My Cooprofar Janeiro 2020

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janeiro 2020

04. Análise de Mercado

Distribuidores Farmacêuticos procuram acordo com Governo 08. Especial Saúde

Doenças Respiratórias 14. Indústria Farmacêutica

SNS: Indústria farmacêutica aplaude reforço de investimento 18. Cooprofar

“Meta o Nariz fora de caixa” 19. Breves

Esperança de vida: Portugal acima da média da UE



Prof. Doutor Delfim Santos Presidente da Direção

EDITORIAL

2020 O início do ano merece sempre uma reflexão sobre o que foi feito e o que ambicionamos realizar. Planear o futuro cientes do que nos espera é a forma mais sensata de projetar os desafios que se avizinham. O Grupo Cooprofar-Medlog está preparado para arrancar o novo ano, tendo já delineado um conjunto de objetivos estratégicos. Na génese está a continuidade da implementação de medidas decorrentes do trabalho exaustivo de análise de processos, serviços e condições comerciais e financeiras com o propósito de diminuir custos, aumentar a eficiência e a rentabilidade, tendo sempre presente a satisfação do cliente. Estas medidas incidem diretamente no Grupo, nos seus Parceiros e Clientes, proporcionando uma melhor e mais eficaz experiência de negócio. Trabalhamos sempre tendo por base três pilares estratégicos - Inovação, Experiência e Proximidade. A mudança de ano não alterará estes princípios. Por essa razão, apostamos na renovação das certificações com base nas Normas ISO 9001:2015 – Sistema de Gestão da Qualidade, NP 4457:2007 - Sistema de Gestão da Investigação Desenvolvimento e Inovação, e Norma Internacional SA 8000 Responsabilidade Social. Estas certificações são estruturantes numa organização como o Grupo Cooprofar-Medlog, traduzindo um modelo de Desenvolvimento Sustentável e Responsável nos seus domínios Económico, Social e Ambiental. Paralelamente ao trabalho interno e ao foco nos Clientes e Parceiros, continuaremos a apostar na Formação descentralizada e em Campanhas de Proximidade. Apostaremos também na continuidade do desenvolvimento e implementação de Serviços Colaborativos de apoio às Farmácias e à Indústria Farmacêutica, que são mais um resultado do trabalho árduo que o Grupo desenvolve no seu meio. O passado recente trouxe consigo consideráveis exigências legislativas, decorrentes do Estatuto do Medicamento e regulamentação acessória, da Diretiva dos Medicamentos Falsificados e da nova Diretiva Europeia de Dispositivos Médicos. A adaptação a esta legislação, necessária e imperativa, é um dos focos do Grupo neste virar de ano. Entramos em 2020 com uma política comercial estável, mas adaptada às novas realidades do mercado e dos nossos Clientes, bem como com um rigoroso controlo de crédito, almejando a valorização da nossa carteira de Clientes, garantindo equilíbrio entre nível de serviço, condições comerciais e financeiras e fidelização de Clientes. O Grupo Cooprofar-Medlog continuará a promover Rentabilidade e Valor, tendo em vista a Satisfação e a evolução dos seus Clientes. Queremos gerar cada vez mais valor, sem nunca perder o que nos diferenciou! O produto certo, no local certo, à hora certa, todos os dias do ano. Vamos a isso!


Análise de Mercado CRESCIMENTO FACE AO PERÍODO HOMÓLOGO Crescimento Mercado novembro 2019 vs. mês homólogo 20 18 15,8

