My Cooprofar Fevereiro 2017

mycooprofar fevereiro 2017

ANÁLISE DE MERCADO SNS: Despesa com medicamentos sobe Genéricos: Vendas desaceleram há dois anos ESPECIAL SAÚDE Polimedicação

Por vezes, mais é menos.

A polimedicação pode ser perigosa para a sua Saúde. Dê valor à sua medicação.

Consulte o seu Farmacêutico.

fevereiro 2017

mycooprofar 04 Análise de Mercado

EDITORIAL Formar para inovar

06 Especial Saúde 08 Especial Indústria Farmacêutica 11 Report 13 Produtos Mercafar 13 Cosmética e Higiene Corporal 15 Diagnóstico 15 Dispositivos Médicos 17 Éticos 19 Galénicos 19 Higiene Bebé 19 Higiene Oral 20 Homeopáticos 20 Med. Não Suj. a Rec. Médica 22 Med. Não Suj. a Rec. Médica - EF 22 Med. Vet. N. Suj. a Rec. Médica 22 Med. Vet. Suj. a Rec. Médica

Numa sociedade em constante evolução, a noção de conhecimento transforma-se a cada dia que passa. O que sabemos hoje pode ou não ser válido amanhã. Conhecermos a realidade do presente e o que poderá ser no futuro, adaptarmo-nos, descobrirmos e inovarmos. Esta é a forma de encarar um setor em constante renovação.

Neste sentido, procuramos dotar os nossos clientes, parceiros e colaboradores de um know-how ajustado e atualizado, de acordo com o estado da arte na área de Saúde.

Assim, em 2017 continuaremos a apostar na Formação, como ferramenta indispensável para a evolução e diferenciação das Farmácias.

Iniciaremos o calendário de Formação nos dias 16 e 23 de fevereiro, nas instalações da Cooprofar em Gondomar, com o curso “Análises Clínicas – Interpretação e discussão de boletins de análises”. Esta formação terá como objetivos fundamentais: interpretar os resultados analíticos presentes num boletim de análises; orientar um questionário a fazer com o utente para obtenção de informação relativa a sinais e sintomas; discutir os diagnósticos diferenciais; definir a gestão, acompanhamento e tratamento da condição apresentada.

Toda a informação sobre as Formações Cooprofar está disponível no site do Grupo.

23 Nutr. e Prod. à base de Plantas 24 Nutrição Infantil 25 Parafarmácia 25 Puericultura 25 Químicos 25 Veterinária 26 Breves Celso Silva Diretor Geral

Administração e propriedade: Cooprofar Rua José Pedro José Ferreira, 200 - 210 4424-909 Gondomar T 22 340 10 00 F 22 340 10 50 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt

Direcção: Celso Silva Coordenação Editorial: Natércia Moreira Publicidade assessoria@cooprofar.pt 22 340 10 21

Design e Paginação: Porto de Comunicação Distribuição: Gratuita Publicação: Mensal Tiragem: 1500 exemplares

AVISO: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

O período de vigência decorre entre 1 de fevereiro a 28 de fevereiro, inclusive.

Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico.

Os preços e bonificações indicados estão sujeitos a alterações de acordo com as condições de mercado e não acumulam com outras campanhas em vigor.

Análise de Mercado

mycooprofar

Crescimento face ao período homólogo Crescimento Mercado dezembro 2016 vs. mês homólogo

