Informe Nuvlac_Outubro

Innitiative for promotion of dairy products in human nutrition

Matéria do mês:

Informe NUVLAC 01/01

A associação e os benefícios dos probióticos e produtos Outubro de 2017 lácteos

Informe NUVLAC 01/01 – outubro de 2017

A associação e os benefícios dos probióticos e produtos lácteos Por: Luana Souza Prado, estudante do curso de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora Revisão: Carolina Carvalho Ramos Viana, professora do Instituto de Laticínios Cândido Tostes/EPAMIG

Os alimentos com propriedades funcionais estão ganhando, cada vez mais, destaque no comércio atual em função do aumento da demanda da população por produtos alimentícios mais saudáveis e que proporcionam bem-estar. Com isso, muitas empresas, como as fabricantes de produtos lácteos, buscam agregar valor e qualidade aos seus produtos, e neste cenário uma alternativa é a adição de probióticos.

Os probióticos são microrganismos vivos usados como aditivos alimentares, que compõem alimentos funcionais, por exercer efeitos benéficos sobre a composição da microbiota intestinal.

Quando consumidos regularmente, esta microbiota atinge um balanço favorável que pode resultar em uma adequação do hábito gastrointestinal, combatendo assim alguns transtornos.

Os benefícios mais importantes atribuídos a estes aditivos consistem na produção de substâncias antimicrobianas, ácido lático, bacteriocinas e peróxidos de hidrogênio, que inibem microrganismos patógenos por competir por receptores e nutrientes, impedindo-os de colonizar e proliferar. Além disso, regulam a função do sistema imunológico e do trato gastrointestinal.

Todavia, é importante ressaltar que tais efeitos só podem ser atribuídos às cepas testadas, ou seja, são exclusivos por linhagem, não sendo reprodutíveis por microrganismos do mesmo gênero e espécie, mas de cepa diferente.

Outro benefício associado ao uso de probióticos, apesar dos resultados disponíveis conflitantes, trata-se da redução da obesidade. Esta doença alimenta uma crise global de saúde e, no Brasil, aproximadamente 20% da população é obesa. Com isso, torna-se significativo o conhecimento de possíveis maneiras de redução desse quadro, como a utilização de probióticos.

O mecanismo responsável por esse possível benefício é a produção de ácidos graxos de cadeia curta durante a fermentação realizada pelos microrganismos no intestino. Estes podem atuar como moléculas sinalizadoras que ativam receptores indutores de secreção de leptina, hormônio responsável pelo controle de ingestão alimentar, reduzindo o apetite e aumentando a saciedade.

A absorção, biodisponibilidade e digestibilidade de determinados nutrientes também podem ser potencializados pelo uso de produtos probióticos. A fermentação de produtos lácteos por bactérias lácteas pode aumentar a concentração de alguns nutrientes, como vitaminas do complexo B. Estas bactérias caracterizam-se pela liberação de diversas enzimas no lúmen intestinal, as quais exercem efeitos sinérgicos sobre a digestão, aliviando sintomas de deficiência na absorção de nutrientes. A hidrólise enzimática bacteriana também pode aumentar a biodisponibilidade de proteínas e de gordura e aumentar a liberação de aminoácidos livres.

Entre os alimentos, os produtos lácteos são os mais comercializados no mundo contendo cultura probióticas, uma vez que destacam-se como um veículo ideal para carreá-las ao trato gastrointestinal humano. Porém, para isso, tais culturas devem apresentar boa multiplicação no leite, promover propriedades sensoriais adequadas no produto e ser estáveis e viáveis durante o armazenamento. Assim, a viabilidade dos probióticos na matriz alimentar em que será inserido é fundamental para assegurar a eficácia na saúde do consumidor.

Informe NUVLAC 01/01 – outubro de 2017

Além dos iorgurtes e leites fermentados, queijos e sorvetes, existe um interesse crescente no desenvolvimento de alimentos probióticos não lácteos. Entretanto, para isso é importante que estes façam parte da dieta normal, a fim de manter o nível terapêutico mínimo diário mais facilmente. Isto tem levado ao desenvolvimento de produtos , por exemplo, de origem vegetal, incluindo frutas, legumes, leguminosas e produtos cereais. Produtos na fórmula de cápsula, produtos em pó para serem dissolvidos em bebidas e maionese são outras opções em desenvolvimento.