16 14 12 12,9

9,3

8,8 6,3

7,9

6,8

6,4

6,2

4,6

4,8

4,6

7,6 5,5

5,4

6,4

6,1

7,0

Viseu

Mercado Total

Vila Real

Setúbal

Viana do Castelo

Açores

Santarém

Porto

Madeira

Portalegre

Leiria

Lisboa

Faro

Guarda

Évora

Coimbra

Bragança

-4

Castelo Branco

-2

Beja

% 0

Braga

DEZ

NOV

SET

OUT

JUL

2

AGO

JUN

6,4

4

1,5

ABR MAI

MAR

JAN FEV

6 4,7

0,7

8,9 6,8

Aveiro

5,5

8

7,0

6,0

5,9

5%

-5%

10,3

10,0

9,4

10%

11,0

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SNS

Despesa com fármacos disparou A despesa do Serviço Nacional de Saúde com medicamentos vendidos nas farmácias e dispensados nos hospitais públicos disparou no ano passado. Foram mais 178 milhões de euros do que em 2017, num total de 2,461 milhões, que representam já mais de um quarto da despesa global do SNS e 1,22 % do PIB. Somado aos gastos dos cidadãos com fármacos, que aumentaram em valor no ano passado, a fatura com medicamentos aproximou-se já dos 3,2 mil milhões em Portugal. Os encargos estatais com comparticipações de medicamentos vendidos nas farmácias e com fármacos disponibilizados nos hospitais têm vindo a crescer nos últimos anos, depois de terem diminuído substancialmente no tempo da intervenção da troika em Portugal, entre em 2011 e 2014.

Novos tratamentos para o cancro justificam metade do aumento da despesa Uma parte substancial do aumento da despesa com medicamentos em 2018 ficou a dever-se à aprovação de novos fármacos para o tratamento de cancros e de doenças neurovegetativas, como a esclerose múltipla, terapêuticas habitualmente muito caras. A Autoridade do Medicamento esclareceu que mais de metade do valor total do crescimento dos gastos com medicamentos observado em 2018 resultou do aumento no acesso à inovação terapêutica na área oncológica e enfatizou que isso se traduz em “mais doentes em tratamento, com o alargamento das opções terapêuticas disponíveis e também uma utilização mais prolongada destes tratamentos”. 4


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Distribuidores Farmacêuticos procuram acordo com Governo A Associação de Distribuidores Farmacêuticos – ADIFA criou uma agenda com 10 medidas prioritárias que, na visão daquela associação, contribuirão para melhorar o acesso da população ao medicamento e produtos de saúde. O documento visa estabelecer um acordo com o Governo. Entre as medidas sugeridas, destacam-se a alteração do Estatuto do Medicamento, com deveres e direitos que assegurem um abastecimento adequado do mercado nacional; a transição de medicamentos dispensados exclusivamente em meio hospitalar para as farmácias comunitárias; o alargamento de alguns benefícios fiscais em vigor noutros setores para a atividade de transporte de medicamentos e produtos de saúde; o reconhecimento dos distribuidores farmacêuticos como entidades prioritárias no acesso a combustíveis em crises nacionais; a garantia de mobilidade eficiente das viaturas de transporte de medicamentos, com circulação autorizada nas vias de trânsito reservadas.

CARREIRA FARMACÊUTICA

Atraso de 660 dias gera indignação A Ordem dos Farmacêuticos apelou a uma “rápida intervenção” do primeiro-ministro e da ministra da Saúde na regulamentação da carreira farmacêutica, em falta há dois anos e que impede a contratação de profissionais para os hospitais. Uma resolução aprovada na Assembleia Geral da Ordem dos Farmacêuticos manifesta a “enorme preocupação” pelos atrasos na regulamentação do acesso à carreira farmacêutica, que ultrapassou o prazo definido em mais de 660 dias. “A classe farmacêutica está muito indignada (...). Isto é de uma enorme gravidade. Vemos isto com um grande desagrado”, resumiu a bastonária dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins.

Falhas no acesso a medicamentos não são exclusivas em Portugal A ministra da Saúde afirmou à saída de uma reunião em Bruxelas com os seus homólogos europeus, que as falhas no acesso a medicamentos estão longe de ser “um exclusivo nacional” ou prova de “falência” do Serviço Nacional de Saúde. “Aquilo que constatámos foi que as dificuldades que o nosso país sente se sentem também em outros países. Elas são sobretudo resultantes da globalização do mercado e da deslocalização de algumas áreas de produção para países como a Índia ou a China, e uma maior dificuldade no acesso a substâncias que entram na fabricação de determinados fármacos ou a alguns fármacos em concreto”, comentou Marta Temido, em declarações no final de um Conselho de ministros da Saúde da União Europeia. 5


Análise de Mercado

SNS

Farmácias hospitalares estão "em cuidados paliativos" Os serviços farmacêuticos dos hospitais do SNS vivem atualmente em situação de “cuidados paliativos”, descreve a bastonária da Ordem, que lembra a insuficiência de profissionais e a dificuldade de manter as farmácias hospitalares a funcionar em pleno. A bastonária Ana Paula Martins indica que faltam nas farmácias hospitalares do Serviço Nacional de Saúde cerca de 150 farmacêuticos, responsáveis por exemplo pela preparação de toda a medicação necessária a doentes internados ou em tratamento. A responsável admite que houve algumas contratações para os serviços farmacêuticos com a passagem das 40 para as 35 horas de trabalho semanais.