14 12 10 8

1,9

Jan

Jul

0,6

Set

Out

-0,9

-0,5

2

3%

3%

1%

3%

4% 3%

3% 2%

1%

1%

1%

0%

3%

Setúbal

3%

Açores

2,6

Beja

4

3,3

5%

Bragança

6

6,7 4,6

Guarda

9,7

10%

2% 0%

-8 -15%

Mercado Total

Viseu

Vila Real

-4%

-1% Viana do Castelo

-6

Santarém

-6,3

-10%

-2%

Porto

-1%

Madeira

-4

Lisboa

-2

-2,8

-5%

Portalegre

Dez

Leiria

Nov

Faro

Ago

Évora

Jun

Coimbra

Mai

Castelo Branco

Abr

Braga

Mar

Aveiro

% 0 Fev

-10 -12%

SNS: Despesa com medicamentos sobe

VIH: Há mais 1700 doentes com medicação

Segundo dados do Infarmed, entre janeiro e outubro de 2016, a despesa do Estado com os medicamentos atingiu 1911 milhões de euros, o que representa um aumento de 63 milhões de euros em relação ao período homólogo de 2015. Neste mesmo período, os encargos suportados pelos utentes foram de 572,9 milhões de euros, enquanto em 2015 foram de 589,5 milhões, o que representou uma diminuição de 16,6 milhões.

Em 2016 houve mais 1700 doentes a iniciar os tratamentos do VIH/sida nos hospitais portugueses, comparativamente com o ano anterior. O balanço foi divulgado pelo Infarmed, que revelou que entre janeiro e setembro houve uma subida de 6,1% dos doentes em tratamento no país, passando de 27 965 para 29 666. A alteração das orientações terapêuticas e os novos diagnósticos são as explicações apontadas pelo regulador.

A comparticipação dos medicamentos dispensados nas farmácias corresponde a uma despesa de 986 milhões de euros, enquanto que os encargos com os medicamentos de âmbito hospitalar foi de 925 milhões de euros.

Com efeito, em maio mudaram as regras para que todas as pessoas pudessem começar a medicação imediatamente após o diagnóstico de infeção, sem ter de esperar que a doença evolua. O objetivo é controlar o vírus da sida de forma mais rápida, melhorando assim o prognóstico de quem está infetado e reduzindo o risco de transmissão.

Entre os dispensados nas farmácias, os antidiabéticos são os que representam mais despesa: 151 milhões de euros. Outros medicamentos com peso na despesa pública (83 milhões de euros), destinam-se à hipertensão e à insuficiência cardíaca.

Esta mudança das regras implicará, no futuro, o aumento do número de pessoas em tratamento, até porque Portugal pretende cumprir os objetivos das Nações Unidas: até 2030, ter 90% dos doentes diagnosticados e, destes, 90% em tratamento. Em 2014, a percentagem de doentes medicados numa amostra de 25 hospitais era de 82,4%, estando registados nestas unidades 30 mil doentes, dos quais 22 mil em tratamento.

Oncologia: Medicamentos com 90% de comparticipação

Deixar de fumar: Medicamento tem mais comparticipação

Os medicamentos para o tratamento da dor oncológica, moderada a forte, passam a incluir duas novas substâncias ativas, a Oxicodona e a Oxicodona+Naxolona, mantendo os 90% de comparticipação, conforme estabelecido desde 2010.

Segundo informação do Infarmed, o medicamento para deixar de fumar, Champix, será comparticipado pelo Estado em 37% a partir de 2017. Esta medida deverá custar 1,3 milhões de euros por ano.

Em causa estão analgésicos estupefacientes, nomeadamente os medicamentos opioides, como Buprenorfina, Fentanilo, Hidromorfa, Tapentadol, Morfina, aos quais acresce Oxicodona e Oxicodona + Naxolona, quando receitados para o tratamento da dor oncológica moderada a forte.

Tendo como objetivo garantir no mínimo uma consulta aberta de cessação tabágica por Agrupamento de Centro de Saúde, vão ser criadas até ao final do ano 42 novas consultas de cessação tabágica a nível nacional. Em 2016 foram concebidas 145 consultas abertas para cessação tabágica, às quais se somarão agora estas novas 42, perfazendo um total de 187 consultas.

“Tratando-se de medicamentos indispensáveis ao tratamento da dor oncológica moderada a forte cuja prevalência, por motivos de saúde pública, importa reduzir, é necessário facilitar o acesso dos doentes a esta terapêutica, promovendo a equidade e universalidade do tratamento da dor, e contribuir para uma melhoria significativa da qualidade de vida dos doentes oncológicos”, informa a portaria que recentemente entrou em vigor.

