2018 - Notícias - Maio/Junho

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Noticìas

Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil Maio - Junho / 2018 - Ano LXIV nº 482

“Uma das nossas grandes riquezas como irmãos menores é nossa ousadia...”


Sumário

Mensagem

03 Mensagem do Papa – pelo dia das comunicações..... 04 Mensagem Final do Seminário VRC - 2018..................... 08 CPO Entrevista com Frei Jean sobre o CPO............................. 10 Mensagem final do Ministro Geral no CPO .....................12 Vida Fraterna Últimas do Provincialado.................................................. 18 Encontro de Frades Idosos................................................ 23 Frei Elivânio Renova os Votos em Jerusaçém................ 24 Posse do Frei Lenilson em Igreja Nova -AL..................... 25 Mensagem de Páscoa do Provincial................................

Redimensionamento Posse do novo pároco em Cairu - BA............................

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Evangelização e Missão

27 Carta ao Povo de Deus.................................................... 29 Encontro Anual do SIFEM em Salvador...........................

Formação 32

O pecado Capital..............................................................


Palavra

Do Provincial

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Mensagem

“SANTO ANTÔNIO E A MISSÃO: O MUNDO É NOSSA CASA! O UNIVERSO É NOSSA VIDA!”

eus Es�mados Confrades, da nossa vida e missão. Paz e Bem! De 1 a 13 de junho, todas as fraternidades da Província – do NordesPor treze dias vamos rezar em te do Brasil à Alemanha – se dehonra a Santo Antônio, ele que foi dicam com fervor aos festejos de companheiro e irmão de Francisco Santo Antônio. Essa é, sem dúvida, e Clara de Assis. uma oportunidade dada por Deus Juntamente com os devotos de para que nós frades, juntamenSanto Antônio demonstremos te com o povo devoto e piedoso, nosso fervor, respeito e es�ma por possamos renovar as esperanças esse Santo tão popular e querido da vocaç ão, pelo exemplo de vida por muitos cristãos. de Santo Antônio. O glorioso Santo Antônio, amigo A cada ano as trezenas se configudoMenino Deus, pela sua vida re- ram como espaços para reflexão velou a auten�cidade de um ver- sobre os momentos fortes da igredadeiro franciscano: foi fervoroso ja, do carisma franciscano ou das na oração, dedicado na missão, realidades sociais. Por isso, convigrande pregador, além de possuir do a todos os confrades para, nas um amor profundo pela Palavra diversas realidades onde estamos Divina e pelos pobres. presentes, entramos em sintonia Com seu testemunho admirável de com os desafios, as dores, as alevida, Antônio nos mo�va à iden�- grias e as esperanças do povo de ficação com as realidades geográ- Deus. Nesse momento de celebraç fica, cultural, piedosa, fervorosa e ão é também oportuno que aprereligiosa do povo que no solo nor- sentemos nosso apoio e solidariedes�no labuta diariamente. dade com os nossos irmãs e irmãs, Ao mesmo tempo que para nós sobretudo os mais necessitados. é um privilégio ter Santo Antônio Por isso, vamos usar nossa cria�vicomo padroeiro da Província, é dade litúrgica e fes�va e cul�var a também um desafio, afinal, seu par�cipação de todos, em especial testemunho preferencial pelos os leigos. mais necessitados exige de nós Recordo a todos que no dia 13 de respostas concretas no co�diano junho, dia de Santo Antônio e dia

da Província, é o dia da fraternidade! Peç o que aproveitemos para celebrar e nos alegrar pelo dom de sermos irmãos e menores. Rezemos, em especial nesse dia, pela nossa realidade provincial e reafirmemos o nosso compromisso e pertenç a à Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil. Gostaria de lembrar que o resultado da festa deve ser direcionado para o cul�vo espiritual, pastoral, missionário, forma�vo e estrutural das fraternidades, e nisso incluímos a nossa solidariedade com a Província que, por sua vez, se nutre pela ajuda de cada confrade. Que o Espírito do Senhor nos torne conformes a Cristo, para quem Santo Antônio nos direciona. E que na nossa vida nos esforcemos para dar testemunho da Luz, realizando boas obras para o bem dos pobres, os preferidos do Senhor, a exemplo de Santo Antônio, São Francisco e da Virgem Maria. Boas festas de Santo Antônio para todos os frades da Província. Fraternalmente, Frei João Amilton dos Santos, OFM Ministro Provincial

Recife – Pernambuco, 31 de maio de 2018

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Noticias

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Queridos irmãos e irmãs! No projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão. Imagem e semelhança do Criador, o ser humano é capaz de expressar e compar�lhar o verdadeiro, o bom e o belo. É capaz de narrar a sua própria experiência e o

O drama da desinformação é o descrédito do outro, a sua representação como inimigo, chegando-se a uma demonização que pode fomentar conflitos.

mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos. Mas, se orgulhosamente seguir o seu egoísmo, o homem pode usar de modo distorcido a própria faculdade de comunicar, como o atestam, já nos primórdios, os episódios bíblicos dos irmãos Caim e Abel e da Torre de Babel (cf. Gn 4, 1-16; 11, 1-9). Sintoma �pico de tal distorção é a alteração da verdade, tanto no plano individual como no cole�vo. Se, pelo contrário, se man�ver fiel ao projeto de

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Noticias Mar - Abr / 2018

Deus, a comunicação torna-se lugar para exprimir a própria responsabilidade na busca da verdade e na construção do bem. Hoje, no contexto duma comunicação cada vez mais rápida e dentro dum sistema digital, assis�mos ao fenómeno das «no�cias falsas», as chamadas fake news: isto convida-nos a refle�r, sugerindo-me dedicar esta Mensagem ao tema da verdade, como aliás já mais vezes o fizeram os meus predecessores a começar por Paulo VI (cf. Mensagem de 1972: «Os instrumentos de comunicação social ao serviço da Verdade»). Gostaria, assim, de contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das no�cias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalís�ca e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade. 1. Que há de falso nas «no�cias falsas»? A expressão fake news é objeto de discussão e debate. Geralmente diz respeito à desinformação transmi�da on-line ou nos mass-media tradicionais. Assim, a referida expressão alude a informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o des�natário. A sua divulgação pode visar obje�vos prefixados, influenciar opções polí�cas e favorecer lucros económicos. A eficácia das fake news fica-se a dever, em primeiro


Mas a prevenção e identificação dos mecanismos da desinformação requerem também um discernimento profundo e cuidadoso

generalizados no seio dum certo tecido social, explorando emoções imediatas e fáceis de suscitar como a ansiedade, o desprezo, a ira e a frustração. A sua difusão pode contar com um uso manipulador das redes sociais e das lógicas que subjazem ao seu funcionamento: assim os conteúdos, embora desprovidos de fundamento, ganham tal visibilidade que os próprios desmen�dos categorizados dificilmente conseguem circunscrever os seus danos. A dificuldade em desvendar e erradicar as fake news é devida também ao facto de as pessoas interagirem muitas vezes dentro de ambientes digitais homogéneos e impermeáveis a perspe�vas e opiniões divergentes. Esta lógica da desinformação tem êxito, porque, em vez de haver um confronto sadio com outras fontes de informação (que poderia colocar posi�vamente em discussão os preconceitos e abrir para um diálogo constru�vo), corre-se o risco de se tornar atores involuntários na difusão de opiniões tendenciosas e infundadas. O drama da desinformação é o descrédito do outro, a sua representação como inimigo, chegando-se a uma demonização que pode fomentar conflitos. Deste modo, as no�cias falsas revelam a presença de a�tudes simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco de se dilatar a arrogância e o ódio. É a isto que leva, em úl�ma análise, a falsidade.

ler e avaliar o contexto comunica�vo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento. Igualmente louváveis são as inicia�vas ins�tucionais e jurídicas empenhadas na definição de norma�vas que visam circunscrever o fenómeno, e ainda inicia�vas, como as empreendidas pelas tech e media company, idóneas para definir novos critérios capazes de verificar as iden�dades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais. Mas a prevenção e iden�ficação dos mecanismos da desinformação requerem também um discernimento profundo e cuidadoso. Com efeito, é preciso desmascarar uma lógica, que se poderia definir como a «lógica da serpente», capaz de se camuflar e morder em qualquer lugar. Trata-se da estratégia u�lizada pela serpente – «o mais astuto de todos os animais», como diz o livro do Génesis (cf. 3, 1-15) – a qual se tornou, nos primórdios da humanidade, ar�fice da primeira fake news, que levou às trágicas consequências do pecado, concre�zadas depois no primeiro fratricídio (cf. Gn 4) e em inúmeras outras formas de mal contra Deus, o próximo, a sociedade e a criação. A estratégia deste habilidoso «pai da men�ra» (Jo 8, 44) é precisamente a mimese, uma rastejante e perigosa sedução que abre caminho no coração do homem com argumentações falsas e aliciantes. De facto, na narração do pecado original, o tentador aproxima-se da mulher, fingindo ser seu amigo e interessar-se pelo seu bem. Começa o diálogo com uma afirmação verdadeira, mas só em parte: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?» (Gn 3, 1). Na realidade, o que Deus dissera a Adão não foi que não comesse de nenhuma árvore, mas apenas de uma árvore:

2. Como podemos reconhecê-las? Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades. Não é tarefa fácil, porque a desinformação se baseia muitas vezes sobre discursos variegados, deliberadamente evasivos e sub�lmente enganadores, valendo-se por vezes de mecanismos refinados. Por isso, são louváveis as inicia�vas educa�vas que permitem apreender como

Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades.

lugar, à sua natureza mimé�ca, ou seja, à capacidade de se apresentar como plausíveis. Falsas mas verosímeis, tais no�cias são capciosas, no sen�do que se mostram hábeis a capturar a atenção dos des�natários, apoiando-se sobre estereó�pos e preconceitos

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«Não comas o [fruto] da árvore do conhecimento do bem e do mal» (Gn 2, 17). Retorquindo, a mulher explica isso mesmo à serpente, mas deixa-se atrair pela sua provocação: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Nunca o 2018 / Mai - Jun

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Mensagem

deveis comer nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis”» (Gn3, 2-3). Esta resposta tem sabor a legalismo e pessimismo: dando crédito ao falsário e deixando-se atrair pela sua apresentação dos factos, a mulher extravia-se. Em primeiro lugar, dá ouvidos à sua réplica tranquilizadora: «Não, não morrereis»(3, 4). Depois a argumentação do tentador assume uma aparência credível: «Deus sabe que, no dia em que comerdes [desse fruto], abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal»(3, 5). Enfim, ela chega a desconfiar da recomendação paterna de Deus, que �nha em vista o seu bem, para seguir o aliciamento sedutor do inimigo: «Vendo a mulher que o fruto devia ser bom

