0 BRINCAR NA RELAÇÃO MATERNO-INFANTIL
assim nossos
nos
desencontramos
filhos
por
não
dos
outros
vê-los
-
em
precisamente
especial porque
de
nossa
atenção está em outra parte. É nesse último contexto que meu trabalho surge como um chamado ã reflexão e um convite à ação. Agora o leitor pode ler outra vez a "Introdução" e a seção "O que fazer?" como se elas fossem as conclusões. E, depois de refletir sobre o que foi dito em "O começo" e "O desenvolvimento", passar a ler as seguintes conclusões, que são um resumo de meu pensamento: ♦
Qualquer interferência no desenvolvimento da consciência corporal da criança em crescimento por meio de brincadeiras
espontâneas,
numa
relação
materno-infantil
de
total e mútua confiança e aceitação corporal, restringe, altera ou interfere tanto no desenvolvimento das habilidades infantis para viver em auto-respeito e auto-aceitação, quanto em sua habilidade para respeitar e aceitar os outros numa dinâmica social. ♦
Na vida moderna, tal interferência acontece pela contínua exigência cultural de instrumentalizar todas as relações interpessoais. Essa exigência distancia as crianças da atenção dos pais, de tal maneira que elas na verdade não são vistas, tocadas ou ouvidas, embora pareçam sê-lo. Como resultado, crescem em maior ou menor grau como seres sem corpo, que não podem se desenvolver apropriadamente, nem em consciência social nem em autoconsciência.
♦
Nós, adultos, não percebemos com facilidade essa interferência
no
desenvolvimento
da
consciência
corporal
da
criança em crescimento. Não o fazemos porque vivemos sem questionar. Consideramos a contínua instrumentali-