Serão ainda desenvolvidas ações de formação dirigidas aos profissionais de saúde, para melhorar a resposta em matéria de prevenção e tratamento do tabagismo.

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Genéricos: Portugueses compram os mais caros

Análise de Mercado

Genéricos: Vendas desaceleram há 2 anos

Apesar de haver testes laboratoriais que comprovam a eficácia dos genéricos mais baratos, os portugueses ainda desconfiam da sua eficácia, preferindo praticamente sempre comprar os mais caros.

Segundo os últimos dados disponíveis, referentes a outubro de 2016, 66% dos genéricos disponibilizados pelas farmácias estavam entre os mais caros.

Em Portugal, continua a vender-se mais medicamentos de marca do que genéricos. Além disso, a comercialização dos genéricos está a desacelerar há dois anos, não atingindo 1% crescimento entre 2015 e 2016.

O mercado português de medicamento genéricos, no ano passado, fechou com uma quota de 47,4%, tendo subido apenas 0,4% em relação ao ano anterior. E, em 2015, só tinha subido 0,5% em relação a 2014, em que a quota foi de 46,5%.

Segundo o Infarmed, bastaria um aumento de 10% nas vendas dos genéricos mais baratos para que os portugueses poupassem 18 milhões de euros por ano. Neste sentido, o Ministério da Saúde decidiu, em 2017, pagar uma comparticipação de 35 cêntimos às farmácias por cada genérico vendido dos mais baratos. A avaliação da medida será feita no final do ano. Caso não sejam atingidas as metas estabelecidas, as farmácias terão de ressarcir o Estado desse pagamento.

O Infarmed reconhece que a venda de genéricos "não está a crescer à velocidade" desejada. Além das opções dos utentes e dos médicos, contará ainda o facto de terem entrado medicamentos inovadores no mercado em 2016, como antidiabéticos e anticoagulantes orais (medicamentos de grande consumo), que não têm genéricos.

“Se estimularmos as farmácias a dispensarem um dos quatro genéricos mais baratos, sempre que possível, haverá mais competição no próprio mercado. As companhias que hoje têm os genéricos acima do quarto preço mais baixo tentarão acomodá-lo entre os mais baratos, para que o seu medicamento possa ser mais dispensado. Isso provocará uma baixa do preço de referência pago pelo Estado”, explicou o Infarmed.

Infarmed: Fármacos descomparticipados O Serviço Nacional de Saúde vai deixar de comparticipar vários medicamentos das áreas cerebrovascular e osteoarticular e reduzir o apoio que dá a fármacos para a diabetes com benefícios cardiovasculares não demonstrados.

Segundo o Infarmed, “É prática frequente fazer uma reanálise de medicamentos, da sua efetividade, tendo em consideração que muitos dos medicamentos, quando iniciam o seu ciclo de vida, toma-se em consideração o que se conhece dos seus resultados, da maneira como se avalia. É preciso mais tarde tornar a reavaliá-los à luz dos novos conhecimentos”.

No ano passado, os medicamentos que mais reduziram os custos foram os anti hipertensores (para controlo da tensão arterial elevada) e as estatinas (tratamento da hipercolesterolemia).

Opioides: Consumo aumentou 70% em 5 anos Utilizados há muito tempo pelos médicos para controlar a dor em doentes com cancro ou doenças degenerativas, estes medicamentos são obtidos a partir do ópio e atuam onde os analgésicos normais não conseguem. No entanto, a dependência é um fator problemático.

Genéricos mais vendidos

Nos últimos 5 anos, o consumo dos chamados opioides fortes no país aumentou 70%, subida que surpreendeu o presidente do Infarmed. "É algo preocupante na medida em que temos de aprender com os erros dos outros", avisou, referindo-se à epidemia de overdoses associadas a estes medicamentos que, nos EUA, já mata 15 mil pessoas por ano.