De facto, a contaminação con�nua por uma linguagem enganadora acaba por ofuscar o ín�mo da pessoa. Dostoevskij deixou escrito algo de notável neste sen�do: «Quem mente a si mesmo e escuta as próprias men�ras, chega a pontos de já não poder dis�nguir a verdade dentro de si mesmo nem ao seu redor, e assim começa a deixar de ter es�ma de si mesmo e dos outros. Depois, dado que já não tem es�ma de ninguém, cessa também de amar, e então na falta de amor, para se sen�r ocupado e distrair, abandona-se às paixões e aos prazeres triviais e, por culpa dos seus vícios, torna-se como uma besta; e tudo isso deriva do men�r con�nuo aos outros e a si mesmo» (Os irmãos Karamazov, II, 2). E então como defender-nos? O an�doto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade. Na visão cristã, a verdade não é uma reao embuste do mal, que se lidade apenas conceptual, que diz respeito ao juízo sobre as coisas, definindo-as verdadeiras ou falsas. move de falsidade em falsidaA verdade não é apenas trazer à luz coisas obscuras, de para nos roubar a «desvendar a realidade», como faz pensar o termo liberdade do coração. que a designa em grego:aletheia, de a-lethès, «não escondido». A verdade tem a ver com a vida inteira. Na Bíblia, reúne os significados de apoio, solidez, confiança, como sugere a raiz ‘aman (daqui provém para comer, pois era de atraente aspeto (…) agarrou o próprio Amen litúrgico). A verdade é aquilo sobre o do fruto, comeu»(3, 6). Este episódio bíblico revela qual nos podemos apoiar para não cair. Neste sen�assim um facto essencial para o nosso tema: nenhu- do relacional, o único verdadeiramente fiável e digno ma desinformação é inofensiva; antes pelo contrário, de confiança sobre o qual se pode contar, ou seja, o fiar-se daquilo que é falso produz consequências ne- único «verdadeiro» é o Deus vivo. Eis a afirmação de fastas. Mesmo uma distorção da verdade aparente- Jesus: «Eu sou a verdade» (Jo 14, 6). Sendo assim, o mente leve pode ter efeitos perigosos. homem descobre sempre mais a verdade, quando a De facto, está em jogo a nossa avidez. As fake news tornam-se frequentemente virais, ou seja, propagam-se com grande rapidez e de forma dificilmente controlável, não tanto pela lógica de par�lha que o embuste do mal, que se carateriza os meios de comunicação social como somove de falsidade em falsidabretudo pelo fascínio que detêm sobre a avidez inde para nos roubar a saciável que facilmente se acende no ser humano. liberdade do coração. As próprias mo�vações económicas e oportunistas da desinformação têm a sua raiz na sede de poder, ter e gozar, que, em úl�ma instância, nos torna ví�mas de um embuste muito mais trágico do que cada uma das suas manifestações: o embuste do mal, que se move de falsidade em falsidade para nos roubar a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabiliberdade do coração. Por isso mesmo, educar para a lidade de quem o ama. Só isto liberta o homem: «A verdade significa ensinar a discernir, a avaliar e pon- verdade vos tornará livres»(Jo 8, 32). derar os desejos e as inclinações que se movem den- Libertação da falsidade e busca do relacionamento: tro de nós, para não nos encontrarmos despojados eis aqui os dois ingredientes que não podem faltar, do bem «mordendo a isca» em cada tentação. para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autên�cos e fiáveis. Para discernir 3. «A verdade vos tornará livres» (Jo 8, 32) a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a

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Mensagem comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor. Por isso, a verdade não se alcança auten�camente quando é imposta

penso num jornalismo sem fingimentos, hostil às falsidades, e slogans sensacionais e a declarações bombásticas

jornalismo «bonzinho», que negue a existência de problemas graves e assuma tons melífluos. Pelo contrário, penso num jornalismo sem fingimentos, hos�l às falsidades, e slogans sensacionais e a declarações bombás�cas; um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todas as pessoas, especialmente àquelas – e no mundo, são a maioria – que não têm voz; um jornalismo que não se limite a queimar no�cias, mas se comprometa na busca das causas reais dos conflitos, para favorecer a sua compreensão das raízes e a sua superação através do aviamento de processos virtuosos; um jornalismo empenhado a indicar soluções alterna�vas às escala�on do clamor e da violência verbal. Por isso, inspirando-nos numa conhecida oração franciscana, poderemos dirigir-nos, à Verdade em pessoa, nestes termos: Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz. Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão. Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos. Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs. Vós sois fiel e digno de confiança; fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo: onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta; onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia; onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza; onde houver exclusão, fazei que levemos partilha; onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade; onde houver superficialidade, fazei que ponhamos interrogativos verdadeiros; onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança; onde houver agressividade, fazei que levemos respeito; onde houver falsidade, fazei que levemos verdade. Amen.

como algo de extrínseco e impessoal; mas brota de relações livres entre as pessoas, na escuta recíproca. Além disso, não se acaba jamais de procurar a verdade, porque algo de falso sempre se pode insinuar, mesmo ao dizer coisas verdadeiras. De facto, uma argumentação impecável pode basear-se em factos inegáveis, mas, se for usada para ferir o outro e desacreditá-lo à vista alheia, por mais justa que apareça, não é habitada pela verdade. A par�r dos frutos, podemos dis�nguir a verdade dos vários enunciados: se suscitam polémica, fomentam divisões, infundem resignação ou se, em vez disso, levam a uma reflexão consciente e madura, ao diálogo constru�vo, a uma pro�cua a�vidade. 4. A paz é a verdadeira no�cia O melhor an�doto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas: pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem. Se a via de saída da difusão da desinformação é a responsabilidade, par�cularmente envolvido está quem, por profissão, é obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião das no�cias. No mundo atual, ele não desempenha apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão. No meio do frenesim das no�cias e na voragem dos scoop, tem o dever de lembrar que, no centro da no�cia, não estão a velocidade em comunicá-la nem o impacto sobre a audience, mas as pessoas. Informar é formar, é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem, que geram confiança e abrem vias de comunhão e de paz. Por isso desejo convidar a que se promova um jornalismo de paz, sem entender, com esta expressão, um

Va�cano, 24 de janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano de 2018.

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MENSAGEM FINAL DO SEMINÁRIO NACIONAL DA VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA 2018 Centro de Eventos Pe. Victor Coelho de Almeida – Aparecida/SP. 04 a 08 de maio de 2018 Tema: “Mística e Profecia na missão comunitária”. Lema: “Saiamos, às pressas, com Maria, aonde clama a vida”.

Nós, cerca de 600 religiosas e religiosos par�cipantes do Seminário Nacional da Vida Religiosa Consagrada, em Aparecida-SP, de 5 a 8 de maio de 2018, renovamos nossa missão, com Maria Mãe da humanidade e companheira dos pobres, de “sair às pressas, aonde clama a vida”. O mundo nos toca e interpela. A Igreja é parte dele, nossa consagração está a serviço da vida, e nossos carismas se orientam a par�r do Reino de Deus. Escutamos o clamor dos pobres e da Mãe Terra, não queremos ficar indiferentes ou fugir da realidade: com Maria, assumimos o desafio de dizer “sim” ao mistério de Deus, que se encarna na história através de nós. Nosso País encontra-se numa situação sombria, fria e estéril do ponto de vista social e polí�co. Está se consolidando um clima de ódio, violência e intolerância, par�cularmente contra os migrantes e os povos indígenas, com manifestações preocupantes de homofo-

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bia e extermínio da juventude negra. Denunciamos a progressiva concentração de riqueza e renda, bem como a expropriação da terra, do trabalho e dos direitos que o povo brasileiro tem conquistado à custa de muitos anos de luta e resistência; há um ataque estrutural à democracia e ao direito do povo de definir um projeto de País em que se reconheça. Também a Vida Religiosa Consagrada pode esfriar-se, esquecer a profecia de Jesus, ceder à religião do capital, isolar-se, ser autorreferencial, sem sair de suas zonas de conforto, abandonando-se a um pessimismo reprodutor. Mas a primavera bate à nossa porta, tempo de fragilidade que precisamos reconhecer, assumindo também as crises como ocasião para forjar um mundo novo e deixar nascerem os brotos que o Espírito de Deus está semeando. Acolher e fomentar esta primavera, também dentro da Igreja, é a missão da VRC. Como numa árvore, em que as raízes sustentam e


alimentam o tronco, assim nossa profecia está enraizada no silêncio contempla�vo, nas comunidades inseridas e orantes, nas Galileias de hoje, tocando a carne de Cristo na carne dos pobres. Dessas raízes, nos vem a seiva da vida! Na sociedade fragmentada e individualista de hoje, adoecida pela solidão, o testemunho da VRC reforça-se se suas comunidades forem sinal de unidade nas diferenças, de cuidado e amor recíproco. Esse é o tronco da árvore da vida, que oferece apoio e alegria verdadeira a quem precisa de amparo e sen�do pleno! Nosso encontro de par�lha, graças a Deus, destacou que ainda há muitos bons frutos: testemunhos corajosos de serviço aos povos da Amazônia, aos migrantes e empobrecidos, diálogo inter-religioso e vida com os mais pobres. Nosso empenho no mundo da educação e em outras estruturas consolidadas precisa dialogar e interagir de forma permanente com

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essas experiências inseridas. Pode crescer a aliança entre a VRC e as inicia�vas mais vivas e cria�vas da sociedade de hoje, como a economia solidária, as diversas formas de polí�ca par�cipa�va e o protagonismo corajoso das jovens gerações. Aprendemos do “Bem Viver” dos povos ameríndios que o sen�do da vida está em oferecer, unidos, todas as nossas potencialidades a serviço do Bem Comum. Maria saiu de si e se deixou encontrar por Deus, que a surpreendeu e a encheu de amor e coragem. Os már�res e profetas da caminhada também disseram seu sim incondicional e brilham hoje para nós como estrelas-guia. Saiamos, às pressas, com nossa Mãe e nossos irmãos már�res, ao encontro da vida que clama por dignidade e plenitude! Aparecida-SP, 08 de maio de 2018

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Conselho Plenário da Ordem ENTREVISTA COM FREI JEAN SOUSA SOBRE O CPO 2018

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o dia 12/06 ao dia 28/06, 44 frades conselheiros se reuniram na cidade de Nairóbi – Quênia no Conselho Plenário da Ordem (CPO) para discu�r sobre a atualidade da resposta da Ordem nos dias e nas culturas atuais. Do Brasil par�ciparam Frei Wellegton Jean Sousa, OFM, da Província Santo Antônio e Frei Alvaci Mendes, OFM, da Província da Imaculada Conceição. Eles estavam representando a Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB). Além deles, Frei Fabiano Aguilar Satler, OFM, da Província Santa Cruz par�cipou como convidado do Governo Geral. Durante os dias do CPO a Equipe de Comunicação Provincial entrevistou Frei Wellegton Jean sobre a per�nência do encontro. Conforme segue.

Equipe de Comunicação: Como se apresenta a Ordem hoje? Quais as esperanças e os desafios? Frei Jean: A nossa Ordem dos Irmãos Menores se faz presente nos cinco con�nentes, onde atualmente somos cerca de doze mil irmãos, compostos de irmãos presbíteros e irmãos de vocação laical. Nós, Frades Menores, formamos uma única Fraternidade de Irmãos, sem dis�nção de padres ou irmãos leigos, que inspirados pelo exemplo de São Francisco seguimos a Jesus Cristo, pobre e crucificado como uma Fraternidade Contempla�va em Missão. Por vocação somos uma Fraternidade Missionária e chamada a se fazer presente pelo nosso carisma nos lugares de desafios (social, cultural, religioso) e pobreza. Nesta busca sempre atual de responder aos desafios de viver o Evangelho no mundo de hoje, o nosso Capítulo Geral realizado em 2015 convidou todos os irmãos menores a “Saírem às Periferias com a Alegria do Evangelho”. A Ordem inserida na realidade do mundo carrega consigo as dimensões de ser uma Fraternidade mul�cultural, em presenças mul�rreligiosas, configurado-se como uma Fraternidade intercon�nental, internacional,e, portanto universal.

