My Cooprofar Maio 2017

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mycooprofar maio 2017

ANÁLISE DE MERCADO Receitas sem papel já ultrapassam os 95% Dívida do SNS a laboratórios é de 892 M€

42º ANIVERSÁRIO A História da Cooprofar


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maio 2017

mycooprofar 04 Análise de Mercado 06 História Cooprofar 08 Especial Saúde 10 Especial Indústria Farmacêutica 12 Report 14 Produtos Mercafar 14 Cosmética e Higiene Corporal 17 Dispositivos Médicos 18 Éticos 20 Galénicos 20 Hiene Bebé 20 Higiene Oral 21 Med. Não Suj. a Rec. Médica 23 Med. Não Suj. a Rec. Médica - EF 23 Med. Vet. N. Suj. a Rec. Médica 23 Nutr. e Prod. à base de Plantas 24 Nutrição Infantil 24 Veterinária 26 Parafarmácia

EDITORIAL Este é um mês especial para a Cooprofar. A 23 de maio celebramos 42 anos de atividade! Percorremos um caminho repleto de momentos de sucesso e de barreiras ultrapassadas. Começamos como uma referência no Norte e alcançamos uma dimensão nacional, sendo atualmente o maior grupo de capital exclusivamente português no setor da logística e distribuição farmacêutica. Os pilares que nos permitiram chegar aqui são precisamente os valores que nos guiarão no futuro: Experiência, no desenvolvimento de competências orientadas para a criação de valor; Inovação, investindo regularmente em soluções melhores e mais eficazes; Proximidade, a ferramenta essencial para o sucesso do Grupo, o nosso fator diferenciador, o nosso ADN. Para assinalar esta ocasião especial, a Cooprofar vai juntar clientes, parceiros e colaboradores, num evento no dia 23 de maio, que vai conjugar a tradicional receção aos convidados com a organização de um Seminário e com a entrega dos Prémios Forma+. Sob o tema “Saúde centrada no doente – O papel da farmácia na rede de Saúde”, o seminário abordará um assunto pertinente e atual, contando com a presença de vários convidados de renome e decisão na área da saúde. Pretende-se debater o papel da farmácia do futuro e a sua ação ao nível dos cuidados de saúde primários, interagindo de perto com os diversos profissionais e entidades de saúde. O programa do evento contempla ainda a divulgação e entrega dos Prémios Forma+ aos respetivos vencedores. Estes prémios, instituídos pela primeira vez em 2015, são uma imagem de marca do rigor e da qualidade que têm pautado cada ação promovida pela Formação Cooprofar.

26 Químicos 26 Puericultura 26 Diagnóstico

Estamos preparados para os desafios que o futuro nos reserva, com a mesma ambição e confiança de sempre. Prometemos continuar a crescer lado a lado com os nossos clientes, fornecedores e parceiros, desenvolvendo sinergias que permitam continuamente atingir aquele que é o nosso grande objetivo: acrescentar valor!

26 Homeopáticos 27 Breves

Prof. Doutor Delfim Santos Presidente da Direção

Administração e propriedade: Cooprofar Rua José Pedro José Ferreira, 200 - 210 4424-909 Gondomar T 22 340 10 00 F 22 340 10 50 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt

Direcção: Delfim Santos Coordenação Editorial: Natércia Moreira Publicidade assessoria@cooprofar.pt 22 340 10 21

Design e Paginação: Porto de Comunicação Distribuição: Gratuita Publicação: Mensal Tiragem: 1500 exemplares

AVISO: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico. O período de vigência decorre entre 1 a 31 de maio, inclusive. Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico. Os preços e bonificações indicados estão sujeitos a alterações de acordo com as condições de mercado e não acumulam com outras campanhas em vigor.


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Análise de Mercado

Crescimento face ao período homólogo Crescimento Mercado março 2017 vs. mês homólogo

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5,7% 4,9%

3%

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6%

5,3%

4,9%

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Açores

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8,1%

7,7%

8

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4,8%

4,2%

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Fev

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Medicamentos para a artrite reumatoide passam a ser gratuitos Os medicamentos para a artrite reumatoide, idiopática juvenil, psoriática e as espondiloartrites passam, a partir de maio, a ser gratuitos para os doentes, uma vez que o SNS vai comparticipá-los a 100%. O diploma, publicado em Diário da República, refere que estes fármacos, que beneficiavam de uma comparticipação de 69%, passam a ter um regime excecional de comparticipação específico para os fármacos modificadores da doença reumática. Na origem desta medida está a morbilidade que estas doenças provocam, assim como as repercussões pessoais e socioeconómicas nos doentes, uma vez que "são doenças de sintomatologia em muitos casos incapacitante e fortemente penalizadora da qualidade de vida dos doentes". Estes fármacos só poderão ser prescritos por médicos especialistas em reumatologia e medicina interna e podem ser adquiridos na farmácia comunitária.

