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VERA MARMELO
2 culto
Top/Flop
Suede A histórica banda inglesa lançou ontem o primeiro single do novo disco que deverá sair em março, “Bloodsports”. O nome do single, que já pode ser ouvido online, chama-se “Barriers”.
“Bodyspace” celebra os dez anos a fazer o que melhor sabe: ajudar a música portuguesa Com a ajuda da Optimus Discos, 20 artistas receberam um desafio de criação Resultado? Um disco
Como surgiu a oportunidade de reunir esta compilação? Também foi em jeito de celebração dos dez anos do Bodyspace? Surgiu da mi-
A cantora está a viver um mau momento: pegou-se com Perez Hilton no Twitter, ofendeu-o chamando de “bicha”. A comunidade LGBT já se indignou e Azealia pediu desculpas... aos homossexuais.
DJ Ride e Capicua são dois dos artistas presentes na compilação “Bodyspace”. Os dois interpretam “Hoje”
‘CELEBRAR A DIVERSIDADE DA MÚSICA PORTUGUESA’ André Gomes é o editor do Webzine e o mentor da ideia da compilação que reúne nomes como Jibóia e RA; Emmy Curl e Stereoby; Tiago Sousa e Tó Trips; ou Blac Koyote e Sensible Soccers. Para download grátis em www.optimusdiscos.pt.
Azealia Banks
DR
Entrevista Metro
nha cabeça e da proposta que fiz ao Henrique [Amaro, da Optimus Discos]. Achámos que dez anos de uma Webzine era algo suficientemente importante para propor uma “brincadeira” deste género. Quando o Henrique conheceu os nomes que tínhamos pensado ficou ainda mais entusiasmado e aceitou. E foi aí que começámos a propor casamentos aos artistas. Ficámos muito felizes com os resultados e acreditamos que é um documento que resume uma certa música portuguesa, no tempo e no espaço.
Qual foi a proposta que fez ao Henrique? A nossa
ideia era trazer alguma novidade e a Optimus Discos também se pauta por alguma novidade e alguns nomes do “underground” para um público maior. Tenho de admitir que a ideia surgiu no convite que o Henrique Amaro fez há uns anos aos Dead Combo na homenagem ao Carlos Paredes. Gostaríamos que olhássemos para trás,
“Creio que hoje faz-se música mais ampla em Portugal ” ANDRÉ GOMES, EDITOR DO “BODYSPACE”
daqui a quatro ou cinco anos, e ver novos projetos que tivessem partido deste convite para criar música nova e diferente. Diz que um dos desafios era fazer um retrato da atual música portuguesa. Como é que descreve essa fotografia?
Olhando para este disco celebra-se, no mínimo, a imensa variedade da música portuguesa. Creio que hoje faz-se música mais ampla em Portugal. Desde a Emmy Curl ao Stereoboy, Octopush, Black Bombain e toda a cena rock/stoner de Barcelos, o hip hop do Ride e Capicua... se celebra alguma coisa – para lá de nomes que admiramos – é a imensa variedade.
ÂNGELA COSTA
Ainda que seja uma compilação, há aqui bastante sentido de unidade. Mesmo sendo uma altura difícil para o País, existe a vontade de ousadia de reunir estas bandas todas num espetáculo? Isso passa-lhe pela cabeça? Já passou.
Gostava muito de poder fazer isso. Até já pensei no
Os convidados - Stereoboy & Emmy Curl - Memória de Peixe & Octa Push - Black Bombaim & Rodrigo Amado - Osso Vaidoso & Ghuna X - RA & Jibóia - DJ Ride & Capicua - Photonz & Robert Foster - Tiago Sousa & Tó Trips - Sensible Soccers & Blac Koyote - The Astroboy & Old Jerusalem
modelo: cinco concertos numa noite e cinco na noite seguinte, em Lisboa e Porto. Na última D’Bandada da Optimus organizámos uma das salas, o Café au Lait, e já fizemos um pouco isso: com os Black Bombain; depois disso Blac Koyote, mas na última música apareceram os Sensible Soccers para tocar o tema da compilação e seguiram eles com o concerto. Creio que é isso que faz sentido e tenho estimulado os artistas a tentarem tam-
bém fazer isso. Talvez seja uma ideia para lançar à Optimus e ao Henrique Amaro (sorrisos)! Seria uma forma de estimular aquele que era o outro objetivo: eventualmente nascerem daqui novas bandas.
Precisamente, para conseguirem encontrar pontos de partilha e momentos de novas criações. Esta compilação é uma ideia para se repetir nos próximos anos? Gostava
muito, mas o Bodyspace não gera qualquer tipo de receitas. Este projeto foi possível porque a Optimus assegurou a edição, distribuição e tudo mais. E isso tem custos muito elevados. Mas a música não se resume só às edições físicas: já me ocorreu fomentar mais vezes este tipo de encontros. Videoteca Bodyspace ou online... é uma ideia que nos agrada muito. É por isso que digo que o Bodyspace é um provocador cultural. BRUNO MARTINS