Mergulho Diário - Edição 7 - 06 de novembro de 2017

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ESPECIAL FACOM Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF - Juiz de Fora, 06 de novembro de 2017 - Edição 7

Foto: Rafael Prado

Hora de dar tchau...

Foto: divulgação Facebook

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MERGULHO

DIÁRIO


Juiz de Fora, 06 de novembro de 2017

Editorial

EXPEDIENTE

Novo prédio da Facom: estrutura e qualificação Com as obras iniciadas em 2014, a mudança de localização, enfim, está próxima. A inauguração do novo prédio da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Facom/UFJF) está prevista para o primeiro semestre de 2018. E o processo de mudança, com desmonte das salas e laboratórios do prédio atual terá início já no próximo dia 10 de dezembro. Localizado entre a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Facc) e a Faculdade de Educação (Faced), o atual prédio foi inaugurado em 1990, quando tornou-se uma unidade independente – antes, esteve ligado à antiga Faculdade de Filosofia e Letras (Fafile) e à Faculdade de Direito. O novo local, que será próximo à Faculdade de Economia, terá maior espaço e, além de ser mais moderno, trará oportunidades de capacitar ainda mais os alunos do curso. A estrutura, conforme divulgado, terá quatro andares, elevador e banheiros acessíveis para pessoas com deficiências físicas, além do espaço de sala de aula da graduação e de importantes núcleos da Faculdade de Comunicação, como a Rádio Universitária, Produtora de Multimeios, Diretório Acadêmico, empresa Acesso Co-

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municação Júnior, Programa de Educação Tutorial (PET), grupos de pesquisa e o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFJF (PPGCOM). A parte teórica na sala de aula contém muito aprendizado, mas a prática desses núcleos é de extrema importância. Muitos alunos veem um diferencial ao frequentá-los, já que serve como um treinamento mais efetivo do que um profissional da comunicação faz. Além disso, pode fazer com que algum aluno crie um vínculo com alguma área da profissão. O avanço na estrutura no novo prédio, permite criar condições de alcançar ainda mais qualificação na formação, podendo contribuir para o crescimento do recente curso de Rádio, TV e Internet, que teve início na UFJF no primeiro semestre deste ano. De certa forma, é um presente para a Faculdade de Comunicação, ainda que seja com um pouco de atraso: o curso da UFJF, completou 60 anos em 2017, e o PPGCOM fez dez anos. Os investimentos são altos, mas todo o planejamento permite pensar que, a educação, no novo prédio, será inclusiva e terá estrutura para preparar os alunos no difícil e concorrido mercado de trabalho da comunicação no país.

Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Camilla Marangon, Felipe Frederico, Giulia Prata, Karina Gomes, Júlia Garcia, Lisandra Queiroga, Matheus Moreira, Tasso Guimarães, Victor Faria, Viviane Dalathezi Edição e Diagramação Bernardo Medeiros Luisa Furlan Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612


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Artigo

Marcou a história da Facom, mas chegou o momento de mudar Os dias da Faculdade de Comunicação da UFJF (Facom) funcionando entre as faculdades de Ciências Contábeis e Educação estão contados. O próximo período letivo já vai acontecer no prédio novo, localizado ao lado da Faculdade de Economia. O clima de nostalgia está começando a chegar, principalmente para aqueles que estão quase formando. Afinal, o prédio da Facom é um lugar de várias memórias, não será fácil deixá-lo para trás. Contudo, a história foi feita por pessoas e tenho certeza que o novo vai, com o passar dos anos, ter várias para contar. A Facom possui 60 anos de histórias, divididas em prédios diferentes, todas preservadas e compartilhadas, para que não sejam esquecidas. Não vai ser essa mudança que irá alterar isso. Ainda terão muitas pessoas para mantê -las. Tenho certeza que as novas paredes estarão prontas para absorver histórias assim que chegarmos. É certo que as paredes com tijolos vazados ficarão por aqui, quem passou por aqui sabe como elas podem ser úteis. Elas talvez sejam uma das razões pelas quais aqui não existirem segredos. Outro motivo é ser um prédio cheio de comunicadores, falar é uma das atividades favoritas por aqui. Contudo, fique tranquilo, guardamos segredos como ninguém, apesar do elevado nível de fofoca. As paredes vazadas deixam passar a informação, porém jamais revelam um segredo. É importante pensar no lado positivo também. O prédio novo

Foto: Luisa Furlan

Por Luisa Furlan

precisará ser explorado. Vamos ter que descobrir cada canto daquele lugar. Além disso, serão laboratórios com equipamentos novos, prontos para nos auxiliarem. Quem estudou aqui embaixo com certeza já teve problemas de equipamentos. A mesa que desarmou no meio de um programa de som, a gravação que a câmera não salvou e todas as outras peças que a tecnologia pode pregar. Acredito que o prédio novo vai unir mais ainda a Faculdade. Todos os departamentos ficarão no mesmo prédio, não existirão partes da Facom em outros prédios. Isso é muito importante, ainda mais agora que são dois cursos. Pode parecer bobeira, mas a integração é uma parte importante e indispensável da faculdade, principalmente por existirem pessoas de diversas cidades.

Aliás, esse é um diferencial da Facom. É muito fácil aprender a chamar esse lugar de lar. Em um primeiro momento, pelas horas que passamos aqui, e depois, pelo sentimento que ele gera. Independente disso, a Facom é um ambiente em que as pessoas costumam se sentir em casa e já foi palco para muitos encontros responsáveis por amizades que resistiram ao tempo e a essas mudanças, exemplo do caso da Marise Mendes e Márcia Falabella, carinhosamente conhecidas como Meg e Marcinha. Pedro Bandeira, em um texto sobre final de ano em escola, diz: “Se ganho um novo amor, nunca esqueço do antigo.” Tenho isso como certo, esse prédio e as histórias vividas aqui jamais serão esquecidas, mas está na hora de irmos para um novo lugar.