Receitas medicas sem papel representam mais de 95% do total As receitas médicas sem papel ultrapassam já 95% do total do receituário em Portugal e em alguns dias do mês de abril foram prescritas mais de um milhão de receitas electrónicas. Em termos de poupança de papel, estima-se que num ano de utilização de receita sem papel sejam usadas menos 18 milhões de folhas. Segundo o portal do Serviço Nacional de Saúde, quase a totalidade das instituições do SNS já aderiram à receita sem papel e no setor privado mais de 84% prescrevem receitas eletrónicas. Na Região Autónoma da Madeira, a prescrição eletrónica desmaterializada de medicamentos já passa os 96% e nos Açores, onde só entrou em vigor a 30 de janeiro, está nos 22%.

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Viseu

Vila Real

Setúbal

Porto

Mercado Total

-8 -15%

Viana do Castelo

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Madeira

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Santarém

-10%

0,6%

-2 Portalegre

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Leiria

Dez

Lisboa

Nov

Faro

Out

Guarda

Set

Évora

Ago

Coimbra

Jul

Bragança

Jun

Castelo Branco

Mai

Beja

Abr

Braga

Mar

Aveiro

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Análise de Mercado

Autoridades investigam aumento "anormal" do consumo de vitamina D O Infarmed, a Direção-Geral de Saúde e o Instituto Ricardo Jorge vão avançar com uma avaliação do diagnóstico e tratamento do défice de vitamina D, devido ao forte aumento do consumo destes medicamentos.

Dívida do SNS a laboratórios é de 892 M€

Segundo o Infarmed, os dados recolhidos “mostram uma duplicação dos encargos entre 2015 e 2016, valor esse que quintuplica em dois anos, passando de 1,1 milhões de euros para 5,7 milhões de euros, incluindo medicamentos com e sem comparticipação”. Já o financiamento no SNS aumentou de 779 mil euros para 2,1 milhões num ano, segundo a mesma entidade.

O presidente da Apifarma recordou que, “durante o período de assistência financeira, as empresas farmacêuticas foram reconhecidas como principais contribuintes para o ajustamento realizado ao nível da saúde”. Entre 2011 e 2014, a despesa com medicamentos caiu 629 milhões de euros, uma descida que se terá devido a “um conjunto alargado de medidas com o objetivo de reduzir o défice público e de reduzir a despesa do setor da saúde, centrando-se sobretudo na afetação da cadeia de valor do medicamento”.

"Estes valores, só por si, não permitem concluir que há um sobretratamento do défice de Vitamina D", sublinhou o Infarmed, acrescentando que "a discrepância de valores nos resultados publicados em dois estudos diferentes justifica uma avaliação profunda e esclarecedora nesta área".

Segundo a Apifarma, que cita dados do organismo que regula o setor do medicamento (Infarmed), as revisões de preços entre 2012 e 2016 permitiram uma poupança ao Estado de 300 milhões de euros. “Em consequência destas medidas, foram manifestos os problemas de abastecimento do mercado, com 46% dos utentes a reportar falhas no acesso ao medicamento”, prossegue a Apifarma.

A investigação está a ser efetuada em diversas vertentes, desde logo, relativamente às metodologias utilizadas na determinação dos níveis sanguíneos de vitamina D, à racionalidade clínica na prescrição de medicamentos com vitamina D, e às práticas promocionais daqueles medicamentos por parte das empresas farmacêuticas. O Infarmed alerta que os medicamentos com vitamina D, como qualquer medicamento, não são isentos de efeitos adversos e devem ser utilizados apenas quando existe clara indicação clínica.