Saúde: Portugueses pagam quase o dobro dos europeus Segundo o relatório de 2019 sobre a Situação da Saúde na União Europeia (UE), os utentes da UE gastam, em média, 15,8% da despesa total em saúde. Em Portugal, esse valor alcança os 27,5%. O estudo, levado a cabo pela Comissão Europeia, em colaboração com a OCDE e o Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde, revelou que as comparticipações do Estado português chegaram aos 66,3% do financiamento total da saúde, em 2017, valor comparativamente inferior aos 79,3% registados nos países da UE. Para além disso, o valor do financiamento público da saúde encontra-se em queda. O país gastou 2,029 euros per capita em cuidados de saúde, estando 30% abaixo da média da UE, com uma despesa de 2,884 euros.

ANTIDEPRESSIVOS

Consumo continua a aumentar O consumo de antidepressivos continua a aumentar em Portugal. No ano passado, foram compradas 8,8 milhões de embalagens. Já o consumo de ansiolíticos apresenta, desde 2014, uma tendência estável, tendo sido compradas no ano passado 10,5 milhões de embalagens desses medicamentos, segundo o relatório do Conselho Nacional de Saúde. Em 29 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal surge no quinto lugar dos que mais consomem fármacos para a depressão. O aumento das vendas segue a mesma tendência nos restantes países da OCDE, onde o consumo duplicou entre 2000 e 2017. Esta tendência pode explicar-se por um diagnóstico mais correto da doença, melhor acesso a medicamentos ou uma evolução das orientações clínicas para o tratamento da depressão.

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Seringas: Projeto recolhe 102 mil em Farmácias O projeto-piloto “Seringas Só No Agulhão”, que envolve 10 farmácias do norte do país, já recolheu 102 mil seringas e agulhas usadas nos primeiros cinco meses. O projeto consiste na recolha das seringas usadas pelos diabéticos e por todos os doentes que utilizam medicamentos injetáveis. Em cada uma das 10 farmácias que aderiram a este projeto foi instalado um contentor próprio – o Agulhão – onde todos os cidadãos podem colocar as suas seringas usadas, sem qualquer custo adicional. As estimativas das entidades oficiais apontam para que todos os anos sejam gerados em Portugal mais de 250 milhões de resíduos (seringas e agulhas) em ambulatório. São resíduos que, devido à inexistência de uma recolha segura, vão parar ao lixo comum.

CANCRO

Doentes vão poder levantar medicamentos na farmácia As pessoas que fazem tratamento ao VIH/Sida no Hospital de S. João, no Porto, mas que vivam longe do Centro Hospitalar, vão poder começar a levantar a respetiva medicação nas farmácias que lhes sejam mais convenientes. No próximo ano, a medida será alargada a doentes com esclerose múltipla, cancro, hemofilia e transplantados renais com medicamentos de dispensa hospitalar. O projeto "farma2Care" é uma parceria do hospital com a Ordem dos Farmacêuticos e a Associação de Distribuidres Farmacêuticos, lançado no dia Mundial da Luta contra a Sida.

Três vacinas gratuitas aguardam pelo OE2020 No Orçamento do Estado de 2019 foram aprovadas três novas vacinas a serem incluídas no Plano Nacional de Vacinação, mas a medida não chegou a avançar, estando as três à espera da luz verde do OE2020. Trata-se de vacina para meningite B, rotavírus e vírus do papiloma humano para rapazes. O último estudo da Sociedade Portuguesa de Pediatria analisou a taxa de efetividade da vacina contra a meningite B, que alcançou uma taxa de sucesso próxima dos 80%. 7


Especial SaĂşde

Em Portugal, as doenças respiratórias representam a terceira causa de morte prevendo-se que, atÊ 2030, venham a ocupar o primeiro lugar. De acordo com os últimos dados do Programa Nacional para as Doenças Respiratória de 2017, 12% dos óbitos anuais em Portugal são provocados por doenças respiratórias. Falamos de neoplasias, insuficiência respiratória, pneumonia, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), asma, entre outras.