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Especial Facom

Memórias e expectativas quanto ao novo e o velho Veteranos e ex-alunos se lembram dos momentos que viveram no atual prédio. Para os mais jovens, o sentimento é de ansiedade que na sala de aula. E todos os outros locais de trabalho que foram muito importantes para todo mundo que passou por lé. É muito bacana ter feito parte dessa história.”

Foto: Divulgação UFJF

Prédio novo

Faculdade de Comunicação deve se mudar para novo prédio em 2018

Por Felipe Frederico O curso de Jornalismo da UFJF nem sempre funcionou nas atuais instalações. Ele nasceu na Faculdade de Filosofia e Letras (Fafile) no ano de 1958. Com a criação da Universidade Federal de Juiz de Fora, no início da década de 1960, o curso passou a funcionar no Instituto de Ciências Humanas e LEtras - ICHL. A transformação em Comunicação Social veio em 1969, com a reforma universitária, e o curso foi transferido para a Faculdade de Direito. Só em 1990, quando foi criada a Faculdade de Comunicação, passou a funcionar nas atuais instalações.

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O estudante Gustavo Fonseca está na Facom desde 2010, e destacou a importância do prédio na sua trajetória: “Esse prédio foi o primeiro lugar em que eu tive contato e conheci as turmas e salas. Eu me lembro muito das festas que frequentei dentro da faculdade. Sempre foi um local não só de troca de conhecimentos, mas também de confraternização dos estudantes, e vai deixar muita saudade.” Gustavo, que está para se formar nesse semestre, também destacou os diversos locais de aprendizado do atual prédio: Cada núcleo tem uma importância para os vários alunos. No meu caso, a rádio foi como uma segunda casa. Eu passava mais tempo no estúdio em si do

A construção do novo prédio da Facom começou em 2014, e foi uma das obras priorizadas por decisão do Conselho Superior da UFJF. Aluno do quinto período, Cezar Martins disse estar ansioso para a mudança: “A expectativa é alta, que seja uma mudança muito positiva. Com a ampliação das salas e dos laboratórios, tem uma estrutura muito melhor que o atual. E isso vai ser bom, não só para os alunos, mas também para os professores. Esse aumento de espaço e de tecnologia, vai melhorar muito o aproveitamento de toda a estrutura que a faculdade oferece.” Formado em 2013, o jornalista Giovane Rezende falou sobre a importância de ter novos núcleos: “Acho muito importante porque a Faculdade de Comunicação vai ter um espaço só dela, sem dividir com outra faculdade. E pelo que eu pude reparar, vai ter um estúdio novo de rádio, uma nova empresa júnior, estúdio de televisão. Então era necessário que a faculdade se tornasse um complexo mais agrupado para a prática da comunicação. Tenho ótimas lembranças do atual prédio, e acredito que os calouros também terão esse sentimento pelo novo espaço.”


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Especial Facom

Novo prédio da Facom promete melhorias para alunos e professores Boa infraestrutura do local gera expectativas para a chegada do próximo semestre Por Júlia Garcia A construção do novo prédio da Facul- equipamentos e mobiliários. disciplina que ministra atualmente, Márcia dade de Comunicação (Facom) da UFJF Mas Felz enfatiza que não é viável reno- contará com boas melhorias e terá espaço já está finalizada e conta com uma infraes- var todos os equipamentos da faculdade: para aulas de corpo e voz. “Isso é uma grantrutura muito superior à do atual prédio. “Significa que a gente vai ter tudo novo? de conquista e um diferencial”, comemora. A expectativa com a mudança, que será Não. Vamos continuar com deficiências. Muitos alunos estão esperançosos com finalizada no início do próximo semestre, Não pudemos comprar nenhuma cartei- a mudança. Emerson Macanha, estudantem animado estudantes e professores. ra universitária a mais. Muito mobiliário e te da Facom, deseja que os benefícios para O diretor da Facom, Jorge Felz, expli- muito equipamento que existe hoje vai ter os alunos ultrapassem a estrutura física: ca que as salas do atual prédio são peque- que ser utilizado. Se o móvel é velho, mas “Eu, como aluno, espero que a gente posnas e, em sua maioria, não comportam tem condição de uso, está em bom estado, sa realmente desfrutar dos espaços, que mais do que 30 alunos, a gente tenha incentivo à além de possuírem vícios produção de conteúdos que Foto: Divulgação UFJF estruturais. Como o prédio agreguem valor à faculdade. foi muito adaptado, exisEspero que a mudança não seja só física, mas comportem problemas de barulho, iluminação e ventilação. tamental, uma mudança de O novo local terá quaesperança, para que consitro pavimentos e subsolo, gamos fazer algo novo.” Ele onde ficará a Acesso, emfaz parte da Acesso e explica que, com a nova estrutupresa júnior da faculdade. No primeiro pavimento ra, será possível ampliar as se concentrará a parte adoportunidades dentro da ministrativa, além de audiempresa júnior. tório, cantina e biblioteca. O estudante Gabriel DuNesse andar também ficará arte também confia em mea Produtora de Multimeios, Obras já estão concluídas e a mudança começa em dezembro lhorias para os alunos com que hoje tem sua sede na a mudança para o novo Faculdade de Educação. Em um bloco eu não posso deixar ele para trás. A mesma prédio: “Não só dentro de sala, mas tamanexo, ficarão os dois estúdios de TV. No coisa serve para todo e qualquer universo bém nos projetos, acho que todo mundo segundo pavimento estarão as salas de de equipamento. Eu não posso descartar vai se beneficiar disso. A Produtora, a Ráaula e laboratórios, como os de rádio e nada que esteja em condição de uso.” dio, a Acesso, o PET. Eu estou animado Márcia Falabella, professora da Facom, para ir para o prédio, porque desde meu fotografia. O terceiro andar contará com mais salas e laboratórios informatizados. diz que a faculdade cresceu muito e já não primeiro período estão prometendo essa Já o último pavimento abrigará gabinetes comporta todas as atividades desenvol- mudança. Então, estou curioso para ver de professores, o programa de pós-gra- vidas por professores e alunos. “O novo como vai ser o funcionamento da Facom.” duação e laboratórios de pesquisa. prédio representa uma possibilidade de Mas nem todos estão otimistas. O estuEm relação aos equipamentos, Felz ampliação, conforto e qualidade em nossas dante Douglas Fernandes tem receios em conta que, no ano passado, a Facom re- atividades. Estamos saindo de um quarto relação à mudança: “É meio difícil saber cebeu uma verba de R$ 170.000, que foi e sala e indo para uma mansão”, analisa. se será positivo, porque muitos equipadestinada à renovação do parque de in- Entretanto, para a professora, ainda há um mentos, pelo que eu sei, serão os mesmos, formática e compra de novas máquinas. grande percurso a ser seguido: “Com a atu- então muda-se a carcaça, mas o interior Este ano, a faculdade conseguiu, junto à al crise, ainda teremos um longo caminho continua precário. O prédio é mais longe e reitoria, R$ 700.000, que está sendo des- para modernizarmos todos os equipa- no alto de um morro, então pra quem vai tinado à compra de material novo para mentos. Mas estamos avançando. Teremos a pé é mais desagradável. Bonita é a vista. o laboratório de televisão e rádio, alguns outros bons desafios pela frente.” Para a Talvez exista alguma melhoria. Só vendo.”