Entre janeiro e outubro de 2016, os medicamentos genéricos com comparticipação do Estado mais vendidos foram a sinvastatina (reduz os riscos decorrentes de doença cardiovascular), a atorvastatina (baixa o nível de colesterol e triglicerídeos), o omeprazol e o pantoprazol (para tratar doenças do estômago, como gastrites) e a metformina (para a diabetes).

"É um crescimento acentuado e há substâncias em que o consumo mais do que duplicou", alerta o responsável, sublinhando que um dos objetivos da análise do regulador será perceber agora se o aumento da utilização está a acontecer junto dos doentes com cancro ou em situações não oncológicas. Isto porque o risco de dependência aumenta nos segundos casos, em que o período de toma pode ser mais alargado.

05

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Especial Saúde

POLIMEDICAÇÃO Polimedicação é a toma simultânea de mais de cinco medicamentos diferentes para a mesma ou diversas patologias. A polimedicação é algo cada vez mais usual na sociedade atual, consequência em grande parte do aumento da esperança média de vida. De facto, o envelhecimento leva ao aparecimento de diversas patologias crónico-degenerativas, que necessitam de medicação.

A polimedicação deve ser olhada com cuidado. Apesar de ser sempre preferível atuar na prevenção, se as doenças aparecerem, é necessário serem tratadas.

Por isso, em muitos casos, a polimedicação é a consequência incontornável da evolução da sociedade. E o ser humano, como sempre, deve adaptar-se. Viver bem com a polimedicação implica ter cuidados particulares no uso de medicamentos.

Obriga a uma comunicação constante e regular com o seu farmacêutico e o seu médico, mas acima de tudo, obriga a que seja responsável!

A importância da PREVENÇÃO Os medicamentos, apesar de terem um benefício claro, podem apresentar efeitos colaterais e reações intermedicamentosas, ou, em última instância, aumentar a probabilidade de ocorrência de incidentes.

A Organização Mundial de Saúde estima que entre 8% e 10% dos doentes internados em cuidados intensivos e cerca de 13% dos doentes em ambulatório são vítimas de incidentes, devido a práticas pouco seguras na utilização da medicação.

A abordagem internacional defendida para uma utilização segura do medicamento exige uma diminuição da prevalência dos incidentes, através da adoção de medidas estruturais de prevenção. Isto implica mudanças organizacionais e comportamentais urgentes, tanto dos profissionais de saúde como da população em geral.

O objetivo é que o medicamento correto seja administrado ao doente certo, na dose e vias corretas e à hora certa, e que os efeitos que se verifiquem sejam os previstos, devendo o doente receber a informação adequada e necessária sobre o medicamento e tratamento a efetuar.

O PAPEL de cada interveniente na prevenção As instituições prestadoras de cuidados de saúde devem adotar boas práticas relativamente à validação ou dupla-validação de procedimentos, ao reforço da atenção na preparação e administração de medicação, à correta documentação e à monitorização da terapêutica. Devem ainda implementar especificamente estratégias que assegurem o uso seguro dos medicamentos de alto risco, ou seja, aqueles medicamentos que têm um risco potencial de causar danos graves ou até mesmo fatais no curso da sua utilização.

Os cidadãos devem ser ativamente envolvidos na utilização da medicação, apostando na consciencialização e envolvência.

Os profissionais devem assegurar a reconciliação da terapêutica nos momentos de transferência e de transição de cuidados do doente.

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A importância da NOTIFICAÇÃO

Especial Saúde

A importância da RECONCILIAÇÃO TERAPÊUTICA

É fundamental incutir no utente o dever de notificar incidentes e reações adversas a medicamentos. Atualmente há diversos canais de comunicação disponíveis e facilmente acessíveis. Para além do habitual e sempre fiável recurso à farmácia, com quem se deve manter uma relação de proximidade e confiança, existe a possibilidade de reportar em portais online:

A reconciliação da terapêutica é reconhecida como uma solução importante para a segurança do doente, em especial para a prevenção de erros de medicação. Permite evitar, entre outras situações, sobreposições e interações de medicamentos resultantes de informações incompletas ou mal comunicadas aquando da transição de cuidados do doente.

