Informe Nuvlac Maio

Innitiative for promotion of dairy products in human nutrition

Matéria do mês:

Informe NUVLAC nº08

A associação e os benefícios dos probióticos e produtos Maio de 2018 lácteos

Informe NUVLAC nº 08 – maio de 2018

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) oficializou o 1º de Junho como o Dia Mundial do Leite em 2001. Essa data já era comemorada antes por países principalmente da União Européia.

Vamos brindar!

Informe NUVLAC nº 08 – maio de 2018

Lácteos e diabetes Por: Isabele Torres - Estudante Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora , Bolsista de Extensão do NUVLAC

Devido ao alto teor de cálcio, magnésio, vitamina D, proteína do soro do leite e ácidos graxos específicos dos produtos lácteos, acredita-se que esses podem diminuir o risco de diabetes tipo 2. Alguns estudos experimentais indicaram que a proteína do soro do leite tem propriedades insulinotrópicas e redutoras de glicose. Além disso, existem evidências de que os ácidos graxos derivados do leite podem ter um efeito protetor no risco de diabetes.

O ingrediente principal dos produtos lácteos é o leite. O leite consiste em 87% de água, 3,5% de proteína, 3,4-4,0% de gordura e 4,9% de lactose. Sabe-se que o consumo do soro do leite reduz significativamente a resposta de glicose pós-prandial tanto em sujeitos saudáveis como em portadores de diabetes tipo 2, além de melhorar a resposta à insulina.O efeito insulinotrópico do soro do leite está provavelmente ligado ao alto conteúdo de aminoácidos específicos. Uma mistura de leucina, isoleucina, valina, treonina e lisina pode gerar respostas glicêmicas e insulinêmicas semelhantes às geradas pelo soro do leite.

Leucina, isoleucina e valina pertencem ao grupo de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA). Os BCAA são metabolizados pela cadeia ramificada da aminotransferase e αcetoácido desidrogenase. O fígado tem pouca atividade de aminotransferase e, portanto, os BCAAs são entregues primariamente à circulação sistêmica e metabolizados no músculo esquelético. Além disso, os BCAAs (especialmente a leucina) ativam tanto a via da rapamicina de mamíferos (mTOR) quanto a síntese de proteínas, levando a uma expressão e secreção aumentada de hormônios (por exemplo, insulina e polipéptido insulinotrópico dependente da glicose).

Outra possível explicação para o efeito insulinotrópico do soro do leite é através da ativação do sistema da incretina. O sistema da incretina envolve polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e peptídeo tipo glucagon 1 (GLP-1). Os hormônios são liberados do intestino em resposta a refeição e, posteriormente, estimulam ainda mais a secreção de insulina (BJØRNSHAVE; HERMANSEN, 2014).

Uma maior ingestão de produtos lácteos fermentados com baixo teor de gordura, em grande parte impulsionada pela ingestão de iogurte, foi associada à redução do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 em análises prospectivas. Sugere-se que o consumo de tipos específicos de laticínios pode ser benéfico para a prevenção de diabetes, destacando a importância dos diferentes subtipos de grupos alimentares para a saúde pública(O’CONNOR, 2014). Apesar de haverem estudos que sustentam que lácteos com baixo teor de gordura são mais efetivos na prevenção de diabetes tipo 2, foi realizado um grande estudo de coorte investigando as associações para substituições especificadas entre diferentes subgrupos de produtos lácteos e a taxa de diabetes tipo 2.

Informe NUVLAC nº 08 – maio de 2018

Foi observado que a ingestão de iogurtes integrais no lugar de iogurtes com baixo teor de gordura, leite com baixo teor de gordura, leite e manteiga está associada a uma menor taxa de diabetes tipo 2 (IBSEN, 2017).Vários mecanismos podem explicar a associação inversa entre a ingestão de iogurte e o risco de diabetes tipo 2. Foi demonstrado que as bactérias probióticas melhoram o perfil lipídico e o status antioxidante em pacientes com diabetes tipo 2 e ainda têm efeitos benéficos sobre os níveis de colesterol (CHEN, 2014).

Pelo fato de a diabetes mellitus tipo 2 ser um dos principais problemas atuais de saúde pública, nota-se uma preocupação com o alto custo que esta enfermidade gera. Portanto, a associação entre o consumo de alimentos derivados do leite e diabetes mellitus tipo 2 destaca a importância do consumo de alimentos lácteos não só na melhora da saúde e na prevenção dessadoença, mas também na redução dos custos associados à saúde.Um estudo demonstrou que o aumento do consumo de laticínios aos níveis recomendados estaria associado a reduções nos custos de saúde (JAVANBAKHT, 2018).