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Especial Facom

Grupos de pesquisa da Facom promovem espaço para aprendizagem

Foto: Victor Faria

Com a possibilidade de ampliar os temas discutidos na sala de aula, os grupos de pesquisa são importante para a formação acadêmica dos alunos

Reunião do grupo de pesquisa Laboratório de Audiovisual e Jornalismo

Por Camilla Marangon A Faculdade de Comunicação (Facom) da UFJF realiza pesquisas sobre diversos temas e envolve nesse processo graduandos, mestrandos e professores. Ao todo possui dez grandes grupos que se reúnem para discutir seus temas e desenvolver pesquisas. Os grupos são espaços privilegiados onde é possível gerar conhecimento. “Quem está inserido nesse ambiente é parte da geração de conhecimento novo, ajudando a transformar a realidade e as teorias que a gente pesquisa”, destaca a professora e pesquisadora Iluska Coutinho. Participar de grupos de pesquisa é uma oportunidade para os alunos acrescentarem conhecimento em sua formação profissional e ir além da sala de aula, abordando e ampliando as disucussões sobre temas que nem sempre conseguem ser supridos pela grade curricular. Pedro Augusto Figueiredo é aluno do sexto período de Comunicação e participa do grupo que pesquisa sobre semiótica com o professor

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Francisco Pimenta. Ele conta que além do aprofundamento da base teórica, para ele a grande importância do grupo é que você fica imerso no ambiente de pesquisa. “Você acaba enxergando problemas e soluções nas pesquisas dos colegas e todo mundo vai crescendo junto”, comenta. O Observatório da Qualidade no Audiovisual é um dos grupos da Facom e é coordenado pela professora Gabriela Borges. Começou em 2013 trabalhando com o humor no audiovisual devido ao interesse dos alunos pelo tema, mas Gabriela conta que a ideia de um observatório sobre qualidade surgiu em 2000 quando conheceu este modelo de monitoramento de atuação da mídia em Portugal. Atualmente o grupo trabalha com diversos temas dentro da ideia proposta contando com a participação de 12 alunos, dentre eles, mestrandos e graduandos. “Creio ser importante discutir a qualidade do audiovisual uma vez que vivemos num mundo de proliferação de todas as formas de imagens que podem ser criadas

por qualquer indivíduo. Bem como a discussão sobre a literacia midiática que promove a leitura crítica e a produção criativa de conteúdos”, explicou a coordenadora do Observatório. O grupo Laboratório de Jornalismo e Narrativas Audiovisuais, que vai ter o nome modificado para Laboratório de Audiovisual e Jornalismo, tem a participação de cerca de 20 pessoas e possibilita o diálogo de pesquisas de iniciação científica, mestrado, doutorado, pós doutorado e projetos práticos. A coordenadora, Iluska Coutinho, salienta que a estudar a televisão pública durante a faculdade é importante porque, além de ser um mercado de trabalho, é um espaço de militância e é uma forma de transformar a sociedade. “Eu acho importante que todos os alunos participem de grupos de pesquisa, no caso do nosso grupo ele é também um laboratório, a gente pesquisa e desenvolve um produto do que estamos investigando. Não adianta criticar os produtos sem propor nada diferente”, comenta a coordenadora do Laboratório de Audiovisual e Jornalismo. Atualmente esses são os grandes grupos de pesquisa atuantes na Facom: Comunicação, Cidade, Memória e Cultura; Comunicação, Esporte e Cultura; Comunicação, Identidade e Cidadania; Grupo Sensus; Laboratório de Jornalismo e Narrativas Audiovisuais; Laboratório de Mídia Digital; Redes, Ambientes Imersivos e Linguagens; Flores Raras; Graphos; e Mídia e Literatura.