Os números das doenças respiratórias são impactantes:

•384 milhþes

de pessoas em todo o mundo sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica - com 3 milhþes de mortes causadas por esta doença, o que torna a DPOC a terceira maior causa de morte em todo o mundo;

•10 milhþes

de pessoas desenvolvem tuberculose, sendo a doença infeciosa mais letal com 1,6 milhþes de mortes todos os anos;

•1,76 milhþes

de pessoas sĂŁo vĂ­timas todos os anos de cancro do pulmĂŁo;

•334 milhþes

de pessoas sofrem de asma, sendo a doença crónica mais frequente na infância e afetando 14% das crianças em todo o mundo.

Tabagismo

Atividade FĂ­sica

De acordo com o InquÊrito Nacional de 2014 a percentagem de fumadores era de 20% e ex-fumadores de 22%, sendo 28,3% nos homens e 16,4% nas mulheres. É nas mulheres que tem havido maior aumento de consumo de tabaco, particularmente no grupo etårio dos 15 aos 24 anos. Dados do INSA de 2017 indicam que, no grupo etårio dos 25 aos 34 anos, 45,6% dos homens e 35,8% das mulheres tinham håbitos tabågicos ativos. Segundo dados da OCDE, em 2014, em Portugal 17% dos adultos fumava regularmente, número inferior ao da mÊdia da EU.

O Eurobarómetro sobre desporto e atividade física mostra diferenças importantes entre a União Europeia a 28 e Portugal. Na União Europeia, 7% faz desporto ou atividade física regularmente, 33% algumas vezes, 14% ocasionalmente e 48% nunca, enquanto em Portugal estes números são: 5% regularmente, 21% algumas vezes, 6% ocasionalmente e 68% nunca. Estima-se que em Portugal 14% das mortes estarão associadas à inatividade física, enquanto na Europa este número Ê de 10%. 8


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Segundo a OCDE, a taxa de mortalidade padronizada por doença respiratória diminuiu de 137 por 10.0000 habitantes em 2.000 para 117 por 10.0000 habitantes em 2014. A mortalidade em Portugal por doenças transmissíveis Ê de 40 por 100.000 habitantes, melhor do que os 45 por 10.0000 habitantes do conjunto da UE, mas pior do que a dos países da Europa Ocidental. Em termos de doenças respiratórias a mortalidade em Portugal Continental e nas Regiþes Autónomas Ê das maiores da Europa, ultrapassando os 115 por 100.000 habitantes. A Madeira Ê mesmo a Região da Europa com maior taxa de mortalidade por doenças respiratórias. Dados do INE indicam que em 2016 morreram por doenças respiratórias 13474 residentes em Portugal, 12,1% de todas as mortes, atingiram mais homens (12,6% da totalidade de óbitos do sexo masculino), do que mulheres (11,7% do total de mulheres). Por dia, morreram 37 pessoas por doença respiratória. A idade mÊdia foi de 82,5 anos, mais elevada nas mulheres 84,4 anos, do que nos homens 80,8 anos. Se a este número acrescentarmos os óbitos por cancros da traqueia, brônquios e pulmão, 4074, poderemos dizer que por dia morreram 48 pessoas por doenças respiratórias. Dos 13474 óbitos por doenças respiratórias, em 6006 a causa de morte foi Pneumonia (44,6%). Este número Ê particularmente relevante, visto ser uma patologia potencialmente curåvel. Dos óbitos por Pneumonia, 94,3% tinham 65 ou mais anos e 87% tinham 75 ou mais anos. Relevante Ê tambÊm a mortalidade por DPOC, que em 2016 foi referida como responsåvel por 2791 óbitos, 20,7% do total dos óbitos registados por doenças respiratórias. 1762 (63%) são do sexo masculino e 1029 (37%) são do sexo feminino. 6,7% dos óbitos tinham menos de 65 anos. Apesar da relevância da morbilidade, a Asma Ê responsåvel por 1% do total das causas de morte por doença respiratória. A Gripe registou 123 mortes em 2016, 0,1% do total da mortalidade. Destes 123 doentes, 39 tinham menos de 65 anos e 56 tinham 75 ou mais anos.

