Garotag9

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está escrevendo há uns 11 anos, vai tentar publicar este ano e me pediu para revisar. Eu! Imagine! É uma honra e tanto. Uma honra? Parece mais um pé no saco bem-ioguizado. — Mas então, preciso confessar — continuou ela, olhando nos olhos de Dan. — Eu não vim aqui para falar de livros. — Não veio? Ela não veio? Dan corou e olhou para o chão, chutando a ponta de cigarro que afirmou não ser dele. Ele queria pegá-la de volta. — Não, eu queria ver se você estaria interessado em sair um dia desses. Sei que pode parecer meio precipitado mas, sabe como é, sou uma pessoa que acredita em aproveitar as oportunidades. Acho que o universo recompensa as ações ousadas, e você? Dan assentiu, ansioso. — Estou meio solitária neste verão. Fui criada aqui no Greenwich Village, mas estava em um internato no Oeste, então não conheço ninguém na cidade. Vou para a Universidade de Santa Cruz no outono, mas não quero passar meu último verão em Nova York totalmente sozinha. — Não, claro que não — concordou Dan. — Eu adoraria sair com você. — Demais! — gritou Bree, pulando da saliência. — Como é que está a sua agenda? — Bom, eu trabalho de dia. Então a qualquer hora depois das seis. — Legal. Acha que está pronto para o Bikram? — Claro — Dan assentiu, embora nunca tivesse ouvido falar desse lugar. Ele não ia a boates com muita freqüência. — Demais! — guinchou ela de novo. — Me dê seu telefone e vou ligar para confirmar, digamos, no sábado? Dan recitou seu número e ela digitou em seu Razr rosa-choque. Ele oficialmente tinha feito um intervalo muito maior do que devia, mas depois que Bree se afastou, precisou acender outro Camel para acalmar os nervos. Não tinha lá muita certeza do que era o Bikram — uma nova boate da moda? Um novo restaurante indiano? Talvez fosse um novo filme underground independente? Mas isso não importava. Vanessa estava ocupada filmando e ele marcara um encontro quente com uma linda e doce garota que adorava ler. Ah, mas é claro que vai ser um encontro bem quente. luz, câmera, mas nada de ação — Corta! — ladrou Ken Mogul. — Porra! — Ele atirou a prancheta verde fluorescente no chão e pulou da cadeira giratória de metal em que estava afundado. — Intervalo de dez minutos, por favor. Preciso da porra de um cigarro. As mãos de Serena tremiam ao segurar a ponta de seu Gauloise para a chama do Zippo de prata de Thaddeus. Ela inalou fundo, mas a nicotina pouco fez para acalmar seus nervos. Decorar as falas e recitá-las adequadamente tinha se tornado mais difícil do que ela pensava. Acima de tudo, era terrivelmente assustador ter Ken, o extraordinário diretor de freak shows, gritando com ela a cada cinco segundos. — Não se preocupe com ele — Thaddeus a tranqüilizou, passando as mãos em seus cachos louro-escuros e sorrindo para ela com aqueles olhos azuis adoráveis. — Sei que é difícil, e pessoalmente acho que você está ótima para seu primeiro filme. É só que estamos com o cronograma apertado, sabe como é, e ele fica nervoso porque precisa agradar aos produtores. Pode acreditar, não tem nada a ver com você.


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