• Reações adversas a medicamentos: INFARMED (www.infarmed.pt) • Incidentes: Direção Geral da Saúde (www.dgs.pt)

Implica um processo de verificação da lista completa da medicação de cada doente, que deverá ser realizada sempre que existe uma nova prescrição de medicação, através da confrontação da prescrição atual de medicamentos face à já existente.

A Organização Mundial da Saúde recomenda a reconciliação terapêutica nas admissões, nas transferências entre serviços e nas altas, ou seja, nestes momentos, a lista completa da medicação do doente, com denominação, dose, frequência e via de administração, deve ser sempre revista.

Portugal - Objetivos para 2020 • 90% das instituições prestadoras de cuidados de saúde devem implementar práticas seguras de medicação de acordo com os normativos nacionais.

• Reduzir 50% em cada ano, face ao ano anterior, o número de ocorrências relacionadas com erro de medicação nas instituições do Serviço Nacional de Saúde ou com ele convencionado.

FONTE: Ordem dos Farmacêuticos

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Especial Indústria Farmacêutica

Investigação: Bial e Estado assinam contrato de 37 milhões A farmacêutica portuguesa Bial e o Estado assinaram um contrato no valor de 37,4 milhões para investigação científica nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular.

Este contrato de investimento estende-se até 2018 e vem na sequência do Governo ter aprovado em Conselho de Ministros benefícios fiscais para investimentos industriais.

Hepatite C: Preço dos fármacos cai para metade

No centro de I&D da Bial estão cerca de 100 investigadores, de nove nacionalidades, a estudar e investigar novas soluções de tratamento nestas duas áreas.

O preço dos medicamentos inovadores para a hepatite C reduziu para mais de metade em menos de dois anos, um efeito que se deve à concorrência, num momento em que há já 13 mil doentes em tratamento.

É de salientar que Bial detém os únicos medicamentos desenvolvidos em Portugal. O primeiro medicamento da empresa, um antiepilético – Zebinix –, está hoje aprovado em 43 países, e é já comercializado em diversos países europeus e nos EUA. O segundo fármaco de investigação da Bial, para o tratamento da Doença de Parkinson – Ongentys –, está à venda no Reino Unido e na Alemanha, estimando-se que seja introduzido nos restantes países europeus ao longo deste ano.

O Infarmed reconheceu que a concorrência entre três laboratórios trouxe uma diminuição dos preços dos medicamentos para a hepatite C, uma redução de “mais de metade” face ao acordo assinado há quase dois anos entre uma das farmacêuticas e o Estado.

O contrato prevê o pagamento por doente tratado e não por tempo de tratamento ou quantidade de medicamentos. A comparticipação do Estado português nos medicamentos abrangidos é de 100%.

Oncologia: Medicamento português testado com sucesso

Generis vendida a multinacional indiana

O primeiro medicamento oncológico português, desenvolvido no IPO do Porto e no Hospital da CUF, mostrou resultados significativos no ensaio clínico de prova de conceito, o que representa um passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço, abrindo a possibilidade de tratamento para outros tumores sólidos.

A farmacêutica portuguesa Generis foi vendida à Agile Pharma, uma subsidiária da indiana Aurobindo por 135 milhões de euros. O negócio inclui ainda “um refinanciamento da dívida existente no montante de 45 milhões de euros”. A transação está agora sujeita às habituais aprovações dos reguladores de mercado.

A primeira fase do ensaio reuniu um grupo de doentes voluntários e com o objetivo de avaliar a segurança (tolerância) e o efeito antitumoral (eficácia) da Redaporfin, um fármaco fotossensibilizador produzido em Portugal que já tinha demonstrado uma grande eficácia em ensaios não clínicos em modelos animais.

