteceu nos dias 13 a 16 de julho a segunda edição do Módulo II da Escola de Formação Edith Stein, na cidade Fortaleza. O módulo II obje va introduzir conceitos básicos sobre Eclesiologia, Teologia do Laicato e aprofundar a reflexão acerca da evangelização, sobretudo no mundo contemporâneo. Neste módulo vemos como facilitadores Gustavo, da OCDS de Camaragibe – PE, e Ir. Natanael, religioso redentorista. Divulgamos já as datas, valor e local do próximo Módulo (M. III: Dimensão Carmelitana), que acontecerá, no polo Norte/Nordeste, na casa de Re ro Recanto do Sagrado Coração, Fortaleza – CE, nos dias de 25 a 28 de janeiro de 2018, inves mento de R$ 450,00, podendo ser parcelado desde já. Contamos com a presença dos irmãos!!! por Artur Viana, ocds Com. Flor do Carmelo de Santa Teresinha - Fortalez/CE Coordenador da Escola de Formação ES - Polo Nordeste
AGENDA DE CURSOS POLO SUDESTE Centro Teresiano de Espiritualidade São Roque-SP
IV MÓDULO - DIMENSÃO ESPIRITUAL 25 a 28 de janeiro de 2018 R$ 650,00
POLO NORDESTE Recanto do Sagrado Coração de Jesus Fortaleza-CE
III MÓDULO - DIMENSÃO CARMELITANA 25 a 28 de janeiro de 2018 R$ 450,00
FAÇA JÁ SUA INSCRIÇÃO! Informações e Inscrições pelo e-mail: escoladeformacaoocds@gmail.com
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Retiro do Silêncio
por Estela Márcia da Paz, ocds
Escritura e na vida, a crer nela em todas as circunstâncias para viver suas exigências” (Const. V 29), diante das promessas de Deus (Lc 1,30-33). No silêncio de confiança, meditamos que “A Virgem Maria é, sobretudo, modelo de escuta e de fidelidade ao Senhor e de serviço aos irmãos, modelo de oração e abnegação para o caminho da fé e modelo de docilidade aos impulsos do Espírito Santo”. “E isto, sem entender muitas coisas; guardando tudo no coração até que chega a luz, com uma oração contempla va” (OCDS 14/ Const. V - 29), seja diante da alegria (Lc 2,15-19) ou da angús a (Lc 2,48-52), viver a confiança em Deus, nos planos e projetos da vida, aprendendo Dela a “guardar tudo no coração”, até que a vontade de Deus se faça. Através do silêncio de esperança, aprendendo que Nossa Senhora está presente nos momentos mais decisivos de nossas vidas, como esteve na vida Santa Teresa de Jesus. “Quando comecei a perceber o que nha perdido, fui-me, aflita, a uma imagem de Nossa Senhora e supliquei-Lhe, com muitas lágrimas, que fosse minha Mãe. Embora o fizesse com simplicidade, parece-me que me tem valido; porque conhecidamente tenho encontrado esta Virgem soberana, sempre que me tenho encomendado a ela, e, enfim, tornou-me a si”. E assim, nos confiando a essa boa Mãe, diante das surpresas de Deus, e ouvindo o eco de suas palavras: Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,1-5), dando respostas ao Seu Filho, mesmo em meio às cruzes e mar rios da vida ou da alma (Jo 19,25-27).
Grupo São José - Petrópoles-RJ
S
ob o tema “O CARMELO É TODO DE MARIA”, e com o lema: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5), o Grupo São José, realizou o seu IV Re ro do Silêncio, no úl mo dia 27 de agosto de 2017. Em se tratando do Ano Mariano celebrado na Igreja, todas as abordagens e meditações seguiram uma via de “Encontro com o Senhor no silêncio”. Encontro que se deu através da Eucaris a, das confissões sacramentais, das orações e desertos espirituais, por meio da espiritualidade mariana proposta pela Sagrada Escritura, pelo Catecismo e pelos documentos da OCDS. No silêncio de fé, meditamos “A Virgem do Magnificat que anuncia a ruptura com um mundo velho e anuncia o começo de uma história nova, na qual Deus derruba do trono os poderosos e exalta os pobres. Ela nos ensina a escutar a Palavra de Deus na
Culminando no silêncio de amor e serviço, fomos ajudados pelas “Quatro Teresas”, mas também pelo testemunho do Frei Patrício, a nos entregar a Virgem Maria, para aprender dela a amar e servir. “Que possamos voltar o olhar à Mãe de Deus, Maria, nas bodas de Caná. O seu olhar silencioso e perscrutador, observa tudo, e repara onde falta alguma coisa. E antes que alguém perceba e ocorra algum embaraço, ela já prestou a sua ajuda". MONTE CARMELO
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Notícias Notícias das Comunidades/Grupos OCDS COMUNIDADES COMPARTILHAM SUAS ATIVIDADES ATRAVÉS DOS GRUPOS DE WHATSAPP
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A Com. Sta Edith Stein de Divinópolis-MG, comemora 19 anos com a Conselheira Lis Lelis.