Ministério promete reduzir dívida em 200 milhões O regresso da tendência de aumento da dívida do Estado à indústria farmacêutica nos primeiros dois meses do ano obrigou a uma reunião do ministro da Saúde com representantes da indústria farmacêutica, na qual foi prometida uma redução de 200 milhões de euros dos valores em débito, já no mês de maio. Tendo em conta a dívida vencida em fevereiro – contas cujo prazo de pagamento de pagamento já expirou há mais de 90 dias – este abate de 200 milhões de euros representaria uma quebra de um terço do valor em dívida.

Ordem dos Farmacêuticos pretende especialização dos farmacêuticos no SNS

Hepatite A: Infarmed assegura que não faltam vacinas

A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos reiterou a importância da criação de uma carreira para os farmacêuticos no Serviço Nacional de Saúde, advertindo que a sua especialização não pode depender apenas da boa vontade dos administradores hospitalares.

O Infarmed garante que não faltam vacinas contra o vírus da hepatite A e que o que está a ser feito pelos fabricantes é uma gestão a nível mundial para evitar uma corrida às farmácias. “A gestão nem é nacional, a nível mundial, para evitar precisamente uma corrida às farmácias. Devem ser os médicos a prescrever a vacina a quem precisa e as farmácias, depois, entram em contacto com os fabricantes”, explicou fonte da Autoridade Nacional do Medicamento.

"A especialização dos farmacêuticos depende essencialmente do facto de haver por parte dos administradores hospitalares boa vontade, no sentido de criar espaços em hospitais, como o Instituto Português de Oncologia, para que jovens estagiários possam fazer o seu percurso profissional", afirmou Ana Paula Martins.

A vacina contra o vírus da hepatite A não consta do Programa Nacional de Vacinação e, segundo a Direção Geral de Saúde, tem de ser prescrita por um médico. Em Portugal a vacina é prescrita geralmente no âmbito das consultas do viajante.

Para a bastonária, “Temos que garantir que todos os serviços farmacêuticos hospitalares deste país tenham farmacêuticos especialistas, treinados e dentro de uma carreira farmacêutica no SNS”.

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Quem Somos

A Cooprofar foi fundada a 23 de maio de 1975, enquanto a Cooperativa dos Proprietários de Farmácias CRL, tendo como objetivo inicial o abastecimento das farmácias associadas. A Cooprofar foi fundada a 23 de maio de 1975, enquanto a Cooperativa dos Proprietários de Farmácias CRL, tendo como objetivo inicial o abastecimento das farmácias associadas. Assumindo-se desde sempre como a referência no Norte do país, a Cooprofar cresceu de forma continuada e sustentada ao longo de várias décadas, o que permitiu alcançar, em 2009, a cobertura nacional, continuando a ser o maior grupo de capital exclusivamente português no setor da distribuição farmacêutica e logística hospitalar O virar do milénio marcou uma reestruturação da empresa, que se adaptou à evolução dos tempos e às necessidades de um mercado exigente e competitivo. Surge assim o Grupo Cooprofar-Medlog, que agrupa diferentes áreas de negócio: • Distribuição e Representação de produtos de saúde através da Cooprofar Farmácia e da Mercafar - Distribuição Farmacêutica SA;

Esta reorganização potenciou o desenvolvimento do Grupo, que em 2002 se mudou das instalações iniciais, no centro do Porto, para um complexo inovador com 7.000 metros quadrados, em Gondomar. Esta mudança permitiu projetar um novo crescimento do Grupo, que posteriormente inaugurou novos armazéns de logística na Guarda (2007), Macedo de Cavaleiros (2008) e Alcochete (2009), juntando-se assim às ao de Aveiro (2003) e à sua sede, conferindo uma cobertura nacional aos seus clientes. Procurando promover a proximidade, um dos fatores chave para o sucesso do Grupo, em 2004 iniciaram-se as Formações Cooprofar, com o objetivo de aumentar competências, criar valor, dinamizar vendas, fidelizar clientes e motivar equipas de Farmácias. Desde a sua criação já passaram mais de 12.000 formandos pela Cooprofar, que instituiu os Prémios Forma+, cujo objetivo é premiar as Farmácias e os farmacêuticos que mais investem nesta área.

