Vale do Jequitinhonha

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Formação Histórica, Populações e Movimentos

Século XX – 1ª metade Com o regime republicano consolidado, processa-se a primeira divisão administrativa de Minas Gerais, sendo criados, em 1901, 12 municípios, passando o Estado a contar com 136 cidades, mas será somente dez anos após essa divisão, que serão criados novos municípios na região do Vale do Jequitinhonha. Na primeira metade do século XX, essa região passa a contar com mais 16 municípios: CAPELINHA – A povoação de Capelinha surgiu no primeiro quartel do século XIX, em 1812, quando foi edificada uma capela dedicada a Nossa Senhora da Graça. Em 1911, criou-se o município de Capelinha, desmembrado do de Minas Novas (Lei nº 556, de 30/8/1911). PEDRA AZUL – O primeiro nome da povoação onde hoje se situa Pedra Azul era Caatinga – palavra de origem tupi, cujo significado é “mato branco”, nome bastante comum em Minas para designar um tipo de pastagem. Em um segundo momento, já com a criação da República, motivado pela topografia local, esse nome é mudado para Fortaleza. Em 1911, a Lei nº 556, de 30 de agosto, elevou Fortaleza à condição de vila, criando o município, cujo território foi desmembrado do de Salinas. Elevada à categoria de cidade em 1925, Fortaleza tem seu nome mudado para Pedra Azul em 1943 (Decreto-Lei nº 1058, 31/12/1943), em virtude da grande quantidade de águas-marinhas encontradas. JEQUITINHONHA – O povoado que deu origem à cidade de Jequitinhonha surgiu no início do século XIX, em decorrência de um quartel – 7ª divisão – fundado pelo Alferes Julião Fernandes Leão no lugar denominado São Miguel. Com o crescimento do arraial, criou-se a freguesia São Miguel da Sétima Divisão. Em 1911, foi criado pela lei nº 556, de 30 de agosto de 1911, o município com a denominação São Miguel do Jequitinhonha. Em 1914 (Lei nº 622, de 18/9/1914), esse topônimo foi reduzido, adotando-se somente Jequitinhonha – palavra de origem controvertida, provavelmente de origem macro-gê125. ALMENARA – Remonta ao século XIX o conhecimento desta localidade, quando foi escolhida pelo Alferes Julião Fernandes Leão o lugar onde se instalara um Posto de Vigilância – donde lhe veio a denominação de Vigia – em defesa da Sétima Divisão Militar de São Miguel. Ao se tornar distrito, em 1880, o topônimo Vigia manteve-se até 1914, quando foi parcialmente modificado para São João do Vigia. Elevado à categoria de município, tem seu nome reduzido para Vigia, pela Lei Estadual nº 58, de 12-01-1938. Pelo 125 SAMPAIO, 1987, p. 270.

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