BM dezembro 2008

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DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

AUTARQUIA E EMPRESÁRIOS DEBATERAM AS NOVAS OPORTUNIDADES PARA A COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO NO SECTOR DOS MÁRMORES O Município de Borba e o CEVALOR - Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais promoveram no dia 6 de Outubro, no CEVALOR, uma mesa redonda subordinada ao tema “Rochas Ornamentais: Novas Oportunidades para a Competitividade e Inovação”, integrado na série de iniciativas promovidas pela Rede Corredor Azul, rede para a competitividade e inovação composta por onze municípios alentejanos. O debate abordou questões relacionadas com o estado actual e as necessidades futuras da oferta de investimento que promovam a competitividade e inovação neste sector, proporcionando a reflexão e articulação de políticas e estratégias entre as empresas do sector, os centros de tecnologia, o Estado e os demais agentes de desenvolvimento que podem, e devem, contribuir para o reforço da competitividade e inovação. O Presidente da Câmara Municipal de Borba, Ângelo de Sá, apresentou os “Grandes projectos do Município de Borba para o cluster dos mármores”, visando o desenvolvimento do sector e do concelho, referenciando a Estrada Municipal 508 como o primeiro projecto estruturante desenvolvido em parceria pelos quatro municípios da Zona dos Mármores, que liga Alandroal, Vila Viçosa, Borba e Estremoz, a Variante à Estrada Nacional 255, a primeira estrada em Portugal a utilizar os sub-produtos na produção de matéria-prima aplicada em obra, demonstrando ser uma solução tecnicamente viável, a beneficiação de caminhos de acesso à UNOR2, beneficiação das Estradas Municipais 508-4 (Rio de Moinhos) e 5061 (Orada), a construção da Estrada Municipal Nora-Barro Branco, construção das quatro vias de acesso e a Área de Deposição Comum 3, construção do Parque Temático do Mármore e Pavilhão de Eventos. A nível de instrumentos de planeamento, abordou a revisão do Plano Director Municipal e a elaboração de diversos planos, como o Projecto de Intervenção em Espaço Rural, Plano de Pormenor da UNOR2, Plano de Pormenor da Zona Industrial do Alto dos Bacelos e o Plano de Urbanização de Rio de Moinhos. De forma a promover o mármore, a autarquia promoveu o Encontro Internacional de Escultura e homenageou as actividades dos Bombeiros Voluntários, Trabalhador do Mármore e Rural,

Tocador de Gado e dadores benévolos de sangue, com monumentos em mármore projectados em parceria com escultores e empresas da região. Ângelo de Sá realçou ainda a candidatura apresentada e aprovada pelo PROVERE – Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos para a Zona dos Mármores, que assume como principal objectivo a geração de iniciativas, acções e projectos orientados para fomentar e incrementar a competitividade dos territórios de baixa densidade, mediante o acréscimo de valor económico de determinados recursos endógenos, preferencialmente únicos e determinantes para a base económica do território-alvo, como é o caso do mármore no território dos cinco concelhos que integram a Zona dos Mármores, facilitando o acesso aos fundos comunitários através do QREN. O Director-Geral do CEVALOR, António Dieb, abordou a “Intervenção Tecnológica Sectorial para a Competitividade e Inovação”, caracterizando os sectores das rochas ornamentais e industriais, apontando os pontos fracos e fortes e as oportunidades e ameaças, realçando os factores críticos de sucesso que culminam em três eixos de intervenção (território, mercado e organização), resultando os mesmos numa candidatura ao QREN do Centro de Competência Estratégica (Estratégia de Eficiência Colectiva), com a constituição de uma parceria que envolva obrigatoriamente empresas e outras instituições de suporte, e o plano de acção previsto. António Cebola, em representação do IAPMEI, apresentou o painel “Rochas Ornamentais: Incentivos e oportunidade no QREN”, focando os meios financeiros e apoios disponíveis ao investimento por parte das empresas do sector dos mármores. Desta apresentação ficou patente que existem bastantes oportunidades para as empresas que operam neste cluster, nomeadamente pelo diversificado leque de incentivos e apoios existentes para fazer face a determinados investimentos, quer no apoio à constituição de novas empresas, quer na constituição de capital de risco tão necessário e exigido a determinado tipo de investimentos. No final, oradores e participantes na mesa redonda, representando diversos organismos estatais e privados, trocaram impressões e contributos que potenciem a competitividade e inovação no sector das rochas ornamentais.

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