Informe NUVLAC_Outubro

Innitiative for promotion of dairy products in human nutrition

Matéria do mês:

Informe NUVLAC nº13

A associação e os benefícios dos probióticos e produtos Outubro de 2018 lácteos

Informe NUVLAC nº 13 – outubro de 2018

Diferença nutricional de fontes alternativas ao leite convencional Autora: Gabriella A., HORTA – Estudante do curso de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora , Bolsista de Extensão do NUVLAC

O leite é um alimento rico em nutrientes de fundamental importância para o nosso crescimento e desenvolvimento (Fulgoni, Keast, Auestad, & Quann, 2011; Haug, Høstmark, & Harstad, 2007; Pereira, 2014). Ele possui várias propriedades que aumentam a absorção e a biodisponibilidade dos nutrientes que fornece (Wijesinha-Bettoni & Burlingame, 2013). A lactose, por exemplo, está associada a um aumento da absorção de cálcio assim como a caseína, proteína majoritária do leite, que está associada ao fosfato de cálcio, o que maximiza a biodisponibilidade, permitindo melhor distribuição e absorção desse mineral (Miller, 1989; Lambers, Van Den Bosch, & De Jong, 2013).

Atualmente está havendo uma expansão do mercado bebidas oriundas de fontes alternativas baseadas em plantas. Tal expansão pode ser atribuída ao aumento da popularidade da prática vegana de excluir todos os produtos de origem animal, incluindo o leite, da dieta, às considerações éticas e culturais, às preocupações com a saúde como o consumo de colesterol, receio da presença de antibióticos no leite e, também, devido a problemas associados ao consumo do leite, que incluem intolerância à lactose e alergia à proteína do leite (Vanga & Raghavan, 2018; Jeske, Zannini & Arendt, 2017).

Muitas bebidas de origem vegetal têm conteúdo proteico baixo. Recentemente, Mäkinen et al. apontou o risco de substituir o leite por bebida de origem vegetal, especialmente para crianças, e enfatizou a importância da conscientização dos consumidores. Em seu estudo, metade das amostras analisadas apresentava baixo (<0,5%) ou nenhum conteúdo proteico.

Apenas as amostras à base de soja apresentaram consideráveis ​teores elevados de proteína, contudo, em relação ao cálcio, a bebida à base de soja possui menor biodisponibilidade desse mineral do que o leite de vaca.

Além do baixo teor de proteína na maioria das bebidas à base de plantas, as proteínas vegetais têm uma menor qualidade proteica em termos de digestibilidade em comparação com proteínas derivadas de animais; portanto, se esses produtos forem consumidos para substituir o leite de vaca podem causar carência de proteína e graves consequências (Jeske, Zannini & Arendt, 2017).

O teor de gordura, mostrado no estudo de Mäkinen et al., foi alto para o leite bovino (3,28%). Amostras à base de amêndoas excederam esse nível, enquanto as amostras à base de aveia e arroz continham <1% de gordura. O leite contém uma diversidade de ácidos graxos, sendo rico em ácidos graxos saturados enquanto que as bebidas a base de plantas geralmente apresentam um baixo conteúdo desse tipo de gordura. No entanto, estudos recentes afirmam que a ingestão diária de produtos lácteos não está associada ao risco de doenças cardiovasculares (Dehghan et al., 2018).

O leite bovino é uma importante fonte de vários minerais como cálcio, potássio, magnésio e iodo.

Informe NUVLAC nº 13 – outubro de 2018

As descobertas de Bath et al. (2017) demonstram que a grande maioria das bebidas vegetais é deficiente em iodo e em muitos países o sal de cozinha não é fortificado com iodo, dessa forma, a ausência do consumo de leite de vaca na população por substituição pelo leite vegetal aumenta o risco de problemas relacionados à deficiência de iodo, como o bócio.

Em relação ao índice glicêmico (IG), o leite bovino e algumas bebidas alternativas à base de plantas apresentam baixo IG; contudo, algumas bebidas vegetais como a de arroz, por exemplo, possui IG elevado (Jeske, Zannini & Arendt, 2017).

Dado que os produtos lácteos são uma importante fonte de cálcio e vitamina D, além de outras vitaminas e minerais, evitar produtos lácteos sem substituir por alimentos com um perfil nutricional semelhante pode resultar em deficiências de micronutrientes e problemas de saúde subsequentes, como a osteoporose (Allen, Goddard & Farmer, 2018).

O cálcio é fundamental para o desenvolvimento e preservação da massa óssea. Deve-se notar que vários estudos constataram que o consumo de produtos lácteos é mais eficaz do que a suplementação com cálcio na melhoria da densidade óssea principalmente devido à alta biodisponibilidade de cálcio presente no leite. Contudo, estudos corroboraram que em adultos mais velhos a suplementação com cálcio em combinação com vitamina D reduz a perda óssea e o risco de ocorrer fratura (Balk et al, 2017).

Portanto, o consumidor precisa ser melhor orientado nas suas escolhas nutricionais ao escolher consumir bebidas à base de plantas ​como substitutos do leite de vaca na dieta, uma vez que esta não seria nutricionalmente equivalente devido às diferenças nas propriedades nutricionais e físico-químicas do leite bovino e da bebida vegetal, gerando uma inferioridade nutricional que pode acarretar complicações à saúde do indivíduo.

Referências Bibliográficas CHALUPA-KREBZDAK, Sebastian; LONG, Chloe J.; BOHRER, Benjamin M.. Nutrient density and nutritional value of milk and plant-based milk alternatives. International Dairy Journal. Ontario, p. 84-92. 11 ago.

2018.

