Legionário 1947, números 752 a 883

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Diretor:

A.NO XX/

FHDlo

Semana

Coriêa

de Oliveira

Paulo, 17 de Agos~ de. 1941

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Para se medir até que ponto estamos sendo s.rrastados pela tor(Continu.a na 2.a pâgina.)

O novo

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cípios cristãos. e. por isso, capaz

de estabelecer, na sociedade, atra~ vés de caminhos vários. a diviua Realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No dia 13 pp., transcorreu. o - ~9- aniversario da · traslação ~o Ehilnentissim<;> e, Reverendis~~P ª6nl!ot ~deal_,Do:m ,:Silrlos C~eto·. de ·vasconéelos Mota, ·do sóliC,afq~is!!b}>âl' de· Siio ·Lui~< d6 Maranhão'\ para o de s. Paulo. Come'morando esta data de tão alta significai;.ão para a Arquldiocese, a Curia Metropolltá.na, por edital do. Exmo. Revmo. Monsenhor Paulo Rolim · Loureiro, Cha:nceler do Arcebispado, exorto:u os Revmos. Srs., Párocos; Vigarios, Superiores e Superioras de Comunidades, Reitores de Igrejas, e Capelães, a promoverem a celebração de santas Missas e Comunhões, elevando fervorosas preces pelas intenções de .Sua Eminencia. No mesmo dia 13, com a presença do Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio Maria Alves de Siqu&ira, Bispo Auxiliar, e do Colendo Cabido Metropolitano, foi celebrada com toda a solenidade, na Catedral Provisoria de Santa Ifigenia, Missa em ação de graças. A tantas e tão numerosas orações, o «Legionario» juntou as suas, rogando a Deus pela felicidade de Sua Eminencia, exito e esplendor «ad Majorem Dei Gloriam», de seu governo episcopal. Deste governo, é um dos pontos mais salientes a Universidade Pon~ificia e Catolica de São Paulo, da qual o eminente Purpurado é fundador e Grande Chanceler. Por motivo da data do dia 13, e da inauguração da «Semana Universitaria», apresentamos à Sua Eminencia Reverendlssima nossas filiais e respeitosas homenagens. Inicia-se hoje em toda a Província Eclesiastica de Silo Pau.lo a campanha em prol da Pontificia. Universidade Catolica. Esse

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dos

em Mos eou

mento entre o então Presidenb dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, e o senhor Maxim Litvinov, no ano de H'34, permitiu-

cicnruids.de fta.ncc3a) co.n;..<.~

s{; t·•.:.: E.. }... 1~:..>.;po!'}c, Braun, . A.. A., unir-se ao Exn10. 1'.lons. Eti..-

w de São Luiz ·dos Fnmc~scs er. Moscou, cargo , que vinha ocupan d<> o R. P. Anthony Laberge, A. A.., o qual permanecerá na mesm :oi cidade na qualidade de capelão da eolonia norte-americana. Embora varios reporteres pro cedentes de Moscou afirmasser . que o Padre Laberge representa ria a Santa Sé, emborâ sem statu::: diplomatico, circulos vaticanos es · clarecem que a presença desse Sacerdote não supõe «1.enhuma espe cie de representação do Vaticano de nenhum cara.ter». Com a designação do Padr Thomas. o numero de Sacerdote!' catollcos. na capital sovietica será doravante ãe dois. , QQm,g ~ M t.im @AtttAdi.