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Apesar da diminuição numérica das vocações para a nossa Ordem, as vidas dos irmãos menores crescem vocacionalmente em países da África, Ásia e Oceania. Há um decréscimo preocupante na Europa e, apesar de certa estabilidade na entrada de novos irmãos, a vida da Ordem nos países la�no-americanos, no tocante a questão vocacional, se faz preocupante. A Ordem hoje carrega o vigor de muitos jovens que são atuantes, assumindo a vida de irmãos menores em diversas frentes; carrega a graça e o dom, e ao mesmo tempo os desafios do envelhecimento dos irmãos na grande maioria das províncias. Uma das nossas grandes riquezas como irmãos menores é nossa ousadia em nos fazer presentes em áreas de conflitos e perseguição, onde o testemunho dos irmãos é sinal de nosso carisma, a exemplo de nossas presenças na China, na Índia, em Israel. Outro grande sinal são as presenças dos irmãos morando em áreas de Missão da Ordem, como em Marrocos e no contexto da Amazônia, bem como missionários em diversos países da África, e em frente missionárias novas como no país de Sudão, e nova fraternidade como em Cuba, onde está atualmente o nosso confrade Frei Zezinho. Muitas de nossas províncias têm buscado o redimensionamento fraterno e missionário de nossas presenças. Há exemplos bonitos de en�dades deixando as grandes estruturas de moradia e trabalho, por uma opção de moradia em bairros pobres e casa simples, tanto nos projetos de formação inicial, como permanentes. Há províncias se dedicando hoje ao desafio


Conselho Plenário da Ordem

da acolhida e acompanhamento aos migrantes com cria�vidade, abrindo-se a novas perspec�vas de presenças para além das paróquias. Na Coreia, por exemplo, somente temos três paróquias, é uma Província onde 50% são irmãos leigos e todo trabalho está focado na linha da Jus�ça e Paz, próprios da iden�dade de nosso carisma. Algumas províncias fazem as experiências de fraternidades i�nerantes, fraternidades missionárias, onde os irmãos fazem opção por uma vida sem apego as estruturas, sem apego ao dinheiro, a serviço dos pobres e sendo presença entre eles. Nas províncias do Centro América e Cone Sul têm surgido as experiências das chamadas “Paróquias Verdes”, voltadas para uma missão com inspiração na Encíclica “Laudato Si” do Papa Francisco e como busca de viver a dimensão sócio-ecológica do nosso carisma. Por fim, muitos são os sinais de sombras, mas também de luzes pela qual a Ordem passa nos dias atuais, cabendo a nós como irmãos menores, darmos respostas aos sinais dos tempos, e como disse nosso Ministro Geral na abertura do nosso CPO, numa a�tude de abraçar o Mistério de Deus que nos abraça. Equipe de Comunicação: Quais são os principais encaminhamentos do CPO? Frei Jean: A tarefa que coube a nós, os 44 irmãos conselheiros neste CPO, foi a de pôr-nos a escuta das diversas realidades onde a Ordem está presente, observando as realidades do Mundo, da Igreja e da Ordem para, através do diálogo e discernimento, oferecer ao Ministro Geral e seu Definitório uma reflexão sobre a Vida e a Missão da nossa Ordem, bem como sugestões para o caminho da Ordem e propostas para o próximo Capítulo Geral. Foram dias de escuta das realidades sócio-econômico-culturais e religiosas de todas as Conferências. Neste sen�do, a realidade polí�ca, econômica e social do nosso país também foi apresentada. Escuta dos desafios e esperanças, das nossas sombras e das nossas luzes em busca de escutar o que o Espírito diz a nós irmãos menores hoje. Os grandes temas abordados pelos conselheiros e que se faz apelo para a nossa missão como irmãos menores no mundo de hoje foram: Migração, Juventude, Missão em Fraternidade, Mudanças no Mundo Atual, Dimensão sócio- ecológica do nosso Carisma, Instrumento de Paz em meio as Violências e Vida Consagrada Franciscana à luz da eclesiologia assinalada pelo Papa Francisco. Estes temas foram trabalhados e encaminhados ao Ministro Geral, que irá se encarregar de enviar o documento final do CPO a toda Ordem.

Equipe de Comunicação: Quais as perspectivas para as Conferências da América Latina? Frei Jean: Os temas trabalhados se fazem desafios para toda a Ordem. Para nós da América La�na, ficou claro que devemos sempre mais buscar sair do nosso provincialismo e abrir-se a missão da Fraternidade Universal. Também ficou o apelo de trabalhar em nossas en�dades um maior compromisso para com os migrantes, uma maior abertura para escutar as juventudes, a consciência de que é preciso superar o clericalismo em nossas fraternidades e decidirmos por presenças mais significa�vas entre os pobres. Para nós la�no-americanos nos faz sen�r bem saber que o modo de pensar e sen�r o Mundo, a Igreja e a Ordem são muito convergentes e que podemos fazer uma caminhada de testemunho e esperança buscando sempre mais a internacionalidade de nossas ações e de nosso diálogo. Equipe de Comunicação: E sobre o contato com a Mãe África? Frei Jean: A África sem dúvidas é um con�nente carregado de uma força espiritual e humana indecifrável. Apesar de suas contradições sociais e polí�cas, se vê um povo forte e de sorriso largo. O nosso CPO foi num pequeno pedacinho da África, no país do Quênia. Sen�r as pessoas deste país, ver a manifestação cultural e de fé marcados por uma alegria e um gingado muito próprios foi uma oportunidade única, foi uma graça. Meu sen�mento é de que há uma grande África que habita em minha alma. Levo deste país um sen�mento de Gra�dão por tudo o que humanamente e espiritualmente eles representam para nós. Foi de uma troca de amor sem medidas estes dias do CPO. Equipe de Comunicação: Frei Jean, o nosso muito obrigado por nos fazer apreciar um pedacinho daquilo que com certeza será de grande valia para todos nós que são os resultados e frutos desse CPO.

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Conselho Plenário da Ordem

“VUELVE A TU PRIMER AMOR” EL LLAMADO DEL CONSEJO PLENARIO PARA RENOVAR Y REVITALIZAR NUESTRAS VIDAS EN MEDIO DE UN MUNDO EN CONSTANTE CAMBIO

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ueridos hermanos, nos acercamos rápidamente al final del Consejo Plenario de 2018. Espero que cada uno de ustedes haya experimentado un profundo sen�do de pertenencia a la única Fraternidad universal de la Orden. A través de los informes de las Conferencias, nuestras celebraciones litúrgicas en grupos pequeños y grandes, nuestros momentos de recreación, nuestras comidas y, muy especialmente, a través de la metodología/proceso del “World Café” en mesas pequeñas, hemos tenido una oportunidad única de conocernos más unos a otros, más acerca de la vida de los frailes en las dis�ntas regiones o Conferencias de la Orden, más acerca de los desa�os a los que se enfrenta el mundo, la iglesia, el ambiente natural y la Orden. Lo que ha quedado claro es que, a pesar de algunas diferencias muy par�culares o contextuales, hay mucho que nos une tanto en términos de iden�dad fundamen-

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tal como en términos de restricciones específicas y desa�os par�culares a los que nos enfrentamos en mayor o menor medida en todas nuestras en�dades. EL “WORLD CAFÉ” Y LA APERTURA DE LA MENTE Y DEL CORAZÓN FRANCISCANO Recordarán que antes de par�cipar en el proceso del “World Café,” algunos miembros del Consejo expresaron sus reservas. Muchos de nosotros hemos sido formados en sistemas que son fundamentalmente “deduc�vos” en términos de análisis de la realidad y resolución de problemas. El modelo del World Café, por el contrario, es una metodología principalmente “induc�va.” Comienza con la realidad humana, con “lo que es,” y luego lentamente, a través de un proceso de lluvia de ideas, comienza a extraer tendencias y/o elementos comunes que pueden ayudar a dar forma tanto a la iden�dad como a la acción. Un pro-


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ceso deduc�vo comienza con algunas hipótesis duras y rápidas sobre Dios, la iglesia, la vida religiosa, la acción humana, la manera en que el mundo trabaja, en resumen, la “iden�dad” que es de alguna manera “conocida” y “compar�da,” y luego pasa a un análisis para confirmar y/o corregir y remodelar nuestras hipótesis. Al final, lo que se produce a través del razonamiento deduc�vo es una visión clara y ordenada de quiénes somos, hacia dónde vamos y cómo vamos a llegar allí. Si bien algunos de estos elementos podrían aparecer en el trabajo que hemos emprendido estos días, queda una cierta can�dad de “desorden” y “sin terminar” que se manifiesta en las formulaciones de cada uno de los siete temas que hemos discu�do en este Capítulo Plenario. Esto era de esperarse en el proceso induc�vo en el que decidimos par�cipar y, de hecho, previmos que el CPO no produciría un documento final, sino que generaría la sustancia de un documento que se redactaría posteriormente, en la forma de un documento post-sinodal. LA ENCARNACIÓN ES UN ASUNTO DESORDENADO Una de las metáforas más fuertes presentadas en la Exhortación Apostólica del Papa Francisco sobre la

iden�dad y el papel de la Iglesia en el mundo de hoy se encuentra en el párrafo 49 de Evangelii gaudium: “Repito aquí para toda la Iglesia lo que muchas veces he dicho a los sacerdotes y laicos de Buenos Aires: prefiero una Iglesia accidentada, herida y manchada por salir a la calle, antes que una Iglesia enferma por el encierro y la comodidad de aferrarse a las propias seguridades. No quiero una Iglesia preocupada por ser el centro y que termine clausurada en una maraña de obsesiones y procedimientos.” Desde el Concilio Va�cano II, la Orden de Frailes Menores ha dedicado recursos, Capítulos Generales y Consejos Plenarios a la búsqueda de “definir” y reivindicar la posesión de una iden�dad clara, fija y definida, de lo que significa ser un fraile menor en medio de un mundo y un cosmos que están cambiando a un ritmo cada vez mayor. Estos cambios acelerados a veces dejan en sus inicios una creciente sensación de pérdida, desarraigo espiritual y psicológico, e impotencia. Este desa�o fundamental a la iden�dad humana, cris�ana y franciscana ha sido reportado a este cuerpo plenario por varios grupos del “World Café.” Pero un mundo en constantes cambios también necesita el desa�o que viene de nuestra iden�dad humana, cris�ana y franciscana. No es de extrañar 2018 / Mai - Jun

