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MARCO

ZERO

Número 35 – Abril de 2014

ESPORTE

Viver de futebol, o sonho de todo garoto Miriã Calistro

O

s clubes brasileiros vêm investindo cada vez mais em jovens talentos. A grande maioria começa cedo em escolinhas de futebol e logo são descobertos por olheiros de todo o país. Todo o investimento que a categoria de base recebe tem como objetivo direcionar esses atletas muito mais preparados à equipe

principal. Assim surgiram grandes jogadores, como Neymar, do Barcelona, que cresceu na base do Santos, e o meia Lucas Moura, do PSG, que foi revelado pelo São Paulo. Hoje são grandes estrelas que atuam na Europa e na seleção brasileira. Em entrevista ao Marco Zero, Rodrigo Josviaki e Luccas Barreto, que atuam na equipe sub18 e sub 20 do Coritiba, falam sobre o início da carreira na categoria de base sobre seus sonhos e projetos para o futuro.

Fotos: Arquivo Pessoal

As categorias de base são grandes investimentos para meninos que sonham em ser jogador de futebol. Para isso, é necessária rotina de um atleta profissional.

Rodrigo Josviaki nasceu em Ji-paraná, tem 19 anos e é goleiro do Coritiba.

Personalidade acima de tudo

Luccas Barreto nasceu em Curitiba. Com 18 anos joga como meia atacante pelo Coritiba.

Conte um pouco da sua história, como iniciou sua carreira no futebol? Luccas: Minha mãe queria que eu fosse um médico ou advogado, mas ser jogador é o que eu sempre sonhei. Tinha uma escolinha perto da minha casa e de tanto eu pedir ela me levou até lá. O treinador gostou de mim, então comecei a jogar no time. Com 8 anos joguei pelo Paraná Clube e quando saí fui para outra escolinha. Um dia estava treinando e havia a seleção de talentos. Era a primeira seleção que iria viajar para a França, fui escolhido e fiquei treinando durante um ano e depois viajei para a França. Lá fui vice-artilheiro e melhor jogador e voltei direto para o Atlético Paranaense. Fiz uma temporada excelente e de-

Ser jogador é o que sempre sonhei pois de um ano saí do clube. Em dezembro de 2008, fui para o Coritiba. Lá fomos para Votorantim, depois recebi o patrocínio da Adidas. Ano passado participamos do Dallas Cup, nos Estados Unidos, e tornamos campeões do Campeonato Paranaense sub18, onde tive a honra de ser capitão de um time vitorioso. Qual o momento mais difícil que você enfrentou desde que iniciou sua carreira? O mais difícil foi quando descobri que tinha uma bactéria no meu pé. O médico falou para mim que eu teria que pendurar as chuteiras e que não poderia mais jogar futebol. Tive muita fé em Deus e acredito que ele me curou, porque para o médico não tinha mais jeito. Esse foi o momento mais difícil da minha carreira, mas é o que me dá mais força até hoje para continuar.

O que a categoria de base proporcionou na sua vida? A importância que ela teve na minha vida foi o meu crescimento e amadurecimento. É muito importante para desenvolver o jogador. Acho que no Brasil deveria ser até mais valorizado, pois daí sai jogadores como o Neymar. Acho que é muito importante na formação não só como atleta, mas como pessoa, como cidadão. Sonhos? Meu sonho desde pequeno é de ajudar minha mãe, pois tudo o que hoje sou devo a ela. Nos momentos difíceis e felizes da minha vida ela esteve presente me dando forças. E ajudar minha família inteira. E como jogador meu sonho é seleção brasileira e jogar no Real Madrid. Acho que quando eu chegar à Seleção e no Real eu vou estar realizado.

Marco Zero: Como você começou a jogar futebol? Rodrigo: No início era só um sonho de todo moleque. Com 14 anos fui jogar pelo time da minha escola. Lá tinha um treinador de Matinhos, ele me viu jogando e me convidou para fazer escolinha com ele. Eu aceitei, mas não tinha dinheiro para pagar a mensalidade. Então eles me aceitaram lá e eu não precisei pagar. Fiquei dois meses treinando e em 2009 e fiz um amistoso contra a base do Paraná Clube. O treinador me chamou para fazer um teste na base do clube. Lá entrei em 2010 e fomos para um campeonato em São Paulo. Logo fui para o Bahia e fomos vice-campeões Baianos, depois voltei embora para casa e decidi que não queria ser mais jogador. No início de 2011, o Paraná entrou em contato comigo. Voltei para o Paraná Clube e fiquei três anos até chegar ao Coritiba. Para você, qual a importância da categoria de base e o que ela proporciona a um jogador? É muito importante na vida

E como jogador meu sonho é seleção brasileira e jogar no Real Madrid -Luccas Barretos

de um jogador, porque quando ele vira um atleta profissional, ele se torna mais maduro e mais completo. Na base existem regras e disciplina que você deve cumprir, isso ajuda muito o atleta para ele não crescer desvirtuado. Em sua opinião, qual o seu diferencial dentro de campo? Meu diferencial dentro de campo acredito que é minha personalidade. Meu treinador sempre fala da personalidade acima de tudo’. Faço o que tenho vontade e o que acredito que é melhor para minha equipe. Sonhos? O que você almeja para sua carreira e para sua vida? Sou novo ainda e tenho muitos sonhos. Tenho o sonho de jogar fora do país e pela Seleção Brasileira, ter uma vida financeiramente melhor. Ajudar meus pais que me deram forças quando pensei em desistir. Tenho um filho e uma namorada que quero levar para o resto da vida junto comigo.

Tenho o sonho de jogar fora do país e pela Seleção Brasileira, ter uma vida financeiramente melhor -Rodrigo Josviaki


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