• Comércio Internacional de produtos de saúde através da Mercafar - Distribuição Farmacêutica SA;

A aposta na certificação foi desde sempre um dos pilares do Grupo. A Cooprofar começou por ser distinguida em 2001, altura em que implementou o Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma ISO 9001:2000. Em 2005, com a Norma SA 8000 (Responsabilidade Social), a Cooprofar foi a segunda empresa portuguesa a obter esta certificação. Em 2014, o Grupo alcançou ainda a renovação das certificações do Sistema de Gestão da Qualidade e da Inovação (NP ISO 9001 e NP 4457 IDI), resultante de auditorias protagonizadas pela multinacional SGS.

• Transporte de produtos de saúde através da Dismed - Transporte de Mercadorias SA.

A inovação é outra das vertentes que tem marcado a história e o posicionamento no mercado da Cooprofar. Em 2006, implementou o

• Logística Farmacêutica e Hospitalar através da Medlog - Logística Farmacêutica SA;

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sistema Coopair (monitorização da rota da entrega) e, em 2007, o pioneiro Voice Picking (aviamento de encomendas dirigido por voz), seguindo-se outros serviços e sistemas com inúmeras vantagens e potencialidades, como o Track-and-Trace, o Toursolver ou o Transcan Sentinel. Em 2011, chegou a vez da logística hospitalar, com o desenvolvimento de um projeto pioneiro assente num sistema integrado de gestão e logística de medicamentos e outros produtos de Saúde, o Sig_Log, reconhecido a nível nacional e internacional. Em 2012, foi lançado “O Meu Armazém Online, uma aplicação tecnológica para as Farmácias, que teve como objetivo aproximar ainda mais o cliente da Cooprofar, ao mesmo tempo que simplificou e agilizou o processo de gestão comercial e de encomendas. Neste sentido, o percurso da empresa ao longo de quase 42 anos tem também merecido diversos reconhecimentos nacionais e internacionais, nomeadamente a distinção entre os melhores europeus de excelência Logística pela organização internacional ELA – European Logistics Association, assim como a sua integração como única empresa portuguesa numa estrutura europeia que congrega os mais destacados operadores logísticos do sector da saúde, a EALTH – European Association for Logistics and Transportation in Healthcare. Em termos nacionais, o Grupo recebeu o Prémio da Associação Portuguesa para a Qualidade e outro da Associação Portuguesa de Logística, tal como uma menção honrosa na categoria “Excelência no Setor da Saúde” pelo kaizen Institute. No domínio internacionalização, 1997 marcou a expansão para o mercado africano, nomeadamente para Angola e Cabo Verde. Esta vertente do negócio conta com 20 anos de experiência e desenvolvimento,

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sendo um caso de grande sucesso, nomeadamente em Angola, onde tem avançado de forma assinalável. Atualmente o Grupo tem várias plataformas e um serviço de apoio aos laboratórios farmacêuticos na distribuição e representação importantes marcas multinacionais, que optam por marcar presença em África em parceria com um interlocutor português. Neste sentido, o Grupo pretende continuar a alargar a sua área de influência internacional através da entrada em outros mercados.

A política de Responsabilidade Social Empresarial é outra caraterística da instituição, tendo, por isso, diversos projetos que têm dado corpo à efetiva preocupação social do Grupo, nomeadamente no envolvimento com a comunidade. Destacam-se contribuições e colaboração com diversas instituições, com maior frequência para as que se dedicam ao apoio de crianças com cancro (ACREDITAR), jovens em risco (Instituto Profissional do Terço), apoio ao idoso (Alzheimer Portugal), entre outras. 07


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Especial Saúde

CORAÇÃO Maio é conhecido por ser o “mês do Coração”. Aproveitamos a ocasião para relembrar a importância de protegermos este órgão vital, apostando na prevenção através da prática de hábitos saudáveis, não apenas neste mês mas na nossa rotina diária.

DOENÇAS CARDIVASCULARES – o que são? Angina de Peito – a angina consiste numa dor torácica transitória ou uma sensação de pressão que se produz quando o músculo cardíaco não recebe oxigénio suficiente. Aparece de forma característica durante um esforço físico, dura só alguns minutos e desaparece com o repouso.

As doenças cardiovasculares devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos – aterosclerose – um fenómeno que tem início numa fase precoce da vida e que progride silenciosamente durante anos. As suas consequências mais importantes – o enfarte do miocárdio, o acidente vascular cerebral – são frequentemente súbitas e inesperadas.