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Especial Facom

PPGCOM terá espaço bem equipado em novo prédio Completando dez anos, Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFJF se prepara para apresentar novo projeto de criação do curso de doutorado O novo prédio da FACOM, que será inaugurado no primeiro semestre do ano que vem, tem um espaço bem estruturado reservado para receber os alunos e professores do PPGCOM. Além disso, a consolidação do mestrado possibilitou novas perspectivas ao programa, com boas perspectivas para aprovação do curso de doutorado em comunicação, cuja proposta será apresentada novamente à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, no ano que vem. O PPGCOM acaba de completar uma década de existência, mas para se firmar como programa de pós graduação estruturado e com boa avaliação do CAPES muitos desafios foram e ainda são enfrentados pelos coordenadores e pelo corpo docente. A professora Iluska Coutinho, que coordenou o PPGCOM entre 2010 e 2013, destaca que aprovar um programa de pós graduação não é tarefa fácil, já que é preciso enfrentar o desafio de se tornar produtivo para as exigência da CAPES. O projeto que deu origem ao PPGCOM foi aprovado em 2006. No mesmo ano foi realizado o primeiro processo seletivo que teve recorde no número de inscritos. “Era uma demanda reprimida muito grande de pessoas formadas em comunicação tanto em Juiz de Fora, quanto no sul fluminense, Viçosa e Ouro Preto que queriam fazer mestrado na área. E como fomos o primeiro programa de pós-graduação do interior de MG, acabamos recebendo mais de 200 inscritos”, lembra Iluska. A cada quatro anos o programa passa por uma avaliação e, no último quadriênio, o PPGCOM passou

Foto: Divulgação Facebook/FACOM

Por Victor Faria

Sala do PPGCOM em contrução no novo prédio da Facom

por reformulações para se adequar aos critérios e regras da CAPES. “Hoje temos uma nota 4. Se a nota cai para 3 perdemos financiamento, se for para dois o mestrado fecha. Para manter a boa avaliação foi preciso reformular o corpo docente, recredenciar os professores e alterar as linhas de pesquisa”, conta a atual coordenadora Gabriela Borges, que já planeja apresentar uma proposta de doutorado e ser aprovado no próximo quadriênio. Atualmente, sem espaço na faculdade de comunicação, a sala do PPGCOM fica na Faculdade de Educação da UFJF, mas contará com local apropriado no novo prédio da Facom. “Vamos estar muito bem equipados. As salas do novo espaço do PPGCOM vão ter bancadas para notebooks, além disso teremos salas que facilitarão os encontros dos grupos de pesquisa. Vamos ter também um laboratório que vai servir para pesquisa e inovação. Em termos de instalação vai ser bem melhor”, ressalta Gabriela Borges. Ao longo desses dez anos muitos alunos se tornaram mestres. Jhonatan ingressou no mestrado em 2009 e concluiu em 2011. Ele ressalta que

o estágio docência é uma das mais importantes experiências do curso. “Uma doce recordação que sempre me acompanha foi a realização do estágio docência. Não quero nunca perder essa emoção que é chegar em sala de aula cheio de ideias e sair com elas todas transformadas, repaginadas, ou mesmo subvertidas. E iniciar o ciclo todo de novo, na próxima aula”, reflete Jhonatan, que atualmente é doutorando na UFRJ. Rodrigo Lobão está no último ano de mestrado em comunicação na UFJF. Ele diz que o curso ajuda a pensar na parte profissional e amplia o conhecimento, colocando o aluno em contato com novos estudos, conceitos e informações. Enquanto Rodrigo está prestes a se tornar mestre, o graduando em comunicação Gustavo Pereira ainda nem entregou o TCC da graduação, mas já tem uma vaga garantida para iniciar o mestrado em 2018. Depois da espera ansiosa, ele recebeu nas últimas semanas o resultado positivo do processo seletivo. “Devo essa aprovação ao currículo que desenvolvi através de pesquisas dentro da faculdade. Se pudesse deixar um conselho, diria para os alunos aproveitarem ao máximo as oportunidades que a UFJF oferece, principalmente de pesquisa acadêmica, pois foi aí que me encantei por essa área e escolhi fazer o mestrado”, diz. O PPGCOM tem atualmente duas linhas de pesquisa: Mídia e processo social e Competência midiática, estética e temporalidade. Doze professores permanentes estão divididos nessas duas linhas e outros três professores são colaboradores. O processo seletivo para ingressar no mestrado em comunicação da UFJF acontece uma vez ao ano, sempre no segundo semestre.

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Especial Facom

Alunos do PET Facom pedem por melhorias na infraestrutura oferecida para o projeto Foto: Divulgação Facebook

O grupo visita nesta quarta-feira (08) o novo prédio da faculdade para conhecer o espaço destinado ao PET

Alunos do PET participam de diversos módulos de grupos de estudo, com participação professores da Facom

Por Karina Gomes Na próxima quarta-feira (8), os participantes do Programa de Educação Tutorial (PET) no curso de jornalismo da UFJF visitarão a construção do novo prédio da faculdade para avaliarem a futura sala do projeto. A expectativa dos alunos é positiva, já que eles terão uma sede com mais espaço e equipamentos que a atual. De acordo com a estudante Christinny Garibaldi, o que os integrantes esperam com a visita ao novo prédio da Faculdade de Comunicação (Facom) é encontrar um lugar adequado para o trabalho realizado pelo núcleo. “Queremos ver onde será a nossa sala, porque, caso tenhamos alguma reinvindicação, devemos fazer antes que a obra fique pronta”, comentou. As condições das dependências do PET estão precárias por conta de um incidente no local. “Após uma noite de muita chuva, a sala ficou alagada por conta de uma infiltração. O computador estragou e até então não tivemos suporte para o conserto”, explicou a bolsista Christinny. Segundo ela, a equipe teme que aconteça outro episódio como esse e prejudique