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Conselho Plenário da Ordem que los Frailes Menores, como la mayor parte de la humanidad, están buscando lo que varios misiólogos describieron como un proceso de iden�ficación y recuperación de “constantes en contextos.” Creo que podemos decir que estas “constantes” son los elementos que consideramos verdaderos, inalterables, permanentes, no sujetos a las presiones de los cambios que se producen en los ambientes cien�ficos, sociales o naturales: (1) relación profunda y permanente con Dios; (2) compromiso con la fraternidad/hermandad Evangélica; (3) el compromiso de vivir y trabajar con hermanos y hermanas pobres, excluidos y marginados; (4) la búsqueda de una espiritualidad de i�nerancia al servicio de la misión evangelizadora de la Iglesia; y (5) el deseo de abrirse a la formación permanente y a la conversión de mente y corazón. (Las Cinco Prioridades de la Orden) Al mismo �empo, se ha vuelto cada vez más clara en el curso del estudio de los informes de las trece Conferencias y de la Custodia de la Tierra Santa que los contextos en los que se viven estos valores fundamentales requieren un re-pensamiento de cómo vivir mejor estos valores centrales en una manera que despierte nuevamente en nuestro interior nuestro primer amor, pero que también requiere que re-inventemos la formas específicas por las cuales debemos vivir y compar�r estos valores. No podemos simplemente seguir haciendo lo que siempre hemos hecho como si los “odres viejos” pudieran recibir y soportar el “vino nuevo”. Tendríamossólo que mirar la cues�ón de la migración humana, que es un fenómeno/problema común en todas las conferencias y en la Tierra Santa. Los desa�os emergentes de nuevas formas de migración humana nos retan a inventar nuevas respuestas que fluyen desde nuestro compromiso fundamental de

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Frailes Menores, con el fin de demostrar nuestra voluntad de acoger y acompañar a nuestros hermanos y hermanas de manera que refleje lo mejor que somos como seres humanos, discípulos del Señor Jesús resucitado, seguidores de san Francisco, y miembros del cuerpo de Cristo, la Iglesia. Lo mismo aplica a los desa�os de dar respuesta a los jóvenes, al cambio climá�co global causado por seres humanos, a la violencia, a las consecuencias de los medios de comunicación social, y una amplia gama de otros temas interrelacionados planteados en los informes de las Conferencias, y de los dos especialistas externos (Dra. Maryann Cusimano Love, y el cardenal John Onaiyekan), y por medio del proceso “World Café.” Los “constantes” o valores fundamentales de la vida franciscana ar�culados en las cinco prioridadeso siete valores más uno(Ite, nun�ante –incluyendo la dimensión de Jus�cia, Paz e Integridad de la creación) hacen claro que no podemos huir o escondernos de estos desa�os que nos están atropellando – en realidad, están gruñendo dentro de nosotros, dentro de nuestras fraternidades y la Orden. Más bien, estamos llamados por el señor Jesús, por san Francisco de Asís, y por el Papa Francisco y toda la Iglesia a abrazar estos retos y reconocer dentro de ellos oportunidades para reafirmar nuestra iden�dad carismá�ca y para expresar la plenitud de nuestra Fe y confianza en Dios, y nuestra creencia en la presencia y la imagen de Dios en cada criatura viviente (Laudato si´). Es gracias a esta creencia y confianza profunda en la presencia de Dios en el mundo que una vez más expresamos nuestra profunda disponibilidad de arriesgar todo por el Reino de Dios, un Reino de verdad, kus�cia, amor, libertad y perdón, que son los “cinco pilares” de la paz (Papa Pablo VI, San Juan Pablo II). Yo pienso que se puede decir que dos muy dis�ntas maneras de pensar se podían ver en como los Con-


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sejeros consideraban el material para la reflexión. Algunos se sen�an más cómodos empezando con las “constantes” de nuestra iden�dad descrita anteriormente, usando lenguaje explícitamente religioso, haciendo clara su mo�vación. De esta manera, acciones que de lo contrario podrían ser interpretadas simplemente como intervenciones humanitarias que no requieren un compromiso a una cosmovisión específicamente cris�ana pueden ser vistas como derivadas de un compromiso con estas “constantes.” Otros miembros del Consejo se sen�an cómodos usando una terminología más ‘secular,’ acercándose a la cues�ón de iden�dad a través de un análisis de los temas centrales, mientras entendían implícitamente que las razones de nuestro compromiso están centradas en la Fe y son fieles a estas mismas “constantes.” Es cues�ón de si es implícita o explícita nuestra mo�vación en la Fe. Ninguno de los dos enfoques es inherentemente mejor que el otro, siempre y cuando lo trascendente/ trans-histórico y lo inminente/histórico no se separe el uno del otro. Una comprensión Franciscana del acontecimiento de la encarnación nos conduce a abrazar simultáneamente tanto a Cristo como a la persona humana, al Cristo crucificado y glorificado en San Damiano y la a colonia de leprosos, justo más allá de las fronteras humanas de Asís. El amor de Dios y el amor de todos los que y lo que Dios ha creado es la respuesta más completa a la invitación de Cristo de tomar su cruz, venir y seguirlo (cf. Mc. 8:34; Mt. 16:24; Lc. 14:27). Es aquí donde constantes y contextos encuentran su expresión más completa, y que, si se vive en la fe y el amor, da lugar a lo que San Pablo describe como las condiciones para dar la bienvenida a la ‘nueva creación ‘ que Jesús inaugura en y a través de su cruz y resurrección (cf. 2 Cor. 5:17ff: “El que vive en Cristo es una nueva criatura: lo an�guo ha desaparecido, un ser nuevo se ha hecho presente.”

traducción del Libro del Pueblo de Dios).

DEL CONSEJO PLENARIO DE LA ORDEN AL CAPÍTULO GENERAL 2021: PRÓXIMOS PASOS El propósito del Consejo Plenario, expresado en el Cons�tuciones generales y Estatutos generales, Art. 194, es prestar asistencia al Ministro General y a su Definitorio para gobernar e inspirar la Orden, fomentar relaciones y comunicaciones más profundas entre la Curia General y las Conferencias, y entre las Conferencias mismas, y ayudar a preparar el próximo Capítulo General. Deseo expresar el agradecimiento a los miembros del Definitorio General, y mi profunda gra�tud, por el compromiso que cada uno de ustedes ha hecho en formar parte de este Consejo Plenario y de par�cipar plenamente en la metodología, ofreciendo nuevas percepciones y planteando importantes preguntas sobre quiénes somos como Frailes Menores en el mundo de hoy, y cómo podemos responder más plenamente al doble llamado a amar a Dios y amar a todos los que y lo que Dios ha creado de una manera que refleja nuestros valores más profundos y convicciones. Ustedes han respondido a los requisitos del ar�culo 194 de la CCGG en una manera quees a la vez inspiradora y desafiante. Ustedes ham planteado serias preguntas sobre la iden�dad y la acción en la búsqueda de generar un sen�do de claridad de iden�dad y también un sen�do de urgencia evangélica a la faz de un mundo que necesita desesperadamente un mensaje de amor, misericordia, gozo y esperanza. El Definitorio General comenzará a trabajar inmediatamente a nuestro regreso a Roma, reexaminando todos los informes de sus respec�vas Conferencias y la custodia de Tierra Santa. Vamos a revisar todos – y quiero subrayar Todos – los comentarios y propuestas presentados por cada una de las mesas del World Café en cada una de las diferentes etapas de interacción, a fin de asegurar que no dejemos ninguna idea

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Conselho Plenário da Ordem o perspicacia nueva o ú�l que pueda permi�r al Definitorio General mejorar nuestra manera de gobernar e inspirar a todos los frailes de la Orden a aspirar a un sen�do más alto y profundo de la vida evangélica. Tras esta revisión y análisis del material que hemos generado juntos, es la intención del Definitorio General preparar un documento post-Plenario del Consejo que comunique a los frailes de la Orden los resultados de nuestras discusiones y discernimiento. También es muy probable que el Definitorio General, basándose en las deliberaciones del Consejo Plenario, proponga varias acciones para toda la Orden (es decir, respuesta a la realidad de la migración, a los desa�os presentados por Laudato si’ a la evangelización y a la misión, etc.) eso ayudará a crear un sen�do más profundo de pertenencia a una hermandad mundial capaz de involucrar al mundo de una manera que promueva el desarrollo humano integral, la plenitud de la humanidad y el medio ambiente plenamente vivo. Lo que esas acciones concretas podrían ser aún no se han determinado. Esto requerirá más análisis y discernimiento por nuestra parte, basándonos en el trabajo de este Consejo Plenario.

del Señor Jesús Resucitado, miembros de la Orden y de la Iglesia, y miembros responsables de la comunidad humana. En caso de que el Definitorio General, después de una relectura de todos los materiales del Consejo Plenario, proponga varias acciones concretas en todo la Orden, será esencial que se conviertan en defensores, explicando el razonamiento detrás de cualquiera de estas acciones y promoviendo las acciones como un medio para renovar nuestra iden�dad carismá�ca como miembros de una fraternidad contempla�va en misión en busca de medios renovados para proclamar el evangelio en contextos cambiantes, y de pie ante un mundo enfrentado a muchos desa�os, un mundo buscando una nueva razón por la esperanza. En un nivel más prác�co, será vital que trabajen con nosotros para asegurar que el texto que será remi�do por el Definitorio General a las Conferencias sea traducido a los idiomas de los frailes de cada en�dad respec�va. Además, podría ser ú�l que ustedes trabajaran con las Conferencias en el desarrollo de herramientas para el estudio del documento del Consejo Plenario y también para desarrollar herramientas online y de otros �pos para ayudar a todos los frailes a RESPONSABILIDAD DE CADA MIEMBRO DEL CONSE- par�cipar en un proceso que con�nuará hasta 2021 JO PLENARIO y más allá. El proceso del Consejo Plenario no termina con la Parte del proceso de las reflexiones Post- Consejo Eucaris�a de clausura y la cena fes�va. Al igual que Plenario podrían incluir no sólo acciones prác�cas (1 con la celebración eucarís�ca, la llamada es tomar o 2) sino también sugerencias prác�cas sobre cómo lo que hemos experimentado en el momento sacra- comprometer a todos los frailes en sus Conferencias mental – en la Eucaris�a, y también en el Consejo en este proceso en curso. Debemos recordar a los Plenario – y compar�rlo con el liderazgo en todas las frailes que estamos en un viaje; i�nerancia no es sólo Conferencias y en la Custodia de Tierra Santa. Así, el un medio para renovar nuestras vidas; con�ene las primer nivel de compar�r es con el Presidente de su semillas para esta misma renovación. Sin movimienrespec�va Conferencia (los que no están presentes to – interno/espiritual y externo/estructural -no haen el CPO), y con los Provinciales, Custodios y Presi- brá conversión. Es así de simple. dentes de Fundaciones. Si no hay un plan inmediato para una reunión de su Conferencia después de este DESPERTAR NUESTRO PRIMER AMOR DE DIOS, DE Consejo Plenario, les ruego que preparen una decla- LOS HERMANOS, Y DEL PUEBLO DE DIOS Y DEL UNIración escrita en la que ustedes presentarán algo so- VERSO CREADO bre su experiencia del Consejo Plenario, el proceso o Para concluir, me gustaría volver al texto bíblico que la metodología empleada, los ‘resultados’ del trabajo ha servido como tema central en la preparación y del proceso del World Café, y el documento propues- ejecución de este Consejo Plenario2018 de la Orden. to final que se enviará al Definitorio General para el Me estoy refiriendo al libro delApocalipsis, capítulo trabajo que debe realizar a raíz del Consejo Plenario. 2, versículos 3-5 y 7: Una de las mayores debilidades de la Orden es la fal- “Conozco tus obras, tus trabajos y tu constancia. Sé ta de comunicación. Si es ú�l, yo sugeriría que uste- que no puedes tolerar a los perversos: has puesto des trabajen con los frailes de otras Conferencias en a prueba a quienes usurpan el �tulo de apóstoles, la elaboración de lo que van a compar�r con sus Con- y comprobaste que son men�rosos. Sé que �enes ferencias. Será esencial que expliquen los temas que constancia y que has sufrido mucho por mi Nombre hemos discu�do, poniéndolos dentro del contexto sin desfallecer. Pero debo reprocharte que hayas dede nuestra iden�dad carismá�ca como discípulos jado enfriar el amor que tenías al comienzo. Fíjate

