Informe nuvlac_Novembro

Innitiative for promotion of dairy products in human nutrition

Matéria do mês:

Informe NUVLAC nº02

A associação e os benefícios dos probióticos e produtosNovembro de 2017 lácteos

Informe NUVLAC nº 02 – novembro de 2017

Lácteos e atividade física Por: DSc. Renato Moreira Nunes, Professor do Depto de Nutrição Universidade Federal de Juiz de Fora O tempo todo se fala sobre a importância da atividade física e da alimentação.

Sabemos que os alimentos exercem um papel fundamental no processo de ganho muscular e que alguns nutrientes são necessários em maior quantidade para quem pratica algum tipo de atividade física. Esses nutrientes podem contribuir para o aumento dos músculos e da força, principalmente durante a execução de exercícios intensos. Além disso, há também evidências de que o momento da ingestão dos alimentos vai influenciar no ganho de massa muscular.

A pergunta a se fazer então, é em qual momento devemos consumir os alimentos para que eles sejam aproveitados durante a prática de uma atividade física e quanto de alimento deve ser consumido. É importante destacar que durante os exercícios, a ingestão de dois nutrientes deve ser planejada com mais atenção: entre eles os carboidratos, os aminoácidos e as proteínas, além de alimentos funcionais com propriedades anti-inflamatórias e ergogênicas. Também não podemos esquecer a hidratação, que também é influenciada pelo consumo de alimentos.

Carboidratos Os carboidratos são fontes alimentares para obtenção de energia. Mas durante a atividade física o organismo consome apenas cerca de 1 a 1,2 g de carboidrato por quilograma por hora de exercício. Por isso, suplementos que contém carboidrato acima de 6 a 10% em sua composição não são indicados para consumo durante os exercícios, por não produzirem benefícios adicionais.

Além desses fatores, a presença de carboidrato durante a atividade física pode alterar a utilização de outra fonte de energia usada pelo organismo durante o exercício: a proteína. Os aminoácidos (moléculas responsáveis por formarem as proteínas), presentes na corrente sanguínea, ajudam a poupar a utilização de glicose ou glicogênio (carboidratos) pelo organismo. Eles podem ajudar ainda na recuperação muscular e influenciar a expressão de outras proteínas como o mTOR (Mammalian Target of Rapamycin).

Por isso, a ingestão de carboidrato e proteína simultaneamente pode retardar a fadiga, melhorar a recuperação e diminuir o dano muscular e promover a hipertrofia, o que ajuda, em longo prazo, a manter o treinamento por mais tempo.

Hidratação Em treinamentos com duração superior a duas horas, é importante a programação de uma reidratação durante a atividade e depois dela. A hidratação é um fator importante na manutenção e melhora da performance. Indivíduos que consomem bebida adicionada de carboidratos e proteína após o exercício, conseguem melhor retenção hídrica, quando comparados a outros que consomem a bebida apenas contendo carboidrato. A maior retenção hídrica ajuda na recuperação pós-exercício, o que vai influenciar os próximos treinos.

Proteína Utilizar uma mistura de bebida a base de proteína de alto valor biológico e carboidratos, antes do exercício, gera uma resposta anabólica maior. A explicação para este fenômeno é que a ingestão antes da atividade física aumenta o fluxo de aminoácidos no músculo, fazendo com que a recuperação muscular seja iniciada já durante os exercícios. Os valores de hipertrofia podem ser aumentados de 7 a 22% dependendo do caso e da atividade física realizada, quando se tem uma oferta de alimento rico em proteína antes da atividade.

Informe NUVLAC nº 02 – novembro de 2017

Uma pessoa que é sedentária necessita, para a manutenção do seu organismo, de 0,8 a 1,0g de proteína ao dia por quilograma de peso. Uma pessoa que faça atividade física de resistência aeróbia necessita de 1,2 a 1,4g de proteína por quilograma de peso ao dia, enquanto atletas de força, precisam de 1,6 a 1,7g por quilograma de peso ao dia para promover o crescimento muscular.

Estudos apontam que quando esse limite é extrapolado, não há benefícios para o ganho de força e massa muscular.

A alta concentração de proteína (valores entre 2,7 e 4g/kg) pode provocar um desequilíbrio na produção de energia pela falta de carboidrato na dieta, o que irá comprometer a síntese proteica.

Em contrapartida, existe uma relação positiva entre a ingestão do carboidrato e o aumento da área muscular. Por isso é importante o equilíbrio dos percentuais de carboidrato (60 a 70%), associada à ingestão proteica de no máximo 1,8g/kg.

Qual proteína consumir? É importante saber que existe diferença no consumo de proteínas obtidas de fontes alimentares diferentes. Uma proteína que não tenha em sua composição todos os aminoácidos essenciais - e em quantidade suficiente - além de uma boa digestibilidade, não pode ser considerada uma proteína de alto valor biológico e, por consequência, não vai promover crescimento, nem desenvolvimento muscular. Neste contexto, alimentos de origem animal são mais adequados. Já os de origem vegetal, como a soja, apesar de possuírem altos teores proteicos, não são recomendados pelo desequilíbrio de aminoácidos indispensáveis e outros aspectos nutricionais como fito esteróis e carboidratos e ácidos graxos inflamatórios.