O vice-presidente de operações europeias da Agile pharma informou numa nota que esta aquisição da Generis permitirá reforçá-la enquanto o “principal fornecedor de genéricos no mercado português” e que a empresa que resultará desta fusão “irá beneficiar de projetos em curso em termos de moléculas, que serão patenteáveis nos próximos cinco anos.”

"Verificámos que o tratamento com este medicamento de tumores malignos da cabeça e pescoço (espinocelulares) revelou elevada segurança, uma vez que os efeitos colaterais e adversos foram raros, não foram severos e revelaram-se de fácil controlo", informou uma das responsáveis pelo estudo.

Ensaios clínicos: 51 reações adversas graves

No entanto, antes de chegar ao mercado, o medicamento terá de passar ainda por uma nova fase de ensaios com um grupo de doentes maior e de encontrar parceiros para financiarem o investimento para a sua produção.

O Infarmed registou 51 reações adversas graves inesperadas no decorrer dos ensaios clínicos que se realizaram no ano passado, mais cinco que no ano anterior, estando atualmente a decorrer 365 ensaios em Portugal, que envolvem cerca de 13 mil voluntários.

Os medicamentos experimentais que foram mais objeto de ensaio clínico foram os antineoplásicos e imunomoduladores (58), seguindo-se sistema cardiovascular (16) e sistema nevoso central (14) e anti-infeciosos (13).

A indústria farmacêutica continua a ser o principal promotor destes ensaios clínicos, sendo responsável por 132. Dez ensaios foram promovidos pelo meio académico e sem fim comercial.

Em 2016 foram submetidos 142 pedidos de autorização de ensaios clínicos, foram autorizados 144 e indeferidos três.

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Especial Indústria Farmacêutica

Cancro: Fármacos biossimilares são «arma indispensável» A Sociedade Europeia de Oncologia Médica considera que os medicamentos biossimilares são «armas indispensáveis» para o tratamento do cancro em sistemas de saúde que se pretendem financeiramente sustentáveis.

Os especialistas da ESMO consideram que são «uma excelente oportunidade para ter boas e válidas opções de medicamentos que melhorem a sustentabilidade e a acessibilidade do tratamento do cancro em vários países».

Para que os biossimilares cumpram a função de melhorar o aceso ao tratamento do cancro, o presidente do grupo de trabalho dos medicamentos da Sociedade Europeia de Oncologia Médica refere que é necessário garantir que “seguem os procedimentos de fabrico apropriados, estão clinicamente testados e cumprem os regulamentos da Agência Europeia do Medicamento (EMA)”.

Na Europa, as reduções de preço para os biossimilares deverão variar entre 20% e 40%, prevendo-se poupanças potenciais de 50 a 100 mil milhões de euros até 2020 com o recurso a estes medicamentos.

Infarmed proíbe patrocínios no SNS Os estabelecimentos e serviços do SNS vão ser proibidos, a partir de fevereiro, de promover a angariação ou de receber direta ou indiretamente dinheiro ou benefícios em espécie por parte de empresas que sejam suas fornecedoras de bens e serviços. Esta interdição inclui os medicamentos, dispositivos médicos e outras tecnologias de saúde, equipamentos e serviços na área das tecnologias de informação, ou outras conexas, que possam afetar ou vir a afetar a isenção e imparcialidade.

Esta é uma medida controversa e que poderá ter um impacto significativo no atual modelo de formação médica contínua dos profissionais de saúde, particularmente dos médicos, maioritariamente patrocinada pelas farmacêuticas. Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, está-se a aumentar as “dificuldades nos apoios da indústria farmacêutica à formação e investigação médica, sem que o Estado assuma as suas próprias responsabilidades”, o que poderá, em última instância afetar os próprios doentes.