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bien desde dónde has caído, conviértete y observa tu conducta anterior. Si no te arrepientes, vendré hacia � y sacaré tu candelabro de su lugar preeminente. … El que pueda entender, que en�enda lo que el Espíritu dice a las Iglesias.” (Rev. 2:3-5, 7a). Me gustaría destacar cinco aspectos o elementos de este texto bíblico que consiento son importantes para nuestras consideraciones mientras nos preparamos para cerrar la segunda fase de nuestro proceso del Consejo Plenario. Este texto nos llama a la escucha apasionada a la voz de Dios en nuestras vidas, en la Iglesia, en la Orden y en el mundo. Estas no son dos palabras que solemos reunir, pero esto es, de hecho, el llamado de esta Escritura. Estamos llamados a volver a nuestra pasión original, y a escuchar al Espíritu con esa pasión. Creo que el deseo de ser oyentes apasionados ha sido demostrado por ustedes, los miembros del Consejo Plenario, a lo largo de nuestras deliberaciones y discernimiento. Este texto no fue seleccionado para cri�car a los miembros del Consejo, sino más bien, como marco para entender el desa�o que enfrentamos colec�vamente en la animación de nuestra fraternidad global. Como Frailes Menores, nos anclamos profundamente en el Evangelio y el ejemplo de Jesús. Sabemos, sin embargo, que hay hermanos que se desalientan, que �enen preguntas y dudas sobre el futuro de nuestra Orden, y tal vez sin�éndose aba�dos porque ellos – o nosotros – hemos caído de “las alturas.” Aquí, esta escritura del Apocalipsis nos llama a arrepen�rnos de habernos apartado de nuestro primer amor. Esto no significa que debamos tomar el curso de la promoción de un regreso nostálgico al pasado. No estamos siendo llamados a un nuevo �po de enamoramiento, uno que promueve una respuesta infan�l que hará poco para ayudar a cada uno de nosotros a profundizar nuestra fe, nuestra esperanza, y nuestra capacidad de amar y soñar. Más bien, nos invita aprovechar la pasión que Dios �ene para cada uno de nosotros, y llevar esa pasión a nuestro compromiso con nuestros hermanos, la iglesia, y el mundo. Para que este �po de compromiso sea autén�co, para ser fieles a nuestro llamado a ser Frailes Menores, debemos también

aprendan de nuevo cómo escuchar a nuestros hermanos, escucharse unos a otros, escuchar los sueños y también las decepciones que cada uno de nosotros soportamos. No sólo debemos permi�r que Dios nos guíe hacia un amor renovado de la Trinidad, de Dios en nuestras vidas; también permi�mos que Dios nos guíe hacia un renovado amor de nuestros hermanos en la Orden. Debemos aprender nuevas formas de apoyarlos mientras viajan a través de noches oscuras. Y debemos celebrar la bondad de nuestra vida en la fraternidad, y el don de la vocación de cada uno. Nuestra escucha, sin embargo, no puede dejar de escuchar a Dios y a nuestros hermanos en la Orden. Debemos con�nuar desarrollando nuevas herramientas y promoviendo dentro de la Orden (la Orden completa, Provincias, Custodios, Fundaciones, Fraternidades locales) un nuevo espíritu de escuchar la voz de Dios hablando en el mundo, el grito de Dios que se levanta del interior del pueblo de Dios y desde dentro del universo creado por Dios. Estos “gritos” pueden tomar una forma explícitamente religiosa, o pueden tomar la forma que algunos no reconocen como explícitamente religiosa. Debido a nuestra fe en Dios, creemos que el Espíritu de Dios renueva la faz de la �erra (Salmo 104:30), y que Dios ama a todos en todas partes, y llama a todas las personas, toda la creación a sí mismo. Ustedes han traído a este Consejo informes de cómo han escuchado al mundo, a la Iglesia y a los frailes. Hemos compar�do estos informes, y escuchado juntos, en un modo contempla�vo, a lo que el Espíritu está diciendo en contextos dramá�camente diversos. Con�nuemos esta prác�ca de la escucha apasionada, escuchando el Espíritu con corazones apasionados. Seamos embajadores no sólo de un mensaje, sino también de un método que promueve la escucha mutua, el discernimiento y la acción colec�va (colabora�va).

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ÚLTIMAS DO PROVINCIALADO

PROVÍNCIA FRANCISCANA DE SANTO ANTÔNIO DO BRASIL Canindé - CE, 22 a 24 de maio de 2018 Realizou-se de 22 a 24 de maio de 2018, no Convento Santo Antônio de Canindé, o II Conselho Definitorial do Triênio 2018-2020. Marcado por um clima de bastante seriedade e preocupação com a situação provincial, muitas questões foram discutidas, das quais se pode ter acesso de modo resumido abaixo. Carta do Geral à Província O Ministro Geral enviou uma Carta ao Governo da Província animando e encorajando para o exercício das atividades nesse triênio. A carta consiste em afirmar a urgente necessidade de na Província se criar um Projeto Fraterno de Vida e Missão, além de se efetivar o redimensionamento, de priorizar a formação, e de incentivar a criação das diretrizes para a Evangelização e Missão baseadas nos Documentos de Aparecida, Evangelii Gaudium e Laudato Si’ , bem como uma economia transparente, etc. Vida Fraterna • Partilhando sobre a vida nas fraternidades, os confrades idosos e enfermos foram recordados com bastante carinho e preocupação. Todos eles estão sendo bem cuidados nas fraternidades onde residem. • Foi comunicado com alegria a ida de Frei José Teixeira (Zezinho) para Cuba. Ele ao chegar lá já nos mandou algumas comunicações expressando a boa acolhida que recebeu e a esperança que o acompanha para esse tempo de experiência. • Depois de passar um tempo de preparação e estudo da língua italiana na casa da Delegação da Terra Santa em Roma, Frei Elivânio Luiz da Silva já se dirigiu para Israel no dia 03 de maio de 2018, em Ain Karem. • Os frades em período de Experiência Fraterno-Missionária se encontram bem e felizes nos locais onde estão. Frei Elias Gertrudes

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e Frei Willames do Nascimento – Fraternidade Interfranciscana de Roraima, Frei Clerison Carvalho e Frei Marcondes Uchôa – São Francisco do Conde, e Frei Artur Bruno – Penedo. Martinho Lammers e Frei João Sannig estão bem, embora o envelhecimento lhes chegue, são bastante ativos no exercício pastoral do Santuário e das comunidades. • Campina Grande – Frei Josafá Araújo e Frei Petrônio estão bem e são bem cuidados. • Fortaleza – Frei Adimar realizou por volta de um mês atrás um cateterismo, mas passa bem, já está em casa e continua ativo nas atividades. Frei Sigismundo continua com seu quatro de saúde estável e está sendo acompanhado por cuidadores. • Recife – Frei Humberto Bruegger está bem. É assistido por cuidadores e continua exercendo seu ministério presbiteral nas Confissões e Celebrações conventuais. • Alemanha – Frei Crisóstomo Wolters estava se sentindo fraco e para se recuperar foi enviado à Casa de Idosos em Alstätte, perto de Gronau. É nessa mesma casa que já se encontra há alguns anos Frei Wendelin Krüger. Formação e Estudos Aconteceu em Canindé nos dias 19 e 20 de maio o II Secretariado Provincial para a Formação e os Estudos. SAV e Amigos das Vocações • Foi apresentado um quadro esperançoso no número de vocacionados que são acompanhados no território da Província. Atualmente se soma um total de aproximadamente oitenta jovens. • O promotor do SAV, Frei Alleanderson Brito, e Definitório pedem que os frades se


Vida Fraterna responsabilizem em tornar acessível aos Amigos das Vocações Franciscanas o Jornal quadrimestral do SAV, afinal ele representa um veículo importante de comunicação entre os Amigos das Vocações e as ações vocacionais da Província que eles ajudam. POSTULANTADO e NOVICIADO • Frei Paulo Araújo partilhou sobre a caminhada do Postulantado e se percebe a seriedade e integração na condução dessa etapa junto com Frei Gilton Rezende. • Os quatro postulantes que estavam em Fortaleza-CE durante esses últimos meses já se encontram em Triunfo-PE, juntamente com a turma dos postulantes, para um entrosamento e convivência. • O mestre de noviço apresentou o plano de formação dessa etapa para apreciação do Definitório, o que foi visto de forma positiva. • A previsão de inicio do Noviciado é o dia 15 de julho em Lagoa Seca – Paraíba.

• O Encontro de frades Under Ten que acontecerá em Taizé – França, de 07 a 14 de julho de 2019, trás uma proposta interessante para ser vivenciada desde a realidade provincial. Esse Capítulo das Esteiras que tem como Tema: “Frades em Diáologo” e que alude ao encontro de Francisco com o Sultão, em 1219, tem a intenção de promover um encontro de convivência, reflexão e encorajamento dos frades de até dez anos de profissão solene na Ordem, dado o alto índice de saídas nessa fase. O Capítulo Será desenvolvido a partir da dinâmica do Ver, Julgar e Agir. O Ver seria um Pré-Capítulo, realizado in loco, a partir de uma discussão provincial sobre a realidade. O Julgar seria o momento do Capítulo em Taizé, onde haveria uma partilha das realidades do mundo. O Agir, no caso Pós-Capítulo, seria as ressonâncias e luzes que o Capítulo desperta e que devem ser levadas à base. A recomendação é que haja um planejamento provincial, para isso, se sugere que o pré-capitulo aconteça numa data diferente do encontro Under Ten da província (2122/07) e que seja realizado em Alagoinha – BA. A data depois poderá ser combinada entre os frades dessa etapa e o moderador da Formação Permanente. • Outras sugestões que surgiram diz respeito a retomada do Encontro da Meia Idade (frades depois dos dez anos de profissão solene até os 60 anos) e o encontro que promovam reflexão filosófico-teológicas na perspectiva franciscana. Essas sugestões deverão ser amadurecidas. • O Retiro Provincial acontecerá de 23 a 27 de julho em Ipuarana e o pregador é o Padre Walterson José Vargas da Diocese de Juazeiro-BA.