VANGA, Sai Kranthi; RAGHAVAN, Vijaya. How well do plant based alternatives fare nutritionally compared to cow’s milk? Journal Of Food Science And Technology. Sainte-anne-de-bellevue, p. 10-20. jan. 2018.

JESKE, Stephanie; ZANNINI, Emanuele; ARENDT, Elke K.. Evaluation of Physicochemical and Glycaemic Properties of Commercial Plant-Based Milk Substitutes. Plant Foods For Human Nutrition. Cork, p. 26-33. mar. 2017.

AFOLABI, Israel Sunmola et al. Production of a New Plant-Based Milk from Adenanthera pavonina Seed and Evaluation of Its Nutritional and Health Benefits. Frontiers In Nutrition. Ota, p. 5-9. fev. 2018.

CHAMBERS, L.. Are plant‐based milk alternatives putting people at risk of low iodine intake? Nutrition Bulletin. London, p. 46-52. fev. 2018.

ALLEN, Shannon; GODDARD, Ellen; FARMER, Anna. How knowledge, attitudes, and beliefs impact dairy anti-consumption. British Food Journal. Edmonton, p. 2304-2316. 06 mar. 2018.

DEHGHAN, Mahshid et al. Association of dairy intake with cardiovascular disease and mortality in 21 countries from five continents (PURE): a prospective cohort study. The Lancet. Hamilton, On, Canada, 11 set. 2018.

BALK, E. M. et al. Global dietary calcium intake among adults: a systematic review. Springer. Providence, Ri, Usa, p. 3315-3324. 12 out. 2017.

Informe NUVLAC nº 13 – outubro de 2018

Autora: Raissa P., DA SILVA - Estudante do curso de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora , Bolsista de Extensão do NUVLAC Co-autora: Letícia M. S. B., NERY - Estudante do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora , Bolsista de Extensão do NUVLAC

Que o leite é uma valiosa fonte de vitaminas e minerais nós já sabemos e, com certeza, você já ouviu falar sobre o leite UHT, mas você realmente sabe o que é? Nós explicamos.

O leite de consumo direto pode ser classificado como pasteurizado ou ultrapasteurizado, de acordo com o tratamento térmico. A ultrapasteurização é o método empregado na produção do leite UHT. Também chamado de leite Longa Vida, o leite UHT é conhecido pelo seu extenso prazo de validade, e muitas pessoas ainda acreditam que essa característica é dada pela adição de substâncias químicas, mas não é verdade, a única adição feita durante o processamento do leite é o sal estabilizante, que também ocorre naturalmente no alimento, e acrescentado apenas para permitir a estabilização de proteínas durante a ultrapasteurização.

Da mesma forma que o leite pasteurizado, a ultrapasteurização preserva nutrientes do leite, e, além disso, o leite Longa Vida não precisa ser fervido, pois ele é feito pela combinação de três fatores: embalagem estéril, enchimento sem contaminação e processo térmico, garantindo sua segurança aos consumidores. É importante lembrar que o leite UHT não precisa ser mantido sob refrigeração antes de ser aberto, e depois de aberto deve ser consumido em até dois dias e mantido na geladeira.

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Você sabia?

O hormônio de crescimento bovino, presente nos lácteos, é biologicamente inativo em seres humanos. Por outro lado, o leite contém ácido rumênico, ácido vacênico, ácidos graxos de cadeia ramificada, ácido butírico, proteínas do soro do leite ricas em cisteína, cálcio e vitamina D; componentes que têm o potencial de ajudar a prevenir o câncer de mama.

Fonte: Journal of the American College of Nutrition, Volume 24

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Biblioteca virtual

Novos artigos postados na Biblioteca Virtual: • Nutrient density and nutritional value of milk and plant-based milk alternatives.

• How well do plant based alternatives fare nutritionally compared to cow’s milk?

• Evaluation of Physicochemical and Glycaemic Properties of Commercial Plant-Based Milk Substitutes.

• Production of a New Plant-Based Milk from Adenanthera pavonina Seed and Evaluation of Its Nutritional and Health Benefits.

• Are plant‐based milk alternatives putting people at risk of low iodine intake?

• How knowledge, attitudes, and beliefs impact dairy anti-consumption.

• Association of dairy intake with cardiovascular disease and mortality in 21 countries from five continents (PURE): a prospective cohort study.

• Global dietary calcium intake among adults: a systematic review.

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NUVLAC POR AÍ...

O SILEMG, em parceria com as Secretarias de Agricultura e de Educação do Estado de Minas Gerais, promoveu um Concurso de Desenho e Redação, destinado aos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e do programa de EJA. Os alunos mais jovens concorreram na categoria desenho com o tema "Leite, meu Super Alimento" e os demais na categoria redação com o tema "Um copo de leite, um copo de saúde".

Na oportunidade o coordenador do NUVLAC, prof. Paulo Henrique apresentou a aula sobre “Leites Gerais”.

Equipe NUVLAC • Carolina Carvalho Ramos Viana - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Fabrico Ferreira Soares - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Economia.

• Fernando César Ferraz Lopez - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Isis Rodrigues Toledo Renhe - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Kennya Beatriz Siqueira - Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite.

• Marco Antônio Sundfeld da Gama - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Paulo Henrique Fonseca da Silva - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição. Possui graduação em Farmacia - Bioquimica pela Universidade Federal de Juiz de Fora e doutorado pela Universidade Federal de Lavras. É membro do Comitê Científico Consultor do International Life Sciences Institute Brasil. É membro do Standing Committee Nutrition & Health da International Dairy Federation.

• Renata Golin Bueno Costa - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Renato Moreira Nunes - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição.

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