Farmácia Portuguesa, Nº 186

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O Espaço Animal tem permitido às farmácias aderentes crescer de uma forma sustentada, diferenciando-se no mercado.

Para isso muito contribui também o atendimento informado, por via do apoio técnico fornecido pela Globalvet: “Os utentes sentem que estão a ter uma consulta, sentem-se valorizados. É indiscutivelmente uma mais-valia”. Dessa informação beneficiam todos os elementos da equipa. Há um que assume a dinamização do Espaço Animal, mas todos estão articulados e envolvidos e esta é, no entender da directora técnica, uma das razões para o sucesso. O sucesso assenta igualmente na qualidade da oferta. Antes, a Farmácia da Maia pouco mais oferecia do que o solicitado pelos utentes, agora disponibiliza um amplo leque de produtos e acessórios dirigidos à saúde e bem-estar animal, de acordo com um perfil traçado pela Globalvet. As vendas espelham, naturalmente, este novo capítulo na história da intervenção veterinária na farmácia. Apesar do balanço positivo, Maria da Assunção Nápoles deixa algumas sugestões: gostaria de suportes promocionais com imagens mais apelativas, de uma maior articulação com o programa Farmácias Portuguesas, de modo a contemplar mais produtos de veterinária para rebate, e ainda de ver o Norte do país receber próxima convenção do Espaço Animal. São sugestões de quem recomenda “vivamente” o projecto. Mas – alerta – “não se pode aderir e ter uma posição estática, é preciso aderir em pleno com o firme propósito de trabalhar”.

Farmácia Vilaça, Coimbra

Uma referência de confiança

Amadeu Cardoso ainda não era proprietário da Farmácia Vilaça há um ano quando decidiu aderir ao Espaço Animal. E fê-lo por acreditar que podia marcar a diferença numa farmácia com muita tradição mas que vinha perdendo personalidade. Assumindo um gosto pessoal por desafios, viu no projecto uma janela de oportunidade: abraçou-o sem reservas e deu-lhe visibilidade na farmácia. Com repercussão imediata no interesse dos utentes - e nas vendas. A formação da equipa complementou esta nova intervenção. O director técnico da Farmácia Vilaça acredita que “o que faz a diferença é o atendimento”. E o atendimento tem beneficiado muito do apoio técnico da Globalvet: “É um suporte técnico muito abrangente e disponível, no momento. Já aconteceu fazer um telefonema na presença do cliente, que assim fica a saber que do outro lado da linha está um profissional ainda mais credenciado do que o farmacêutico em matéria de veterinária”. De um “vão de escada” a que estava remetida, a saúde animal ganhou um lugar de grande destaque na farmácia, beneficiando de um “ma-

rketing próprio”: o efeito surpresa, proporcionado pela montra exclusiva, e o efeito curiosidade, gerado pela existência de uma gôndola com produtos na zona de atendimento. Amadeu Cardoso está “bastante satisfeito com os resultados”, satisfeito por ter pensado “ao contrário”, investindo no segmento veterinário numa farmácia urbana. Enfatiza, por um lado, que o projecto é consistente e, por outro, que a farmácia precisa de explorar nichos de mercado. Além de que a saúde animal sempre fez parte da intervenção farmacêutica, só não era levada à prática. Com a segurança do apoio técnico, foi possível ganhar a confiança dos utentes. É, aliás, em relação ao apoio técnico que considera haver espaço para futuros desenvolvimentos: em sua opinião, era útil um dicionário online, que funcionasse como um manual de veterinária em complemento às fichas de aconselhamento já produzidas. Seria mesmo “diferenciador” entre os vários sistemas informáticos para farmácia e uma mais-valia para o projecto ANF. Num ano de Espaço Animal, a Farmácia Vilaça cresceu “incomparavelmente”: “Quis dar um impulso ao segmento mas nunca pensei que pudesse ser tão grande”. Acredita que “os dados estão lançados” e que “já não há recuo”. Continuar a crescer só depende da dinâmica da farmácia.

Farmácia portuguesa

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