JUNIORATO Os junioristas da Província enviaram seus pedidos para renovarem os votos no próximo dia 02 de agosto. Tendo sido feitas as avaliações no Secretariado de Formação e Estudos e Definitório, todos obtiveram parecer favorável. Os junioristas atualmente são assim distribuídos: Fortaleza: Frei Erick Ramon, Frei Diolindo Santos, Frei Jean Santos da Silva, Frei Lorrane Clementino; Salvador: Frei Mendelson Branco, Frei Jailson Mercês, Frei João Pedro Lima; São Francisco do Conde: Frei Marcondes Uchôa, Frei Clerison Carvalho; Penedo: Frei Artur Bruno Secundino Medeiros; Roraima: Frei Elias Gertudes, Frei Willames do Nascimento; Israel: Frei Elivânio Luiz. Em breve serão emitidas Delegações do Pro- Evangelização e Missão vincialado para que os confrades possam renovar os votos nos locais onde residem. Frei Gilmar Nascimento encaminhou o relatório dos encontros que foram realizados na FORMAÇÃO PERMANENTE Província e recordou aqueles que estão para • Frei Walter que tem assumido a Mode- acontecer. ração da Formação Permanente na Província fez o repasse do encontro dos frades da terceira ENCONTROS JÁ REALIZADOS idade que aconteceu dias 02, 03 e 04 de maio, • Foi realizado a I Reunião do SPEM no em Lagoa Seca e João Pessoa-PB. O encontro dia 07 de abril em Mossoró onde foi estudo o que teve positivas ressonâncias, contou com a capítulo V dos Estatutos Particulares e das Diassessoria de Frei José Edilson, que contagiou retrizes Pastorais da Província. a todos com seu carisma e dinâmica. • Aconteceu o Encontro anual do SIFEM 2018 / Mai - Jun

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em Salvador, contou com a participação de 18 frades das entidades do Brasil e teve assessoria de Dom Frei Beto que tratou do Protagonismo dos leigos. ENCONTROS A SEREM REALIZADOS • 19 a 22/07, em Vila Velha/ES – Encontro de Juventudes da CFMB. Que os frades que assumem esse serviço se comprometam com o envio dos jovens, conforme já falado no encontro de párocos ocorrido em Olinda no dia 22/03. • 31/08 a 02/09, em Olinda/PE – Encontro de Párocos e Leigos. As cartas serão enviadas posteriormente com mais detalhes. • 17 e 18/10, em João Pessoa/PB – II Reunião do SPEM. • 22 a 27/10, na Guatemala – III Congresso Franciscano Missionário da América Latina e Caribe. O Definitório indica Frei Gilmar Nascimento e Frei Francisco Rogério para participarem.

Província. Esse valor será distribuído entre as fraternidades para que durante o ano seja quitado. • A partir daquilo que a Ordem solicita quanto a uma economia transparente, o Definitório aprovou que a cada três meses se torne visível num Boletim Econômico Trimestral não somente os números do Economato Provincial, mas também a economia das fraternidades, que devem ser enviadas ao Economato. Reestruturação e Redimensionamento

Belém e Missão Tiriyó Frei José Führ retornou à sua Província de origem. O nosso Provincial manifestou gratidão pelo tempo de serviço, não só a ele, mas também as Irmãs de Maristella pelo tempo dedicado àquela realidade missionária. Os demais confrades (Frei Paulo Calixto, Frei Protásio Stüker e Frei Juvenal Carneiro) que ainda se JPIC encontram por lá, permanecem até que se dê Frei César teve um momento no Conselho a chegada dos novos missionários na Missão Definitorial e fez o repasse do Curso que ele e negociações e encaminhamentos da casa de participou em Guadalajara – México. Segundo Belém. A previsão é que essas questões sejam ele, o curso foi muito enriquecedor e abordou resolvidas até final de junho. o tema “Migração: causas, muros e perspectivas franciscanas”. Em sua fala, Frei César re- Cairú cordou que esse serviço precisa ser estimulado Frei Hilton ainda se encontra no convento. O na Província e tido como prioritário, inclusive Vigário Provincial, Frei Sérgio Rodrigues, esele recebeu um alerta por parte da Secretaria teve em visita e reunião em Cairu e na ocaGeral para esse serviço para que haja um pro- sião conversou com o povo. No momento a jeto provincial. O Definitório fez a reflexão que paróquia está sendo assistida por alguns paações pela justiça e paz já existem, competirá, dres de Amargosa, mas Dom Valdemir, bispo portanto, ao Frei César junto com uma equi- daquela Diocese, comunicou ao Frei Amilton a pe, articular as iniciativas existentes. Além data prevista para a posse do Padre Everaldo disso, o Definitório solicita que se realize um como novo Pároco. A data de posse é o dia 29 encontro de articulação com os frades que já de maio. O Definitório sugeriu que Frei Sérgio realizam atividades no âmbito da Justiça, Paz e Frei Marcos Osmar, junto a Frei Hilton, se e com os Pobres. encarregassem de fazer os últimos encaminhamentos. Frei Aluísio Domingos que estava em Economia Províncial Cairu já se dirigiu a Penedo, local para onde foi transferido. • Frei Severiano esteve presente no Definitório e partilhou algumas preocupações e projetos para movimentar a economia provincial. Na ocasião recordou que a Província precisa fazer um repasse de € 24.000,00 à Cúria Geral referente à taxa anual correspondente a quantidade de frades professos solenes na

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Cosme de Farias O processo de entrega da Paróquia está se dando de modo lento. Frei Sérgio foi empossado Administrador paroquial no dia 18 de abril e nesse momento tem sido ajudado pelo serviço diaconal de Frei José Edilson e pelo auxilio do Padre Clemir batista da Silva, que é do Ma-


ranhão e se encontra em período de estudo no Convento de Salvador. Noemações

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• O Definitório nomeou Frei Rogério Lopes da Costa como Vice-Comissário da Terra Santa na Província. Ele auxiliará Frei Luiz Augusto nos serviços provinciais pertinentes ao Comissariado. • O Regional da OFS CE/PI solicitou um frade da Província para pertencer ao colegiado Casa de Idosos dos assistentes desse regional. O Definitório Frei Wellegton Jean comunicou que o proje- indicou Frei Jean Santos da Silva de Fortaleza to de adequação do Convento de João Pessoa – CE para tal serviço. como casa para acolhimento dos frades idosos está em andamento e inclusive recebeu suges- Pedidos dos Confrades tões dos próprios frades idosos durante os dias do Encontro de frades da terceira idade. Nesse momento se espera o levantamento de valores, Curso uma vez que o projeto arquitetônico está con- Frei Luiz Augusto participará do IV Congresso cluído. Internacional dos Comissários da terra Santa, de 24 a 30 de novembro, em Jerusalém. O DeEncontros da Ordem finitório indicou Frei Rogério Lopes para também participar. Os gastos do curso serão por conta do Comissariado da Terra Santa. CFMB Na ocasião, Frei Luiz Augusto encaminhou um Frei João Amilton partilhou da reunião com os pedido para fazer um curso de inglês de oito Ministros Provinciais do Brasil, em Brasília – semanas, que ele julga indispensável para conDF e apresentou o calendário de encontros que tato com Israel e Palestina. O Definitório acoainda ocorrerão. A saber: lheu seu pedido e ele poderá participar após o • Encontro da CFMB, em Santarém, de Congresso. 24 a 28/09. • Encontro da UCLAF, em Buenos Aires – Peregrinação Argentina de 28/10 a 02/11. Frei Francisco Édson solicitou a permissão para organizar uma peregrinação aos lugares CPO santos na Europa em 2019. O pedido foi aceito. Frei Wellegton Jean já tirou o Visto que lhe permite entrar no território africano para Política participar do Conselho Plenário da Ordem. Frei Anastácio Ribeiro encaminhou o pedido Da Conferência Brasileira irá além dele, Frei para se candidatar nas eleições de 2018 como Fabiano Aguilar, da Santa Cruz, e Frei Alvaci Deputado Estadual da Paraíba, filiado ao ParMendes, da Imaculada. tido dos Trabalhadores. Após uma reflexão sobre sua história, caminhada e se ele tinha REVIVER O DOM DA VOCAÇÃO condições de saúde, haja vista o caso recente Frei Francisco de Assis Coelho foi indicado de infarto que ele passou, e, portanto, tendo pelo Definitório para participar da Experiên- sido positiva a reflexão, o Definitório permitiu. cia Reviver o Dom da Vocação, depois de Frei Romualdo Bezerra renunciar alegando im- Leitorato e Acolitato possibilidade física. Frei Francisco Coelho irá Frei Izael Silva de Santana encaminhou o pejuntamente com Frei Antônio Lima, antes já dido para receber os ministérios de Acólito e indicado. Leitor, após longa reflexão, a maioria dos definidores foi a favor. São Francisco do Conde Frei Rogério Rodrigues encaminhou um breve relatório apresentando de como estão os andamentos das obras no Convento Santo Antônio. Algumas autoridades civis se comprometeram em ajudar no restauro do patrimônio.

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Vida Fraterna Ordenação Frei Macelo Freitas encaminhou o pedido para receber o Sacramento da Ordem no grau diaconal. O pedido foi aceito e a data prevista para a Celebração de Ordenação é dia 25 de agosto de 2018 e terá como Bispo ordenante, Dom José Haring. Exclaustração Frei Marcos Carvalho, que passou um ano de licença, encaminhou o pedido de exclaustração da Província. O Definitório acolheu seu pedido. Reformar para acolher Frei Wellington Buarque encaminhou um pedido, em nome do Corpo de Formadores do Noviciado, para fazer algumas adaptações na Casa Porciúncula, onde será o Noviciado, a fim de acolher bem os noviços. O Definitório acolheu a proposta. Solidariedade com o Povo • O Definitório emitiu uma carta solidária ao povo de Deus, denunciando as injustiças sociais apoiadas pelo sistema político que se encontra indiferente, sobretudo, aos mais necessitados. A carta segue anexada e deve ser lida e refletida no capítulo local da fraternidade, nos encontros de casas visinhas, nos grupos e movimentos que os frades acompanham e onde os frades acharem oportuno divulgar. • O Governo Provincial acolheu a reflexão do movimento que luta pela preservação do painel do Frei Juvenal Bonfim na Paróquia de Porto da Folha – SE e, na ocasião, afirmou a necessidade de se preservar as obras dos frades. Projetos a Missão Central Foram apresentados e aprovados oito projetos para serem encaminhados à Missão Central: • CEBI - PE – Educação popular voltada para a superação dos fundamentalismos e intolerâncias a partir da leitura bíblica contextualizada. • CEBI - SE – Juventudes, mulheres, leitura popular da Bíblia e formação de assesso-

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res/as. • Associação Esperança e Vida (Projeto Thalita) – Projeto reviver: prevenção ao uso de drogas • JUFRA do Brasil – Projeto Social: Juventude Franciscana na formação de criançass e adolescentes. Transformando realidades sociais. • Paróquia Nossa Senhora da Piedade – o Escola Sacramental Nossa Senhora da Piedade o Salão Comunitário Nossa Senhora Aparecida • Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil - Aquisição de veículo a serviço da casa do postulantado da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil • Centro Social da Mirueira – Projeto de Melhorias das Instalações Físicas da Escola Frei Guido. Dado no Convento Santo Antônio de Canindé – Ceará, aos 24 de maio de 2018. Frei Faustino dos Santos, OFM Secretário Provincial