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ainda mais a estrutura da sede. Outra reclamação acerca do ambiente concedido ao grupo é a falta de sinal de internet. “Isso faz muita falta, porque precisamos de uma internet boa para enviarmos os projetos realizados no PET. A web faz parte do jornalismo, então como uma sala da faculdade pode não ter esse recurso?”, contou a aluna Ana Lívia Faria. Ela ressalta que integrantes do PET/Facom têm frequentado reuniões de grupos PET em outros cursos para integração, reuniões e percepções de melhorias. “A gente percebe que realiza bastantes coisas com o que temos, mas poderia fazer muito mais se tivessemos ferramentas para isso”, acrescentou Ana Lívia. Segundo nota da Facom, divulgada na página do curso dentro do site da UFJF, a previsão de finalização do novo prédio, cuja obra começou em 2014, era para o primeiro semestre de 2017, mas devido a atrasos pontuais a inauguração será em março de 2018. O texto também explica a infraestrutura presente na construção: “A nova sede da Facom

prevê ampliação da área das salas de aula; aumento do número de laboratórios informatizados (redações, computação gráfica e design gráfico); novos laboratórios específicos para edição digital de áudio e de vídeo; agências experimentais de produção de notícias, assessoria, produção para mídias digitais; salas específicas para os grupos de pesquisa e de extensão; gabinetes para professores, entre outros pontos”. O PET tem a coordenação do professor doutor Francisco José Paoliello Pimenta e desenvolve atividades nos pilares de pesquisa, ensino e extensão. Os grupos de estudo são o foco desse órgão, mas são realizadas também palestras, seminários, debates, exposições e congressos, voltados às diferentes áreas do conhecimento. Todos os alunos interessados podem participar dos grupos de estudo como voluntários, mas o programa também abre processo seletivo para os bolsistas. A divulgação é por meio dos murais e informativos da faculdade, e ainda na página “PET Facom” no Facebook.


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Especial Facom

Acesso Comunicação Júnior ganhará espaço amplo, novas repartições e entrada independente Foto: Viviane Dalathezi

Nascida de um banheiro abandonado, empresa júnior terá agora duas salas de reunião, copa e banheiro de uso exclusivo

Segunda sede da história da empresa, sala atual será substituída em breve

Por Viviane Dalathezi Que o novo prédio da Facom será maior e mais moderno nós já pudemos perceber. Além dos novos espaços para os laboratórios de aulas práticas, biblioteca, D.A e outros, a Acesso Comunicação Júnior, a empresa júnior da faculdade, também será comtemplada com uma nova estrutura. Desde 1997 quando surgiu a ideia de criar uma empresa júnior para o curso de comunicação, foram enfrentados alguns problemas relacionados ao espaço físico para sediar a empresa. A primeira sala oferecida à Acesso, ficava nos fundos da antiga cantina, onde hoje estão localizadas as salas de aula nove, dez e onze. A ideia não foi bem recebida pois o cheiro de comida e o barulho da catina atrapalhariam o trabalho. A segunda opção seria uma sede no centro da cidade, que também foi descartada pela logística. O deslocamento dos alunos envolvidos, geraria custos e alguns transtornos a mais para os mesmos. A primeira sede da empresa de fato, em 1998, foi uma sala provisória na produtora de multimeios da Facom (no prédio já que já foi demolido). Lá os alunos trabalhavam como bolsistas da

professora Alice Gonçalves Arcuri, que na época fazia parte do corpo docente da faculdade de comunicação e atualmente é subchefe do departamento de Turismo da UFJF. Em 2001, quando a Acesso foi oficializada com a criação das diretorias e a equipe partiu em busca de um espaço independente. Abrindo as portas fechadas no prédio da faculdade, descobriu-se um banheiro masculino abandonado (espaço onde hoje funciona o laboratório de rádio). Com recursos próprios, os alunos e a professora reformaram todo o espaço e o transformaram na primeira sede da Acesso Comunicação Júnior. “É maravilhoso ver que a empresa permanece viva. Parabenizo a direção por ter lembrado do espaço da empresa júnior e por ter dado uma entrada e saída independente para que o pessoal possa trabalhar inclusive aos finais de semana”, destacou a professora fundadora da empresa, Alice Arcuri. Ela que recentemente visitou as obras do novo espaço e ficou encantada com o que viu. Nova sede vem para renovar os ares da empresa Formada por alunos dos cursos

de Jornalismo e Rádio, TV e Internet, a Acesso presta serviços para clientes de Juiz de Fora e região na área de comunicação, sob a supervisão de professores orientadores. Desde 2010, quando mudou-se do banheiro, a Acesso funciona em uma sala pequena localizada ao lado do laboratório de fotografia da Faculdade de Comunicação. Nessa sala os membros trabalham em escala de horários e também recebem os clientes. As reuniões internas acontecem nas salas de aulas que estejam vagas no horário ou em outros espaços abertos da faculdade. O fato de a sala ser parte integrada do prédio, impede o funcionamento da empresa nos dias que o mesmo se encontra fechado e faz com que os membros precisem se reunir em dias não letivos na casa de um ou do outro. “A mudança (para a sede atual) aconteceu, pois, o espaço anterior (o banheiro) era muito pequeno e já não comportava mais o número de membros. A localização e necessidade de receber clientes também influenciou”, conta Danilo Terra, membro da empresa por dois anos e vice -presidente na sua última gestão. No novo prédio que será inaugurado, a Acesso ganhará, além de uma sala de uso comum, que vai ser a sede da empresa, duas salas de reunião, um banheiro e uma copa de uso exclusivo e também terá uma porta de entrada e saída independente, o que possibilita aos membros, trabalharem também aos finais de semana, ou em dias que por motivos de força maior, a faculdade esteja fechada. O coordenador de criação e assessor de marketing da Acesso, Lucas Uriel, destacou que a expectativa em relação à mudança é bem grande pois finalmente eles terão a cara de uma empresa de verdade. “A Acesso está prestes a completar 17 anos e esse é um dos maiores presentes para todos que já passaram por aqui e sabem das dificuldades enfrentadas desde quando a sede era um banheiro até os dias de hoje!”.