Enfarte Agudo do Miocárdio – o enfarte agudo do miocárdio, vulgarmente conhecido como “ataque cardíaco”, é uma urgência médica na qual o fluxo sanguíneo que chega ao coração se vê reduzido ou interrompido de maneira brusca e grave produzindo, como consequência, a destruição (morte) do músculo cardíaco (miocárdio) por falta de oxigénio.

As doenças mais comuns são: Aterosclerose – caracteriza-se pela presença depósitos de várias substâncias nas paredes das artérias, incluindo substâncias gordas, como o colesterol e outros elementos que são transportados pela corrente sanguínea. É uma doença lenta e progressiva e pode iniciar-se ainda durante a infância. A aterosclerose afeta artérias de grande e médio calibre, sendo a causa principal de: Acidente Vascular Cerebral – vulgarmente chamado de hemorragia ou trombose cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rutura (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais. Pode deixar sequelas ou mesmo evoluir para coma e morte. Doença das Artérias Coronárias – caracteriza-se pela acumulação de depósitos de gordura nas células que revestem a parede de uma artéria coronária e, em consequência, obstrução à passagem do sangue.

Cardiopatia Isquémica – consiste na doença cardíaca provocada por depósitos ateroscleróticos que conduzem à redução do lúmen das artérias coronárias. O estreitamento pode causar angina de peito e enfarte agudo do miocárdio se em vez de redução do Iúmen arterial se verificar obstrução total do vaso. Doença Arterial Coronária – situação clínica em que existe estreitamento do calibre das artérias coronárias, provocando uma redução do fluxo sanguíneo no músculo cardíaco.

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PORTUGAL EM NÚMEROS Apesar de uma melhoria recente, as doenças cardiovasculares mantêm-se como a principal causa de morte em Portugal, justificando por isso a sua manutenção no topo das prioridades no que se refere ao planeamento em saúde. Em 2015 ocorreram cerca de 23.000 mortes por doenças cardiovasculares, das quais cerca de 16.000 por AVC e cerca de 7.000 por enfarte do miocárdio. Mas há mais números esclarecedores: em Portugal, 70% da população tem colesterol elevado, 20% é fumadora ou obesa, 40% é hipertensa e a maioria é sedentária. Para além disso, somos um dos países da União Europeia com menos praticantes de atividade física.

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO As doenças cardiovasculares estão associadas a um conjunto de fatores que se designam fatores de risco. Alguns não podem ser modificados, como a hereditariedade, o sexo e a idade. Outros, pelo contrário, podem ser modificados com medidas de estilo de vida e medicamentos: Tabagismo - Os indivíduos que fumam têm um risco nove vezes maior de desenvolver a arteriosclerose que a população não fumante. Existe uma associação do tabaco com baixos níveis de HDL e disfunção vascular por efeitos diretos no endotélio. Hipertensão arterial - A hipertensão arterial provoca alterações na superfície interna das artérias, facilitando a penetração das gorduras na parede arterial. Sedentarismo - Tem sido apontado como outro fator de risco, com frequência cada vez maior entre as crianças e adolescentes, devido às mudanças no estilo de vida, a atividade física reduz os níveis de colesterol e os valores tensionais e permite melhor controlo da diabetes. Diabetes mellitus - É um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, principalmente dos países desenvolvidos e apresenta fatores de risco como hiperglicémia, hipertrigliceridémia e distúrbios lipoproteicos, que podem causar diversas alterações na biologia vascular, precipitando o processo aterosclerótico. Stress - O stress pode contribuir para os despoletar ou agravar problemas cardíacos, uma vez que, entre outras consequências, faz subir a pressão arterial, dificulta a cicatrização, torna-nos mais vulneráveis a ataques patogénicos exteriores. Obesidade – Por favorecer doenças como a diabetes mellitus tipo II, a hipertensão arterial ou a dislipidemia, o excesso de peso e a obesidade levam a um importante aumento do risco cardiovascular. Em Portugal, quase metade da população apresenta excesso de peso e perto de um milhão de adultos sofre de obesidade. Os números são preocupantes.

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Especial Saúde


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Especial Indústria Farmacêutica

Portugal vai candidatar-se a sede da Agência Europeia do Medicamento O Conselho de Ministros aprovou a candidatura de Portugal a sede da Agência Europeia do Medicamento, pretendendo instalá-la em Lisboa, uma vez que devido à saída do Reino Unido da União Europeia a entidade terá que ser relocalizada.

