O destruidor de corações (MMA Fighter #1) - Vi Keeland

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Olho-me no espelho, para a última roupa que escolhi e já a vesti, e decido que terei que usá-la. Eu já estou meia hora atrasada para o trabalho e ainda nem sequer saí do meu apartamento. Minha cama está com roupas espalhadas, desordenadamente, por toda a parte. Devo ter experimentado umas dez roupas esta manhã. Sinto-me como uma adolescente. Eu nunca penso muito no que vou vestir para trabalhar ou para os meus encontros com William. Eu tenho roupas bonitas, e William e eu fazemos uma simples transição, do trabalho para o jantar. Ele tira sua gravata e o paletó e desabotoa seus dois primeiros botões. Eu tiro o meu terninho. Mas não estou me vestindo para William hoje. Eu quero parecer sexy esta noite. Eu sei que eu não deveria me importar com o que visto para o jantar, que não é um encontro, com Nico Hunter, mas, no fundo, eu me importo. Eu vejo o desejo em seu olhar e isso me estimula. Gosto de ser a responsável pelo seu desejo, mesmo que eu não queira. Dou uma última olhada no espelho e fico satisfeita com o que vejo. Estou vestindo uma saia lápis de cor creme, que abraça o meu corpo e vai até poucos centímetros acima do meu joelho. Ela faz par com uma blusa rosa clara, completamente transparente, com uma camiseta nude por baixo. Pelo fato de a camiseta ser nude, não fica totalmente claro se eu estou usando algo por baixo, a não ser que se faça uma inspeção mais minuciosa. Eu complemento a roupa com saltos da mesma cor. Eles são mais altos do que os que eu costumo usar para ir ao escritório, mas como eles são da cor da minha pele, não há nenhum intervalo da minha perna para o meu pé, o que faz com que as minhas pernas, já longas, pareçam ainda mais longas. Recebo a reação que eu esperava quando entro no escritório, só que a reação vem de Regina e não do homem para o qual eu me vesti, essa manhã. — Você está sexy, Elle. Sorrio para Regina. Estou um pouco envergonhada por me vestir para um homem, mas Regina é minha amiga e não vai me julgar. — Obrigada, Regina. — Dou uma voltinha para ela, na recepção. — Você vai fazer aquele homem abanar o rabo e ficar de língua de fora, pendurada no canto da boca, durante todo o encontro. As palavras de Regina me fazem sorrir, mas então me forço a bater de volta à realidade. — Isso não é um encontro. — Meu rosto está sério e eu uso a minha melhor voz de repreensão de advogada. — Seja o que for. — Regina sorri. — Não é. — Eu sei que ela está tentando não me aborrecer. — Eu não vou discutir com você. Se você diz que não é um encontro, então não é um encontro.


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