-O Revmo. Pe. Bagaud, foi eleit:, membro da Assemblea francesa como representante de Ubi:.ng'Shari, na Africa equatorial fran• Com, a "contribuição da cesa. Este Sacerdote, de raça ne. Imaculado Coração de ittaria, sob gra, é um admiravel heroi da cari. cuja i>.roteção está a .Universidadade : apostolicà. . e catolica de. .. . Igreja. . de C .. atolica, bênçãos especiais . paO no~o":deputado. do M. &. P. J'a •esta incomparável . obla . ele . nasceu em ur,na peque~ ·Yila d,, e~u~âçiô.' ; ,_, . . ' . ~.. ~ •afiiéano~ de :pá.is humildes e r . .i.,.· • • • ·-; . l .'!_gnoran_téS, Iniciou OS ~UE! estUdQl! .,•. , , . ..,,o:qJ.i.~.JIJ.'-9. pagancJa..fuíta4. . . o-,.... ,.~· escola· ptimaria-·dõs· ··Padres· · a conhecida . e amada; encamiMissionarios do Esp!r:ito Santo nhando ~tu.dantes, para ela.. continuando os estudos superlol'G6 : d f d ·d· . ,~ . · · .. • com os Padres Jesuítas. . e en en o-a, tnost~ndo as vansua eleição a.o Par;.amento ~ ' ; tagens da formação· integral que cês demonstra a sua grande popu' ela proporciona, fundamen~ laridade entre os nativos. Segunde na moral cristã. as ultimas estatisticas, a popu1 . . • lação catolica. da Africa Equato~ Com donativos oferecidos dirial francesa é_ de 587.724, nuna retamente ou angariados. durantotal de 3,524.710 habitantes. te a "Semana Pró-Universidade Católica", no . mês de Agosto d.e cada ano. NüMERO AVULSO :t- Com o "tributo da alegria", em favor da Universidade, por ocasião das festas de fanillia. llIO DE· JANEIUO •'f- Com a "contrlbuiçção da

S. E.meia. Revma. o Sr. Cardeal D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, Arcebispo l\1.etropoli, tano e por todos os seus suf.raganeos. amplo. movimento foi noticiado A comemo1-ação culminante da a todos os fieis pela importante semaua dar-se-á- no dia 22, pri~ circular que publicamos em nqs- , meiro· aniversario da Univérsid~ so ú.ltimo numero, assinada por de Catolica. Nesse dia haverá. ás S hs. Missa Pontificâl no Santuario do Co1·ação de Maria. eelebrada pelo Emmo. Snr. Cardeal Grande Chanceler. Ao Evangelho falará o Exmo. e Revmo. Sr. D. Antonio Maria Alves de Siqueira, Bispo

. GlDADE DO VATICANO, (NC) ._ A Santa Sé ·confirmou oficia 1.-· mente a designação do R. P. Jean de Matha Thomas, .A. A., de na \?;:,;:..r-i., -

.um· Sacerdote preto no Parlamento Francês

COMO AUXILIAR A . UNIVERSIDADE CATOLICA?

raroco ~e São

rra neeses,

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recebido do Revmo. Pe. van Reth O. Praem, missionario em Buta. Congo Belga, o discurso do Sant QUE E' UNIVERSIDADE Padre ás c:rianças da Amer1ca tev, repercussões até entre as criança~ CÀ'.rOLIC4.'? 1 1 indígenas do Oongo Belga. Q texto do apelo do Santo Pa Consoante a palavra ele Pio XI dre para o socorro ás crianças sub-alimentadas da Europa fo. "é uma obra importante, benéfidistribuído pela legaçá.o apostolica ca, preciosissima". E' uma orgade Leopoldville, aos F-Uropeus " nização capaz de educar realmenaos indígenas que sabem lé1·. Nas ecolas missionarias de Bu te os jovens, porque tem um ideal ta. estudou-se em .:lasse a ('.art-.. bem definido ..... Deus. A esta fido Pontífice, e · os proprios indige> nalidadé suprema, que norteará nas decidiram, para responder a•. íôda a sua obra educa~iva, suborapelo do Santo PacL.·t, colher no. zes e amendoas em proveito da':> dina sua finalidade específica: o crianças euroi:@ls. Sé os rapazes preparo para as pesquisas ciencolheram duas ·toneladas de noze~. tíficas, para as profissões libe· As· moças organizaram um conJurso; aquela que colhia a maior rais, para o magistério seelUldá• qUantidade de nozes por dia '.inha rio e superior. o seu nome escrito nesse dia nuru Preparando cientistas e profiliquàdro de honra. As nozes foram vendidas a um~ sionais, conferindo-lhes os mes-firma industrial que as emprega mos diplomas e rega.lias dos ins·, para ,a fabricação de sabão. A im titutos oficiais, a Universidade portancia assim obtida foi remeCatólica formará, sobretudo, uma t,i.d~ ao Pontífice, como um pre• sente dos meninos de · Congo Bel· ejite dirig_ente, dentro dos pringa. ás crianças européas.

