Festas & Eventos . Ano VIII . N.º 15 . Jun 2010

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as diferenças culturais, consagra um crescente leque de competências cada vez mais díspares e heterogéneas. A identificação dos diferentes perfis de activos e respectivas competências, avizinham‑se nesta perspectiva como uma reflexão de âmbito estratégico para a evolução e competitividade do negócio dos eventos. Considerando a natureza dos eventos e contexto sociocultural, económico e ambiental das sociedades desenvolvidas, os modelos de ensino a adoptar são uma segunda questão essencial deste processo.

generalista e, numa segunda fase, integrar conteúdos dirigidos a mercados e a produtos de eventos claramente direccionados e específicos de modo a qualificar a actuação profissional.

Nesta lógica, os

Os modelos de formação, quer numa dimensão

modelos de ensino,

presencial, quer através da aplicação de modelos

também eles, não se

de ensino à distância, devem contemplar um

esgotam actualmente

campo de conhecimento de carácter transversal,

num mero paradigma

assente nos tradicionais contextos da gestão,

teoria/prática, mas

planeamento, economia, marketing e protocolo,

também e cada vez

com a dimensão mais específica, localizada e

mais num paradigma

dirigida, para o enfoque da temática em que se

presencial/online.

pretende trabalhar.

O debate sobre as mais-valias do online na formação já não é de actualidade. Pensar hoje a formação sem referir soluções online importa um desconhecimento das modalidades ao dispor no mercado. A formação em eventos é uma área onde deve, desde logo, sobressair o recurso a estas modalidades, dada a crescente integração desta dimensão na própria oferta do mercado. A diversificação dos conteúdos formativos e a especificidade das competências profissionais deverão ser também um foco de reflexão importante na promoção de novos modelos de formação em organização de eventos. Importa pois, numa primeira fase, desenvolver a matriz de formação, integrando-a numa dinâmica de foco

Existem competências diferenciadas e muito específicas no quadro das necessidades de desempenho, dependendo das tipologias e dinâmicas dos projectos que pretendemos desenvolver. As exigências profissionais para o planeamento e acção de projectos de organização de eventos desportivos exige conhecimentos e dinâmicas operacionais em tudo diferentes do que se estivermos a desenvolver eventos culturais, diplomáticos ou sociais. A organização de um festival de música barroca obriga a uma dinâmica de gestão de evento diferente da que se estivermos a desenvolver um projecto de um festival outdoor de música rock. Temos então que desenhar projectos de formação para planeamento e gestão

de eventos, adaptando-nos à realidade das necessidades e integrando novos conteúdos, novas tecnologias e novos canais de comunicação. A certificação dos diferentes conteúdos, quadros formativos e respectivas entidades formadoras são o terceiro passo. Esta dimensão é efectivamente muito importante, não só pelo reconhecimento da prática formativa, mas sobretudo porque permite criar valores de responsabilidade social e de qualidade na intervenção profissional. A certificação dos componentes programáticos, das instituições formativas, dos manuais e outros materiais de apoio, serão necessariamente mecanismos prossecutores para qualificar quem entra no mercado e funciona

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