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Especial SaĂşde

Tuberculose

Alergias

A tuberculose Ê uma doença infeciosa e endÊmica, ou seja, Ê causada pela infeção de uma bactÊria que pode atacar tanto os pulmþes como outros órgãos do corpo e, em alguns casos, pode ser fatal. Os principais sintomas são tosse seca, cansaço excessivo, febre baixa, falta de apetite, fraqueza, entre outras manifestaçþes que dependem de onde a infeção ocorrer.

As alergias ocorrem quando o sistema imunológico liberta uma substância que provoca uma reação alÊrgica que pode afetar o nariz, pulmþes, garganta e peito. As alergias estão entre os problemas crónicos mais comuns do mundo, podendo ser despoletadas por diversos fatores, como o pólen, alimentos, picadas de insetos, pelo de animais, mofo, medicamentos e låtex.

Pneumonia

Gripe

A pneumonia Ê a principal causa de morte por doença respiratória em Portugal, afetando principalmente pessoas doentes, crianças e idosos. Pode ser causada por bactÊrias, vírus ou fungos. Os sintomas usuais são tosse, febre, dificuldade respiratória e catarro no peito.

A gripe ĂŠ uma doença aguda viral que afeta principalmente as vias respiratĂłrias. Os vĂ­rus da gripe estĂŁo em constante alteração e a imunidade provocada pela vacina nĂŁo ĂŠ duradoura. Por este motivo as pessoas devem vacinar-se todos os anos.

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Insuficiência Respiratória

DPOC

A insuficiência respiratória é uma síndrome na qual os pulmões apresentam dificuldade para fazer as trocas gasosas normais, não conseguindo oxigenar adequadamente o sangue ou não sendo capaz de eliminar o excesso de dióxido de carbono, ou ambos. Quando isso acontece, a pessoa pode desenvolver sintomas como intensa falta de ar, cor azulada nos dedos e cansaço excessivo. Existem dois tipos principais de insuficiência respiratória: Insuficiência respiratória aguda e Insuficiência respiratória crônica.

A doença pulmonar obstrutiva crónica afeta perto de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, podendo causar complicações como falta de ar. A DPOC pode desenvolver-se ao longo de vários anos sem apresentar qualquer sintoma. Cerca de 80% dos casos de DPOC são causados pelo fumo, sendo que os restantes 20% ocorrem devido a fatores genéticos e ambientais.

Bronquite A exposição constante ao fumo do tabaco é o principal fator que provoca a bronquite. Existem dois tipos da doença, a bronquite crónica e a aguda. A primeira é caracterizada por uma tosse seca, enquanto a segunda decorre de uma infeção viral. Em ambos os casos ocorre uma inflamação na membrana mucosa, que começa a produzir muco em excesso, provocando tosse e estreitamento nas vias respiratórias, o que faz com que a respiração se torne mais difícil.

Fibrose cística A fibrose cística é decorrente de um defeito genético responsável por produzir um tipo de muco que provoca infeções pulmonares, além de obstruções no pâncreas, impedindo a entrada de enzimas importantes para o nosso organismo. Os sintomas da fibrose surgem principalmente durante a infância e a adolescência, sendo: tosse crónica, falta de ar, diarreia e dores no abdômen.

Cancro do Pulmão Asma

É o tipo de cancro que provoca o maior número de mortes a nível mundial. O desenvolvimento dos tumores causa dificuldades de respiração, podendo inclusive alastrar-se a outras partes do corpo. É uma doença difícil de detetar, uma vez que pode desenvolver-se ao longo de vários anos sem apresentar qualquer sintoma. Os sintomas habituais são tosse, alterações na voz, sons respiratórios, tosse com sangue, entre outros.

A asma também é uma doença crónica que, por norma, se começa a manifestar na infância. Caso não haja um tratamento adequado pode mesmo ser fatal. A doença não tem cura, mas é controlável. Os principais são fatores que podem desencadear um ataque de asma são alergias, infeções, poluição e fumo.