A Apifarma partilha destas preocupações, afirmando que “a lei, ao proibir estas iniciativas, põe em causa a formação médica, sem garantir que o Estado a suportará. O Estado fica, assim, obrigado a suportar, em tempo útil, os encargos com a formação pós-graduada dos médicos nos estabelecimentos do SNS, designadamente, no que diz respeito à formação médica necessária para assegurar que os portugueses terão acesso igual à inovação terapêutica disponível em outros países”.

Atualmente, a maioria das ações de carácter científico organizadas pelas diferentes áreas de especialidade médica são viabilizadas pelo apoio, financeiro e logístico de empresas farmacêuticas e de dispositivos médicos, que têm como principal cliente o próprio SNS.

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Mais informações em: www.cooprofar.pt

Análises Clínicas Interpretação e discussão de boletins de análises Prof. Dr. César Portela

07 e 14 março

04 e 11 abril

Das 18h30m às 22h30m

Das 18h30m às 22h30m

Cooprofar, Gondomar

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Preço: 95¤

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FORMAÇÃO COOPROFAR

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Formaçþes Cooprofar Procurando continuamente acrescentar valor ao negócio dos nossos clientes, parceiros e colaboradores, a Cooprofar vai organizar diversas Formaçþes ao longo do ano, sobre temas variados e em diversos pontos do país. Esta Ê uma ferramenta indispensåvel para o crescimento e diferenciação das Farmåcias.

A primeira Formação terĂĄ lugar nos dias 07 e 14 de março, nas instalaçþes da Cooprofar em Gondomar, sob o tema “AnĂĄlises ClĂ­nicas – Interpretação e discussĂŁo de boletins de anĂĄlisesâ€?. Esta formação terĂĄ como objetivos fundamentais: interpretar os resultados analĂ­ticos presentes num boletim de anĂĄlises; orientar um questionĂĄrio a fazer com o utente para obtenção de informação relativa a sinais e sintomas; discutir os diagnĂłsticos diferenciais; definir a gestĂŁo, acompanhamento e tratamento da condição apresentada.

Para alĂŠm deste primeiro momento, temos ainda previstas as seguintes Formaçþes: t Administração EF 7BDiOBT F .FEiDBNFOUPT InjetĂĄveis GPSmação JOiDJBM 15 e 17 de março, Gondomar t "OĂˆMJTFT $MĂ“OiDBs *OUFSQSFUBĂŽĂ?P F EJTDVTTĂ?P EF CoMFUJOT EF BOĂˆMJTFT 4 e 11 de abril, Aveiro t SVQorte #ĂˆTJDo EF 7iEB F DesfiCSiMIBĂŽĂ?P "VUPmĂˆUJDB Externa 19 de abril, Macedo de Cavaleiros t Administração EF 7BDiOBT F .FEiDBNFOUPT InjetĂĄveis GoSNBĂŽĂ?P BUVBMJ[BĂŽĂ?o 28 de abril, Macedo de Cavaleiros t 1PMimediDBĂŽĂ?P $SJUĂ?SiPT QBSB UTP F "QMiDBĂŽĂ?o 3 de maio, Vila Real Toda a informação sobre as Formaçþes Cooprofar estĂĄ disponĂ­vel no site do Grupo.

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doenças respiratórias

inovação

Combater más práticas

infarmed Inspeções a farmácias O Infarmed realizou no ano passado cerca de 1.300 inspeções, a maioria a locais de venda de fármacos, mas tendo um enfoque especial nas farmácias hospitalares, não com o objetivo das penalizar mas contribuir para melhorar procedimentos. Ao todo, foram realizadas 48 inspeções a serviços farmacêuticos hospitalares, abrangendo 31 hospitais, dos quais 24 do setor público e 7 do privado. No entanto, o maior número de inspeções foi a farmácias de bairro (498), seguindo-se os locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (244). O Infarmed destaca que não tem detetado problemas significativos nas farmácias: “Nas farmácias de oficina as inconformidades não têm sido muito relevantes”.