Entre os alimentos de alto valor biológico podemos destacar o leite e seus derivados. Por ser mais facilmente absorvido pelo organismo o soro lácteo pode promover um melhor desempenho físico em indivíduos treinados, além de fazer com que eles adquiram maior resistência à exaustão.

Por isso são uma excelente alternativa para o consumo alimentar de praticantes de atividade física.

Whey Protein O whey protein é composto por proteínas extraídas da porção aquosa do leite, gerada durante o processo de fabricação do queijo. Rico em aminoácidos, ele é rapidamente absorvido, estimulando a síntese de proteínas sangüíneas e teciduais a ponto de serem classificadas como proteínas de metabolização rápida, muito adequadas para situações de estresses metabólicos, quando a reposição de proteínas no organismo se torna necessária.

Percebemos que o leite e seus derivados são alimentos indicados e adequados para praticantes de atividade física. No entanto, é importante perceber que é a associação de alimentos em momentos específicos que determinam o ganho de performance e de endurance (capacidade de manter determinada força ou contração muscular por longos períodos de tempo) para o indivíduo. É importante destacar a necessidade de uma programação alimentar realizada por nutricionista, para potencializar os ganhos de atletas e de uma dieta equilibrada e variada para garantir os benefícios dos leites e derivados no ganho de performance na atividade física, vale ressaltar que apesar do leite e seus derivados serem um excelente alimento para o ser humano, nenhum alimento isolado é capaz de potencializar os ganhos da atividade física e de saúde, sendo recomendado seu uso em conjunto ou intercalado com outras fontes alimentares como vegetais, frutas, cereais, leguminosas, oleaginosas e alimentos fontes de proteína animal.

Informe NUVLAC nº 02 – novembro de 2017

Você sabia?

‘O leite integral contribui para uma dieta equilibrada e variada, visando o atendimento das necessidades diárias de vitaminas e minerais, para a maioria das pessoas saudáveis.’

(Profº. Drº Paulo Henrique Fonseca da Silva, Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora.)

Novidades da Biblioteca Virtual Lácteos e diabetes • Associação entre o consumo de fruta, vegetais, frutos do mar e lácteos e a redução da prevalência de diabetes tipo 2 em Qingdao, China • Probióticos reduzem a translocação bacteriana na diabetes tipo 2: Um estudo randomizado controlado.

• O consumo de produtos lácteos interage com os polimorfismos de genes da Glocokinase (GCK) associados à resistência à insulina • Evidência emergente sobre a importância da fonte de proteína dietética em marcadores glicorreguladores e diabetes tipo 2: diferentes efeitos dos lácteos, carne, peixe, ovos e proteínas vegetais

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Informe NUVLAC nº 02 – novembro de 2017

Evento com a participação do NUVLAC:

O coordenador do NUVLAC, Drº. Paulo Henrique Fonseca da Silva, esteve presente na III Conferência International em Química e Tecnologia de Alimentos, realizada de 02 a 04 de novembro de 2017, em Baltimore, EUA (FCT-2017). A FCT-2017 reuniu especialistas, jovens pesquisadores, educadores, químicos, tecnólogos, nutricionistas e representantes da indústria de alimentos para apresentar e debater os mais recentes desenvolvimentos científicos no campo da química e da tecnologia de alimentos, que ajudarão a enfrentar os desafios atuais e futuros do setor.

Na oportunidade foi apresentado o trabalho : Maillard Reaction in “Dulce de Leche”

Próximos eventos: • Inovação em Lácteos: oportunidades e desafios Data: 29 de novembro Local: ITAL - Av. Brasil, 2880 – Jardim Chapadão - CEP: 13070-178 - Campinas – SP Mais informações...

• Seminário Técnico: Processamento UHT Data: 30 de novembro e 1 de dezembro Local: Instituto de Laticínios Cândido Tostes - Rua Tenente Luiz de Freitas, 116 - Santa Terezinha - Juiz de Fora/MG Mais informações...

Informe NUVLAC nº 02 – novembro de 2017

Equipe de Pesquisadores do NUVLAC: • Carolina Carvalho Ramos Viana - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Fabrico Ferreira Soares - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Economia.

• Fernando César Ferraz Lopez - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Isis Rodrigues Toledo Renhe - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Kennya Beatriz Siqueira - Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite.

• Marco Antônio Sundfeld da Gama - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Paulo Henrique Fonseca da Silva - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição. Possui graduação em Farmacia - Bioquimica pela Universidade Federal de Juiz de Fora e doutorado pela Universidade Federal de Lavras. É membro do Comitê Científico Consultor do International Life Sciences Institute Brasil. É membro do Standing Committee Nutrition & Health da International Dairy Federation.

• Renata Golin Bueno Costa - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Renato Moreira Nunes - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição.

Para conhecer mais o NUVLAC acesse:

www.nuvlac.com.br

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