Portugal e Espanha negoceiam em conjunto compra de medicamentos

Segundo o Governo, "A saída do Reino Unido da União Europeia determina a relocalização das agências europeias sediadas em Londres, entre as quais a EMA [European Medecines Agency], uma das maiores e mais importantes agências europeias, que tem como missão promover a excelência científica na avaliação, supervisão e monitorização da segurança dos medicamentos cuja utilização se destine à União Europeia e Espaço Económico Europeu”.

Portugal e Espanha estão a negociar a possibilidade de avançarem em conjunto com a compra de medicamentos. O objetivo será conseguir preços mais baixos nos medicamentos inovadores e noutros que tenham maior impacto financeiro, com especial destaque para as áreas de oncologia, antivíricos ou medicamentos órfãos (doenças raras).

A sede da EMA - cuja decisão da nova localização será tomada em dezembro pela União Europeia - é, segundo o Governo, "um fator de prestígio para o país que a acolhe e tende a atuar como pólo de atração da presença da indústria farmacêutica, potenciando, em particular, as áreas de investigação e desenvolvimento e os ensaios clínicos".

O Infarmed recebeu recentemente altos representantes de 11 países europeus numa reunião que serviu para preparar para a criação do Grupo de Alto Nível - que resultou das conclusões da reunião de Lisboa que juntou em dezembro vários ministros da saúde europeus -, que irá apoiar os governantes europeus na discussão de soluções para garantir o acesso aos medicamentos inovadores e processos mais transparentes para a discussão dos preços que os governos podem pagar.

Fresenius Kabi adquire Akorn e o negócio de biossimilares da Merck

"Este encontro é mais estratégico, focado no acesso à inovação e na sustentabilidade dos sistemas de saúde. O objetivo é envolver todas as partes interessadas, desde governos, indústria, associações de doentes e académicos. Avançando com este grupo estamos a dar um contributo muito importante com discussão de temas concretos", explicou o Infarmed.

A Fresenius Kabi anunciou ter alcançado um acordo para comprar a produtora de genéricos Akorn, por aproximadamente 4,3 mil milhões de dólares, para além da absorção de cerca de 450 milhões de dólares em dívidas. O CEO da subsidiária americana da Fresenius Kabi afirmou que “unir as duas empresas e respetivos portefólios de produtos fortalecerá e diversificará ambos os negócios”. A Fresenius espera que o negócio fique concluído até ao início do próximo ano.

Poderá este debate ser a porta para a criação de um processo europeu de compra de medicamentos? "Já existem alguns processos que estão a ser desenvolvidos. Portugal está a trabalhar com Espanha. As negociações de matérias que têm a ver com a aquisição e ligadas à questão do preço têm mais condições para avançar com conjuntos de países com proximidades regionais ou afinidades de sistemas de saúde", adianta a autoridade do medicamento.

Para além desta transação, também a Merck concordou em vender o seu negócio de biossimilares à Fresenius, por um pagamento inicial de 170 milhões de euros, podendo ascender até 500 milhões de euros. A transação deverá ficar concluída no segundo semestre de 2017. 10


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Especial Indústria Farmacêutica

Medicamento órfão: Mais de um terço dos pedidos é recusado O presidente do Comité de Medicamentos Órfãos afirmou que a percentagem de recusas à atribuição do estatuto de medicamento órfão “significativa”, sublinhando que só no ano passado mais de um terço dos candidatos não obteve esta classificação. O estatuto de medicamento órfão pode ser questionado porque vão aparecendo medicamentos melhores, mas também porque a sua exclusividade no mercado pode ser questionada ao fim de cinco anos pelos Estados membros da União Europeia, explicou o Comité de Medicamentos Órfãos da Agência Europeia do Medicamento. E, apesar de a queixa ser “a mesma há muitos anos”, o valor da despesa “nos sistemas de saúde não aumentou, porque há medicamentos que entram e há outros que saem”. “Se o gasto é elevado, se calhar o que se tem que negociar é o preço”, disse, defendendo que os países se deviam unir para negociar de uma “forma mais centralizada” e conseguir preços mais reduzidos. No entanto, defendeu, “não podemos continuar a ver os medicamentos órfãos sempre como o lobo mau” e dizer que “são muito caros”, deve olhar-se também para “o valor adicional que trazem à terapêutica, aos doentes”. Desde 2000, este Comité já avaliou 2.714 pedidos medicamentos com esta designação, tendo sido concedidos 1.805.