A Fundação Portuguesa do Pulmão quer envolver as farmácias, em 2017, num projeto para combater utilizações deficientes de fármacos e de aparelhos indicados para patologias respiratórias. Neste sentido informa que “está já em negociação com as farmácias para que estas sejam um local essencial no ensinamento dos utentes que surgem ao balcão com receita médica”. A colaboração pretendida traduz-se “na instrução dos pacientes, logo desde a primeira receita, de modo a minimizar as utilizações deficientes de fármacos ou aparelhos” e a adotar uma “boa técnica inalatória”.

App Saúde

sns Pagamentos a privados Em 2016, o SNS pagou a entidades privadas cerca de 5,1 mil milhões de euros. Em média, a transferência dos recursos públicos para os operadores privados na área da saúde custou 14 milhões de euros por dia, ou seja, 420 milhões por mês. A maior parte do valor da despesa – 3569 milhões de euros – diz respeito a fornecimentos e serviços externos como consultas, compras em farmácias, meios complementares de diagnóstico e terapêutico, e as Parcerias Público-Privadas.

O Ministério da Saúde vai disponibilizar uma aplicação para telemóvel onde os utentes podem ter, por exemplo, as guias de tratamento que acompanham as receitas médicas que atualmente já são passadas sem papel. Os utentes passam assim a sair dos consultórios com um guia de tratamento que acompanha as receitas, o que será resolvido por esta carteira eletrónica da saúde - uma aplicação que funciona apenas para quem tiver telemóveis mais avançados. Também o testamento vital pode estar disponível nesta aplicação e mais tarde serão desenvolvidas novas funções. Entre elas, haverá a possibilidade de os utentes avaliarem o seu grau de satisfação com cada atendimento no SNS.

vacinação Novo programa

linha saúde 24 gripe Desde que o Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas entrou em vigor, a 01 de novembro, a Linha Saúde 24 recebeu 150.329 contactos, um aumento de 27% de atendimentos. As chamadas para o atendimento por gripe cresceram 150% comparativamente ao período homólogo do ano passado: 16.027 em 2016/2017 e 6.405 em 2015/2016. Sobre os doentes atendidos por gripe e que foram encaminhados pelos profissionais da Linha de Saúde 24, um terço (5.236) foi orientado para os cuidados de saúde primários, 10,1% (1.615) para a urgência hospitalar e 0,1% (11) para o INEM. A maioria dos atendimentos por gripe (9.165) foi orientada para autocuidados.

O novo Programa Nacional de Vacinação entrou em vigor em janeiro, passando a contemplar a vacina contra a tosse convulsa para mulheres grávidas, colocando, por outro lado, a vacina BCG apenas para grupos de risco. Este Programa apresenta novos esquemas vacinais gerais em função da idade e ainda novos esquemas específicos para grupos de risco ou em circunstâncias especiais.

farmacovigilância Unidade na Beira Interior A Universidade da Beira Interior (UBI), sediada na Covilhã, vai passar a dispor de uma Unidade de Farmacovigilância que pretende contribuir para aumentar a segurança na utilização de medicamentos e que dará resposta aos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu, atingindo uma população de cerca de 735.000 pessoas. Esta unidade "integrará o Sistema Nacional de Farmacovigilância, gerido pelo Infarmed, e que conta com mais seis unidades a funcionar em território nacional".

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omeprazol Riscos automedicação O Infarmed vai alertar a população para os riscos da automedicação com omeprazol, um fármaco para a úlcera gástrica e a doença do refluxo gastro esofágico, cuja utilização prolongada sem indicação clínica tem “efeitos adversos importantes a prazo”. A Autoridade Nacional do Medicamento manifestou preocupação com a forma como os portugueses estão a consumir este fármaco. Nos primeiros nove meses deste ano, os portugueses adquiriram mais de 2,1 milhões de embalagens de omeprazol. Segundo o Infarmed, a solução não passa tanto pela obrigatoriedade de prescrição médica, mas sim no conhecimento que os doentes devem ter sobre este fármaco e dos riscos que correm ao tomá-lo por iniciativa própria.