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Indústria Farmacêutica

SNS

Indústria farmacêutica aplaude reforço de investimento A indústria farmacêutica congratulou-se com o anunciado reforço do investimento público na saúde e a adoção de um planeamento plurianual, condições que considera indispensáveis para garantir a prestação de "melhores cuidados" aos doentes. Em comunicado, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica "regista com evidente satisfação a aprovação, em Conselho de Ministros, da resolução que se compromete com o reforço das verbas do orçamento para a saúde, a adoção de um planeamento plurianual para a saúde e a redução do “stock” da dívida aos fornecedores do SNS”. O plano inclui um reforço de 800 milhões de euros em 2020, para o Programa Operacional da Saúde, com vista a ” reduzir a dívida e aumentar a capacidade de resposta e de produção do SNS.

Aprovados 65 novos fármacos até outubro Até final de outubro, a Autoridade do Medicamento concluiu a avaliação de financiamento pelo Serviço Nacional de Saúde de 384 processos de medicamentos, dos quais 65 são novos fármacos que integram o arsenal terapêutico português. Em comunicado, a entidade refere que "a maior parte dos medicamentos inovadores financiados são de uso hospitalar", com particular enfoque para o tratamento de infeções e doenças oncológicas e cardiovasculares. A Autoridade do Medicamento dá ainda conta de que, no mesmo período, foram concluídos 179 processos de medicamentos genéricos e 87 novas apresentações de moléculas já presentes no mercado. Destaca também a evolução do número de processos de medicamentos biossimilares concluídos, 11 desde o início do ano.

Parkinson: Medicamento inovador da Bial avança na Ásia O medicamento para o tratamento da doença de Parkinson da farmacêutica portuguesa Bial recebeu luz verde e deverá começar a ser comercializado na Coreia do Sul no segundo semestre de 2020. A empresa responsável pela distribuição do medicamento no mercado sul-coreano, a SK Chemicals, "submeteu junto das autoridades reguladoras locais um pedido de Autorização de Introdução no Mercado que foi recentemente aprovado", adianta fonte da Bial. Desta forma, o parceiro da farmacêutica portuguesa "prevê que seja possível concretizar a comercialização deste fármaco na Coreia do Sul no segundo semestre de 2020". O medicamento para doentes com Parkinson, chamado de Ongentys, atrasa os sintomas da progressão da doença e é o segundo medicamento de investigação da Bial 12


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Indústria Farmacêutica

CABO VERDE

Portugal lidera lista de fornecedores da Emprofac O presidente do conselho da administração da Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos, de Cabo Verde, disse que a organização é abastecida em 75% por medicamentos de fornecedores exteriores e em 25% pelo laboratório da Inpharma. Segundo os responsáveis da Emprofac, que trabalha com 8 mil tipos de medicamentos, a maior parte deles chega do exterior, sobretudo de Portugal e do Brasil. Neste momento, a empresa continua a gerir a rutura de “stock” de medicamentos, principalmente os anti-hipertensivos, com um plano de mitigação criado no segundo semestre de 2019. A rutura que afetou Cabo Verde deveu-se a problemas de abastecimento e de escassez da matéria-prima na Europa, que fez com que as agências reguladoras impedissem a exportação.

Setor farmacêutico alinhado contra descontos nos medicamentos A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) informou através de comunicado que diversos parceiros do setor da Farmácia assinaram uma tomada de posição conjunta, na qual pedem a aprovação de legislação que limite ao máximo de 3% o desconto permitido sobre a parte não comparticipada de medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM). Para Lucas Chambel, vice-presidente da associação de estudantes, "já não se trata do que a APEF quer, mas do que o setor impõe que seja realmente mudado. Queremos ser julgados pela componente técnico-científica e pelo aconselhamento que damos aos cidadãos, não pela forma como praticamos descontos". Os estudantes vão pedir reuniões com os partidos políticos com assento parlamentar, no sentido de provocarem uma breve alteração do quadro legal a este respeito.