Vida Fraterna Encontro dos Frades Idosos

Q

uero iniciar este pequeno relato sobre o que aconteceu no nosso Encontro de Frades idosos a nível provincial, citando a carta do Moderador da Formação Permanente, Frei Walter Schreiber, enviado a cada Frade Idoso convidando-os para o referido evento. Ele iniciou a referida carta lembrando o versículo de Lc 24,32 e acrescentando que “estas palavras de profunda experiência dos discípulos de Emaús ao lembrar sua experiência com Jesus Ressuscitado os fez obter um fervor evangélico”, e assim, dizia o Frei Walter: “espero encontrá-lo com o fervor evangélico da vida religiosa, embora já experimentando as limitações próprias desta fase da vida.”. O Encontro Provincial dos Frades Idosos foi muito gratificante justamente porque sentimos a presença do Ressuscitado (cf. Mt. 18,20) e do nosso Pai Seráfico São Francisco em nosso meio. Este cronista chegou no local do Encontro, convento de Ipuarana, um dia antes de iniciar o referido Encontro, e ali já se encontrava os confrades Bispos, Dom Martinho e Dom

José Haring e também Frei Hermano Schwartback; Frei Sérgio, Frei José Domingos, Frei Adalberto, Frei Anésio, Frei Salvador, Frei Urbano Kaup, entre outros, ocasião de muita fraternidade entre nós. Por falar nisto, a lista completa dos participantes foram: além destes, também os nossos confrades: Frei Edilson, Frei Walter Schreiber, Frei Manoel Ferro, Frei Petrônio, Frei Hermano José Couerten, Frei Fernandes, Frei Agostinho, Frei Osmar, Frei Aloisio Domingos, Frei Anastácio, Frei Vito Hoffmann; Frei Amilton e Frei Romualdo. Como o encontro se estendeu até o Convento do Rosário em João Pessoa, o Frei Hermano Heyens recebeu os confrades idosos e mostrou a capela da Juventude que ele construiu, ali tiramos a nossa foto oficial do encontro. Na ocaisão o Engenheiro Alexandre, convidado dos frades, em slides, nos mostrou e nos explicou como vai ser a casa de convivência dos frades idosos da Provincia Franciscana de Santo Antônio, que está sendo elaborado e implantado no Convento do Rosário. Nós, frades Idosos, doamos sugestões, e o referido

engenheiro, muito aberto para receber sugestões, ficou de ver e realizar a comodidade dos frades que estão “na melhor fase da vida”, como é chamado esta fase em que se acumula o conhecimento de uma vida anterior. Frei Edilson, vigário do Convento de Salvador e responsável pelos oito frades idosos desta comunidade, nos enriqueceu com suas palestras, exposição de slides, apresentação de livros que ele adquiriu no recente Encontro que ele participou no sul do país, e que tratou especialmente sobre o tema do cuidado dos idosos. Os conhecimentos adquiridos por Frei Edilson sobre o cuidado dos idosos e a experiência dele em Salvador muito nos ajudou neste encontro Provincial. Participamos dos momentos de oração comunitária da Comunidade Franciscana de Ipuarana, participamos de missas com a comunidade, interagindo com os leigos daquele bairro emergente do sítio de Ipuarana. Tivemos uma noite de lazer no convento de Ipuarana e de um almoço festivo no Convento do Rosário em João Pessoa; motivo que agradecemos aos guardiães respectivos, Frei Alexandre e Frei Fernandes, tão calorosa acolhida. Um relatório é uma pálida ideia do que realmente acontece em um encontro, por isto peço desculpas se faltou alguma coisa. 2018 / Mai - Jun

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Vida Fraterna

FREI ELIVÂNIO RENOVA OS VOTOS EM JERUSALÉM

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a Celebração das primeiras vésperas da Solenidade de Corpus Domine, no sábado, Frei Francesco Patton, Ministro Custodial da Terra Santa, recebeu a renovação dos votos de sete frades de profissão temporária. Frei Elivânio Luiz, frade oriundo da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, também renovou os votos nas mãos do Custódio. Na ocasião, algumas missionárias da Canção Nova foram prestigiar esse momento do nosso confrade. Frei Elivânio nos informou que após a celebração se seguiu as assinaturas e o jantar festivo que foi realizado na Cúria Custodial, no Convento de São Salvador. Perseverança aos nossos irmãos. Paz e bem!

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Vida Fraterna

A PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA NO SEU DIA FESTIVO ACOLHEU SEU NOVO PÁROCO

O

s dias precedentes foram repletos de entusiasmo. O novenário em honra a São João Batista, que na cultura brasileira ocupa certa centralidade quando se trata dos festejos juninos, foi bastante entusiasmado e rico de celebrações, quermesses, animações e fogos de artifício. Era bonito notar pessoas das diferentes comunidades rurais dirigirem-se a Igreja Nova para prestar sua alegria ao santo precursor. Com o tema: “São João Batista nos aponta a missão do leigo na vida da comunidade”, oficializou-se no dia 15 de junho os festejos em honra ao padroeiro de Igreja Nova – AL, São João Batista. A abertura dos festejos contou com carreata saindo às 18:00 do Povoado Conceição e percorreu as principais ruas da cidade até chegar à igreja matriz de São João Batista. Em

seguida foi presidida a Santa Missa pelo filho da terra Padre Ailson dos Santos da Arquidiocese da Paraíba. O encerramento dos festejos aconteceu hoje 24/06 com a missa solene às 09:00 presidida por Dom Valério Breda, SDB bispo da Diocese de Penedo – AL, que na ocasião empossou Frei Lenilson Santana, OFM no serviço de pároco da paróquia São João Batista. Diante do bispo, demais concelebrantes e do povo de Deus fez a profissão de fé e o juramento conforme está previsto no Código de Direito Canônico. Em sua homilia Dom Valério enfatizou que como são João Batista se apresentou como uma palavra nova, um anuncio novo, a humanidade está entrando em tempos novos e por isso ele convida o povo à conversão, por que ele próprio dá o testemunho.

Se dirigindo ao seu rebanho, Frei Lenilson perguntou o que o povo espera de um frade padre? O povo pode apresentar vários adjetivos como deve ser um padre: construtor, administrador ou pai. Continuando, perguntou o que o padre espera de um povo? Aqui no sentido de esperança, que o povo não seja fofoqueiro e egoísta, pois isso contamina e destrói a vida de uma comunidade. Quando encerrou-se a solene celebração de posse, houve o prolongamento da Ceia Eucarística na partilha do alimento, essa serviu como revigoramento das energias para a tarde caminhar pela cidade na tradicional procissão que percorria ruas ornadas de toalhas, bandeiras e cores, enfatizando o tom festivo em honra ao Batista João.

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Evang elização e Missã o Redimensionamento PADRE EVERALDO SANTOS SOUZA É EMPOSSADO COMO PÁROCO EM CAIRU/BA

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o dia em que a Igreja celebrou a solenidade de Corpus Christi, a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Cairu – BA, festejou a chegada do seu novo pároco, Padre Everaldo Santos Souza. A paróquia de Nossa Senhora do Rosário há muitos anos foi administrada pelos frades franciscanos da Província de Santo Antônio. No ultimo capítulo provincial os capitulares votaram a favor da entrega da paróquia ao bispo diocesano. Essa decisão foi fruto de um longo processo de reflexão haja vista que nossa presença se encontrava enfraquecida naquela região. O Bispo Diocesano, Dom Valdemir Ferreira foi quem empossou o novo pároco. A celebração contou com a participação do povo de Deus e com a presença do confrade Frei Hilton Botelho. Desejamos ao Padre Everaldo um bom e santo pastoreio. Paz e bem!

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Evangelização e Missão

ENCONTRO ANUAL DO SECRETARIADO INTERPROVINCIAL PARA A EVANGELIZAÇÃO E AS MISSÕES - SIFEM

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Conferência dos Frades Menores do Brasil – CFMB – conta com o SIFEM para animar e promover a cooperação, a formação e o intercâmbio de experiências no âmbito das Missões e da Evangelização e fomentar as relações entre os diversos Secretariados de suas Províncias ou Custódias (cf. Estatutos Peculiares do SIFEM). A cada ano há um encontro dos diversos ofícios deste Serviço, como os secretários para a Evangelização, os moderadores para as Missões, os animadores do JPIC e os coordenadores da Pastoral Educativa. Neste ano, o encontro foi de 14 a 17 de maio, na Fraternidade do Convento São Francisco, em Salvador, BA. Participaram 19 frades, das

nove entidades da Conferência. De nossa Província foram Frei Alexandre Magno da Silva, Frei James Girardi e Frei César Külkamp. O tema do encontro deste ano foi “o Protagonismo dos Leigos na Evangelização Franciscana”, considerando o ano do laicato, e o assessor foi Dom Frei Carlos Alberto Breis, OFM, bispo de Juazeiro, na Bahia. Frei Beto, como gosta de ser chamado e é conhecido entre nós, buscou, no movimento franciscano das origens, um projeto evangélico iniciado por leigos, os irmãos da primeira comunidade. Numa época bastante hierarquizada, a Ordem Franciscana nasce sem distinções: O mandato da pregação é concedido a todos os membro da

Fraternidade. Às reponsabilidades de governo (serviço) são chamados tanto os clérigos quanto os leigos. A Regra é dirigida indistintamente a todos. O próprio nome IRMÃOS (53 vezes na RB) MENORES, já no início do documento, acena para algo insólito na Idade Média. A partir de 1220, com o grande crescimento da Ordem e com as tensões entre os que preferiam os velhos esquemas da tradição monástica em vez da nova identidade, as mudanças vão acontecendo no interior da Ordem, deixando em segundo plano elementos nucleares das intuições da primitiva comunidade, como a itinerância e a fraternidade. E a clericalização da Ordem lança bases mais sólidas nas Constituições

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Evangelização e Missão de Narbone (1260). Hoje é a própria Igreja que nos alerta para o perigo do clericalismo, na voz profética do Papa Francisco, referindo-se a este como uma doença. Também a Ordem faz um grande esforço pela purificação de sua identidade leiga. Este tema esteve presente nos Conselhos dos dois Secretariados Gerais (FE e ME). E, quanto aos cristãos leigos(as) e seu lugar na evangelização da Igreja, este foi o tema do Congresso Missionário Franciscano de Córdoba (2008) e ganhou destaque no Capítulo Geral de 2009 ao cunhar as expressões “Evangelização Compartilhada” e “Protagonismo dos leigos” (Portadores do Dom do Evangelho, 25-26). Para este ano de 2018, a Igreja do Brasil lançou o Ano do Laicato. Novamente, o assessor nos convidou a beber do franciscanismo das origens e de sua mística laical. Diferente da lógica dos que queriam viver “fora do mundo”, o franciscanismo promoveu uma síntese entre uma vida cristã cada vez mais inserida entre os homens e o desejo de se viver plenamente a fé cristã. O fato de que São Francisco demonstrava simpatia pelo mundo fez com que ele se relacionasse de forma muito particular com a cultura do seu tempo, usando a língua vernácula, textos das canções dos trovadores e dos poetas, etc. Estava mais perto do povo que do clero. Os frades menores entenderam que a fé cristã devia ser vivenciada no meio do povo, ou seja, em sociedade, inclusive na cidade. O claustro passou a ser todo o mundo, espaço de sua vida e missão.

