Metrópole Magazine

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São José dos Campos, Julho de 2015 | 31

Um mergulho voluntário com tubarões!

Bruna Serrano Zanini tem 19 anos e muita coragem! A jovem joseense se inscreveu e foi selecionada para um trabalho voluntário na África, na capital mundial dos tubarões, Gansbaai, uma pequena praia movida pela pesca, a 2 horas da cidade do Cabo. “O objetivo do trabalho que vou fazer por lá é reconhecer os costumes e assim poder preservar a espécie dos tubarões brancos que hoje sofrem devido ao preconceito de banhistas e até pescadores, por conta do modo agressivo, típico da espécie. Eles não se alimentam de humanos, mas acabam atacando banhistas desprevenidos mais por curiosidade do movimento do corpo no mar. Como eles não têm boa visão, acabam por confundir pessoas com focas, comuns naquela região e principal fonte de alimentação”, diz. Mesmo tão jovem, Bruna já tem a classificação Dive Master de mergulho, que possibilita trabalhos em até 60 metros de profundidade. “Vai ser uma experiência única. Estou no segundo ano da faculdade de veterinária e pretendo seguir esse rumo na carreira, com enfoque total para os animais marinhos, principalmente tubarões”.

O desafio da vida pela arte Régis Machado é um ícone da arte moderna regional. Natural de Paraibuna e residente em São José dos Campos, ele assina obras inconfundíveis. “A proposta do meu trabalho é um encontro do estético com o material. A ação das cores marca a obra, as formas apaixonam, os elementos a determinam e, finalmente, o conjunto a qualifica. Acredito que assim posso definir o que faço. Tenho obras a partir da década de 60. Na época, o que mais marcou o início do meu trabalho foi a minha primeira exposição, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Um belo ponto de partida. Eu era tão empolgado com tudo que nem pensei em pesquisas de movimentos e, até hoje, a política e o socialismo não fazem parte da minha arte. Faço arte com sentimento íntimo, para ser admirado!”, diz. Régis Machado é pura emoção e há 50 anos respira arte. Este meio século lhe serviu para produzir mais de mil obras. “Costumo dizer que é, sim, um desafio viver de arte, mas, como em toda a área, se você tiver um trabalho bem feito, sério, com dedicação, não há com o que se preocupar. Minha fonte de inspiração é a evolução da própria obra. Reciclo minhas ideias. Produzo muito material que encontro no lixo. Esses dias encontrei mostras de papel de parede. Achei ali um verdadeiro filé mignon que me rendeu ótimas peças tridimensionais!”.


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