ONCOLOGIA

Sociedade quer peritos externos nas comissões de avaliação de medicamentos O presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia defende que deve haver maior informação, clareza e transparência por parte das autoridades que avaliam os medicamentos e que estas comissões de avaliação devem ter peritos externos. Paulo Cortes frisou que a inovação é “absolutamente necessária”, reconhece que os constrangimentos para aprovação de novos medicamentos não são apenas financeiros e defende que o problema "deve ser olhado de forma mais global". “A inovação é absolutamente necessária. Vivemos num período em que há constrangimentos em termos de aprovação de novos fármacos, mas os constrangimentos não são só a nível financeiro. Temos que olhar o problema do ponto de vista global, em todo o percurso do doente, pois ainda há muitos problemas a resolver no acesso atempado do doente a meios de diagnóstico e a cirurgias”.

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Tilray e Univ. Coimbra desenvolvem produtos médicos derivados de canábis A empresa Tilray e a Universidade de Coimbra estabeleceram "uma parceria estratégica inédita para investigação e novos conhecimentos para o desenvolvimento de produtos médicos derivados de canábis", que deverá estender-se até 2024. "Combinando a vasta experiência da Tilray no cultivo, produção e desenvolvimento de produtos de canábis, esta parceria estratégica será estendida a vários departamentos da Universidade de Coimbra, incluindo oportunidades a pós-graduados em ciências químicas, genética e ciências farmacêuticas", divulgou, em comunicado, a subsidiária portuguesa da empresa canadiana, instalada desde abril em Cantanhede. A parceria promoverá a colaboração entre a Tilray "e líderes académicos da Universidade" em projetos de pesquisa, aproveitando o campus de última geração da Tilray e as instalações de pesquisa no parque tecnológico Biocant, situado também em Cantanhede.

ÁFRICA

Pequenos Estados insulares querem comprar medicamentos em conjunto Os pequenos Estados insulares africanos em desenvolvimento apelaram à diferenciação na mobilização de financiamentos na área da saúde e assumiram o objetivo de comprar medicamentos em conjunto, para ultrapassar as dificuldades específicas destes países. Em concreto, a elaboração desta posição conjunta reuniu ministros e representantes governamentais do setor da Saúde de Cabo Verde, Comores, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Seicheles, aos quais se juntam Madagáscar e Maurícias, como observadores e que pretendem integrar o grupo africano de SIDS.

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Indústria Farmacêutica

MEDICAMENTOS

É fundamental notificar efeitos adversos A Autoridade do Medicamento alertou para a importância de notificar os efeitos adversos aos medicamentos para que as autoridades possam atuar, alterando indicações do folheto informativo e, no limite, suspender ou revogar o fármaco. Durante a “Med Safety Week”, uma semana que decorreu em 57 países dos cinco continentes para alertar para a importância de notificar os efeitos indesejáveis dos medicamentos, a entidade afirmou que este “é um direito e é um dever porque é um ato altruísta ajudar a tornar os medicamentos ainda mais seguros”.

Sanofi adquire Synthorx A Sanofi anunciou a aquisição da empresa biotecnológica norte-americana Synthorx por 2,26 mil milhões de euros. O grupo francês reforça assim a sua carteira no segmento imuno-oncológico. A Sanofi reafirma a sua vontade de continuar a investir em medicamentos de elevado valor acrescentado.

Europa aprova uso de spray nasal contra a depressão É o primeiro medicamento antidepressivo de ação rápida aprovado pela Agência Europeia do Medicamento. O nome comercial é Spravato e é constituído por esketamina um derivado da famosa ketamina, que pode ser usado de uma forma pouco habitual: através de spray nasal. A Agência Europeia do Medicamento deu luz verde ao uso deste medicamento em pacientes que não responderam favoravelmente a, pelo menos, dois tratamentos antidepressivos diferentes e que apresentem um elevado risco de suicídio. Terá como alvo doentes com Transtorno Depressivo Maior (TDM), uma condição debilitante com um forte impacto social. Em toda a Europa há cerca de 40 milhões de pessoas com este problema. 16


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LÍDER NO COMBATE À DOR

Um mundo de soluções a pensar em si


Cooprofar

“Meta o Nariz fora da caixa” A Cooprofar promoveu em conjunto com as Farmácias, durante a época de Natal, uma campanha de angariação de fundos para a Operação Nariz Vermelho. A grande adesão das Farmácias, aliada à sua proximidade junto dos seus clientes, foi um contributo fundamental para a visibilidade e notoriedade da campanha, que alcançou os objetivos desejados. A Cooprofar coordenou todo o processo, desde a divulgação às Farmácias, passando pela distribuição dos kits de campanha e posterior recolha dos materiais excedentes. O principal objetivo da campanha foi assim concretizado, o de levar alegria às crianças hospitalizadas através dos Doutores Palhaços.