EUA aprovam mais medicamentos e mais rapidamente do que a Europa Uma investigação publicada recentemente no New England Journal of Medicine estudou as concessões autorizadas pela norte-americana FDA (Food and Drug Administration) e comparou-as com a congénere europeia, a EMA (European Medicines Agency). Entre 2011 e 2015, a FDA aprovou mais medicamentos do que os europeus, 170 contra 144. A média para a aprovação das drogas foi de 306 dias na FDA, contra 383 dias na Europa, uma diferença média de dois a três meses. Em comparação com os europeus, as avaliações foram mais rápidas na FDA para medicamentos para o cancro e doenças do sangue, mas não para outras enfermidades. A FDA também foi mais célere nos designados medicamentos órfãos, para situações relativamente raras. 09 11


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Report

Cooprofar distinguida pela Delegação Norte da Fundação Portuguesa de Cardiologia A delegação Norte da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), que tem a seu cargo os distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real, decidiu por unanimidade galardoar a Cooprofar como Empresa Médica/Farmacêutica do Ano, na Gala que decorreu no Casino de Espinho. Este galardão visa distinguir as empresas que solidariamente colaboram com a FPC que, enquanto Instituição Particular de Solidariedade Social, tem como objetivo a promoção, a prevenção, o tratamento e a reabilitação das doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais em todas as idades. A FPC orgulha-se de ter contribuído para a diminuição das taxas de incidência da mortalidade das doenças cardiovasculares, mas tem ainda um longo percurso a seguir, para que cada vez mais portugueses se saibam proteger e evitar os fatores de risco que as desencadeiam. Apesar da meritosa missão, esta instituição não usufruiu de qualquer apoio estatal, conseguindo angariar fundos na boa vontade de todos os que têm um bom coração para continuar a luta desta causa. Assim, ao longo dos últimos anos, a Cooprofar tem colaborado como parceira da Delegação Norte através da entrega dos cofres do peditório, durante o mês de maio, pelas farmácias do norte do país, procedendo posteriormente ao seu levantamento. Ao assumir esta responsabilidade, a Cooprofar contribui de forma definitiva para o êxito que o peditório assume na contabilidade da Fundação Portuguesa de Cardiologia. Pequenos gestos do dia-a-dia podem fazer a diferença de uma vida! Em qualquer momento… É de salientar que apesar do trabalho desenvolvido ao longo das últimas décadas, as doenças cardiovasculares continuam a ser a primeira causa de morte em Portugal. A prevenção é um meio para combater este flagelo e essa é a principal missão da FPC: sensibilizar para a adoção de comportamentos saudáveis. A escolha de uma vida saudável depende de cada um. Por isso, o trabalho da FPC passa por sensibilizar a população, conseguindo chegar ao maior número de cidadãos. Através de campanhas e ações variadas, alerta para a importância e necessidade absoluta de fazer a escolha correta: ter uma vida repleta de hábitos saudáveis. E tudo porque, à luz dos conhecimentos científicos atuais, sabe-se que tantos os acidentes vasculares cerebrais, como os enfartes do miocárdio, são em grande medida evitáveis. A Fundação Portuguesa de Cardiologia existe para que todos saibam como os prevenir.

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vacinação

alzheimer

Mais de 10 milhões de mortes evitadas

Cálculo do risco genético

cancro Erros de ADN como principal origem Um grupo de investigadores da Universidade de John Hopkins, Baltimore, nos Estados Unidos, concluiu que 66% dos casos da doença ocorrem devido a anomalias aleatórias que se verificam quando uma célula se divide e copia o seu ADN para duas novas células. Esta conclusão pode ajudar a explicar, em certa medida, a razão pela qual as pessoas saudáveis - e com bons hábitos de vida - são, também, vítimas da doenças. Estas novas conclusões são baseadas em estudos realizados em 69 países e surgem dois anos depois da divulgação de um outro estudo, também realizado pelos investigadores de John Hopkins, que se limitava a casos de cancro nos Estados Unidos - e que concluía que as anomalias aleatórias no ADN eram muito maiores do que se pensava nas causas do cancro.