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Especial Facom

Espaço de produção audiovisual: Produtora de Multimeios

Projeto visa fornecer oportunidade aos alunos de ter contato com a prática do Jornalismo ainda na faculdade

Por Giulia Prata

no Youtube. Márcio Guerra, que coordena o projeto e, atualmente, é diretor da Imagem Institucional da Universidade, relembra como tudo começou: “Na época eu era diretor da Facom. Houve um encontro nacional de universidades em Florianópolis. Fomos até lá para uma discussão. Se as universidades queriam optar por investimento em canais fechados de TV, que estavam surgindo, ou se optariam por fazer investimento em produtora. Optamos, como a maioria, por investir em produtora, apostando que elas poderiam abastecer os canais fechados”. Sobre a experiência adquirida ao passar pela Produtora, Márcio afirma: “Acho que há um diferen-

Foto: Giulia Prata

Produtora de Multimeios é um projeto da Faculdade de Comunicação da UFJF, idealizado há 12 anos pelo professor Márcio Guerra, juntamente dos professores Ernani Ferraz e Álvaro Americano. A iniciativa visa oportunizar o conhecimento e o desenvolvimento da prática do jornalismo audiovisual aos estudantes. Produção, edição, apresentação, cinegrafia e marketing. Essas são as áreas que a Produtora permite que os alunos tenham um contato íntimo e especializado. O resultado do material desenvolvido por eles é o programa Mosaico, que vai ao ar toda terça-feira, com reprise aos sábados no canal aberto TVE, além de ser disponibilizado

Os bolsistas têm o ritual de assinarem a porta quando se despedem da Produtora

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cial claro entre os alunos e alunas que passam por lá. O histórico de quem está no mercado confirma isso. Eu sinto um orgulho enorme. Sei o quanto isso mudou a vida de muitos alunos. Acho que esse é um dos projetos mais importantes, que deixo como marca da minha contribuição para a Facom”. Além de ter a oportunidade de praticar a profissão, conhecendo cada detalhe das áreas e desenvolvendo-as, os bolsistas passam a ter conhecimento de histórias, lugares e personagens importantes de Juiz de Fora, uma vez que o Mosaico objetiva cultivar a memória cultural da cidade através do programa televisivo desenvolvido inteiramente por alunos de Jornalismo.


Juiz de Fora, 06 de novembro de 2017

Foto: Giulia Prata

Especial Facom

Douglas Ribeiro entrou na Produtora em março de 2013. Ele já atuou como cinegrafista e hoje é apresetador e editor-chefe

A Produtora de Multimeios já recebeu alguns prêmios, entre eles, o de Melhor Programa Produzido por uma Universidade Brasileira no Intercom Nacional, principal evento da área de Comunicação. O resultado de toda experiência conquistada também pode ser visto no mercado de trabalho e são diversos os exemplos. Um deles é a jornalista da TV Alterosa, Juliana Zoet, que foi a primeira apresentadora do Mosaico. “A experiência na Produtora contribuiu muito com a minha trajetória profissional. Fiquei um ano como produtora e apresentadora do Mosaico. Isto me deu experiência e segurança para entrar no mercado de trabalho. E também visibilidade. Foi um dos diferenciais para que eu conseguisse um emprego temporário logo que me formei”, lembra. Segundo ela, “a produtora é um espaço em que o aluno pode colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos no decorrer do curso. É um lugar em que é permitida a experimenta-

ção, sem vínculos comerciais ou políticos. O aluno tem a oportunidade de produzir conteúdo de forma mais livre e coloca em prática o que ele está aprendendo em sala”. Juliana Zoet conta que, mesmo tendo passado quase dez anos, têm pessoas que ainda lembram do trabalho realizado por ela no Mosaico e que falam do programa com carinho. “Eu fico muito feliz e gratificada por este retorno. Tenho um carinho imenso pelo Mosaico e por todo o aprendizado que o programa me propiciou. E ter o retorno do público completa este sentimento de trabalho bem feito”. Além dos bolsistas, a Produtora de Multimeios conta com o auxílio de um técnico em audiovisual, Vinícius Faza, e com um assistente administrativo, Giovani Verazzani. “Os bolsistas melhoram a cada novo programa. Principalmente quando eles vão para o mercado de trabalho. Você os vê atuando profissionalmente e percebe a evolução. Ela permite o contato com todas as etapas de

produção de matérias, o que é um diferencial. O acréscimo é visível e você vê uma maior inserção dos ex bolsistas no mercado de trabalho”, afirma Giovani, que trabalha na Produtora desde 2012 e já presenciou a entrada e saída de muitos bolsistas. A estudante Bruna Silva entrou como voluntária há duas semanas e já aprova a oportunidade: “A Produtora logo no meu primeiro período e em tão poucos dias já está sendo maravilhosa. Aprender um pouco de cada coisa é essencial e a ela proporciona isso”. Hoje, o projeto possui cerca de 30 integrantes, entre eles, bolsitas e voluntários. Mas, enquanto uns estão começando, outros estão prestes a sair. O editor-chefe do Mosaico, Douglas Ribeiro, está com os dias contados, pois se forma em dezembro e terá que dar adeus ao projeto. Mas, para ele, o sentimento de gratidão é o que fica: “A Produtora foi a base de tudo. Foi lá que eu descobri ter nascido para ser jornalista. Foi lá que eu aprendi a lidar com fonte, a me posicionar como profissional mesmo sendo estudante. A Produtora é, praticamente, uma redação. Você convive com outros profissionais e vocês trabalham juntos em busca do produto final. Vejo que eu tenho um caminho enorme pela frente e sei que cada coisa que eu alcançar é graças à Produtora. Fazer parte desse grupo fez com que eu me enxergasse não só como profissional mas também como pessoa. A Produtora é minha casa, depois que eu me formar não sei o que vai ser de mim, vou sentir muita falta ”.