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VIH/SIDA Novo tratamento lançado na África do Sul

Breves

A África do Sul, considerado o país mais afetado pelo VIH, lançou no mercado um novo tratamento, mais eficaz do que os existentes, anunciou o ministro da Saúde. O tratamento denominado TLD, foi lançado a 1 de dezembro, por ocasião do Dia Mundial da Sida, e é considerado pelas autoridades sul-africanas "a maneira mais rápida de reduzir a carga viral".

TECNOLOGIA Criada ferramenta de auxílio aos médicos

Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência e do São João, no Porto, desenvolveram uma tecnologia que auxilia os médicos a identificar, caraterizar e classificar nódulos pulmonares. "Quem faz o diagnóstico é sempre o médico, sendo que esta ferramenta é de apoio à decisão, como que, uma ferramenta de segunda opinião.

ESPERANÇA DE VIDA Portugal acima da média da UE

Portugal tem uma esperança de vida de 81,6 anos, acima da média da União Europeia (80,9), mas 600 mil utentes não tinham médico de família no início deste ano, segundo um relatório divulgado em Bruxelas.

GRIPE Pico será entre última semana do ano e primeira de 2020

O pico da gripe vai ser atingido entre a última semana deste ano e a primeira de 2020, estima a DGS, que indica que a atividade gripal está com "tendência crescente". Apesar de a gripe estar ainda baixa a moderada, apresenta uma tendência crescente, à semelhança do que acontece em toda a região europeia.

CANCRO DA MAMA Descoberto novo medicamento

Uma equipa de investigadores descobriu um medicamento, o anastrozol, capaz de parar a produção de estrogénio e reduzir para metade o risco de cancro da mama. Quando administrado, continua a ter efeito nos anos posteriores, avança uma pesquisa.

DIABETES Diagnosticadas 200 pessoas/dia

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal alertou para o peso enorme da diabetes em Portugal, onde diariamente são diagnosticadas cerca 200 pessoas com esta doença, que mata uma pessoa no mundo a cada oito segundos. “Portugal é o país da União Europeia que tem mais pessoas com diabetes”, advertem. No total, são três milhões de pessoas com diabetes ou pré-diabetes, o que representa 40% da população portuguesa.

Investigadores da Universidade da Califórnia mostram que os micróbios do reto podem fazer a diferença na eficácia de vacinas experimentais do VIH. Estudos anteriores com outras vacinas revelam que suplementos com Lactobacilos podem aumentar a produção de anticorpos, enquanto que os antibióticos os podem destruir.

QUEDAS EM HOSPITAIS Nova norma emitida pela DGS

A Direção-Geral da Saúde emitiu uma norma sobre prevenção e intervenção na queda de adultos em cuidados hospitalares. Todos os utentes devem ser sujeitos a ums avaliação do risco de queda à entrada no hospital, devendo existir uma reavaliação sempre que se altere o estado clínico, no momento de transferência intra ou inter-hospitalar ou quando ocorre uma queda, defende a DGS.

FORMAÇÃO COOPROFAR

CANÁBIS Descoberta molécula que bloqueia efeitos secundários

Cientistas espanhóis e portugueses descobriram uma nova molécula que bloqueia os efeitos colaterais dos medicamentos derivados da canábis. Os cientistas das universidades Pompeu Fabra, Autónoma de Barcelona, de Barcelona, Lisboa e do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes de Portugal já solicitaram a patente da nova molécula, o peptídeo 'H'.

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Microbiota retal pode influenciar eficácia da vacina

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Depressão e outras perturbações unipolares de humor 18.02.2020 Aveiro 22.04.2020 Vila Real

Perturbações do Sono Update em Patologia e Terapêutica 26.03.2020 Aveiro Mais Informações em: www.cooprofar.pt



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