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do!ais parecida»? A expressão é insuficiente. Deveríamos dizer «inteiramente igual:i>. Entre os po. vos pagãos das grandes civiliza~ asiaticas, ou no velho mundo greco-latino, o ·senhor tinha sobre o escravo o direito . de vida e de morte, e, portanto, o direito de apli<;ar . aos escravos ' castigos . cor-. poraiS ·que chegavam até a efusão d e ' ~ e aos ferimentos graves. ~ . dUítO, ~e.m Q direito de ~ - o escravo a.·.aceitar·trabailío'_eni quàlquer lugar~ êom o adveii~' "dó ··catolicismo,- a situação dos escravos se modificou. Ninguem podia tirar-lhes a vida. Consequentemente, o direito aos castigos corporais ficou consideravelmente limitado, sendo proibidos quaisquer castigos que implicassem em ferimento grave. O essen · cial da escravidão acabou sendo o direito do senhor, de dispor a seu talante do trabalho escravõ. Assim mesmo, este direito tinha limites. O servo da gleba não podia ser vendido · por seu senhor para trabalhar em outra gleba. O homem ficava ligado ao solo em que tinha o lar, os afetos, as suas nl12es · naturais. O operar1o inglês, em Virtude da legislação traba~ lldsta. acabou ficando em situação 1Dfertor, ao escravo da gleba. Se ldnda. não está. si.:jeito à punição c:orporea, já nil.o tem direito a escolhe'r ·a cidade em que resida!

expressiv~ di- 11

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uma

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N. 784

da'. Universidad~ Católica I RepercutenaAfricaum· ~~ a~:! dos~!==~~!:~~~ •

.Esta semana presenciou um dos acontecimentos politicos mais importantes de nossos tempos: · a aprovação de lei .autorizando o governo inglês a impor ao ope:rario o emprego em que .deve trallalhar. Em outros termos - é o • que ·se deduz dos telegramas - o gabinete trabalhista pediu e obteve do ·Parlamento autorização para dispor. de· toda a mão de obra. designando a cada operario a fabrica em que deve exercer as funções para que está habilitado. Tomado este principio eni seu sentido amplo e generico, pode o Estado deslocar um operario de Dover· para LoíÍdres, ou de Londres para Birmingham, desde que os illteresses da industria - a juízo do governo -:- o peçam. E o ·operario tem de se c.ónformar. Uma.: dás- diferenças caracteristicas entre .o. escravo e o homem livre -acab.a,· assim, de desaparecer. O escrayo podia ser mandado para · qualquer lugar por seu· senhor, e sujeitó a exercer as funções de sua habilidade onde o senhor mandasse. O homem livre, · pelo contrario, podia trabalhar on1de. - bem .entendesse. O. operario inglês se encontra, . de agora em diante, em sit:uação mais parecida CODl · a do. escravo, que com a do bomem livre•.