Investigadores internacionais revelaram que encontraram uma forma de avaliar o risco genético de uma pessoa desenvolver a doença de Alzheimer numa certa idade, o que pode facilitar o diagnóstico e tratamento. A maior parte das pessoas começa a exibir sintomas no início dos 60 anos, mas em casos excecionais estes começam a aparecer tão cedo quanto os 30 anos. É ainda necessária mais investigação antes de o teste ficar disponível para o público.

depressão

tabaco

Mais de 300 milhões sofrem

Portugal 15º no “ranking de controlo”

Segundo dados da OMS, estima-se que em 2015 a depressão tenha atingido mais de 300 milhões de pessoas, 4,4% da população mundial, registando-se número quase igual de pessoas que sofrem de alguma perturbação de ansiedade (havendo pessoas que acumulam as duas condições). Em Portugal, especialistas têm estimado que a depressão possa afetar anualmente cerca de 400 mil pessoas. Esta é a principal causa para as mortes por suicídio, que chegam a 800 mil por ano em todo o mundo.

Portugal encontra-se na 15ª posição, entre 35 países, ‘no ranking’ de controlo do tabaco de 2016. Este ranking “quantifica a implementação de políticas de controlo do tabaco”, designadamente o preço, a proibição/inibição de fumar em locais públicos e de trabalho, gastos em campanhas de informação pública e advertências de saúde, entre outras. Em 2013 Portugal ocupava a 24.ª posição deste ‘ranking’, tendo subido assim nove lugares. A liderar a tabela encontra-se o Reino Unido, seguindo-se a Irlanda e a Islândia. No último lugar está a Áustria, na antepenúltima posição a Alemanha, que é antecedida pelo Luxemburgo.

cancro 500.000 sobreviventes em Portugal

vacinas Boletins digitais Os boletins de vacinas vão passar a ser digitais para a globalidade da população até ao fim do ano, permitindo o registo eletrónico e possibilitando a qualquer médico aceder à vacinação de um utente em todo o SNS. Numa urgência, por exemplo, pode ser fundamental um médico saber se o doente tem a vacina do tétano em dia. Mas os utentes também podem aceder às suas vacinas através da área do cidadão do portal do SNS, podendo fazer a sua vacina em qualquer centro de saúde do país.

As vacinas evitaram pelo menos 10 milhões de mortes entre 2010 e 2015, e protegeram muitos milhões de pessoas de doenças como o sarampo, a pneumonia ou a tosse convulsa, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. O ambicioso Plano de Ação Global de Vacinas, que tem como o objetivo melhorar o acesso às vacinas em todas as regiões do mundo e, assim, prevenir milhões de mortes até 2020, começou forte, mas está a ficar para trás. Perante esta situação, a Organização Mundial da Saúde desafia os líderes de saúde mundiais a fazerem da vacinação uma das maiores histórias de sucesso da medicina moderna.

nanovacina

Portugal tem atualmente cerca de 500 mil sobreviventes de cancro e perto de 100 mil doentes em tratamento, segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro. "Apesar de a incidência [novos casos] estar a aumentar, a cura e a sobrevivência com grande qualidade de vida são cada vez mais evidentes". Ainda assim, o presidente da Liga frisou que o número de casos e de novos doentes vai continuar a aumentar nos próximos anos.

reclamações em saúde ERS registou 70.000 em 2016 Segundo dados oficias da Entidade Reguladora da Saúde, em 2016 houve 69.511 reclamações relativas a prestadores de cuidados de saúde, enquanto em 2015 tinham entrado 55.848. Também o número de reclamações que foram decididas pelo regulador aumentou substancialmente, com mais de 52 mil queixas que obtiveram uma decisão, contra cerca de 20.500 em 2015. Das reclamações decididas pela ERS em 2016, 36% foram arquivadas com transferência para uma entidade externa, 9,7% deram origem a abertura de um processo, 4% foram arquivadas internamente e quase metade foram anexadas a processos de outras reclamações já em curso.

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Desenvolvida para combater cancro Investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nanovacina contra diferentes cancros, como o da pele, do cólon e do reto, numa experiência feita inicialmente com ratos. As nanovacinas consistem em proteínas do tumor que podem ser reconhecidas pelo sistema imunitário e que estão no interior de uma nanopartícula de polímero sintético. As minúsculas partículas são direcionadas para o alvo, estimulando o sistema imunitário a desencadear uma resposta contra agentes agressores como tumores. A ideia é ajudar o organismo a combater o cancro com a suas próprias defesas.



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