Este campo de estudo mostra-se crescente. Dentre os novos conceitos, pode-se citar os posbióticos e os parabióticos. O emprego destes novos componentes demonstram vantagens em relação ao probiótico, como simplicidade de transporte e estocagem. Desta forma, com a evolução dos estudos nesta área, espera-se que no futuro surjam novas abordagens terapêuticas e grandes benefícios clínicos.

Todas as matérias do NUVLAC podem ser acessadas em www.nuvlac.com.br

Novidades da Biblioteca Virtual Lácteos e doenças cardiovasculares.

• Consumo de leite e produtos lácteos e o risco de doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas: meta-análise de estudos prospectivos de coorte • Revisão abrangente do impacto de alimentos lácteos e gorduras lácteas sobre o risco cardiometabólico • Uma revisão sistemática da associação entre o consumo de produtos lácteos e o risco de desfechos clínicos relacionados a doenças cardiovasculares • Consumo de iogurte e o risco incidente de doença cardiovascular: uma meta-análise de nove estudos de coorte • Consumo de lácteos e o risco de acidente vascular cerebral: uma revisão sistemática e atualização de meta-análise dose-resposta de estudos prospectivos de coorte

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Informe NUVLAC 01/01 – outubro de 2017

Você sabia?

“Evidências científicas crescentes indicam que o consumo de produtos lácteos com gordura integral ("full fat") não aumenta o risco de doenças cardiovasculares, e reduz o risco de obesidade e de diabetes do tipo 2” Apontam os estudos do pesquisador Marco Antônio Sundfeld da Gama, da Embrapa Gado de Leite.

Eventos com a participação do NUVLAC: 1) VII Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, Curitiba/PR. Palestra: A importância da qualidade do leite na sua utilização industrial e no rendimento de produtos lácteos (Palestrante: Profº. Drº. Paulo Henrique Fonseca da Silva) 2) 6º Seminário Regional ABIQ, Foz do Iguaçu/PR. Palestra: Valorizando a importância nutricional dos queijos para aumento da competitividade. (Palestrante: Profº. Drº. Paulo Henrique Fonseca da Silva) 3) II Encontro Estadual de Empreendedores do Leite de Goiás. Palestra e mesa de debates: Benefícios e a Reputação do Leite. (Palestrante: Profº. Drº. Paulo Henrique Fonseca da Silva)

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Trabalhos realizados pela equipe NUVLAC Os pesquisadores do Nuvlac Kennya B. Siqueira, Marco Antônio Sundfeld Gama, Paulo Henrique Fonseca da Silva e Renato Moreira Nunes, desenvolveram o Projeto Nutrileite, financiado pela Fapemig, cujo objetivo foi identificar os derivados lácteos que apresentam menor custo por nutriente no estado de Minas Gerais. A análise também foi estendida para o Brasil.O cálculo do custo dos nutrientes (cálcio, vitamina D, proteína, vitamina A, fibra, vitamina C, ferro e vitamina E) foi realizado com base na composição nutricional dos alimentos e no ranqueamento dos produtos considerando o atendimento de 30% das recomendações nutricionais diárias (RDA’s). Em Minas Gerais, os derivados lácteos que apresentaram melhor relação custo-benefício para cálcio, vitamina D e proteína foram o leite integral e o leite pasteurizado ocupando, ambos, o primeiro lugar no ranking. Para a vitamina A, o produto melhor ranqueado foi a manteiga. O iogurte ficou em primeiro lugar para fibra e vitamina C, ao passo que o Sustagen® apresentou o menor custo para o ferro e vitamina E. Os resultados obtidos neste trabalho podem orientar os consumidores na aquisição de derivados lácteos mais nutritivos e economicamente acessíveis. Saiba mais...

Equipe de Pesquisadores do NUVLAC: • Carolina Carvalho Ramos Viana - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Fabrico Ferreira Soares - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Economia.

• Fernando César Ferraz Lopez - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Isis Rodrigues Toledo Renhe - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Kennya Beatriz Siqueira - Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite.

• Marco Antônio Sundfeld da Gama - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Paulo Henrique Fonseca da Silva - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição. Possui graduação em Farmacia - Bioquimica pela Universidade Federal de Juiz de Fora e doutorado pela Universidade Federal de Lavras. É membro do Comitê Científico Consultor do International Life Sciences Institute Brasil. É membro do Standing Committee Nutrition & Health da International Dairy Federation.

• Renata Golin Bueno Costa - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Renato Moreira Nunes - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição.

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Para conhecer mais o NUVLAC acesse:

www.nuvlac.com.br

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