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Daí parte também o desafio de uma abertura maior de nossa vida para a sadia participação dos leigos e leigas. Depois deste tempo para nossa formação, cada entidade partilhou sua caminhada de evangelização e um tempo maior foi dedicado para conhecer um projeto social da Província anfitriã, com bastante protagonismo dos leigos na promoção e defesa dos direitos dos moradores de rua.

• Coleta da Amazônia – realizada em torno de 05 de setembro de cada ano; • Espírito de Assis – celebrado no dia 27 de outubro de cada ano; • Trabalho em rede de Comunicação franciscana – sonho que começa a se tornar realidade para uma futura Rede Franciscana de Comunicação – no momento é a transmissão da “Vigília Franciscana” nas rádios da Conferência e, aos poucos, a “Sala Franciscana”;

Outros pontos e encaminhamentos de atividades recentes ou futuras: O próximo encontro do SIFEM será em 2019, em Porto Ale2018 gre, na Assembleia de todos os • Relato da celebração serviços da CFMB em data a dos 25 anos da Missão francis- ser marcada. cana em Boa Vista, RR, no dia Na avaliação final do encon22 de abril – uma comissão de tro, os presentes destacaram frades da CFMB participou; o crescimento da consciência • Relato do Conselho In- de que somos uma só Ordem, ternacional para as Missões presente em diferentes regie a Evangelização (CIME) – ões, contextos e com histórias Frei César Külkamp partici- próprias, mas que convergem pou e transmitiu suas impres- sempre mais para a unidade e sões (vf. acima); a partilha. A expressão “é bom • III Encontro Nacional estarmos juntos!” exprimiu o da Juventude – será em Vila sentimento geral. Os agradeVelha, ES, de 19 a 22 de julho cimentos foram para a Prodeste ano e a maior parte dos víncia Santo Antônio e a Framembros do SIFEM estará ternidade do Convento São presente; Francisco, de Salvador, pela • II Congresso Nacional acolhida fraterna e generosa, de Educadores Franciscanos – por partilhar suas atividades será em Anápolis, GO, de 27 a evangelizadoras e pelos mo29 de agosto deste ano; mentos de confraternização e • III Congresso Francis- de passeio que nos ofereceu. cano Missionário da Améri- Retornamos para nossas enca Latina e Caribe – será na tidades, fraternidades e atiCidade da Guatemala, de 22 vidades evangelizadoras lea 27 de outubro deste ano e vando junto o crescimento de cada entidade poderá partici- nossa pertença franciscana e o par com frades e leigos; entusiasmo por viver e anun• 1o de setembro de cada ciar o Evangelho de Jesus. ano é o dia de oração pelo cuidado da criação; Frei César Külkamp, ofm


Evangelização e Missão CARTA AO POVO DE DEUS

“N

enhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”. (Papa Francisco) A Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, através do seu Ministro Provincial e do seu Definitório, que esteve reunido no Santuário de São Francisco das Chagas, em Canindé – Ceará, em comunhão com o Carisma Franciscano e em solidariedade para com os pobres e trabalhadores do Brasil, decidiu manifestar ao povo de Deus e a sociedade civil onde estamos inseridos, o nosso olhar sobre o momento em que o Brasil e seus brasileiros vivem. O Brasil, assim como o mundo, passa por um momento de grande confusão social: guerra, intolerância política e religiosa, empobrecimento mundial, fragilização das instituições democráticas, perda de direitos, crise migratória e tráfico humano, desrespeito à dignidade da vida humana nos seus mais variados aspectos, destruição ambiental, corrupção política e enriquecimento ilícito de uma minoria em detrimento da miséria de milhões de irmãos e irmãs. Em nosso país estamos assistindo a um dos cenários mais obscuros da nossa jovem democracia: a perda dos diretos

dos trabalhadores e trabalhadoras, o aumento da pobreza e da desigualdade social, a violência generalizada atingindo sobre tudo os mais pobres, as mulheres os negros e os jovens, o descrédito da população na instituição política brasileira, a péssima influência da grande mídia como fonte de verdade e manipulação a serviço dos interesses do mercado e do capital. Há uma desconfiança quase generalizada no modo como o Estado brasileiro manobra a justiça, dos artifícios que se utiliza na busca de soluções para que se promova a paz social no país. Há um contexto de divisão explícita de classe social, de polarização de interesses, de agressão ao espaço democrático, junto à ausência da profecia religiosa, da apatia e do comodismo social. Diante deste quadro podemos nos perguntar: “quem está pagando o pato?”, sem dúvida são os mais pobres deste país: sem casa, sem trabalho, sem educação, sem saúde e segurança. São os estudantes: sem acesso a escola pública e aos financiamentos que os inseriam nas universidades. Há perda do direito à mobilidade dos brasileiros, sem transporte público de qualidade e a mercê do aumento abusivo dos combustíveis, gerando elevado preço da cesta básica,

onerando assim o bolso dos cidadãos. Apesar de tudo isso, nós brasileiros, pela força das nossas lutas e resistências, não podemos perder a Esperança. Enquanto irmãos menores, queremos ser portadores da Esperança Evangélica que à luz do nosso Carisma nos convoca a ser uma presença profética entre os pobres e a defender os direitos humanos e a justiça social. Por isso, convocamos em primeiro lugar os nossos frades para que, junto com o Povo de Deus, possa mais uma vez fazer uma clara opção pelos pobres, sendo uma presença junto aos movimentos sociais, pastorais, grupos paroquiais e família franciscana que lutam pelo direito à Justiça e a Paz. Convidamos a todos a fazerem uma releitura da situação atual, a partir da ótica de nossa fé e do nosso carisma franciscano, tomando iniciativas concretas que ajudem na construção de uma sociedade mais justa e fraterna como sinal do Reino de Deus. Canindé, 25 de Maio de 2018. Fr. João Amilton dos Santos Ministro Provincial

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Retalhhos da Trezena de

Santo AntĂ´nio Pela Provincia

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Formação

O OITAVO PECADO CAPITAL É O ÚNICO PECADO QUE NÃO TEM PERDÃO.

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u acredito num mundo onde as pessoas possam ser acolhidas pelo que são, onde não haja discriminação de nenhum gênero. Eu sonho com um mundo onde o discurso normativo cesse, e não mais se imponha para ninguém. Não existe maior violência contra um ser humano do que lhe impor uma fôrma onde ele tenha que se encaixar, de onde ele parte para auto avaliar-se e perceba que está sempre devendo. Não é justa uma ideologia que menospreza a diversidade de cada ser e lhe imponha normas e formas que violentam sua individualidade e subjetividade. O argumento dos que fomentam esta ideologia é que nós não podemos cair num relativismo onde tudo se pode, mas o que eles desprezam, propositalmente, é que o diálogo atual sobre o direito que o indivíduo tem de se ver como

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realmente é, não se trata de um relativismo cego, pois sabemos que podemos nos ressignificar frente aos valores que abraçamos em qualquer religião, sem precisarmos negar quem somos. Se tem uma coisa que aprendi com São Francisco é que para ser cristão não preciso jogar nada do que sou fora, como se fosse lixo, tudo que sou tem valor diante de Deus, até minhas fraquezas. O problema é que diante da fôrma que se impõe o indivíduo passa a desejar ser outra coisa que não ele mesmo. Ele passa a ter vergonha de quem é, e o sentimento de inadequação nunca lhe abandona. O indivíduo sente vergonha da cor de sua pele porque não tem a cor de pele defendida pelo discurso normativo. Daí ele enxerga como defeito tudo o que na verdade são suas qualidades mais naturais. Isto é uma violência

imensurável: dizer que quem ele é não presta, dizer que quem usa tatuagem é inferior a quem tem a pele sem tatuagem, considerar inferior toda orientação sexual que não seja a heterossexualidade. Como se pode convencer uma criança indígena que sua tradição é sem valor só porque o homem branco não lhe dá valor? Então, quem dita o que tem valor é a ideologia do discurso normativo? Se nos opomos a esta ideologia eles nos acusam de relativistas, COMUNISTAS! Nunca houve um debate tão sério sobre sexualidade como há nos dias de hoje. Fora do campo gravitacional da normatividade, percebeu-se uma gama imensa de formas de viver a “própria sexualidade”, sem confundi-la com nada, onde o que se é, é motivo de orgulho e fonte de vida. Entre a alossexualidade e a assexualidade o indivíduo humano tem


Formação

a possibilidade de se sentir como é de verdade e viver da forma como se sente. Recentemente, o Papa Francisco disse para um dos jovens abusados sexualmente, na infância, por um sacerdote do Chile: Deus te fez assim, Deus te ama assim, o Papa te ama assim, portanto, ame-se como você é. Uma forma evidente de dizer que temos que respeitar a diversidade da criação de Deus. Mas o discurso da uniformidade social (presente na política, na religião, na economia, no discurso ético-moral, etc.) tenta transformar tudo em mais do mesmo. Violência! volto a dizer. E assim culturas inteiras são reduzidas à “vergonha” de serem quem são. Pessoas são convencidas de que sua pele negra é tão medonha que é preciso fazer mil cirurgias plásticas até que tenha uma pele branca como a neve. Lembremo-nos do dito popular: “A

coisa tá feia, a coisa tá preta”. O que é isso? Como podemos achar que isso é normal? Disfarçamos nosso ódio-preconceito de sabedoria popular, de poesia, de piadas. Uma vez eu li num livro, sobre pecados capitais, que, o único dos sete pecados capitais que ninguém assume que tem é a inveja. Eu acrescentaria o ódio-preconceito a esta lista, e diria que esse ninguém o assume também, contrariamente damos-lhe mil faces, até as mais angelicais, como fazem os que usam da religião, dos textos sagrados, para pintarem afrescos monumentais sobre as paredes do ódio-preconceito que trazem no coração. O pecado que não tem perdão é o pecado contra o Espírito Santo, pecar contra o Espírito é dizer que é do diabo aquilo que é de Deus, nesse sentido o ódio-preconceito não tem perdão, pois, com ele convencemos aqueles que não se

encaixam na normatividade, de que suas maiores qualidades são aberrações, ou seja, as convencemos de que o que elas receberam de Deus vem do diabo. Todos os cristãos que alimentam o ódio por meio destas ideologias discriminatórias cometem o único pecado que não tem perdão. Infelizmente, ainda há discriminação contra a diversidade em todas as instituições. E mesmo entre os cristãos católicos e protestantes aumenta o número de pessoas que apoiam o discurso de ódio racista, homofóbico, preconceituoso que está na boca de um tal Bolsonaro. Há católicos e protestantes apoiando a pena de morte, e mais do que isso, encontrando nas escrituras meios para justificar tais escolhas, pois o oitavo pecado capital ninguém admite que tem. Frei Jean Santos da Silva

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Frei Félix Bolte, OFM

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Serviço Provincial de Comunicação Arte e Diagramação: Frei Erick Ramon, OFM Revisão: Frei Faustino Santos,OFM ; Expedição: Secretaria Provincial Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil Rua Imperador, 206, Recife - PE. CEP: 50010 - 240 - Tel: (81) 3424-4556 www.ofmsantoantonio.org / E-mail: ofmnordeste@gmail.com


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