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Juiz de Fora, 06 de novembro de 2017

Rádio Facom, um bom dia aos ouvintes e estudantes

Há ceca de 10 anos, a 103,9 FM leva os alunos a experiencias além das técnicas jornalisticas

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Foto: Bernardo Medeiros

Por Tasso Guimarães Em atividade desde 1997, na Faculdade de Comunicação da UFJF, a Rádio Facom 103,9 FM tornou um espaço para vivenciar de fato as técnicas necessárias nesse meio de comunicação e o dia a dia de um rádiojornalista. De segunda a sexta-feira, a 103,9 FM estabelece um contato direto dos alunos com a produção jornalística. Através de uma disciplina de Técnica de Produção em Rádio, o temido, mas querido “Mergulhão de Rádio” os alunos passam pela Rádio. Nesta matéria diariamente eles fazem o Repórter Facom, programa em que produzem, editam e narram reportagens de temas importantes, além de fazerem entrevistas e flashes ao vivo. A Rádio Facom é aberta as demais disciplinas que procuram encaminhar os alunos as técnicas utilizadas em uma rádio, mas, mais do que isso, a 103,9 FM é povoada diariamente por aqueles que desejam por si só se envolverem mais com o mundo radiofônico. Essas vontades individuais, foram se somando e construindo equipes, como a mais conhecida delas: a equipe esportiva. Reconhecida pelas transmissões de jogos de futebol e pela elaboração de programas de discussões esportivas, como o Resumo Esportivo e o Futebol Total, a equipe une veteranos e calouros em um processo de evolução conjunta, com troca de opiniões e olhares sobre o jornalismo esportivo, o que de certa forma, construiu um laço de amizade entre os alunos de diversos períodos. Além do esporte, a programação da Rádio Facom é vasta, ela já contou e ainda conta com programas políticos, musicais e de entretenimento e, também com edições especiais, como em época de Eleições, e

A Rádio Facom é um espaço para os alunos desenvolverem atividades práticas

grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A Rádio para os alunos Quem vivenciou ou vivencia a Rádio Facom diariamente, sabe da importância que o espaço tem para a Faculdade de Comunicação. Para o aluno Matheus de Andrade, a liberdade que os estudantes têm em desenvolver atividades e a interação entre eles é fundamental: “O fato de poder desde o começo da graduação ter acesso à participação em programas e interagir com alunos que têm mais experiência é um dos pontos altos da Facom, e é algo que a diferencia de outros cursos”. Para ele, a cobertura da Copa do Mundo de 2014 foi extremamente marcante, cansativa, mas prazerosa. A transmissão da última Copa do Mundo marcou também o ex-aluno Thiago Esteves: “A Rádio Facom foi onde eu mais aprendi durante a faculdade, tive a oportunidade de participar dá transmissão dá Copa do Mundo de 2014 e isso não tem preço”. Já para o ex-monitor Rafael Sarchis, além da Copa do Mundo, onde narrou 14 jogos, outras experiencias marcaram sua passagem na rádio: “as

eleições 2014, onde cobri direto do TRE a chegada das urnas e a revelação em tempo real para a rádio. A cobertura dos jogos olímpicos, fiz a narração de vários esportes, incluindo a medalha de ouro da Rafaela Silva.” A 103, 9 FM também é porta de entrada para grandes oportunidades, como conta o então monitor Rodolfo Lamas: “Eu considero a rádio fundamental no meu processo de formação como jornalista. Foi através dela que me capacitei na cobertura de grandes eventos pela cidade, como por exemplo jogos do Tupi e nas eleições municipais de 2016. Por conta dessas experiências, consegui algumas oportunidades fora da faculdade, como na Rádio CBN Juiz de Fora e na Rádio Bradesco Esportes FM, no Rio de Janeiro.” A também monitora, Carla Baldutti disse que a Rádio Facom possibilitou colocar todos os estudos em prática e entender a importância do veículo: “O rádio é a vida acontecendo, no agora, e o jornalista está ali junto contando. Não é só um trabalho é um presente. Aprendi na Rádio Facom, o respeito que se deve ter com o ouvinte, estudar muito e fazer sempre por amor.”


Juiz de Fora, 06 de novembro de 2017

Especial Facom

Atlética da Facom pleiteia sala no Prédio Novo

Foto: Facebook Universitárius

Atualmente a atlética não tem sede e usa o Diretório Acadêmico para realizar reuniões

Atlética realiza competição de futsal no próximo domingo, 12

Por Lisandra Queiroga A Atlética da Faculdade de Comunicação é recente, foi fundada em 2013. Mas antes disso, os alunos do curso montavam suas equipes independentes e participavam de competições. A professora Gilze Bara, ex-aluna da Facom, foi da primeira turma de estudantes que ocuparam o prédio atual da Faculdade e conta um pouco de suas recordações. Como sempre gostou de jogar vôlei e handebol, resolveu organizar times para disputar as Olimpíadas da UFJF. As competições naquela época eram esporádicas, e Gilze lembra quando ganhou a competição feminina de vôlei contra a turma de medicina de 3 x 2. Foi a primeira vez que a Facom ganhou o título de vôlei feminino nos jogos universitários. “O ano que a gente foi campeã jogamos no estádio do Sport com as arquibancadas lotadas. A final foi maravilhosa. Nos dias dos jogos, a gente dividia nosso tempo entre a faculdade e as partidas”, conta Gilze saudosa. A estudante Tainá Voltas, de 23 anos, sempre gostou de praticar esportes, e quando entrou na Facom, em 2012, sentiu a necessidade de