Semana de Espiritualidade Carmelitana da Com. Alegria da Sagrada Face de Itape ninga/SP.
Formação com Frei Luciano Henrique OCDS de Teresinha/PI.
Grupo Nossa Senhora do Carmo de Paulínia, recebe visita da Conselheira Provincial.
Reunião da Com. N.S. do Carmo -RJ com a conselheira da província para a região, Rose.
Eleição do novo Conselho da Com. Santa Face Tremembé/SP.
I Encontro de Espiritualidade Carmelitana Com. Sta Teresa de Jesus e Carmelo São José - RJ
Visita do Conselheiro Gustavo à OCDS de João Pessoa/PB
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Encontro das Comunidades OCDS do RJ com delegado Frei João e conselheira Rose.
Re ro das comunidades de BH, no convento de Santa Teresa, com Frei Edigle. Tema: Maria.
Comunidades Sta Teresinha do M.J e Sto Eliseu Brasília DF, com Frei Gregório, ocd.
Com. São João da Cruz - São Luís/MA recebendo visita da Conselheira Provincial Ana Stela.
Visita da Conselheira Mari Elza à Comunidade Santa Teresinha de Mococa SP.
Com Flor do Carmelo de Santa Teresinha recebe a visita do Delegado Provincial Frei Cleber, ocd.
Re ro da Com. S. José de Sta Teresa – Fortaleza e Gpo Santa Teresinha Alma Missionária - Quixadá.
Com. São José – Sete Lagoas/MG em missão com relíquias de S. Luiz Mar n e Sta Zélia Guerin.
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Eventos
COMUNIDADES COMPARTILHAM SUAS ATIVIDADES ATRAVÉS DOS GRUPOS DE WHATSAPP Os membros da OCDS que desejarem entrar nos grupos de WhatsApp, podem enviar suas solicitações para Luciano Dídimo: (85) 988955966. Grupos de WhatsApp da OCDS da Província São José: · OCDS PROVÍNCIA SÃO JOSÉ
· CARMELO JOVEM
· CASAIS OCDS
NOSSOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, confira... (h p://www.ocdsprovsaojose.com.br/)
h p://ocdsprovinciasaojose.blogspot.com.br/
h ps://www.facebook.com/pages/Ordem-Dos-CarmelitasDescal%C3%A7os-Seculares/132884536754686?ref=hl
COMISSÃO DE ESPIRITUALIDADE Dir-se-ia que na oração és como uma rainha que tem livre acesso ao Rei e que dele podes alcançar tudo o que pedires!" (Santa Teresinha) A Comissão tem a finalidade de interceder e promover a intercessão junto às Comunidades e Grupos por todos os nossos eventos, pelos nossos membros mais necessitados, pelas nossas autoridades, pela Ordem. O e-mail para o envio dos pedidos de oração é: intercessaoocds@gmail.com.
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Marketing
Nova edição revista e atualizada do livro de
1º livro de Formação OCDS
DOCUMENTOS DA OCDS
PREPARAÇÃO PARA ADMISSÃO
R$ 20,00
R$ 30,00
(a unidade)
(a unidade)
2º livro de Formação OCDS
3º livro de Formação OCDS
PROMESSAS TEMPORÁRIAS - 1º ano
PROMESSAS TEMPORÁRIAS - 2º ano
R$ 30,00
R$ 30,00
(a unidade)
(a unidade)
PROMOÇÃO Documentos OCDS
Formação OCDS I, II e III
05 unidades: R$ 75,00 (15,00 cada)
05 unidades: R$ 125,00 (25,00 cada)
10 unidades: R$ 120,00 (12,00 cada)
10 unidades: R$ 220,00 (22,00 cada)
Pedidos: livrosocds@gmail.com. Valor + Frete (Correios)
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Transverberação do Coração de Santa Teresa de Jesus (26/08)
Entreguei-me toda, e assim Os corações se hão trocado: Meu Amado é para mim, E eu sou para meu Amado. Quando o doce Caçador Me atingiu com sua seta, Nos meigos braços do Amor Minh'alma aninhou-se, quieta. E a vida em outra, seleta, Totalmente se há trocado: Meu Amado é para mim, E eu sou para meu Amado. Era aquela seta eleita Ervada em sucos de amor, E minha alma ficou feita Uma com o seu Criador. Já não quero eu outro amor, Que a Deus me tenho entregado: Meu Amado é para mim, E eu sou para meu Amado.
Oração: Deus Onipotente, com o fogo de vosso amor, abrasastes, de modo admirá vel, Santa Teresa, nossa mã e, fortalecendo-a para assumir á rduas tarefas em prol de Vosso nome. Concedei-nos, por s u a i n t e r c e s s ã o , s e n t i r intimamente a força do Vosso amor, o qual nos leve sempre a t r a b a l h a r p o r v ó s c o m generosidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espıŕito Santo.