Os produtos lácteos são importantes fontes de proteína de alta qualidade, vitaminas (A, D [em produtos fortificados], B12, filoquinonas e menaquinonas e riboflavina) e minerais (cálcio, magnésio e potássio. Resultados observacionais consistentes sustentam que o consumo de produtos lácteos está ligado a um menor risco de diabetes tipo 2 e doença metabólica na população.Desta forma, orienta-se que as estratégias de nutrição em saúde pública sejam direcionadas para incentivar as pessoas a consumirem mais laticínios, com devida orientação profissional e respeitando-se as necessidades e individualidades de cada um.

Referências: 1. CHEN, M., et al.Dairy consumption and risk of type 2 diabetes: 3 cohorts of US adults and an updated meta-analysis. BMC Medicine, v.12 p. 215, 2014. Disponível em <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4243376/>Acesso em: 15mai 2018.

2. JAVANBAKHT, M., et al.Estimation and Prediction of Avoidable Health Care Costs of Cardiovascular Diseases and Type 2 Diabetes Through Adequate Dairy Food Consumption: A Systematic Review and Micro Simulation Modeling Study. Arch Iran Med, v. 21, p.213 - 222, 2018. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29738265> Acesso em: 17 mai 2018.

3. O’CONNOR, L.M.,et al. Dietary dairy product intake and incident type 2 diabetes: a prospective study using dietary data from a 7-day food diary. Diabetologia, v. 57, p. 909-917 , 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24510203> Acesso em: 17 mai 2018.

4. HIRAHATAKE, K.M.,et al.Associations between dairy foods, diabetes, and metabolic health: potential mechanisms and future directions. Metabolism, v. 63, p.618-27, 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24636056> Acesso em: 17 mai 2018.

5. BJØRNSHAVE, A.; HERMANSEN, K.Effects of Dairy Protein Fat on the Metabolic Syndrome and Type 2 Diabetes. The Review of Diabetic Studies , v. 11, p.153-66, 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25396403> Acesso em: 15 mai 2018.

6. IBSEN, D.B., et al. Substitutions between dairy product subgroups and risk of type 2 diabetes: the Danish Diet, Cancer and Health cohort.British Journal of Nutrition, v. 118, p. 989-997, 2017. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29173212> Acesso em: 17 mai 2018.

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Você sabia?

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública Universidade de São Paulo e publicada da Revista de Saúde pública aponta que as proteínas do ovo e do leite de vaca são as de mais alta eficiência de utilização pelo homem. (Salas Martins, Ignez. Requerimentos de energia e nutrientes da população brasileira. Rev. Saúde Pública, Set 1979, vol.13, suppl.1, p.1-20.

ISSN 0034-8910.)

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Biblioteca virtual Novos artigos postados na Biblioteca Virtual: • Consumo de laticínios e risco de diabetes tipo 2: 3 coortes de adultos americanos e uma meta-análise atualizada.

• Estimativa e Predição de Custos Evitáveis de Cuidados com Saúde de Doenças Cardiovasculares e Diabetes Tipo 2 através do Consumo Adequado de Alimentos Lácteos: Uma Revisão Sistemática e Estudo de Micro“Os Simulação.

• Ingestão de produtos lácteos na dieta e diabetes incidente tipo 2: um estudo prospectivo usando dados dietéticos de um diário alimentar de 7 dias.

• Consumo total e de subtipos de gordura dietética e risco de diabetes mellitus tipo 2 no estudo Prevención con Dieta Mediterránea (PREDIMED) • Associações entre alimentos lácteos, diabetes e saúde metabólica: mecanismos potenciais e direções futuras.

• Efeitos da gordura da proteína do leite na síndrome metabólica e diabetes tipo 2.

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Equipe NUVLAC • Carolina Carvalho Ramos Viana - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Fabrico Ferreira Soares - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Economia.

• Fernando César Ferraz Lopez - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Isis Rodrigues Toledo Renhe - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Kennya Beatriz Siqueira - Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite.

• Marco Antônio Sundfeld da Gama - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

• Paulo Henrique Fonseca da Silva - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição. Possui graduação em Farmacia - Bioquimica pela Universidade Federal de Juiz de Fora e doutorado pela Universidade Federal de Lavras. É membro do Comitê Científico Consultor do International Life Sciences Institute Brasil. É membro do Standing Committee Nutrition & Health da International Dairy Federation.

• Renata Golin Bueno Costa - Professora no Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

• Renato Moreira Nunes - Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – curso de Nutrição.

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