criar uma atlética. Quando ela soube que as Olimpíadas da UFJF iriam voltar a acontecer, viu uma oportunidade e, a partir disso, começou a se articular para montar a atlética. “Foi um sucesso. Tivemos 64 atletas inscritos para a olimpíada.” Para Tainá, criar a Atlética da Facom foi importante para aproximar alunos de diferentes períodos, gerando uma integração que não existia antes. Para ela, a atlética “é imprescindível para qualquer curso, porque o esporte além de interação é aprendizado, é trabalho em equipe”. Na segunda gestão da atlética, que começou em 2016, as coisas mudaram um pouco, com a gestão do estudante de jornalismo Luiz Carlos Pavão, 21 anos, que assumiu a presidência. “Eu tinha experiência em organizar a Copa Facom e aceitei o desafio em tocar a Atlética. Montamos a gestão com cargos e responsabilidades definidas, baseados no estatuto que criamos e que ainda está em vigor. Alcançamos resultados expressivos em diversas competições e fizemos bonitos em todos os âmbitos.” A estudante Ana Beatriz Santos, de 22 anos, disputou natação em julho e conquistou duas medalhas,

uma de prata e uma de bronze, deixando a Facom na quinta colocação geral da categoria. “Poder competir pela minha atlética, apesar de estar estudando muito, me permitiu voltar a fazer o que sempre vou fazer, estar sempre na água.” Recentemente, houve nova eleição e o studante de jornalismo Arthur Lincoln, 21, assumiu a presidência com mais de 100 votos. Ele conta que se candidatou por querer dar continuidade no cuidado com uma organização que serve aos estudantes da Facom, e por entender que a faculdade tem poucas opções lúdicas. “Conto com uma equipe muito dedicada e habilidosa me ajudando a organizar essa gestão.” No momento, a Atlética não tem espaço físico próprio, mas foi formada uma comissão de professores para a avaliar a possibilidade de uma sala para funcionamento das atividades, junto com o Diretório Acadêmido Vladimir Herzog da Facom. Isso porque o projeto original do novo prédio não constava destinação de espaço para a Atlética.

Copa Facom

A Atlética da Faculdade de Comunicação divulgou no último sábado mais uma edição dos jogos da Copa Facom. A edição de 2017 vai acontecer no próximo domingo, dia 12 de novembro, na Quadra Poliesportiva da Guarda-Mirim deJuiz de Forea, das 13h às 18h. As inscrições estão abertas e o valor é de R$140. Os times podem ter de cinco a dez jogadores. O link de inscrição está na página do facebook da atlética. Os jogos são abertos ao público e a Atlética conta com a presença dos alunos para a torcida.

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Juiz de Fora, 06 de novembro de 2017

Especial Facom

Espaço do DAVH no novo prédio está em discussão Gestão Canto Livre, Atlética Facom e Direção debatem uso de espaços no prédio Por Matheus Moreira

Foto: Matheus Moreira

O Diretório Acadêmico Vladimir Herzog é parada obrigatória na Faculdade de Comunicação da UFJF. Quem entra na sala que o DA ocupa encontra uma parede grafitada, sofás de material reciclado, uma biblioteca e “xeroteca” (apelido dado ao acervo de xerox do espaço), videogames, uma placa de ponto de ônibus, uma outra da Rua Curitiba, um violão faltando cordas e a Vlada, a pimenteira de estimação. Peças que refletem os anos de história agregados ao lugar. O Diretório carrega um nome de peso: Vladimir Herzog foi jornalista, preso, torturado e morto nos porões da ditadura, virou um símbolo da luta pela liberdade de expressão. Contemplando os alunos dos cursos de Jornalismo e Rádio, TV e Internet, o DA fomenta discussão e participação por parte dos discentes nas questões referentes a FACOM e a UFJF. Mais do que um espaço de recreação para os discentes, o DA é a entidade que representa os estudantes e defende os seus interesses, convocando assembleias periódicas com os

alunos, com a direção e outros núcleos da faculdade. Em essência, o Diretório é representação política. “Eu acho que o espaço do DA é muito importante tanto para uma reunião do núcleo em si, quanto para reuniões de alunos porque acho que a faculdade vai muito além da sala de aula, é um espaço que a gente tem pra ter esse tipo de socialização, debates ou algo extracurricular”, defende a estudante do terceiro período de Jornalismo, Camila Wendling. Segundo Iuri Fontana, que compõe a organização interna da gestão Canto Livre, uma das principais pautas dessa gestão é promover o bem-estar dos alunos, tanto em lazer quanto academicamente, “o que a gente quer é fazer da Facom um lugar melhor pros alunos”. O Diretório Acadêmico funciona em regime de colegiado, com eleições semestrais, garantindo a rotatividade das gestões de forma mais representativa. A atual gestão do Diretório, a Canto Livre, é filiada à Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social, compartilhando de algumas de suas pautas, como a democratização da

O espaço é utilizado tanto para recreação quanto para reuniões e assembleias

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comunicação para uma mídia mais inclusiva.

Novo prédio

Uma das pautas emergenciais tratadas pelo Diretório, atualmente, é a mudança para as novas instalações da Faculdade de Comunicação e a adequação ao espaço do novo prédio. Segundo a Organização Interna da gestão Canto Livre, o espaço previsto para comportar o Diretório Acadêmico é menor do que o ocupado atualmente. E eles ainda dividem a sala com a Atlética, que retomou as atividades em 2016, após alguns anos sem funcionar. De acordo com o secretário geral da Atlética da Facom, Emerson Macanha, o grupo vem estudando o estatuto para regulamentar a instituição como um núcleo da Facom. Segundo ele, a Atlética junto ao DAVH fez um pedido à direção para que cedesse uma sala maior para comportar as duas instituições, ou que concedesse um novo espaço ao DAVH e a Atlética ocupasse o local originalmente previsto no projeto para o diretório. Segundo o Diretor da Facom Jorge Felz, o projeto havia sido apresentado para a congregação entre 2010 e 2012, e ninguém da gestão do DAVH na época se manifestou a respeito do espaço. O diretor acrescentou que a metragem da sala no prédio novo é igual à da atual, porém em formato diferente, e que uma comissão está sendo formada com representantes dos departamentos para discutir o pedido do Diretório. A gestão do DAVH, busca com base no diálogo junto à direção da Facom, em um processo que está em andamento, uma nova acomodação para que as operações do DA continuem normalmente.


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