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gene N eveu, A. A., Administrado: Apostolico de Moscou. Dois ano; mais tarde Monsenhor N eveu foi autorizado a visitar Paris, po · motivos de saude, ficando o Padr•, Braun sozinho em Moscou. As autoridades sovieticas não permit, ram o regresso de Monsenhor N e. veu, o qual faleceu na França, n-, ano passado. · Em 1946, de acordo com o g'.lverno vermelho, o Padre Laberge st.bstituiu ao Padre Braun. O n9vo Paroco de São Luiz do., Franceses, Padre Thomas, passo-, ,varios anos exercendo Q minist;.,rio sacerdotal nos Balcãs. Por es. paço de 14 meses foi prisioneir,'

cl!:l.~ z:iub1taa .ua. Iug;olllav1a.

Auxiliar.

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· No mesmo dia, ás 20 hs., realizar-se-á uma sessão solene no Teatro Municipal, com numeros JK:J~lS~{:3,is 1

durant~ .~ Qo;tl

f-}Ia,.1n~rc,.-

cfará w.ua coniel'encia i.ot.ro as "Universidades do Brasil", 0 deputado Aureliano Leite. A essa sessão estarão presentes o Emineutissimo Senhor CardialArcebispo, o Reitor, vice-Reitor e Corpos docente e discente da Universidade Católica. O orador será !faudado pelo Revmo. Snr. Concgo Dr. José _de Castro Nery, da Academia, Paulista de Letras. ·

Sobre esta importante campa. ruia. e.ttá u.u4o d.bltrllH&14o uni

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CrS 0,40

·saudade", fazendo ofertas em memotia de pessoas quer.idas fale~idas e legados testamento,

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. 1 1 ,. i. av:a_ O catol 1-C IS U1 O üu,uas ------------Dolorosa ·situação de milhares. de catolic.»s iuti

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goslavos ·concentrados nos campos de refugia• - dos da Austria ___:_ A situação religiosa na Iu~s19.via preocupa profundamente tocb o mundo catolico. Obrigados a eroi grarem em virtude da persegu: · ção os catolicos iugoslavos são in· ternados em campos de refugiados,

confiscadas, a educação da - moei· dade está completamente ·nas 1ão'! do governo, dois Sacerdotes (IP, Nova.k e P. Lilija) e 23 estudante, de teologia, clerigos e coadjuto).-es foram mortos sem processo, o

on.J:::: h:·c.l:l'r-e.ni tod.-~ e.specie de priva~ ções. Um Sacerdote desta· capitn! recebeu a carta que abaixo ti·an.-.crevemos sobre as privações de um desses campos de refugie.do;. que ·constitue um eloquente ~pet, á generosidade dos catoll.cos d~ São Paulo. Spittal, 28-V-1947 Caríssimo Senhor Diretor E' em virtude de .mensa necessidade que o abaixo assinado, Diretor dos Salesianos r.o campo d : refugiados em Spittal na Austria se dirige ao Snr. pedindo seu gen~roso socorro. O Snr. com certeza jâ teve co nhecimento pelos jornais da pe~ seguição á Igreja Catollca na Iu goslavia sob o re&'ilnem comunista _d@ Ti~. ÂI W aaloiltlU tonm

l)iretor da c:is_:;. r..,Jvb!ja:.::r- :::~~e'.<. jevo (D. Jurea!t) fol ~ondrclmi.c'-:, r,

morte, assim como o coadjutor Bozic Giova.I'llli ao voltar de Dacha t para onde fora enviado pelos na zistas alemães. O Ir.spetor Spa., Giovanini e outros Sacerdotes fo?'IUll condenados a varios anos d~ trabalhos forçados. Os poucos raligiosos que escaparam a ação d;, governo estão espalhados pelas pa · roq'\lias onde ajudam os parocos na pastorização quanto lhes .i oerml· tido, ou · vivem com "'arentes. Prevendo todas essas persegu.ções, cerca de 80 Salesianos com ~ 'Bispos e centenas de Sacerdote·; seculares e regulares e dezenas de mi.ihares de. fieis fugiram do -;-ai1.1 em Maio de 1945. A maior oar e (Co.oUnua na 'l.a p ~ )


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